Hiram Bingham, o ‘verdadeiro Indiana Jones’

Veja fotos e saiba um pouco sobre o homem que mostrou para o mundo, as ruínas de Machu Picchu 

Hiram Bingham foi um acadêmico, explorador e político norte-americano. Não era um arqueólogo experiente, mas foi ele quem, com a ajuda de nativos, “descobriu” em 1911 um dos tesouros arqueológicos da humanidade: Machu Picchu.
Seu livro ‘Lost City of the Incas’ (Cidade Perdida dos Incas) publicado em 1948, se tornou best-seller e especula-se que o descobridor tenha servido de inspiração para a criação do personagem ‘Indiana Jones’, vivido pelo ator Harrison Ford em uma série de filmes (o primeiro deles exibido em 1981) criados por George Lucas e dirigidos por Steven Spielberg.

Publicado em 1948, livro virou best-seller | Foto: Reprodução
Publicado em 1948, livro virou best-seller | Foto: Reprodução

 Descoberta ‘acidental’

Em 1908 o professor foi palestrante no I Congresso Científico Panamericano, em Santiago, no Chile. Na ocasião ele visitou toda a América do Sul e no roteiro refez os passos de Simón Bolívar e incluiu uma antiga rota comercial espanhola que ligava a capital argentina, Buenos Aires à peruana, Lima.
No Peru, foi convidado por um prefeito local a visitar Choquequirao (complexo arqueológico que em 2014, deverá ‘abrigar’ o primeiro teleférico peruano). Maravilhado, Bingham segue viagem de volta para casa, mas instigado com a perspectiva de encontrar uma cidade inexplorada, volta aos Andes em 1911 com a Yale Peruvian Expedition. Em 24 de julho deste ano, o camponês, Melchor Arteaga leva o explorador às ruínas de Machu Picchu.

Melchor Arteaga levou Bingham às ruínas em 1911 | Foto: Reprodução
Melchor Arteaga levou Bingham às ruínas em 1911 | Foto: Reprodução

Por ter levado a descoberta para fora das fronteiras peruanas e dado a devida importância ao tesouro encontrado, Bingham é considerado (ou ganhou as glórias) de descobridor da “cidade perdida dos Incas”, mas há relatos de que outros exploradores estiveram por lá antes do norte-americano, entre eles os missionários Thomas Payne e Stuart McNairn, o alemão Augusto Berns e os cusquenhos Enrique Palma, Justo A. Ochoa, Gabino Sánchez e Agustín Lizarraga, este último em 1901.
Há um interessante texto de David Blanco Bonilla, que vai mais longe e fala de mapas do século XIX e ainda mais atrás, de indícios de 1565, em relatos do espanhol Diego Rodríguez de Figueroa.
Machu Picchu é uma das principais atrações turísticas da América do Sul, Patrimônio Mundial da Humanidade (pela Unesco desde 1983), Santuário Histórico Nacional e considerada uma das maravilhas arqueológicas do mundo.
Bigham nasceu em 19 de novembro de 1875 e morreu aos 80 anos, em Washington D.C.

Hiram Bingham | Foto: Library of Congress - USA (Harris & Ewing)
Hiram Bingham | Foto: Library of Congress – USA (Harris & Ewing)
Hiram Bingham | Foto: Reprodução
Hiram Bingham | Foto: Reprodução
Hiram Bingham | Foto: Library of Congress - USA (Harris & Ewing)
Hiram Bingham | Foto: Library of Congress – USA (Harris & Ewing)

 

No site do Senado americano é possível encontrar uma sinopse do livro 'A cidade perdida dos Incas' | Foto: Reprodução
No site do Senado americano é possível encontrar uma sinopse do livro ‘A cidade perdida dos Incas’ | Foto: Reprodução

 

Arqueólogo e camponês posam para foto na região de Cusco | Foto: Reprodução
Arqueólogo e camponês posam para foto na região de Cusco | Foto: Reprodução

 

Hiram Bingham em expedição | Foto: Reprodução
Hiram Bingham em expedição | Foto: Reprodução

 

Foto do autor

Claudia Severo de Almeida

Jornalista, há 20 anos escreve sobre Turismo Backpacker/Mochileiro e viagens independentes. Participou do corpo de júri especializado do Prêmio 'O Melhor de Viagem e Turismo' (categoria Hospedagem - Hostel). Cocriadora do site Mochileiros.com.

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