Por Daiana e Gotto
Dia de sábado, chegamos na rodoviária do Tiete, sem nenhum destino programado, lá em meio a tantas empresas e destinos, escolhemos ir ao pico da onça, não por sensatez, mas por disponibilidade, que na roleta russa dá vida esse caminho nos encontrou.Muitos perrengues para o fim de semana, se formavam na nuvem astral para nós.A tarde de sábado se mostrou render um dia inteiro,quando conseguimos escolher um destino, por questões de minutos não conseguimos comprar a passagem, acabamos por escolher outro, que pela caminhada que rendeu daria para ir no anterior,depois pela falta de um dos RGs não poder embarcar no onibus,mas sim embarcar em uma aventura com o objetivo de um B.O.Depois de uma tentativa online para retirar um Boletim de Ocorrência, em uma lanhouse capitalista (7$ a hora),fomos atrás de uma delacia local, mas por infortúnio não estavam em atendimento no dia (sacanagem),depos de perguntar em frente ao DEIC onde encontrariamos uma,o policial muito solicito ofereceu uma carona até ela e indicou com quem falariamos lá dentro,mas a pegadinha não havia acabado, após pegar carona (com o Ricardinho cara dá DEPOL),ir a delegacia de Santana falar com o (Robertinho, nada vai contra o sistema),sem sucesso, pois ele não poderia emitir um b.o. pois já havia um em aberto (que fizemos online),voltamos para rodoviária, após conversar com atendente do guichê, que permitiu trocar a passagem pro próximo horário e embarcar portando somente uma declaração que foi dada entrada em um B.O.,pagamos mais uma hora de valor exorbitante na lan housee ficamos aliviados depois de respirar fundo rumo a São José dos Campos. (Daiana) Como agradeço ao meu namoamado por dar tanta força para não desistir.Pois tudo contribuia contra rs.Após esse (mini) perrêngue sem nem sair da rodoviária, chegamos em SJC e de lá esperamos uma hora (21h30) o onibus local rumo a SFX, onde foi um longo percurso arriba, atráves de uma estrada de pista unica o onibus ia a uma velocidade alucinante, mais qual parecia estar descendo do que subindo, através de curvas de assustar entre barrancos e penhascos, o motorista até matinha a luz apagada (acho que era para não vermos a velocidade em que estava), os moradores locais desembarcavam em seus pontos, onde não hava iluminação nem indicação nenhuma de onde estavamos, ficou uma indagação no ar,de como eles sabiam que estavam no seu destino.Descendo no ponto final (praça ou garagem), seguimos sentido Bairro dos Ferreirase depois por uma estrada de terra que sobe em direção a fazenda Monte Verde,onde termina em uma porteira e a trilha inicia a direita dela.Depois de embarcar na viagem mais doida para São Francisco Xavier, encontramos o caminho mas voltamos umas três vezes para perguntar a alguma alma e ter certeza (moradores não conheciam pico da onça),conseguimos uma carona as 00h que nos deixou na fazenda Monte Verde.Seu Ary muito gentil que durante a carona, insistiu que pernoitassemos no seu camping,por não aceitar que iamos trilha de madrugada, (seu ary não reconheceu malucos quando os encontrou),mas a vontade de trilhar era mais forte.(Daiana) 00h sem muita informação, track ou aparelho.Começamos a trilha com o céu extremamente definido com suas constelações,a lua tentando adentrar a floresta densa e subida que não acabava mais.E a mãe terra querendo minha maçã..(comendo vorasmente minha maçã, quando tropeço e a terra se apropria da mesma rs).Subida interminável, com uma luz que era só um facho próximo do nariz, meu namoamado com um farol(o próprio sol na trilha) . E a subida que continuava durante a madrugada, o toco que dividia SP e MG(surreal) e nada do pico, logo subida e mais subida.Depois de deparar com enorme espaço logo a frente que já se via iluinado pela lua,chegamos enfim (vontade subita de correr pelo local), com aquela janelona enorme pro mundo só nossae o céu desenhado, tamanho privilégio e extraordinária companhia.Logo meu namoamado decidiu renomear de pico do ovo por uma formação rochosa,que logo descobrimos ser uma barraca (a qual devido a luz da lua, parecia um ovo branco pela metadade),nossos vizinhos que conhecemos pela manhã Marcio e John Lennon, gente muito boa.O cansaço havia sumido junto com a subida, e ficamos conversando sobre os acontecimentos do dia,e admirando as estrelas e o ótimo clima. e capotamos quase as 4h.Pela manhã o mar de nuvens se mostrava incrível e convidativo a um mergulho.Assinamos o livro-cume e iniciamos a descida com nossos vizinhos para Monte Verde,continuando pela trilha do Jorge no Bosque dos Duendes.Já MV descobrimos que perdemos um onibus (novamente por minutos) então senta que lá vem história,a longa espera pelo ônibus até camanducaia, por ócio nos restava pedir carona,mas alguns motoristas por vergonha ou medo, se fundiam no banco, se escondiam no volantese até olhavam pro outro lado, pra fingir que não viam o dedo opositor de pé,alguns até davam joinha devolta rs, surgiu no grupo a ideia de escrever em um papelãoe com a descontraída escrita CAMANDUCA do Gotto, magicamente na primeira investida a carona surgiudobrando a esquina (acho que o senhor nem leu o que tava escrito) e por ironia era para São Paulo.
Camanducaia tinha vida própria não nos queria lá desde o princípio, mas São Paulo nos chamava…Tem lugar para 4?Sem o motorista responder já estávamos os quatro dentro do carro espremidos com as cargueiros no colo.O senhor Gustavo muito gentil, dono de olhos de safira penetrantes, nos entreteu o caminho todo com histórias pessoais, experiencia e dicas sobre tudo (segundo ele, podiamos almoçar no graal a preço mais popular, na area onde os camioneiros almoçavam),fez até um convite para que na nossa próxima visita, fossemos tomar café da manhãem seu nome no seu hotel em Monte Verde (hotel Villa Greenberg)e também nos apresentou pelo viva voz numa ligação telefônica sua esposa.Só tenho a agradecer a todas as pessoas que colaboraram para essa aventura se realizar,pelo meu namoamado só com ele essas coisas especiais acontecem.Plena gratidão ao universo por tamanha experiência.”Na adversidade que brota a flor mais bonita.”
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