No meu quinto mochilão pelo mundo, o sudeste asiático foi o que mais me surpreendeu. Foram 40 dias de puro conhecimento e crescimento pessoal. A aventura começou pela China, depois de uma conexão de 16 horas. Saindo do Aeroporto de Pequim, de táxi, cheguei à Muralha da China com neve e bem vazia, pois eram 7 horas da manhã e ano novo Chinês. Aquilo que era um sonho não me desapontou, pois a obra que muitos dizem ser a única que pode ser vista do espaço é de uma grandiosidade inexplicável.
Retornando ao trajeto inicial, cheguei em Bangkok. A cidade, mesmo sendo uma grande confusão, foi uma grata surpresa. Seu Trânsito é Caótico , mas bem adaptado ao lugar. Suas cores vibrantes, comida peculiar e bem apimentada, pessoas acolhedoras e estrangeiros de todos os cantos do planeta, fazem desta, uma cidade única. Na Tailândia, ainda percorri o Norte (Chiang Mai), por onde fiz um tour como voluntário em um verdadeiro santuário de elefantes. Ali são tratados com muito carinho e respeito. Com as imagens das praias paradisíacas na cabeça, chego as ilhas de Ko thao, Ko Samui e Ko Phangan. Está última, onde acontece a Full Moon Party, considerada a maior festa da Ásia, onde todos os mochileiros que estão no continente se encontram na primeira lua cheia de cada mês para fazer muita festa com música eletrônica na beira da praia. Saindo do país , ainda tive a oportunidade de conhecer a famosa Phi Phi Island, com suas praias paradisíacas e areias brancas. Na ilha, fica localizada a praia Maya Beach, do filme A praia. Um verdadeiro paraíso!
Seguindo a trip, conheci Hanoi, a Capital das motocicletas elétricas que se entrelaçam nas ruas em um caos “organizado”. Com a famosa motinho, me aventurei pelos vales e montanhas verdes de arroz, cachoeiras e pequenos vilarejos ao norte do país. Nos últimos três dias no Vietnã, pude ver de perto Halong Bay, e de caiaque, pude conhecer mais a fundo um dos lugares mais bonitos do planeta.
Saindo de Hanoi com um grupo de americanas , chego ao Nepal, na cidade de Katmandu, localizada ao Norte da Índia. Foram somente dois dias, mas onde realmente senti o verdadeiro choque cultural, algo que até hoje não havia presenciado com tanta força. A Capital ainda se recupera do terremoto que praticamente arrasou a cidade em 2015, principalmente a Dubar Square, principal cartão postal do país. De maioria Hindu, comida simples, mas muito saborosa, povo extremamente pobre, mas ao mesmo tempo muito alegre. O Nepal conseguiu me trazer uma visão de mundo completamente diferente. No país, há uma diversidade de religiões e crenças muito grande. A desigualdade social também me chamou muito a atenção, pois é perceptiva a cada esquina por onde passava. Ainda assim, o sorriso estava sempre presente no rosto daquele povo. Por falta de tempo, não foi possível conhecer o Himalaia e o imponente Everest, o que ficará para próxima, eis que tenho certeza que ainda voltarei até lá.
A aventura Asiática segue e desembarco em Myanmar, país que há pouco tempo foi liberado para o turismo. Há poucos anos estavam vivendo em uma das ditaduras mais fortes do mundo. Era um sonho Conhecer Bagan , a cidade dos 3 mil templos. Então lá fui para a rodoviária de Yangon, que mais parecia estar na década de 70. Com o recibo da viagem nas mãos confeccionados de papel carbono, sigo por aproximadamente 12 horas de ônibus ao destino desejado. Ao chegar na cidade, eu e uma Inglesa chamada Maria, alugamos uma moto e fomos ver o sol nascer em um dos milhares de templos milenares que existem na Old Bagan. Tal visão, sem dúvida, foi uma das coisas mais emocionante da minha vida. No dia seguinte, sobrevoei de balão a cidade, e lá de cima, pude sentir a grandiosidade e a inexplicável visão e energia daquele lugar.
Despedindo-me de Myanmar, chego no coração do Camboja, na cidade de Siem Reap, um dos destinos mais desejados por mim nesta aventura. Com seus templos grandiosos e considerados os maiores do mundo, percebi o motivo pelo qual o país é tão visitado e adorado. Durante horas, caminhei pelos templos de Angkor Wat e Ta ProHm, conhecidos mundialmente através do filme Tomb Raider. O agito da rua dos mochileiros, frequentado por pessoas de todas as partes do mundo, a rua Pub street, também não passou despercebido. Foram os shots mais baratos e divertidos da minha vida. Mas o que mais me chamou a atenção foram as crianças daquele país e a estrutura familiar na qual estão incluídas. A população do Camboja foi praticamente dizimada pela guerra Civil na década de 70, (aproximadamente 2 milhões de pessoas foram mortas na ditadura Khmer Vermelho). E mesmo com toda pobreza e resquícios desta barbárie, a família ainda é a coisa mais importante para eles, que unidos e trabalhando para o seu sustento, conseguem aceitar a sua dura realidade. Lá , tive o contato com mutos locais, mas com os pequenos do Camboja tive a honra de não só conviver, mas ensinar um pouco de inglês pra eles. Isso sem duvida alguma será uma daquelas lembranças que jamais esquecerei.
Estes momentos realmente me fizeram dar mais valor a muitas coisas da vida e rever muitas outras também. O Sudeste Asiático definitivamente não pode passar despercebido por qualquer pessoa que busca conhecer uma outra realidade de mundo. Com um pouco de organização, economia e muita pesquisa, é possível realizar esta viagem.
Dicas:
1-Levem uma pequena mochila que não precise despachar. As taxas internas das companhias aéreas são caras com peso extra, e como os países em sua grande maioria são muito quentes e as roupas nas ruas são MUITO baratas, você vai precisar levar pouca coisa daqui.
2- Comam as comidas das ruas, pois com certeza vocês terão a oportunidade de experimentar uma das culinárias mais peculiares e boas do planeta. Apenas cuidem as coisas cruas, a pimenta exageradamente colocada em alguns pratos, e as águas nas mesmas, pois podem tirar alguns dias da sua viagem, Não sei se me entendem? Kkkk
3- Se aventurem nos Tuk Tuks, motocicletas, e caminhem muito… Na minha opinião, a melhor maneira de conhecer a região.
4- Conheçam a cultura, a história e não apenas os pontos turísticos. Conversem com os moradores locais e incluam-se em grupos de outras nacionalidades… Acho que em qualquer lugar do mundo, é isso que mais vale a pena.
5- Hospedem-se em hostels, pois além de ser MUITO mais barato, e às vezes até melhor que um hotel, você tem a possibilidade de conhecer pessoas do mundo todo, fazer amizades e realizar tours que nenhum outro lugar te daria, principalmente se estiver viajando sozinho, assim como eu.
6- Por fim, mas não menos importante, saia da sua zona de conforto. Arrisque-se e permita-se, pois a vida passa rápido de mais para conhecermos somente a nossa própria realidade.
Obs: Texto resumido, quem quiser mais detalhes desta TRIP ou de outra, mandem e-mail para : blogtravelandliving@gmail.com
Abraço e até a próxima