Foi uma jornada cheia de perigos, mas ela conseguiu: uma volta ao mundo confiando inteiramente na bondade do próximo.
Ana Bakran, uma viajante croata de 34 anos, fez sua épica jornada solo de sua cidade natal, Zagreb, até Bora Bora, na Polinésia Francesa, em um feito surpreendente que a levou três anos e oito meses, e a levou por 25 países.
Em entrevista ao Jornal DailyMail, Ana contou como conseguiu dar a volta ao mundo pegando carona em carros, caminhões, motos, balsas, barcos a vela, navios de pescadores, um helicóptero e até um cavalo no Quirguistão.
Ana, que deixou seu emprego em uma empresa de marketing digital em 2013 para perseguir seu desafio e documentá-lo em seu blog , conseguiu no melhor estilo mochilão roots, dar a volta ao mundo com poucos recursos.
“Eu me acostumei a dormir em movimento”, diz ela. “Nos parques, praias, postos de gasolina, mesquitas e templos, albergues baratos e inúmeras casas dos habitantes que me convidaram para entrar. Não sou exigente, fico em qualquer lugar desde que me sinta segura.”
Ao longo da viagem, ela ficou em todo tipo de lugar, com 63 jovens órfãos na Tailândia, em um iate milionário em Montenegro e debaixo de uma árvore no Parque Gezi, em Istambul, durante as manifestações de 2013.
Em quase todos os casos, a carona foi seu meio de transporte.
“Eu só precisei pagar pra me locomover em poucas ocasiões”, ela explica. “A polícia de fronteira do Turcomenistão com a China, por exemplo, não me deixava andar entre dois pontos de controle para entrar no país, então precisei pagar um micro-ônibus para chegar do outro lado da fronteira.”
No início, Ana disse que precisou passar um tempo aprendendo como pegar carona com outros viajantes mais experientes, mas logo passou a se aventurar sozinha e é claro quem nem tudo são (ou foram) flores.
“Houve momentos em que fiquei na estrada no meio do nada, ou que acabei pegando carona com homens ‘sem noção'”, lembra ela.
– Alguns me mostraram o pênis do nada, tocaram meu joelho ou se recusaram a me deixar sair do carro. Mas eu consegui sair ilesa de todas essas situações por ficar calma e conversar seriamente com eles – às vezes com a ameaça de usar spray de pimenta que sempre carrego comigo.
Ela acrescenta: ‘Eu não acho que esses caras fossem pessoas más. Acho que eles fizeram julgamento errado sobre mim. São de outra cultura e não estavam acostumados com uma mulher pedindo carona. Espero que eles tenham aprendido com o erro.
“Nenhum desses incidentes me desencorajou a pegar carona, e 99% das viagens não foram nada além de incríveis.”
Ela disse que enfrentou a maioria destes problemas em países muçulmanos, mas diz que neste mesmos locais foi recebida com “extrema hospitalidade e gentileza”.
Ana passou sete meses em um barco da Malásia para a Austrália. Ela conseguiu se juntar à tripulação depois de encontrar um capitão australiano que estava procurando uma equipe para ajudá-lo a navegar de volta para a Austrália.
“Eu estava procurando um barco para pegar carona para a Austrália, então foi perfeito”, explica ela.
De lá, ela fez talvez sua mais improvável viagem – uma carona em um helicóptero.
“Eu me aproximei de uma empresa charter no oeste da Austrália e contei a eles minha história”, diz Ana. ‘Quando eles viram o mapa da minha jornada, eles concordaram em me deixar pegar carona. Eu só tive que esperar quarenta e cinco minutos, que não eram nada comparados às minhas horas habituais esperando carona na estrada.”
Da Austrália Ana partiu para outras ilhas e sua última postagem no Facebook foi feita 28 de fevereiro em Nuku Hiva, a maior das Ilhas Marquesas na Polinésia Francesa. Na capa do seu perfil há uma mensagem dizendo que ela irá escrever um livro sobre a jornada e temos que admitir que assunto é o que não vai faltar!
Percurso da viagem
Pegando carona em um helicóptero na Austrália
Embora não pareça, estava frio na Austrália e ela teve que pegar carona vestida com seu saco de dormir
Em Pamukkale, uma cidade no oeste da Turquia conhecida por suas águas termais ricas em minerais e impressionantes terraços brancos
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Por que numa outra vida? Planeje e faça na atual vida! Se sua mente pensou nessa possibilidade, já é um começo!👍
Parabéns mulher corajosa . Gostava muito de conseguir começar uma aventura , e ir por aí conhecer o mundo e desafiar-me a mim mesma. Talvez numa outra vida