O dinamarquês Henrik Jeppesen, 28, conheceu 193 países durante 10 anos de viagem. Foram vistos e carimbos em mais de 10 passaportes, mais de 850 voos em 200 companhias aéreas diferentes, incontáveis caronas e hospedagens e cerca de US$ 80.000 investidos na jornada.
À BBC, Jeppesen falou resumidamente sobre suas impressões, o que mais (e menos gostou) na América Latina e Caribe.
Sabemos que o gostar mais ou gostar menos com relação a tudo, incluindo lugares, é algo muito pessoal, mas achamos interessante conhecer o ponto de vista deste viajante. E ele fala sobre…
O México
O lugar que mais gostou foi San Miguel de Allende, “uma autêntica e fantástica experiência mexicana”.
A área turística de Cancún lhe pareceu muito cara e na capital a dica é ter cuidado.
Belize
Para ele que não considera seu espanhol dos melhores, foi interessante estar na América Central falando inglês (é o único país centro- americano que tem como língua oficial, a inglesa).
Guatemala
A cidade de Antigua e o norte do país lhe chamaram a atenção.
Honduras
“Sim, é perigoso, mas a mim não aconteceu nada. Tive muito cuidado tanto em San Pedro Sula como em Tegucigalpa. Não pude passear pelas ruas, mas as pessoas são incríveis”.
El Salvador
Do país ele recorda problemas pelo seu espanhol “limitado”.
Nicarágua
É o país que mais recomenda na América Central. “É barato e tem um montão de coisas para ver e fazer. Gostei especialmente da cidade turística de Granada. Há uma ilha perto de Granada, chamada Jícaro com um ‘super’ hotel ecológico. Vale a pena visitá-la”.
Costa Rica
Ele gostou da Costa Rica, mas achou que por lá há muitos turistas.
Panamá
Ele acredita que a capital panamenha seja a de aspecto mais moderno em toda América Central e fez muitas conexões (de avião) por lá.
Colômbia
“Um dos melhores países do mundo para visitar. Enormemente subestimado e com frequência injustamente [mal] retratado pelos meios de comunicação”.
Ele passou 7 dias no continente e 3 na ilha de San Andrés e pretende voltar para conhecer melhor o país cuja “cultura e gente são incríveis”.
Peru
“O Peru tem uma das minhas vistas favoritas no mundo: Machu Picchu”.
Ele chegou à Machu Picchu de trem e “apesar de todos os turistas” conseguiu apaixonar-se pelo local. Em Cusco ele passou maus momentos por conta da altitude.
Guiana
“Fui de Georgetown [Guiana] a Paramaribo [Suriname] por terra e foi uma fantástica aventura. Para mim, foi estupendo poder falar inglês com as pessoas na América do Sul” (Guiana é o único país na América do Sul cuja língua oficial é a inglesa).
Por Georgetown ele circulou com um contato local, o que considerou sorte, pela cidade “não ser a mais segura do mundo”.
Suriname
“Este é um país único na América do Sul, já que é uma ex colônia holandesa”. Lhe chamou a atenção a arquitetura colonial na capital, Paramaribo.
“Foi difícil encontrar um lugar para dormir. Andei pelas ruas da cidade e falei com desconhecidos. Assim conheci uma pessoa que me deixou ficar em sua casa”.
Ele conta que viajou com um baixo orçamento e que em muitas ocasiões dormiu em lugares públicos. Desta vez teve “sorte”. “Fico feliz que muita gente ao redor do mundo tenha confiado em um estranho como eu”, diz.
Equador
Ele visitou Quito, Guayaquil e Galápagos. “Quito é uma cidade preciosa e as ilhas Galápagos são um dos lugares que, como viajante, estava na minha lista de coisa para fazer antes de morrer”. Ele conta que ama animais e acredita que voltará à Galápagos um dia.
Venezuela
Sobre o país ele lembrou que Caracas é um lugar para se ter cuidado e que foi chato ter que recorrer ao “mercado negro” para não arruinar seu orçamento totalmente. Ele achou os preços por lá exorbitantes.
De lá ficou a vontade de voltar para conhecer a Isla Margarita, o que não conseguiu fazer em 2012 quando esteve no país.
Bolívia
Ele não conseguiu curtir muito La Paz por causa da altitude, comparando as caminhadas pela cidade às feitas por áreas do Tibete e Cusco, onde teve ainda mais dificuldade por causa disso.
Brasil
“Brasil é um dos meus países preferidos”. Ele conta que esteve várias vezes no país e que Fernando de Noronha é seu lugar favorito. “É uma ilha maravilhosa, segura e muito fácil de se locomover por carona”.
Ele destaca a “comida fantástica e gente acolhedora” do país.
Sobre a segurança, diz que é preciso estar atento, como em outros lugares do mundo.
Paraguai
Ele conheceu somente a capital, Assunção e achou maravilhosa. “Apreciei os edifícios históricos e as conversas com as pessoas do lugar”.
Argentina
“Um país que amo, especialmente por sua comida”. Ele destaca as experiências culturais e espera voltar um dia para conhecer outras áreas do país, como Ushuaia.
Uruguai
De Buenos Aires ele pegou um ferry até Carmelo e alugou uma bicicleta para explorar a cidade e seus arredores e foi “fantástico”. Ele não conheceu outros lugares, mas disse que com somente 28 anos, acredita que em algum momento voltará ao Uruguai.
Chile
“Incrível país, incrível comida, incríveis pessoas”. Ele planeja voltar ao país para visitar a Ilha de Páscoa e o Arquipélago de Juan Fernández.
República Dominicana
“Provavelmente o destino com melhor relação custo/benefício do Caribe. Praias maravilhosas e pessoas amáveis. Viajei de ônibus pelo país e me diverti. Terminei a viagem na capital e entretive-me tirando fotos de seus magníficos prédios históricos”.
Haiti
“Ainda que o Haiti seja um dos países menos desenvolvidos do mundo e muitos não o consideram seguro, digo que eu realmente o apreciei. É uma grande experiência para um viajante. Durante um tour pela cidade de Porto Príncipe fui a um dos lugares considerados mais perigosos do mundo pelas Nações Unidas: Cité Soleil.”
Ele visitou o local (utilizando os serviços de uma operadora de turismo) em um carro blindado.
Cuba
É um dos principais destinos nas listas de muitos viajantes. “É um pouco diferente do resto do Caribe. É uma experiência única”.
Ele disse que pelas áreas rurais da ilha é muito fácil conseguir carona, mas que nas cidades cobravam pelo transporte.
“Havana é preciosa e cheia de história”, ressaltou.
Para saber mais sobre o viajante, dicas e informações sobre os países que ele visitou acesse o blog e siga-o no Facebook, Twitter e Instagram.
A foto (da home) que traz até o post é de Henrik Jeppesen em algum ponto da Ilha de Socotra, no Iêmen, um dos lugares preferidos dele no mundo.
Confira também:
– Os 10 países mais difíceis de visitar, segundo outro viajante que visitou os 193 países membros das Nações Unidas (aqui).
– 23 coisas que alguém que deu uma volta ao mundo a pé aprende (aqui).