Há tempos o turismo peruano tem buscado alternativas de acesso à Machu Picchu. Até a instalação de um teleférico entre Águas Calientes e a sítio arqueológico Inca foi cogitada, mas a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) descartou a proposta que seria prejudicial ao local, afetando suas fauna e flora.
Diante disso, o Ministerio de Comercio Exterior e Turismo (MINCETUR) encomendou um estudo que apresente novas opções de acesso. De acordo com o jornal La Republica, a construtora suíça Lombardi Ingenieros ficou responsável pela tarefa e entregou os resultados do estudo à Unidad de Gestión de Machupicchu (UGM). Nele consideram a construção de túneis, elevadores, funiculares entre outros.
De acordo com a publicação, três alternativas foram apresentadas:
Alternativa 1
Considera a instalação de túneis equipados com sistema de transporte linear (trem) e vertical (elevadores de dois níveis).
O ponto de entrada pelo acesso Amazônico seria no Km 122 da via férrea ou na estação Hidroeléctrica. O acesso Andino seria próximo ao museu e rodovia Hiram Bingham.
Em um ponto neutro haveria uma estação subterrânea onde chegariam os trens. Ali os turistas pegariam os elevadores até uma área de acesso à Machu Picchu, conhecida como ‘comedor’.
Chegar ao sítio arqueológico levaria entre 12 e 15 minutos, utilizando qualquer uma das duas opções.
Segundo o La Republica, o estudo alerta que a instalação das oficinas e garagens para os trem requer grande espaço aberto e isso impactaria visualmente o patrimônio do parque. Em se tratando de engenharia a alternativa é complexa tanto para o projeto do meio de transporte quanto para a implementação de um sistema de gerenciamento e controle do mesmo.
Alternativa 2
A alternativa 2, assim como a 1 considera túneis e elevadores, mas ao invés de trens, propõe plataformas móveis como as esteiras para pessoas, que existem em algumas estações de metrô, aeroportos etc.
Com este sistema seria possível chegar à Machu Picchu em 30 ou 18 minutos, a partir do acesso Amazônico e Andino, respectivamente.
Segundo a construtora esta seria uma solução simples e econômica, mas que tem a desvantagem de poder gerar apreensão daqueles visitantes que tenham medo da sensação causada em alguns, pelo confinamento em espaço fechado.
Alternativa 3
A terceira opção leva também leva em conta a implementação de túneis e esteiras, mas a proposta considera somente o acesso pelo lado Amazônico através de um túnel que começaria na atual estação de trem Hidroeléctrica. Neste projeto, um túnel de 4.116m se conectaria a um funicular para subir até Machu Picchu. De acordo com o estudo, o tempo de deslocamento via esta alternativa seria de 30 minutos.
Aqui você pode ver um mapa com as opções apresentadas.
Ao La Republica, o diretor de Políticas de desenvolvimento turístico do viceministerio de Turismo do Mincetur, Daniel Maraví, disse que a UGM deve tomar uma decisão sobre as alternativas apresentadas. A aprovação das obras e como será o financiamento das mesmas é também responsabilidade da UGM, grupo integrado por autoridades e entidades ligadas à preservação de Machu Picchu.
O jornal El Comercio também traz uma matéria falando sobre o projeto e na qual aparecem algumas opiniões de autoridades e membros da comunidade.
Com informações de La Republica, El Comercio e Lombardi Ingenieros.
A foto (da home e que) traz até este post é de Junior Moran/Unsplash.