O Ministério do Turismo (MTur) divulgou ontem (15) a 6ª edição do Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo (BIMT), produzido pela Rede de Inteligência de Mercado no Turismo (RIMT) com foco nos parques nacionais e ecoturismo.
Segundo a pasta, a RIMT criada em 2016 tem como objetivo compartilhar experiências voltadas à gestão de marketing e promoção dos destinos brasileiros, além de manter um processo de colaboração entre agentes públicos e privados visando ampliar a profissionalização do marketing turístico.
Esta edição do estudo apresenta os principais parques nacionais no Brasil, seus atrativos e as atividades turísticas disponíveis e melhores épocas para visitação, informações importantes para definir ações que irão fortalecer o setor, comenta o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França acrescentando que “pesquisas apontam para um novo perfil de viajantes, que buscará viagens rodoviárias, regionais, e para destinos de natureza, principalmente”.
Já a coordenadora-geral de Produtos Turísticos do MTur, Tatiana Petra, destacou a viabilidade econômica dos Parques do Brasil na retomada do setor no pós-pandemia. “Conforme os dados do ICMBio de 2019, as UCs foram responsáveis por 90 mil empregos e R$ 2,7 bilhões em renda. Além disso, há um benefício significativo para os municípios que circundam os parques, de cerca de R$ 2,4 bilhões, o que demonstra a importância da atividade turística para as comunidades locais”.
Panorama no Brasil
De acordo com o boletim, existem no Brasil 334 unidades de conservação (UCs) federais que estão em todos os estados e no Distrito Federal. As UCs são classificadas em Parque Nacional; Floresta Nacional; Área de Proteção Ambiental; Reserva Extrativista; Área de Relevante de Interesse Ecológico; Estação Ecológica; Monumento Natural; Reserva de Desenvolvimento Sustentável; Reserva Biológica; Refúgio de Vida Silvestre e totalizam 9% do território terrestre do país e 2% do bioma marinho costeiro.
Os Parques Nacionais aparecem como a categoria mais visitada: 64%, mas observou-se que áreas de Proteção Ambiental, Monumentos Naturais e Reservas Extrativistas vêm ganhando destaque e representam parcela importante da visitação total. Grande parte das visitas – 14,2 milhões -, está concentrada em 22 unidades de conservação, enquanto 1,1 milhão de visitas estão distribuídas nas outras 115 UCs, segundo dados do MTur.
Os parques nacionais da Tijuca (Rio de Janeiro), do Iguaçu (Paraná) e de Jericoacoara (Ceará) representam juntos 41% das visitas. A Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, juntamente com a Reserva Extrativista de Arraial do Cabo, ambas no Rio de Janeiro, além do Monumento Natural do Rio São Francisco, entre Alagoas, Bahia e Sergipe, respondem juntas por 24% das visitas.
A visitação às Unidades de Conservação tem aumentado ano a ano. De acordo com o ICMBio, foram mais de 15,3 milhões de visitantes em 2019, um aumento de 20,4% em relação a 2018 (12,4 milhões). Em 2017 foram registrados 10,7 milhões de visitante, mais do que os 8,3 milhões em 2016 e os 7,3 milhões de 2015.
A 6ª edição do estudo está disponível na íntegra aqui.
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