O ‘Caminho da Mata Atlântica’ (CMA) é uma trilha de longa distância que terá cerca de 3.000Km passando e passará pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, conectando áreas naturais e Unidades de Conservação. A informação está no site do caminho que é uma iniciativa do Movimento Borandá e incubado pelo WWF-Brasil, sob coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME) e Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), além de comitês regionais e grupos locais.
O caminho deve criar alternativas de geração de renda relacionadas às suas atividades, recuperar as áreas ao longo da trilha, incentivar a sociedade nos esforços de conservação da Mata Atlântica promovendo ações de voluntariado e monitoramento participativo além de estimular a cultura de vida ao ar livre por meio do uso de trilhas.
O CMA é uma ideia antiga. Foi apresentado em 2012 no VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC). Na ocasião foi chamado de ‘Caminho da Serra do Mar’, previa mais de 2.000Km de trilha e era inspirada na Appalachian Trail norte americana.
O caminho já tem um traçado macro que está sendo implementado, mas nada impede que ele cresça no futuro. Você pode até sugerir a inclusão de algum ponto escrevendo para o e-mail caminhodamataatlantica@gmail.com (mais informações sobre as diretrizes gerais sobre o traçado podem ser conferidas aqui)
Abaixo, por onde a trilha passará:
Você sabia que…
– Mais de 150 milhões de pessoas vivem no bioma Mata Atlântica, ou seja 75% da população brasileira.
– A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais diversos e ameaçados do mundo.
– É reconhecida como reserva da biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e patrimônio nacional pela Constituição brasileira.
– Fornece água potável para 60% da população do Brasil.
– Detém 2 bilhões de toneladas de CO2.
– Abriga grande variedade de espécies de plantas e animais como mais de 20.000 espécies arbóreas e arbustivas; 1.020 espécies de aves; quase 340 de anfíbios e 270 de mamíferos.
– Regula o fluxo de nascentes de águas, protege escarpas e montanhas encostas.
– Preserva heranças históricas e culturais.
Apesar de toda a relevância, a Mata Atlântica continua sendo explorada de maneira exagerada tendo suas riquezas ameaçadas. Para conter as pressões sobre o bioma são necessárias ações rápidas e impactantes. “É por isso que o Movimento Borandá visa conscientizar as pessoas da importância da Mata Atlântica e engajá-las na causa da preservação, ao aproximá-las da floresta por meio de caminhadas e atividades nas trilhas”, frisa o site do projeto.
Segundo informações publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, o Caminho da Mata Atlântica fará parte do Corredor da Trilha Litorânea, apoiado pelo ICMBio, que deve ligar o Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), sobre a qual falamos aqui.
Ainda à publicação, Pedro Menezes, coordenador geral de Uso Público e Negócios do ICMBio comentou sobre a trilha ser dividida por regiões “dificilmente alguém completará todo o traçado de uma vez. Por isso, as trilhas nacionais foram divididas em regionais, com duração de cerca de 20 dias, para caber nas férias. ‘Assim, a pessoa sai com o sentimento de ‘eu completei'”.
Mais informações podem ser conferidas no site http://caminhodamataatlantica.org.br/
