Nos últimos 20 anos, o mundo talvez tenha passado por uma das maiores transformações desde o final da Segunda Guerra Mundial. O estilo de vida nos grandes conglomerados urbanos se padronizou, nosso relógio biológico se desconectou dos ciclos naturais e até em alguns rincões da África, tribos milenares perseguem aos poucos o estilo do “American Way of Life”.
Cada vez mais, desejamos os mesmos produtos, compartilhamos das mesmas tecnologias e no mesmo ritmo em que nos tornamos mais solitários e egoístas, simulamos uma vida plena e perfeita nas redes sociais. Os fantasmas que nos assombram também são os mesmos: O medo da solidão, da violência e de enfrentarmos a escassez dos recursos naturais. Da ameaça constante de um colapso na economia global, do extremismo, da possibilidade de uma terceira guerra mundial e do abismo colossal entre os 1% mais ricos e a imensa maioria mais pobre.
Motivos não faltam para qualquer um querer fugir dessa ordem de coisas e talvez seja por isso e não por acaso, nas regiões mais desenvolvidas do planeta, que alguns indivíduos decidiram romper com esse modelo civilizatório para voltar a viver de forma tribal, isolados na natureza. Esse, que parece ser um comportamento espontâneo de ruptura, sem bandeiras, está sendo registrado através do trabalho de 2 fotógrafos franceses: Eric Valli e Antoine Bruy.
Bruy que desde 2012 já fotografou esse tipo de vida na Romênia, Espanha, Suíça e País de Gales, também visitou cerca de 15 acampamentos em seu país de origem, a França. O foco de suas fotos são pessoas que se desligaram das grandes cidades e passaram a sobreviver através da agricultura de subsistência, da criação de gado e da caça.
“Eu ainda quero conhecer as pessoas que decidiram deixar a sociedade norte-americana, para se esconder em lugares onde eles poderiam viver de forma diferente”, diz ele. “Eu acho que há muitas pessoas assim na América.” – e realmente há, e esse é o foco do trabalho feito por Eric Valli.
Valli passou 3 anos nos Estados Unidos fotografando pessoas que decidiram viver “Off the Grid”, fora do sistema, que abdicaram totalmente dos confortos da vida pós internet para viver de uma forma praticamente selvagem. Nas fotos de Eric é possível perceber que há 3 grupos distintos vivendo assim nos EUA. O caçador solitário da floresta, a família que parece viver como os Amishes, mas que não é desse grupo religioso, e no extremo, há aqueles que se parecem com os caçadores-coletores, os primeiros indivíduos da espécie homo sapiens.
Confira as fotos da série “Off The Grid” de Eric Valli e o ensaio “Scrublands” de Antoine Bruy.
Off The Grid, por Eric Valli
Moro em Itamambuca, Ubatuba-SP…dEIXEI minha cidade Mairiporã em 2016, acreditando no ideal de sair do sistema robótico e hoje vendo minha arte e incensos nas praias..Trabalho no meu ritmo, aproveito, descanso sem me importar se tenho que bater cartão ou estou mau vestida. Liberdade!
@Vannila_arts
Coragem para mudar de vidinha é o que falta…sinto isso todos os dias. Sou a única cá em casa que suspira por viver de forma mais simples não sobreviviam sem os tm tablets e afins.
Penso que me aguentaria … Será?
wow!!!!! fico surpreso , mas uma coisa eu digo ….eles estão vivendo esse mundão !!!
Um estilo de vida.
good vibes
acho que o meio nos transforma e sofremos mutações…bem difícil saber mil soluções e voltar no tempo a viver isolado. Só funciona por pouco tempo.
Acho que o passo mais difícil seria dar o primeiro passo rumo a uma vida fora do sistema.. Depois vc so precisa viver, com todos seus altos e baixos e ainda uma ótima vista! (pelo menos pelas fotos rs)