Copenhagen é uma cidade agitada, como muitas outras capitais que eu conheço: gente por todo lado, moradores e turistas. Pessoas indo ao trabalho, levando as crianças prá escola, pegando ônibus, metrô, trem. Porém em Copenhagen, a grande diferença é que, a maior parte das pessoas faz isso tudo de bicicleta! Sim, as bicicletas estão por toda parte, em ciclovias muito bem demarcadas, com semáforos e sinalizações de trânsito semelhantes às que estamos acostumados. Como a cidade é em grande parte muito plana, isso facilita muito a vida de quem opta por esse tipo de transporte.
Muitas bicicletas são adaptadas com uma espécie de, como vou explicar, uma cesta grande, capaz de levar um adulto. E nestas cestas são transportados adultos, crianças, cães e até compras.
Hospedagem
Por indicação de um amigo dinamarquês, ficamos hospedados no bairro Nørrebro, um dos mais multiculturais da cidade. Por lá se encontra de tudo: restaurantes, supermercados, pequenos comércios, além de a localização ser excelente: 10 minutos de ônibus ou 30 de caminhada até Nørreport, bem no centro de Copenhagen. Fiz o trajeto algumas vezes à pé para ir conhecendo com calma.
Prá lá e pra cá
Tivemos uma sorte danada com o clima nos dias que passamos na cidade: muito sol e calor, sim calor!!! Em pleno início de outono, confesso que não fui preparada para temperaturas de 25, e no meu segundo dia na cidade, comprei uma bermuda para ficar mais confortável nas minhas caminhadas. E como andei, em média de 15 km por dia. Para mim é a melhor maneira de conhecer com calma uma cidade, observar o movimento das pessoas e parar sempre que algo interessante chamar a atenção.
Mas claro que acabei usando também o transporte público sempre que os pés pediam socorro, rsrs, e percebi também que o sistema é bem eficiente. A cidade tem duas linhas de metrô, 6 de trem e inúmeras linhas de ônibus com intervalos muito curtos entre um e outro. O máximo que fiquei esperando um foram 5 minutos, detalhe, num domingo perto das 23h.
Transporte público por lá não é barato para os nosso padrões: uma passagem única, que dá direito a usar qualquer um dos transportes em um intervalo de uma hora custa o equivalente a R$12,00 para 2 zonas (que cobre a maior parte da área central da cidade). Há opções de comprar bilhetes para 24 horas e para múltiplos dias com algum desconto. Neste site é possível verificar os valores atualizados: http://www.visitcopenhagen.com/copenhagen/transportation/tickets-prices
No centro da cidade pode-se fazer tudo à pé. Se a ideia for fazer compras, seja de marcas famosas ou souvernirs locais, vale dar uma caminhada pelos calçadões de Indre By. Nesta região, encontrei uma lojinha de produtos dinamarqueses, a Søstrene Grene. Lá podem ser encontrados itens úteis (e alguns não tão úteis assim, rsrs). Tem coisas para cozinha, papelaria e até doces, tipo de loja de onde sempre saio com alguma descoberta.
Uma outra dinamarquesa do mesmo tipo, porém menos sofisticada é a Flying Tyger. Como o próprio slogan da loja, lá é possível encontrar objetos dos sonhos e coisas que você nem sonhava que exisitiam. Esta loja está espalhada por várias partes da cidade e por outros países vizinhos.
Mas se comprar não for o objetivo, vale a pena andar pela região do mesmo jeito para contemplar a arquitetura.
Bem pertinho da estação Nørreport está o Jardim botânico, um lugar para respirar aliviado bem no centro da cidade. Locais e turistas aproveitam os gramados verdinhos nos dias de sol como se estivessem na praia. Verdade, alguns até de roupa de banho mesmo.
Caminhando um pouco mais na região central, cheguei ao local que mais gostei na cidade: Nyhavn. A região que no passado era um porto movimentado, agora abriga casas que foram renovadas onde estão instalados bares e restaurantes. O local fica especialmente charmoso ao por do sol.
Agora, sem dúvida nenhuma o local mais curioso de Copanhagen é Cristiania, uma comunidade alternativa na região central da cidade que tem suas próprias leis. O local foi estabelecido em 1971 por um grupo de hippies que ocuparam a área e criaram suas próprias regras sociais, completamente independente do governo Dinamarquês. Desde então a permanência da área vem sendo discutida com o governo.
Cristiania é um misto de casas, galerias, lojinhas e restaurantes, tudo com uma característica muito alternativa. É possível visitar por conta própria porém não é permitido tirar fotos, especialmente em algumas áreas indicadas, mas na entrada e na saída tiramos algumas e não percebemos nenhuma oposição dos locais.
Ainda na área de Cristiania, porém for a da comunidade, está a igreja de Nosso Salvador (Church of our Savior). Recomendo fortemente uma visita e principalmente, encarar os 400 degraus da escadaria estreita até o topo da torre, que proporciona uma vista excelente da cidade.
Textos e Fotos: Michelle Melo
Blog: Destinos, Fotos e Sabores
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