Em São Paulo, lei municipal instaurou o dia 27 de março para celebrar a arte
O Dia do Graffiti foi criado informalmente em 1988 em homenagem a Alex Vallauri, um dos pioneiros da arte de rua no Brasil, morto em decorrência da Aids em 27 de março de 1987. São Paulo é uma das principais referências do graffiti no mundo e diversos eventos são realizados no 27 de março ou em datas próximas, como por exemplo o Dia do Graffiti no Bixiga. No bairro, um mural de 12m x 7m é anualmente renovado coletivamente por diversos artistas.
Este ano, o Bixiga terá a 7ª edição do evento que será no dia 07 de abril, das 12h às 21h, nas ruas 13 de maio e Santo Antonio. Mais informações no site oficial do evento: http://diadograffitinobixiga.wordpress.com/
Google tem a primeira galeria de arte contemporânea urbana ao ar livre no Art Project
A arte contemporânea urbana é uma das grandes atrações culturais de São Paulo, onde as cores e formas dos mais variados estilos ajudam a preencher o tom cinzento da cidade. Após apresentar museus e obras dos mais variados artistas e estilos, o Google Art Project traz a arte urbana paulistana no seu Art Project. Na capital paulista, arranha-céus, muros e pontes fizeram as vezes de telas e aparecem na “Galeria São Paulo Street Art” parte do Google Art Project.
“São Paulo é o centro de um dos movimentos de arte mais ricos do mundo. Estamos empolgados em colaborar com artistas, especialistas e curadores para apoiar e celebrar essa rica forma de expressão cultural tão única do Brasil,” afirma Esteban Walther, diretor de marketing do Google para a América Latina. “Nosso objetivo com esse projeto é levar a riqueza da cultura brasileira em forma de arte a qualquer pessoa no mundo e eternizar algumas dessas artes por meio da plataforma do Google Art Project.
A galeria contará com mais de 100 obras na cidade de São Paulo, criadas por diversos artistas como Speto, Kobra, Mulheres Barbadas, Daniel Melim, Titi Freak, Zezão e Space Invader. Além dos murais, a coleção apresentará obras em fachadas e edifícios como Tomie Ohtake, Di Cavalcanti e Claudio Tozzi. A escolha das obras ficou a cargo de um grupo formado por artistas plásticos, jornalistas e especialistas em arte: Eduardo Saretta, Haroldo Paranhos, Eduardo Srur, André Deak e Felipe Lavignatti.
“Acho importante o lançamento do Galeria São Paulo Street Art pois reforça a notoriedade da arte que está presente na nossa cidade,” afirma Eduardo Saretta, um dos responsáveis pela Galeria São Paulo Street Art. “Embora esse tipo de arte já seja reconhecida pela critica e instituições formais, o projeto vai facilitar o acesso do grande público aos trabalhos dos artistas presente nas ruas de São Paulo.”
Confira fotos de algumas das obras que fazem parte da Galeria São Paulo Street Art do Google Art Project abaixo (e todas elas aqui):
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Saiba mais sobre alguns artistas, obras e projetos que apareceram aqui nos links abaixo:
Nina Pandolfo
Os gêmeos (Gustavo e Otávio Pandolfo)
Fábrica de Gatos
Retratos coletivos
Arte fora do museu (No Facebook: https://www.facebook.com/pages/Arte-Fora-do-Museu ).
A imagem que abre este texto, “Boleta” foi pintada por mais de 10 artistas, em 2013. Foto: Fran Parente.
História do Graffiti no Brasil é retratada em livro
A história do graffiti é tão antiga quanto a história da humanidade. Antes mesmo de existir uma verbalização do pensamento, as paredes das cavernas já se mostravam aptas a comunicar fatos ou integrar civilizações a partir de desenhos e representações vividas. A arte ou pintura rupestre nos leva ao período pré-histórico, em que o homem dividia sua existência com animais muito maiores do que nossos melhores devaneios.
Com o avanço da civilização, as manifestações artísticas progrediram, levando à evolução do graffiti, que adquiriu novas formas e ferramentas para continuar existindo e cujas técnicas de composição atualmente figuram tanto nas ruas quanto nas galerias mundo afora. Não à toa, as técnicas utilizadas pelos grafiteiros influenciaram artistas como Duchamp, Picasso, Brassai, Pollock, Warhol, Basquiat e tantos outros que incorporaram esse estilo de manifestação em suas obras.
Um capítulo da história desta expressão artística no Brasil, porém, ficou durante quase quatro décadas borrada, permanecendo nítido apenas na memória de um pequeno grupo de artistas que serviram de inspiração para a geração de Os Gêmeos e cia. E é esse registro inédito em textos e imagens que o livro Estética Marginal Volume II, organizado por Allan Szacher, com pesquisa e textos de Ana Davids, Daniele Simões e Morena Borba, da Editora Zupi, resgata a partir do relato daqueles que contribuíram para o desenvolvimento da arte de rua moderna no país.
A partir das biografias de Alex Vallauri, Carlos Matuck, Waldemar Zaidler, John Howard, José Carratu, Júlio Barreto, Hudnilson Júnior e Mauricio Villaça, entre outros, a obra documenta a contribuição desses “vovôs” do graffiti para as artes plásticas. Utilizando o spray e o estêncil, eles fizeram da exploração do espaço urbano um símbolo do direito à livre expressão. Longe das galerias de arte, foram eles que criaram os alicerces que permitiram às gerações seguintes despontar nos cenários nacional e internacional.
Vale a pena conferir!
Mais sobre o livro que foi lançado em setembro de 2012, aqui.
E durante as viagens?
Você fica atento às intervenções artísticas nos locais? Nós sim, e temos algumas fotos (logo a gente vai postando por aqui ou no Flickr do Mochila Brasil).
SHOW, VOU PUBLICAR SUA PAGINA NO SITE http://WWW.HIPHOPBRASILEVENTOS.COM.BR.
matéria sensacional!
Valeu Paulo! Talvez você já conheça o projeto Color+City, também muito legal: https://www.mochileiros.com/blog/noticias/color-mais-city