Estou me despedindo de 2017 com a vida zerada!
E por quê? Porque foi quando eu voltei para o Brasil depois de viajar 2 anos, cinco continentes, uns 50 países…
Apesar de me chamarem de louca por largar um emprego de 17 anos, de falarem que o mundo era violento para uma mulher sozinha, de perguntarem se eu tinha dinheiro suficiente e eu ter certeza que não, de vender um carro e gastar todas as economias…
Lá fui eu, viver um sonho, com uma mochila e sem passagem de volta. Sem a certeza de que seria tão fácil torná-lo realidade.
Sim, fiz sendo mulher, sim, viajei sozinha o que chamam de países mais perigosos para mulheres, ao invés de agressões, recebi sorrisos e acolhimento, por onde passei.
Apesar da pouca grana, sempre aparecia alguém para rachar uma coisa, apesar de largar um emprego de carreira concursada, hoje, sei que emprego nunca vai me faltar, por que posso fazer qualquer coisa, em qualquer lugar. Não preciso mais ganhar muito, o que me move não é status, são sorrisos.
Hoje vi na timeline, a notícia da morte de um rapaz da minha idade… já não senti angústia, porque se eu morrer, vou levar comigo o meu maior sonho realizado.
Não acho que esse precisa ser o sonho de todo mundo, mas era o meu!
Então, vou deixar para vocês amigos, um desejo para 2018: que você descubra qual é o seu sonho e, depois, tenha forças para acreditar nele, por mais que ninguém entenda a razão dele, nem mesmo você…
Sonha em fazer o mesmo, uma viagem de longo prazo? Seguem algumas dicas.
- Escolha países de acordo com o seu orçamento. Europa e América do Norte são bem mais caras do que o Sudeste Asiático e o Leste Europeu, por exemplo. Viajar na Africa, também, não é tão barato quanto se imagina, dependendo do país, é mais caro do que aqui. A Oceania tem preços comparáveis aos da Europa.
- Quanto gasta? Vai depender muito de quanto você está disposto a abrir mão do conforto. Já vi gente dando volta ao mundo com nada, com US$10,00 por dia ou US$ 100,00 dia. Só você vai conseguir entender em qual se encaixa.
- De onde tirar dinheiro? Para bancar uma trip dessas ou você vai ter que ter dinheiro guardado, fazer um bicos na viagem, ser nômade digital ou fazer work exchange.
- O que é work exchange? São opções de trabalho voluntário onde você ajuda em um lugar e em troca tem hospedagem, às vezes comida e outros benefícios, esses são alguns sites: Worldpackers, Workaway e Wwoof.
- Transporte/passagens é um dos itens que mais impactam no orçamento, então, se estiver com pouca grana, dê preferência a países que sejam próximos uns dos outros.
- Alimentação também é um gasto a ser considerado, cozinhar é sempre uma boa opção para quem vai com pouco orçamento.
- Sites como BlablaCar (carona) e CouchSurfing (hospedagem) podem ajudar a reduzir muito os gastos.
- Antes de ir pesquise sobre a cultura local, veja até que ponto você se identifica com o lugar em que está planejando ficar mais tempo.
- Planejamento pode ser importante, mas nunca limite-se a ponto de deixar a sua viagem inflexível. Você pode perder oportunidades incríveis se estiver com tudo reservado.
- Fique de olho no clima, quanto mais frio, mais pesada a sua mochila. Sem contar que tem países com temporada de furações, monções, muito calor ou inverno rigoroso… vale pesquisar antes.
- E por último, lembre-se: você não estará de férias, você estará morando no mundo, o que é bem diferente.
Torço para que seu sonho se realize. E acredite: ele só depende de você.
Se quiser acompanhar um pouco de como foi o meu, essa é minha página no facebook GirlsGo e esse meu Instagram GirlsGo.
*Gilsimara Caresia acredita na viagem como ferramenta de autoconhecimento e transformação. Brasileira, jornalista, turismóloga e uma apaixonada por viagens. Já viajou por mais de 80 países sozinha. Voltou recentemente de uma volta ao mundo de dois anos, pelos 5 continentes. Compartilha suas experiências na página GirlsGo.