O britânico Tony Giles teve a paixão por viajar desperta durante um intercâmbio universitário nos Estados Unidos em 2000. De lá pra cá não parou de viajar pelo mundo.
Com uma deficiência visual severa, com apenas 20% da audição e tendo passado por um transplante de rim em 2008, Tony, que tem 39 anos já visitou 124 países e tem como meta conhecer todos eles.
Em meio a problemas de saúde e às viagens, ele ainda conseguiu se formar em História Americana com um mestrado em Estudos Transatlânticos. Também escreveu dois livros, o ‘Seeing the World my way’, lançado em 2010 no qual conta um pouco de suas viagens mundo afora e o ‘Seeing the Americans my way’, lançado em 2016.
Sobre sua deficiência, Tony afirma que “viajar é mais do que simplesmente ver o cenário bonito ou a paisagem com seus olhos”.
Tony viaja sozinho o que para ele não é problema. “Viajar de maneira independente traz muitas vantagens, como o senso de descoberta e liberdade. Se eu viajasse acompanhado de alguém, sobretudo por alguém que enxergue, a pessoa estaria me guiando, fazendo todo o trabalho e eu não conseguiria tocar e encontrar tantas coisas”, diz.
Claro que nem tudo é fácil. Viajantes com todos os sentidos 100% se perdem e com Tony não é diferente. Ele comenta que é muito difícil procurar algo específico quando você não pode ver. “Passarão umas dez pessoas por você até que alguém pare e ofereça ajuda. Aí você interage”. Para ele, outra vantagem de viajar sozinho é a oportunidade de conhecer mais pessoas.
Você pode conhecer mais sobre o Tony e acompanhar suas viagens pelo mundo através do site e da página dele no Facebook.
Outros viajantes com deficiência, com histórias igualmente inspiradoras
– O viajante brasileiro Júlio César Barreto tem deficiência visual e contou um pouco sobre sua viagem solo aos Lençóis Maranhenses num relato no Mochileiros.com, confira aqui.
– A Gilsimara Caresia mostrou por aqui a história de duas americanas com deficiência auditiva que encontrou enquanto mochilava pela Índia.
– A viajante Devon Gallangher viaja pelo mundo e registra os lugares por onde passa de uma maneira bem criativa, em sua prótese. Um pouco da história dela pode ser conferida, aqui.
– O argentino Juan Maggi, perdeu a mobilidade das pernas quando tinha 12 meses de idade. Ele subiu o Himalaia com uma bicicleta para braços. Um pouco da história dele está aqui.
– O projeto ‘Montanha para todos’ que promove acessibilidade através de uma cadeira adaptada merece todo destaque. Nós ainda não conseguimos falar dele por aqui (por falta de tempo e mão-de-obra), mas você pode conhecê-lo e apoiá-lo através do http://montanhaparatodos.com.br/
Com informações de TonyTheTraveller.com, BBC e UOL.