Depois de conhecer um pouco dos principais destinos no Uruguai e para chegar até lá, cruzar entre outras áreas todo o Rio Grande do Sul, decidimos na volta, dar uma passadinha na capital gaúcha. Como já estávamos sem tempo e orçamento para explorar Porto Alegre, elegemos o boêmio bairro Cidade Baixa pra conhecer; boa pedida para qualquer viajante.
Se você procura diversão ali tem! Se você quer comer bem, lá é possível. Se você quer experimentar uma boa cerveja, incluindo as produzidas na região, também pode. Na rua General Lima e Silva por exemplo, estão instalados bons bares e restaurantes e as opções são bastante variadas.
Voltinha de 26Km
Pegamos o ônibus turístico. São 2 roteiros, o do Centro Histórico, cujo foco são os atrativos históricos, arquitetônicos e culturais da região mais central (são percorridos cerca de 26km, passando por 11 bairros, durante cerca de 2h de viagem); e o Zona Sul, um trajeto sem paradas cujas atrações são as paisagens naturais da cidade, com destaque para a Praia de Ipanema (é cariocas, eles também tem uma e na Zona Sul) e o Morro da Pedra Redonda que permite uma vista panorâmica da cidade.
Nossa escolha foi tanto por gosto pessoal quanto pelo horário. Ele já estava a ponto de iniciar o trajeto partindo em frente a Secretaria Municipal de Turismo, na Cidade Baixa. O Roteiro Centro Histórico permite que o passageiro embarque e desembarque em cinco pontos do trajeto para conhecer em mais detalhes os lugares e serviços dos bairros percorridos.
No andar superior do ônibus, um casal de turistas franceses (que foram obrigados a ouvir, aparentemente sem entender, o áudio em português – o único existente) e brasileiros.
No trajeto merecem destaque o Parque Redenção, ou Farroupilha, um dos mais frequentados da cidade; o verdadeiro túnel verde formado por belas árvores na Rua Gonçalo de Carvalho; o prédio do que foi a Cervejaria Bopp (depois Brahma) no Bairro Floresta, de colonização alemã.
Já no centro, o belíssimo prédio do Hospital São Francisco (Santa Casa de Misericórdia, fundada em 1803); o prédio da Confeitaria Rocco (são impressionantes as esculturas que ‘apoiam’ suas sacadas nos ombros); a Praça da Matriz onde estão ícones cívicos e religiosos da cidade; o edifício do Santander Cultural, cujo cofre foi adaptado e é um Café entre outros.
Este último aliás, fica na Praça da Alfândega, área com belíssimos prédios e museus, todos eles com entrada grátis. Por ali, todos os anos, na Primavera, há uma Feira do Livro.
Outro ponto que merece a visita é o Mercado Público Central – Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, inaugurado em 1869 para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. Por ali há produtos regionais (uma infinidade de Erva-mate que eu só vi ali), restaurantes, lanchonetes, lojas de artesanato, açougues, peixarias, floricultura etc.
O prédio da Fundação Iberê Camargo, na Av. Padre Cacique, 2000 chama atenção. Na fundação, acervo de um dos mais importantes nomes da arte brasileira do século 20, Iberê Camargo (1914-1995) que nasceu em Restinga Seca, interior do Rio Grande do Sul. Suas mais de 7 mil obras estão ali. São pinturas, desenhos, guaches e gravuras.
Além das obras do artista gaúcho, na fundação há exposições, seminários, programas educativos, cursos e oficinas. A entrada é franca.
Símbolo da cidade, a Usina do Gasômetro é outro ponto que merece destaque. Ali funcionava de 1928 à 1970 uma usina movida a carvão mineral. Hoje é um dos lugares mais visitados da capital gaúcha e um grande centro cultural; um dos melhores lugares para curtir o pôr-do-sol no Guaíba. Ali perto, sentido Mercado, no Cais do Porto é possível pegar barcos para passear pelo lago.
Ah, sim, só em Porto Alegre eu descobri que o Guaíba não é um rio e sim um grande lago (496Km²). Há pouco mais de 20 anos um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em conjunto com universidades norte-americanas revelou que por não ter nascente, entre outras questões técnicas, ele é um lago.
A Linha Turismo funciona de terça a domingo (Roteiro Centro Histórico) e de quarta a domingo (Roteiro Zona Sul). Mais informações nos links entre os parênteses ou através do telefone (51) 3289.0176.
Onde ficar
Se você quiser conhecer a Cidade Baixa, uma boa é ficar hospedado no próprio bairro ou no Centro. Dali uma corrida de táxi ligando um bairro ao outro não passa de R$ 12.
Nós ficamos em um hotel bastante precário na Avenida Farroupilha, no Centro. R$ 90 (casal/banheiro privativo/com café da manhã). Acabei nem anotando o nome do dito cujo porque aquilo não se indica pra ninguém – risos. Acabamos ficando nele por já estar meio tarde e por estar inclusa na diária a vaga de estacionamento.
Os preços dos hotéis próximos eram mais ou menos esse e as instalações não muito diferentes.
Uma ótima opção na Cidade Baixa mesmo é o Porto Alegre Eco Hostel. No bairro Floresta há o Porto Alegre Hostel Boutique, o primeiro hostel boutique da Hostelling International no Brasil. Ambos, sem vagas na ocasião.
Além dessas opções você encontra outras opções de hospedagem em Porto Alegre, aqui.
Nossa jornada
E depois de conhecer os principais destinos uruguaios, um destino que corre o risco de sumir (o Salto do Yucumã, Rio Grande do Sul/Argentina) e um pouquinho da capital gaúcha é hora de voltar para o nosso QG provisório (Santa Teresa – Rio de Janeiro) e seguir mostrando a vocês as novidades do mundo da mochila, dividindo nossas experiências de viagem e aprendendo com a de vocês e claro, planejar uma próxima. Obrigada por estarem conosco =]
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Embarcando para Porto Alegre na virada do ano… Estou ansiosa para esta viagem. Obrigada pelas dicas úteis.
Vou tentar fazer o tour com a Linha Turismo! Abraços.
Olá, primeiramente, obrigada! Gostei muito das suas dicas, pois me encontro em Porto Alegre, com pouco tempo e gostaria de conhecer um pouco da sua história. Obrigada novamente, vou tentar fazer o tour com a Linha Turismo! Abraços.
Oi Thamires! Que bom que tenha gostado! Abraço 🙂