Você fez o check-in e lhe sobrou um tempinho para tomar um café, dar uma olhadinha no free shop e bateu aquela vontade de dividir com amigos, familiares e ou grupos de viagem nas redes sociais a alegria de viajar. E lá vai você fotografar seu cartão de embarque para publicá-lo no “Insta” ou em grupos de viagem do “Feice”…
Pois saiba que esta não é uma boa ideia. Segundo uma das maiores produtoras de softwares de segurança para a Internet, a Kasperksky postar uma foto do cartão de embarque pode ser “o primeiro passo em direção a um pesadelo”.
Publicação feita no blog da empresa russa, explica que além do seu nome e destino, no seu cartão há informações importantes que num primeiro momento não parecem ter valor para ninguém além dos funcionários do aeroporto. “Essas informações estão incluídas na fotografia de um bilhete, confirmação de reserva obtidas por meio de aplicativo de celular e confirmações por e-mail. Mesmo que você não se gabe sobre sua viagem, mas esteja usando senhas fracas, qualquer um que leia secretamente seu e-mail pode ter acesso a esses dados.”
Quais dados estão no cartão de embarque?
1) Número de fidelidade do cartão de passageiro frequente. Este número ou o nome do dono do cartão é, em alguns casos, suficiente para alguém fazer login em seu perfil no site da companhia aérea ou no check-in online, segundo a Kaspersky.
2) PNR – Registro de Nome do Passageiro (PNR – Passenger Name Record, em inglês). Este é o código de reserva que serve como identificação única do passageiro no sistema de reservas, o que inclui dados de sua rota, dados de contato, informações de pagamento (número do cartão de crédito, por exemplo) entre outras.
“É bom saber que, mesmo que esse código não seja a referência direta do seu cartão de embarque, existem formas relativamente fáceis de obter esses dados do código de barra, que está lá com toda certeza.”, enfatiza a publicação da Kaspersky.
Vale a leitura
– No https://www.kaspersky.com.br/blog/dont-post-boarding-pass-online/5775/ é possível conferir algumas situações nas quais um criminoso pode se valer das informações que conseguiu levantar através do seu cartão de embarque.
– O jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria bastante esclarecedora sobre. Ela pode ser lida aqui.
– A revista Viagem e Turismo também falou sobre (aqui). Além das informações a revista publicou link para o relato de um blogueiro de viagens australiano, Steve Hui, que resolveu testar o quanto de informações conseguiria com os dados de um cartão de embarque alheio. Ele disse ser possível acessar informações confidenciais e fazer alterações sérias como cancelar um voo ou mudar a reserva de assento.