Os amantes de trilhas precisam estar atentos aos perigos decorrentes da picada de carrapato. Rara no Brasil a doença de Lyme está entre estas ameaças.
Aparecida Tomé Dermoni, diagnosticada com esclerose múltipla há mais de um ano – felizmente com os sintomas controlados – há meses luta contra essa doença: a Doença de Lyme. A enfermidade é causada pela picada de carrapato, por aqui conhecido como “Carrapato estrela”.
Aparecida, que utilizava-se dos bastões de trekking durante algumas viagens agora tem que usá-los no dia-a-dia por conta da fraqueza e das fortes dores que sente nas articulações. A doença também já afetou sua visão, causou-lhe perda de peso e problemas para dormir, entre outros. A bicicleta que usou para conhecer as belezas do Brasil está sendo rifada…
Neste momento ela precisa de ajuda para iniciar um tratamento nos Estados Unidos. O procedimento, além de ter um custo elevado pede o retorno do paciente por algumas vezes ao médico.
Como ajudar?
– Você pode contribuir com ela através do site Vakinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vencendo-a-doenca-de-lyme
– Através de depósito (de qualquer quantia) em conta corrente no banco Itaú. Agência 6684. Conta corrente: 08116-6. Favorecido: Aparecida Tomé Dermoni. CPF: 326.499.082-20.
– Divulgando a história dela. Através deste post, do link do Vaquinha, da página ‘Vencendo a Doença de Lyme‘ e ou do vídeo abaixo:
“Eu e a Lyme”
Por Cida Tome Dermoni*
“Amo fazer trilhas a pé, travessias de montanhas, rapel em cachoeiras, trilhas de bike, trilhas entre praias, acampamentos selvagens, viagens por chapadas, entre tantas outras aventuras em meio a natureza, sempre com segurança, responsabilidade e profundo respeito pela natureza.
Assim como eu, atualmente, milhares de pessoas vêm aderindo à prática do ecoturismo, o que me motivou a compartilhar minha história.
A doença de Lyme
Eu nunca tinha ouvido falar nessa doença, até o dia em que descobri, tardiamente, que a tinha contraído. É causada pela bactéria Borrelia Burgdorferi, transmitida pela picada do carrapato “Estrela” infectado, com registros nos Estados Unidos e em algumas regiões central e leste da Europa.
A apresentação da doença varia bastante, podendo, em seus estágios iniciais incluir erupção cutânea e sintomas parecidos com os da gripe, além de uma mancha avermelhada peculiar, com núcleo branco no local da picada. Ainda, manifestações musculosqueléticas, artríticas, neurológicas, psiquiátricas e cardíacas.
Na maioria dos casos, os sintomas podem ser eliminados com antibióticos, especialmente se o tratamento é iniciado precocemente. O tratamento tardio ou inadequado, geralmente desenvolve o que se denomina “estágio tardio” da Doença de Lyme, que é debilitante e difícil de ser tratado.
De início assintomática, após um mês de infecção aparecem alguns sintomas, que tendem a sumir. É mais comum do que parece. No entanto, de acordo com o Centers for Disease Control and Preventivo, importante centro de pesquisas dos EUA, o número de casos é subestimado, pela falta de identificação e comunicação dos pacientes aos órgãos competentes. Deste modo, ratifico a necessidade de divulgar a minha jornada desde que fui diagnosticada com a doença.
Para que eu volte as minhas aventuras por este lindo país, preciso realizar o tratamento fora do Brasil. Há precedentes de pacientes com diagnóstico semelhante ao meu que conseguiu melhora na qualidade de vida após tratamento nos EUA.
Eu acredito que terei acesso a um tratamento eficaz e não vou deixar um médico decidir o quanto ou como irei viver. Afinal, da mesma forma que trilhei inúmeros caminhos desafiadores, passo-a-passo, estou disposta a esta travessia fundamental em minha vida.
Sou muito mais que uma estatística, e quero divulgar esta história para que todas as pessoas, principalmente as que têm mais contato com a natureza, tenham essa informação, e sigam em frente…”
*Texto publicado por Cida, no Facebook.
Abaixo um pouco mais sobre a Doença de Lyme: