Estive em Curtiba em abril de 2015 no que foi a minha primeira viagem sozinha. Estava numa nova fase da vida e decidi que uma viagem sozinha seria um ótimo desafio, uma novidade, um teste de “se vira”. A oportunidade surgiu quando a Tam fez uma promo de passagens para vários destinos do Brasil. Comecei a procurar por listas do tipo” Melhores lugares para ir sozinha” e encontrei Curitiba em quase todas e então me decidi por ela. Já era um desejo antigo conhecer essa cidade tão famosa por sua arquitetura, parques, transporte público eficiente e sustentabilidade.
Passagens compradas, comecei a montar roteiro e pesquisar hostels, já que iria sozinha, era a melhor opção. Foram 4 dias, aproveitando o feriado de São Jorge aqui no RJ. Escolhi o Expresso Curitiba Hostel, por sua localização e pelas camas tipo cápsula, que dão uma maior privacidade. Já havia ficado em um hostel com configuração parecida em SP e curti muito. Como meu voo chegaria 23:30h, fechei o traslado com o hostel, apesar de terem me garantido que era tranquilo chegar de busão naquele horário. Mas sozinha numa cidade estranha eu não iria arriscar. Logo de primeira passei meu primeiro perrengue/susto. Meu voo chegou meia hora adiantado, entrei em contato com o hostel para avisar, qual não foi minha surpresa qdo fui informada que não havia ninguém pra me buscar e que eles nem estavam sabendo. Entrei em pânico! E eu ainda havia confirmado via e-mail, no mesmo dia, se estava tudo certo com o transporte. Umas 3 ligações depois, o rapaz resolveu.
1º dia – Fui encontrar uma moça que conheci no grupo Viagem para mulheres no Face. Ela ficou de me passar umas dicas sobre a cidade. Nos encontramos pra almoçar próximo ao local de trabalho dela, que era próximo ao MON (Museu Oscar Niemeyer) e ao Bosque do Papa. O MON é lindo! Fiquei apenas na área externa, mas pra mim foi suficiente. Depois fui até o Bosque do Papa, que também é maravilhoso, nem parece que estamos no meio da cidade, com a densidade de verde que compõe o parque. Dentro do parque encontram-se algumas casa típicas polonesas, construídas com troncos de pinheiro.
Voltei para o centro e peguei um ônibus para o Shopping Estação, que a Tati havia me indicado. O Shopping funciona em anexo ao prédio do Museu Ferroviário, que conta a história da antiga estação de Curitiba. Aproveitei e matei a saudade do hambúrguer do Madero, um restaurante maravilhoso que havia conhecido no ano anterior em viagem a Foz do Iguaçu. Descobri que abriu um aqui no Rio, no New York lá na Barra \o/
2º dia – Embarquei no ônibus turístico, na praça Tiradentes, que é o ponto de partida, às 10h. O valor do ticket é 40 reais e tem direito a 4 reembarques, dentre os 25 pontos de parada. O bom é que tem alguns pontos que ficam próximos, então dá pra visitar duas atrações de uma vez, sem precisar pegar o ônibus. Os pontos que escolhi foram: Jardim Botânico; Bosque Zaninelli/Universidade Livre do Meio Ambiente; Ópera de Arame; Parque Tanguá e Memorial Ucraniano. Da Ópera de Arame até o Parque Tanguá, fui a pé. Mas acabei pagando mais um ticktet, pois resolvi descer no Memorial Ucraniano. Como ficou meio tarde, o Parque Barigui, que eu queria muito ter conhecido, ficou de fora. Finalizei o tour na praça Tiradentes mesmo e de lá voltei a pé pro hostel.
3° dia – Fiz o passeio de trem pela serra do mar, para Morretes e Antonina. Fechei com a Serra Verde Express, super recomento a empresa. Comprei o pacote da classe turística, que inclui: traslado, trem, guia, almoço e tour em Antonina e Morretes. Me buscaram no hostel bem cedo, era um sábado. Durante a viagem de trem o guia vai contando histórias e curiosidades não só do passeio como da região como um todo. É bem legal e interessante, além das belas paisagens. Eles dão um lanchinho e a bordo tem café e água. O tour é bilíngue. Chegando em Morretes, uma van nos levou diretamente a Antonina, onde paramos para almoçar o barreado, prato típico da região. Depois do almoço temos um tempo livre pra conhecer a cidade, que não é muito grande, mas é um charme. Depois retornamos a Morretes, onde acontece uma feirinha artesanal em sua rua principal. Também é uma cidade pequena e charmosa. A volta é feita de van pela estrada da Graciosa.
4° dia – Último dia, reservei para ir na famosa feirinha de domingo, a Feira do Largo da Ordem, no centro. Artesanato, gastronomia, música, artes e antiguidades, de tudo um pouco. A Tati me acompanhou dessa vez e me guiou em um passeio por áreas mais desconhecidas da cidade. Passamos por uma mesquita, já no final da rua da feirinha; fomos até o bairro Batel, onde tem o famoso Castelo do Batel, que é lindo; Praça do Japão; shopping Batel e finalizamos com almoço no Shopping Curitiba, onde foi reaproveitada a fachada de um antigo quartel do exército. Voltei pro hostel, peguei minhas coisas e fui pro aeroporto de ônibus. Não tem segredo, super tranquilo e te deixa dentro do aeroporto mesmo.
Essa foi a minha primeira aventura, gostei muito, aproveitei bastante e fiz os passeios que queria e no meu tempo. Recomendo Curitiba para primeira viagem solo, pela facilidade de locomoção em transporte público. Peguei táxi umas duas vezes apenas. Não sai à noite, pois fiquei com medo de andar sozinha por lá, mas pelo que fiquei sabendo que no centro, próximo onde ocorre a feirinha de domingo, tem uns barzinhos bem legais.
Onde ficar:
Indico o Expresso Curitiba Hostel e Coffee Bar.
Passeios:
Serra Verde Express – trem Antonia/Morretes
Linha Turismo – ônibus turístico
Restaurante: Madero
*fotos de minha autoria
Sou Juh Oliveira, autora do Bora Descobrir?, blog com dicas de viagem e turismo no Brasil, em especial no Rio de Janeiro.
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Amei teu relato. Tava justamente querendo saber se o passeio completo de Morretes valia a pena e vc já respondeu. Obrigada! 😘