Work exchange é a prática que mais cresce entre os viajantes, mas você sabe exatamente como isso funciona? Há três anos, eu comecei uma volta ao mundo com orçamento limitado e foi naquele momento que vi muita gente ficando de graça em hostel em troca de trabalho. Antes mesmo de conhecer os sites que facilitam esse tipo de atividade, eu comecei como voluntária em um hostel na Espanha, onde ajudava na recepção dos hóspedes e, em troca, tinha hospedagem e alguns outros benefícios, como café da manhã, passeios e lavanderia.
Soube da existência de sites que oferecem esse tipo de oportunidade através de uma amiga, a Suéllen Mascaro, que ficou meses na Europa como voluntária e a primeira experiência dela foi cuidando de Rusky siberiano na Finlândia. Depois, me cadastrei no site e fui voluntária na Índia e Nepal.
De lá para cá, os sites que oferecem o serviço de conexão entre lugares e viajantes cresceram e a variedade de oportunidades hoje é imensa. Você pode ser voluntário em hostel, ONG, cuidar de animais, ajudar em com decoração, restaurantes, projetos culturais, etc. Basta entrar em um desses sites para ver um horizonte se abrir na sua frente!
Quais são os principais sites que viabilizam esse tipo de troca?
Worldpackers – esse site brasileiro é um dos maiores do mundo e ainda tem suporte em português.
WorkAway – um dos primeiros e possui uma grande variedade de oportunidades.
HelpEx – é menor que os anteriores, mas também tem oportunidades legais.
TrustedHousesitters – exclusivo para quem quer cuidar de animais.
Aqui também tem outras opções de sites para te ajudar a viver nômade!
Mas como começar?
O primeiro passo é entrar nesses sites e pesquisar qual você mais se identifica e tem opções no estilo que você está querendo.
Aí para entrar em contato com os locais, você precisa se cadastrar – todos cobram pelo serviço de assinatura, que geralmente é anual. Para a Worldpackers, leitores/membros do Mochileiros.com têm desconto especial de US$ 10 (dez dólares) usando o código mochileiros
E como escolher para onde ir?
Comece a pesquisa pelo país ou pela atividade que você está buscando para exercer.
Leia atentamente todos os detalhes que o anfitrião escreveu como: horas de trabalho, turnos, refeições, se vai dividir quarto, tempo mínimo e máximo de permanência, se tem outros mimos como lavanderia, passeios, etc.
Vá para um lugar pelo qual você se interessa, pesquise bem antes de viajar para ir a um destino onde você realmente vá gostar de passar esse tempo.
Como entrar em contato com o local?
As plataformas/sites oferecem esse serviço. Dê preferência para combinar tudo por escrito nas plataformas, é mais seguro e fica registrado.
Quando tiver em busca de uma oportunidade, mande mensagem personalizada para cada anfitrião. Nada de copiar e colar o mesmo texto para todos.
Posso fazer por conta própria, sem os sites?
Sim, é possível. Mas os sites oferecem mais segurança, como notas de outras pessoas que já ficaram no lugar e também permite que você receba uma nota do anfitrião, o que pode ajudar em outras oportunidades.
Tudo o que você conversar pelos sites, fica gravado, então é uma forma de garantia.
Geralmente os sites também verificam se os lugares realmente existem e outros detalhes de segurança.
A Worldpackers, por exemplo, oferece algumas diárias de hospedagem caso você tenha algum imprevisto com o anfitrião.
Preciso levar dinheiro?
Esse tipo de troca não é renumerada e embora reduza o orçamento da viagem, você vai precisar de dinheiro para os dias de folga e horas livres, comida, passeios, transporte, etc.
Sou voluntário, trabalho quando quiser?
É preciso ter responsabilidade, afinal, seu anfitrião está contando com sua mão de obra. Acorde todos os detalhes antes da sua ida.
Geralmente, o trabalho não excede 20 horas semanais.
Preciso falar outra língua?
Você não necessariamente precisa ir para o exterior, há oportunidades no Brasil, também, ou em Portugal ou outros países que têm como idioma, o português.
Se for para outros países, na oportunidade vai dizer qual idioma é necessário para cada função e o nível preciso.
Em um hostel por exemplo, pode ser necessário inglês para quem trabalhar na recepção, mas não para quem for ajudar na organização.
Existe mínimo ou máximo de idade?
Os sites trabalham com pessoas a partir de 18 anos, mas o mínimo e máximo da idade buscada pelo anfitrião, geralmente está descrito na oportunidade nos sites.
Tem pessoas que se julgam por si só “velhas” para esse tipo de trabalho, porém, vale o clichê: nunca é tarde para começar.
Uma prova de que idade não é impeditivo, é a Paula Ramos do projeto Mochila da Papaula. Ela já é avó, e aos 55 anos está viajando o Nordeste brasileiro fazendo work exchange pela primeira vez.
É um intercâmbio?
O programa de intercâmbio geralmente inclui aulas, embora o work exchange não tenha aula, ele ajuda muito a aprender outra língua, já que você estará exposto a um outro idioma por muito tempo. E você pode se matricular em uma escola de idiomas para as horas vagas. Sem dúvidas, sai mais barato do que um programa de intercâmbio.
Há outras vantagens em work exchange?
Sinceramente, ao final de cada work exchange que fiz, a economia de dinheiro passou a se tornar um ganho secundário!
Fiz tantos amigos, aprendi tanto sobre outras culturas, que me emociono toda vez que lembro dos lugares pelos quais passei.
Sem dúvidas, essas oportunidades me ajudaram também como profissional, foram atividades que hoje compõem o meu currículo, me tornaram mais flexível.
As passagens estão incluídas?
Esses sites ou anfitriões não incluem transporte, você é responsável pelo seu deslocamento e vôos.
Importante: lembre se, tenha a mente aberta, você vai trabalhar com pessoas de outra cultura, abra-se para entender os costumes locais. Um mundo de oportunidades espera por você!
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Vai se tornar membro verificado Worldpackers? Não se esqueça dos seus 10 dólares de desconto no plano anual. Insira o código mochileiros, como nas imagens abaixo:
A foto (da home) que traz até este post é de Gilsimara Caresia e moradoras locais em algum ponto do Sri Lanka. Mais no https://www.instagram.com/girlsgo/