Clássico sulamericano: um mochilão por Bolívia, Chile e Peru

Por Jr Junior*

“Bom dia, boa tarde e boa noite!

Assim como você, eu também pesquisei muito antes de colocar a mochila nas costas e ir viajar.
Em Dezembro de 2016 comecei a planejar um mochilão totalmente terrestre pela América do Sul (aquele roteiro clássico) Bolívia, Chile e Peru.
Li muito, assisti muito vídeo, pesquisei muito. Mas todas as informações que encontrei era somente das paisagens, valores, etc, etc, e eu queria saber sobre os “perrengues” e o que realmente iria encontrar pela frente. Pois bem, aqui contarei tudo que vi e vivi nos 16 dias de viagem.

– Senta que la vem a história …

Ida

Terminal Rodoviário Barra Funda – São Paulo – SP (destino Bolívia).
Passagem: 280,00 Reais
Horário de Embarque: 14:30 hrs
Empresa: Cruceña

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Terminal Barra Funda – SP
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Embarque do Terminal Barra Funda para Bolívia.

Embarcamos às 14:50 hrs com vinte minutos de atraso, busão lotado de Bolivianos, durante a viagem o motorista coloca filmes em espanhol. Nossa primeira parada foi as 17:00 hrs em Santa Cruz do Rio Pardo – SP, uma cafeteria bem rústica com uma decoração que nos leva ao anos 50 e 60. Tem até um trem. (muito linda), comprei um pão de queijo 02,50 R$ e um Guaraná 04,50 R$

Nossa segunda parada foi bem rápida às 22:00 hrs no posto RodoServ em Presidente Prudente – SP, o motorista abasteceu, fomos ao banheiro e já embarcamos.Terceira parada foi às 02:00 hrs da manhã, não me lembro o nome do lugar por que não desci e já estava frio.
Já a quarta parada foi às 06:00 hrs da manhã em Miranda (Mato Grosso) na lanchonete Zero Hora, tomei um café com leite que custou 6,00 R$.

1º Dia

Chegamos em Corumbá às 09:00 hrs, mas o motorista não parou na fronteira, seguiu direto para a rodoviária de Porto Quijarro o que gerou muita discussão entre os Bolivianos e o motorista. (nós também ficamos fulo da vida com isso, pois teríamos que voltar para a fronteira).

Descemos do busão e pegamos um táxi até a fronteira (táxi não, uma Variante que mais parava do que andava, caindo aos pedaços literalmente) mas que nos levou…rs
O motorista cobrou 40 Bols, mas não tínhamos feito câmbio e ele fechou por 20 reais. Chegamos na fronteira às 10:00 hrs, entramos na fila para tirar o documento de saída do Brasil, havia na fronteira um atende (policial) extremamente grosso e sem nenhuma educação que xingava qualquer um que estivesse na sua frente.

Entramos às 11:15 hrs, eu fui atendido pelo mesmo policial arrogante que me perguntou para onde eu ia e quanto tempo ficaria, respondi e ele me deu uma ficha para eu preencher com meus dados, entreguei e ele me liberou. Atrás de mim havia uma moça com seu filho e seu esposo, estavam sendo muito xingados por esse policial. (deu dó)
Documentos em mãos seguimos e procuramos um táxi para nos levar até a Ferrovia Oriental (Trem da Morte). Pagamos 11 reais no táxi até a Ferrovia Oriental.

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Fronteira Bolívia.

(fizemos uma coisa que não deveríamos ter feito e que não sabíamos também, não pegamos a entrada da Bolívia e isso nos causou problemas na saída do país)

Chegamos na Ferrovia Oriental às 11:50 hrs e o próximo horário para a saída do trem seria às 13:00 hrs, compramos a passagem que custou 50 reais. Fui num mercado ali perto mesmo da estação, comprei bolachas, dois refri lata e uma garrafa de água um litro e meio, tudo deu 15 reais.
Embarcamos no trem às 12:40 hrs que saiu exatamente às 13:00 hrs.

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Embarque ao Trem da Morte.

No começo é legal é divertido mas depois perde a graça. É como se estivéssemos em um barco em alto mar, o trem balança de mais e a gente sente aquele maresia.
A cada parada os nativos (crianças) entram no trem para vender café, bolo e empanados. Até às 21:00 hrs é servido janta no refeitório do trem. Eu estava com muita fome e sabendo dos riscos de comer na Bolívia fiquei com o pé atrás, mas a fome falou mais alto. Pedi um prato que vinha arroz, fritas, bife grelhado, ovo frito, salada de tomate e cebola. Paguei 20 Reais.
A refeição estava muito boa, comi em poucos minutos (rs)

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Fui para meu lugar e não demorou muito já peguei no sono (neste dia não teve banho)

2º Dia

06:05 hrs, acordei já com o trem parado e o pessoal desembarcando, fomos procurar passagem para Cochabamba. Compramos com uma empresa chamada San Miguel, pagamos 100 Bols, viagem prevista para às 7:00 hrs. Saímos da rodoviária e encontramos um senhor que fazia câmbio, trocamos 100 Dólares por 697 Bols, no terminal só aceitam moeda local. Já compramos a taxa de embarque por 3 Bols. (em todas as rodoviárias e terminais que você passar já compre a taxa de embarque se não eles não te deixam sair da rodoviária) não resisti e comprei um saquinho de pão de queijo por 15 Bols.
O ônibus saiu às 07:30 hrs com previsão de chegada às 16:00 hrs, uma funcionária da rodoviária entra no busão para conferir se todos tem a taxa de embarque.
Dia de sol, estava muito calor, nossa primeira parada foi num restaurante (que não tinha nome) o único do lugar, paguei 1 Bol para usar o banheiro (primeiro de muitos, já que em todos os lugares paga para se usar o banheiro)
Comprei uma Coca-Cola 7 Bols, uma água de 1 litro 12 Bols, uma empanada (que estava uma delícia) 5 Bols e um pacote de bolachinha caseira 6 Bols. De frente o restaurante havia uma pracinha que acabei subindo para tirar umas fotos.

Saímos às 10:10 hrs, a estrada é boa e só fica ruim quando começa a subir as montanhas, o ônibus balança muito, uma hora a estrada tem asfalto e outra não, uma hora tem pedras no caminho (pensa no medo que da do busão cair). Durante o caminho sobem muitos ambulantes locais para vender diversas coisas.

Chegamos em Cochabamba às 17:15 hrs, fomos direto para a rodoviária comprar passagem para Potosi e achamos para às 20:00 hrs por 80 Bols.
Enquanto esperávamos o horário de embarque comemos um lanche 15 Bols e uma Coca-Cola de 500 ML 7 Bol. Comemos e deixamos nossas mochilas no guarda volume 7 Bols e já usei o banheiro 1 Bol. Fomos dar uma volta no centrinho (perto da rodoviária mesmo), comprei umas bolachas de trigo 5 bolachas 5 Bols e um saquinho de Folha de Coca (que foi muito útil na viagem) 5 Bols

A cidade é bem bagunçada, muita muvuca e tem lugares que cheira ruim, mas o povo é bem simpático, as mulheres com seus trajes típicos é muito legal de se ver. Voltamos para a rodoviária e embarcamos às 20:00 hrs, o ônibus saiu às 20:20 hrs. Viagem tranquila com previsão de chegada às 08:00 hrs.

3º Dia

Durante a viagem já da para sentir os efeitos da altitude, respiração seca e uma leve dor de cabeça, às 07:00 hrs o busão parou no meio do nada, tinha quebrado, desci para urinar já que o banheiro estava ocupado – 100or, por que fiz isso? Aquele frio que doía até os ossos, para urinar foi difícil, mas precisei ser rápido e voltar pro busão por que não ia aguentar nem mais um segundo lá fora.
Depois de 50 minutos conseguiram arrumar o ônibus, seguimos viagem (a 30 por hr). A paisagem das montanhas compensou o transtorno.

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Lugar onde o ônibus quebrou (a paisagem maravilhosa compensou)

Chegamos em Potosi às 08:50 hrs, desembarcamos na rodoviária e já fomos procurar passagens para Uyuni, perguntei para uma funcionária e ela me disse que aquela rodoviária era nova e tínhamos que ir até a rodoviária velha para comprar a passagem, pagamos 1 Bol para sair da rodoviária.
Pegamos um táxi 15 Bols e em 5 minutos já estávamos na rodoviária velha, compramos a passagem para Uyuni com a empresa Linea Emperador, paguei 30 Bols com previsão de saída às 12:30 hrs. Deixamos nossas mochilas lá na empresa mesmo e fomos conhecer a cidade e comer algo.
Andamos um pouco e entrei numa venda, comprei um Del Valle de laranja por 10 Bols, sentamos numa pracinha bem simpática onde uma senhora fazia crochê, sentamos e comemos aquelas bolachas que eu havia comprado em Cochabamba no dia anterior. O dia estava lindo.

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Lohanna e eu fazendo um lanchinho na praça em Potosi

Perguntei para uma senhora se havia casa de câmbio por perto e ela me disse que não e que a mais perto dali de táxi era uns 30 minutos, resolvemos não ir. Andamos ela cidade e comprei 2 ponkan 1 Bol cada, na rua mesmos as Cholas vendem. Entramos numa venda e compramos um café 2 Bols e um salgado de queijo 5 Bols.

Voltamos para a rodoviária, pegamos nossas mochilas e fomos esperar o embarque para Uyuni. Embarcamos às 12:45 hrs, busão lotado de nativos e turistas, estava um sol Senegalês mas a paisagem valeu a pena. Por todo o trajeto há lhamas e muitos cactos, a viagem é cansativa e por alguns minutos desconfortável.
Por alguns momentos eu precisei mascar folhas de Coca pois a altitude estava fazendo efeito.

Quase 5 hrs de viagem, enfim chegamos em Uyuni, descemos do busão pegamos nossas mochilas e fomos procurar um hostel, tivemos a indicação do Hostel Luna Blanca mas chegando lá a moça nos disse que o Wifi era somente das 20:00 às 22:00 hrs. Não ficamos.
Continuamos a andar pelo centro da cidade e entramos num hostel do lado de uma casa de câmbio, o hostel tem uma cafeteira ao lado e se chama Hostal Kory Wasy, perguntei o valor e a moça disse que era 80 Bols com Wifi e ducha quente incluso. Como já estávamos cansados ficamos com esse mesmo
O quarto era bem aconchegante, nos instalamos e saímos para procurar o passeio para o Salar de Uyuni, o ar já estava bem pesado e a respiração ficava cansada também, procuramos e não achamos uma agência, estava muito frio, passei numa farmácia e comprei 3 sachês de shampoo 2 Bols cada (esqueci de levar) e também 2 Sorochi Pills 4 Bols cada (esse comprimido é extremamente usado para altitude, se caso você comprar e não usar em altitude, descarte-o)
Saindo da farmácia a fome gritou e gritou alto, bem de frente a farmácia havia um fast food de frangos, muitas variedades, eu pedi um prato com filé de frango, arroz, salada de alface, tomate e cebola (claro que a salada eu não comi, rs).
Estava muito bom, voltamos para o hostel e acabamos nos perdendo…(rs) serio…pensa no frio e a gente lá na rua procurando o hostel mas enfim achamos e perguntamos para a moça se eles faziam o passeio para o Salar de Uyuni e ela disse que sim e que era 135 Dólares e ela fez por 880 Bols, nas outras agências estava por esse preço também. (pagamos também 50 Bols para o guia nos levar e atravessar a fronteira Chilena)
Fui para meu quarto arrumar a mochila e tomar uma ducha, no dia seguinte seria o grande dia…mas aí veio a pior parte…tomar banho com aquele frio. Liguei o chuveiro e deixei a água cair para ir esquentando, enquanto isso fiz a minha barba … entrei de baixo do chuveiro e a vontade era de não sair mais, a água estava muito boa. Estava fazendo 3º mas a sensação era de -3, 100or.
Peguei meu saco de dormir, entrei dentro, coloquei meu cobertor, fechei e por cima coloquei os cobertores do hostel que eram muito grossos.

4º Dia

Acordei às 7:00 hrs da manhã, não consegui dormir mais apesar do frio, levantei para ir a banheiro e…não consegui, estava muito frio, voltei para de baixo das cobertas (rs). Às 08:30 hrs não teve jeito, levantei, tomei uma ducha, arrumei as coisas e esperei a Lohanna acordar para tomarmos café.
Fomos para uma cafeteria bem perto do hostel Restaurante De Los Viajantes, pedi um café 10 Bols e um pão 1 Bol.

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Ponto Hali Dakar

Saímos e passamos numa lojinha bem perto do restaurante, comprei uns chaveirinhos 20 Bols, água de 5 litros 15 Bols (leve a sua em todos os lugares que for) e bolachas 20 Bols. Voltamos para o hostel e o nosso guia (que se chamava Froilan) já estava arrumando o carro para gente seguir viagem. Já havia um Brasileiro do Rio e uma Francesa no carro, passaríamos em outro lugar para pegar 2 Alemães.

Tudo pronto, fomos direto para o Cemitério de Trens (que é bem perto). O visual é incrível, o único problema é que tinha muita gente no local e mal dava para se tirar foto. Conversei com o guia e perguntei se teria como sairmos na frente para não ficarmos com tanta de gente nos próximos lugares, o guia disse que se o pessoal do nosso grupo concordasse não haveria problemas, todos concordaram.

Às 12:05 hrs paramos em Conchani numa feirinha que basicamente tem as mesma coisas que tinha em Uyuni às 12:35 hrs seguimos, às 12:50 hrs chegamos no ponto do Hali Dakar e onde tem as bandeiras de todos os países (ou quase todos)

Seguimos para a Ilha de Cactos às 14:15 hrs nosso guia disse para irmos comprar os tickets de entrada do parque enquanto ele arrumava o nosso almoço. Compramos os tickets por 30 Bols, voltamos e a mesa pro almoço já estava posta. Arroz, bife á milanesa, salada de batata, brócolis, cenoura e banana, Coca-Cola e água. Estava tudo muito bom, o guia disse que sua esposa havia feito o almoço e também nos revelou que o bife à milanesa era carne de lhama.

Terminamos de almoçar e o guia nos disse que teríamos uma hora e trinta minutos pra conhecer o local. Comecei a explorar o lugar que era realmente lindo e quanto mais se sobe mais pesado fica o ar, cheguei ao topo da ilha onde há uma pracinha e de onde se tem uma das vistas mais lindas que já vi. Aquele deserto de sal que se olhando de cima parece um mar totalmente branco.

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Ilha de Cactos

Às 15:50 hrs nos reunimos e seguimos viagem, às 16:30 hrs paramos no meio do Salar para fazer as fotos panorâmicas. Que sem dúvidas ficaram ótimas.

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Quase piso neles
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A turma toda

Às 18:00 hrs chegamos no hostel Los-Lipez (hostel todo de sal) não há Wifi e já paguei 10 Bols pelo banho quente…entrei no banheiro, tirei a roupa e tcharãnnn…não havia banho quente. Mas eu já estava pelado mesmo, bora tomar banho de lencinho umedecido. (fazer o que?)
Depois do “banho” a moça do hostel nos avisou que o jantar seria servido às 19:30 hrs, fui para a cozinha às 19:45 hrs já fulo da vida por que não tinha tomado banho quente e a moça do hostel me perguntou: A água estava boa?. Eu respondi: – Não, a água estava gelada. Ela me pediu perdão e talz mas não mencionou em devolver os 10 Bols que paguei pelo banho quente.
Sentamos á mesa e já nos serviram de entrada uma sopa de legumes que estava uma delícia e após a sopa veio o prato principal, Pique a Lo Macho (carne de lhama, carne de frango, fritas, cebola, pimentão, azeitona, tomate e ovos). Meu … na boa…aquilo estava muito bom, eu repeti três vezes (rs), ficamos conversando à mesa e depois cada um foi para seu quarto, isso já era 21:00 hrs, estava frio, mas não tanto quanto o da noite passada.

5º Dia

Acordamos às 06:00 hrs, nos arrumamos, tomamos café da manhã e às 07:00 hrs já estávamos prontos, às 07:10 hrs saímos antes dos outros grupos. Começamos a atravessar o deserto Tiguana, no caminho já avistamos os Vulcões. Às 09:00 hrs nosso guia parou em um mirante onde podíamos ver mais de perto os vulcões, um deles estava saindo fumaça. No local havia um banheiro 5 Bols para usar.

Seguimos a diante e já avistamos uma laguna, paramos onde há um hostel que custava 150 Dólares a diária, tem Wifi também, para usar o banheiro paga-se 5 Bols e 15 minutos de Wifi 20 Bols. O lugar é lindo e os flamingos dão o toque final a paisagem.

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Aquela panorâmica do local…

Continuamos subindo a montanha e essa hora eu já estava começando a ficar com dor de cabeça. Já estávamos bem alto, 3.500 metros de altitude, recebemos a informação que não poderíamos subir a montanha por causa da neve e dez minutos depois nosso guia nos animou dizendo que a estrada já estava liberada.
Subimos, subimos e subimos, dos dois lados só havia montanhas e neve, muita neve, no caminho encontramos com uma raposa e de vez em quando sentimos uma leve dor de cabeça por causa da altitude.

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Uma raposa caçando

Às 13:00 hrs nosso guia começou a procurar um lugar para almoçarmos, ele parou o carro no meio do nada e disse: Esse lugar é perfeito. Arrumou as coisas e em poucos minutos o almoço estava servido. Macarrão, frango assado, salada de vagem com cenoura, banana assada, Coca-Cola e água. Estava tudo muito bom.

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Nosso almoço

Terminamos o almoço e seguimos viagem rumo a Árvore de Pedra, chegamos lá às 14:20 hrs e … que coisa linda, inexplicável.

Seguimos viagem em direção a saída do parque e para sair era preciso pagar 150 Bols
Saímos do parque e seguimos rumo a Laguna Colorida, chegamos às 15:35 hrs. Sabe aquelas paisagens que a gente só vê na internet? Então…elas existem.

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Flamingos

Ficamos lá por volta de uma hora e meia, o lugar é de tirar o fôlego, eu abaixei para tira uma foto e quando levantei não me senti bem. Me deu tontura, dor de cabeça, enjoos, a visão começou a ficar escura. Eu tinha consciência que tinha que voltar para o carro, mas como se nem andar eu conseguia. Fui praticamente me arrastando e o pior, eu estava sozinho pois o pessoal do grupo estava espalhado.
Havia uma escada de uns vinte degraus até o carro, acho que subi em meia hora, um degrau por vez. Cheguei no carro, abri a porta e nosso guia estava deitado no banco do motorista. Sentei no banco de trás e ele me perguntou se eu estava bem. Eu disse que não e expliquei pausadamente o que tinha.
Ele me ofereceu folha de Coca mas eu já estava com algumas folhas na boca, me deu água e nada de melhorar, eu pensei que o passeio ia acabar ali naquele momento, (claro que eu tinha feito seguro viagem, paguei 82 R$ com a Mondial, já tinha lido relatos de gente que não fez, passou mal e pagou mais de 500 Dólares. – FAÇAM O SEGURO VIGEM), eu estava muito ruim. Alguns minutos depois a Lohanna chegou e me ofereceu um comprimido para enxaqueca, peguei dois e tomei. Aos poucos fui melhorando.
Seguimos viagem e às 16:30 hrs chegamos no hostel, entramos e conhecemos o lugar. Já estávamos loucos por um banho quente.
Às 17:40 hrs descemos nossas mochilas e fomos para os quartos mas não havia energia elétrica, no hostel havia um gerador que estava desligado, o dono do hostel viajou e só voltaria três dias depois (pensa na nossa cara de alegria). A única pessoa que sabia ligar o gerador era o dono do hostel. Uma funcionária nos disse que um motorista que estava a caminho do hostel sabia ligar o gerador.
Enquanto esperávamos o motorista chegar um café nos foi servido, chá, bolacha, café solúvel e leite em pó. Tomamos café e saímos pelo povoado para conhecer, havia uma venda bem perto do hostel com muita variedade de coisas e um vinho que estava 50 Bols, voltei pro hostel e perguntei se o pessoal toparia “rachar” uma garrafa, eles toparam e me deram o dinheiro. Voltei na venda e comprei a garrafa, chegando no hostel coloquei a garrafa na mesa e disse a eles que havia um bar ali perto e perguntei se eles não queriam ir tomar o vinho lá. Eles aceitaram.
O barzinho era muito bom, havia sinuca, mesa de pebolim, dardos, mesa ping pong, calefação e o melhor, música Brasileira. (Cristiano Araújo, Michel Teló e Gustavo Lima)
Às 18:00 hrs fomos para o bar e o forrozinho estava “comendo solto”, chamei uma guria para dançar comigo, o dono do bar Sr Luiz adorou (rs), parecia que a gente era a atração do lugar.

Às 19:15 hrs voltamos para o hostel, a janta já estava pronta e outros grupos já estavam jantando. De entrada era sopa e o prato principal era macarrão ao sugo com molho à parte e queijo de lhama.
Do lado da nossa mesa havia um grupo com um Brasileiro, uma Indiana, duas Francesas, convidei eles para ir no bar com a gente depois do jantar, eles toparam.
Chegando no bar jogamos pebolim, bebemos vinho, dançamos e demos muita risada.

Ficamos lá até às 21:30 hrs, a noite foi muito boa, voltamos para o hostel que logo na entrada havia uma mesa com uma única tomada onde todos colocaram seus celulares, tablets e câmeras para carregar. Às 05:00 hrs acordamos e cadê os celulares?

6º Dia

Quando acordamos os celulares não estavam lá a Lohanna havia deixado o dela para carregar também e a hora que chegou na mesa e não seu celular ficou desesperada. Ela perguntou para o nosso guia se ele sabia de algo e para alívio dela o guia disse que a moça do hostel havia guardado mas estava com ela no outro hostel.
Colocamos nossas mochilas no carro e fomos para o outro hostel pegar o celular da Lohanna com a moça. Tudo certo e seguimos viagem rumo as Águas Termais, não seria possível ir nos Geisers por que a estrada estava com neve.

As 07:10 hrs chegamos nas Águas Termais e mais grupo também chegava. Para tomar banho na Água Termal tinha que pagar 40 Bols, eu não entrei por causa do frio, a temperatura da água era de 37º,já fora dela era -5º, do nosso grupo somente o Carioca se arriscou.
Estava eu sentado num banco, encolhido por causa do frio conversando com a Lohanna quando uma moça perguntou se éramos Brasileiros, dizemos que sim e perguntei de qual lugar ela era, ela me disse que era do interior de São Paulo – São José dos Campos. Dai eu disse que também era de São José dos Campos dai ela me disse que era de Santana (Zona Norte da cidade) e eu disse que era da Vila Cândida (que é perto)…rimos muito por sermos de tão perto. Éramos da mesma quebrada (rs)

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Água Termal (37º dentro e -5º fora)
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Eu,Léa,Lohanna e o Pedro (Léa e Pedro são da minha quebrada,rs)

Depois de muitas risadas nos despedimos e voltamos para o carro, não demorou muito e o resto do grupo chegou também. Seguimos viagem às 08:00 hrs e às 08:45 hrs paramos ver a Laguna Branca e Verde.

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Laguna Branca e Verde

Às 08:50 hrs paramos na saída do parque para validar nossos tickets que pegamos ao entrar nas Lagunas, chegamos na fronteira Boliviana às 09:10 hrs, descemos do carro e entramos, Lohanna e eu éramos os únicos que seguiríamos, pois os outros dos nosso grupo voltaria para Uyuni.
O policial pediu para ver nossos papeis com o carimbo de entrada na Bolívia. (lembram que eu disse que cometemos um erro ao entrar na Bolívia?..Pois é, saindo da fronteira do Brasil deveríamos ter ido na fronteira Boliviana (que era perto da li mesmo) pegar a entrada. Não sabíamos disso e seguimos viagem).
Os policiais disseram que sem esse carimbo não poderíamos seguir viagem e como não tínhamos o carimbo eles nos cobraram uma taxa de 45 Dólares, pagamos fulos da vida e o policial carimbou um papel que ficou com ele mesmo e nos liberou.
Saímos de lá e ficamos esperando a van que nos levaria para a fronteira do Chile, havia mais pessoas esperando a mesma van.
Nossa van estava prevista para chegar às 09:00 hrs, só foi chegar às 10:40 hrs, colocamos nossas mochilas na van, nosso guia com o resto do grupo voltaram para Uyuni. O motorista disse que poderíamos ficar dentro da van esperando e ficamos lá, cozinhando no ar condicionado até às 11:25 hrs.

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Saída da Bolívia – Entrada do Chile.

Depois de mais de trinta minutos ele apareceu e disse: – Agora podemos ir.
Saímos rumo ao Chile, a estrada é ótima e a paisagem de tirar o fôlego. A todo momento se ver o vulcão Lincabur. E eu estava com uma dor de ouvido que estava me matando.

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Vulcão Lincabur.

Na van o motorista nos deu um papel para preencher com nossos dados,chegamos na imigração de São Pedro do Atacama às 11:50 hrs, já havia uma fila de espera. O motorista pediu para nós esperarmos na van, dez minutos depois ele nos chamou e fomos com os documentos e as mochilas para passar no raio x.
Tudo certo, entrada liberada, voltamos para a van e o motorista perguntou se tínhamos hostel reservado, dissemos que não e ele nos indicou um. Hulton, um hostel bem simpático porém caro. Pagamos 40 Dólares no quarto que tinha um banheiro privado e Wifi. (banho quente não existia), no fundo do hostel havia uma mesa grande onde todos comiam e no chão um lugar que se fazia fogueira de noite.
Deixamos nossas mochilas no hostel e fomos até o centro que era bem pertinho. São Pedro do Atacama não tem luxo, a cidade é bem simples. No caminho tinha uma casa de câmbio, trocamos 100 Dólares por 66 mil Pesos. (pensei que estava rico, que nada,doce ilusão)
Paramos numa praça onde havia um restaurante, pedi um prato de macarrão a bolonhesa, que veio numa decoração linda, feio era o preço 7,000 Pesos.

Voltamos para o hostel e aquela dor de ouvido que eu estava sentindo ao sair da Bolívia voltou a piorar, tomei um banho e dormi uma pouco, a dor não parava, estava horrível.
Fui até a recepção do hostel e perguntei pro rapaz se ele tinha algum remédio para dor de ouvido e ele me disse que não mas que conhecia uma forma muito boa de se curar a dor e eu perguntei qual era.
Ele disse que tragava um cigarro e soltava a fumaça no ouvido, segundo ele isso funcionava. Fiquei com medo desse método e perguntei se havia alguma farmácia por perto e ele me disse que só no centro, blz…fui, quer dizer, tentei ir. Estava muito frio e a neblina tinha tomado conta da rua, não se enxergava um palmo a frente do nariz. De frente ao hostel tinha uma mercearia, entrei e perguntei pra moça do balcão se ela tinha algum remédio para dor de ouvido e ela disse que não.
Vi uns vidros de azeite na prateleira e perguntei se ela tinha algum vidro aberto (pra fazer aquele famoso remédio caseiro), ela disse que não e que se eu quisesse um tinha que comprar, perguntei quanto era e ela disse que custava 1,000 Pesos.
O que eu vou fazer com um vidro de azeite no Chile? Não comprei o vidro mas comprei um suco de laranja 2,000 Pesos, uma água de 1 litro 3,000 Pesos, uma bolacha Cookies 1,000 Pesos e uma batata Lays 3,000 Pesos. O dinheiro Chileno é bem caro, bem acima do nosso Real, voltei para o hostel e já tinha um pessoal se aquecendo na fogueira.
Fiquei um pouco na fogueira com eles, Franceses, Espanhois, Italianos e Belgos e Brasileiros, conversamos,rimos ao redor da fogueira tomando uma cerveja com eles. Logo mais voltei pro quarto, estava muito frio e a dor de ouvido não me deixava.
Peguei um pouco de álcool gel e esquentei na colher, coloquei no ouvido e deitei, liguei para um amigo que é enfermeiro e contei para ele o que estava acontecendo e ele me disse que o álcool iria ressecar meu tímpano e perguntou se eu não tinha algum óleo vegetal, perguntei para a Lohanna se ela tinha e bingo … ela tinha e eu peguei um pouco, esquentei na colher ,coloquei no ouvido e tampei com um algodão. Já era 22:45 hrs, fui dormir pois na amanhã seguinte levantaríamos cedo para o Peru.

7º Dia

Acordamos às 08:00 hrs, comemos umas bolachas com o suco que sobrou da noite passada. Não havia luz, fomos até a rodoviária comprar passagem para Calama, só tinha para às 16:00 hrs e nosso check out do hostel era às 11:00 hrs.

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Rodoviária de São Pedro do Atacama

Voltamos para o hostel, às 09:00 hrs sentei um pouco lá nos fundos do hostel onde havia um pessoal que também assim como eu estava à procura do sol. (rs) Daí fui saber que no Chile das 05:00 hrs até às 10:00 hrs não há energia elétrica, o governo desliga a luz por que estava implantando um novo sistema de energia, por isso todo sábado não há energia elétrica.
Às 10:10 hrs a luz voltou, fui tomar banho mas não tinha água quente, tomei banho gelado mesmo. Arrumei as coisas e saímos do hostel às 11:10 hrs, fomos para a rodoviária e compramos passagem para Arica por 2,500 Pesos com a agência Magia Service. Isso era 11:45 hrs e o busão só sairia às 16:00 hrs. Pensa num lugar onde não há nada para se fazer, sem internet, sem sombra (pois em São Pedro Do Atacama não tem árvores) e o sol já estava ardido. A sorte é que tinha levado cruzadinhas para fazer. (leve também,ajuda e muito)
Às 12:15 hrs fomos para um restaurante dentro da rodoviária mesmo, Rincon de Panchita, pedimos um almoço que veio uma sopa de entrada e o prato principal foi peixe à milanesa, arroz, salada de tomate, um suco de laranja natural e de sobre mesa uma fruta (que a laranja estava muito azeda).Tudo ficou em 7,700 Pesos.

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Almoço na rodoviária de São Pedro do Atacama

Terminamos o almoço e ficamos na rodoviária até o horário do busão sair. SemOr, as horas não passavam, fui ao banheiro (paguei 3 Pesos) e na saída encontrei duas Brasileiras de Pirituba – SP que também estavam indo a Calama, mas estavam discutindo se iam à uma Rave que ia rolar no deserto naquela noite, uma queria ir e a outra não. Enfim…deixei elas lá e voltei para o lugar que eu estava.
De repente uma barulheira de buzina que vinha da rua, sai para ver o que era (parecia que estavam anunciando os noivos) mas não era isso, era um cortejo seguindo para o cemitério. (cada país com a sua cultura) rs
Enfim … 16:00 hrs, fomos para o local de onde saída o ônibus, já tinha gente esperando, mas cadê o motorista? A moça da agência ficou lá procurando ele, entrou no busão e nada, na frente da rodoviária havia um campo de futebol que estava tendo jogo, ela foi lá procura-lo e nada também.
Quando foi 16:25 hrs eis que ele aparece falando ao celular como se nada tivesse acontecido e muito menos atrasado. Embarcamos às 16:30 hrs e não demorou muito o busão saiu. Também fomos agraciados com as belas paisagens, montanhas, vulcões, deserto e o sol onipotente.

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Road

Chegamos em Calama às 17:50 hrs e já fomos procurar uma rodoviária para comprar passagem para Arica mas a cidade não tem rodoviária. Perguntamos para algumas pessoas onde se comprava passagem e um senhor nos mostrou o lugar. (exatamente onde descemos…rs)
O próximo busão para Arica era somente às 22:15 hrs, fazer o que? Compramos a passagem por 12.000 Pesos. Ficamos sentados um pouco lá mesmo mas depois de uns vinte minutos saímos para comer algo. No mesmo quarterão entramos numa padaria, compramos um empanado por 1.000 Pesos e uma Coca-Cola de 500 ML 500 Pesos, comemos, fizemos uma “horinha” e voltamos para a agência.
Não se tinha muita coisa para fazer na cidade, ela é estranha, ao mesmo tempo que é pequena é populosa (rs). Há muitas casas de jogos (bingos e caças niqueis) e muito salão de beleza também.
Voltamos para a agência e já havia algumas pessoas esperando lá, estava muito frio, quando foi 22:15 hrs uma funcionária da agência pôs uma mesa com café (solúvel) e bolachinhas e disse para nos servirmos.
Embarcamos às 22:05 hrs e às 22:20 hrs saímos. No ônibus havia uma criança que não parava de chorar e um rapaz que estava falando ao celular que não ficou quieto um minuto se quer (100or). Fora isso, não consegui dormir pois a dor de ouvido voltou a me incomodar.

8º Dia

Chegamos em Arica às 06:40 hrs, pegamos nossas mochilas e entramos na rodoviária, fui ao banheiro 300 Pesos mas para atravessar a fronteira tínhamos que ir até o terminal que era na mesma rua. Havia duas filas, uma para ir de ônibus e outra para ir de táxi, ambas eram 400 Pesos. Compramos o bilhete de embarque 300 Pesos e entramos na fila do táxi (era mas rápido) e estava menor.
Entramos no táxi às 07:20 hrs com mais três pessoas, o motorista pediu nossos documentos e levou para um guichê perto dali mesmo, trinta minutos depois ele voltou no carro com uns papeis preenchidos com nossos dados.
Arica é bem mais desenvolvida do que Calama, no caminho para a fronteira vimos Shopping, praia, uma avenida bem sinalizada e estruturada. Estava frio e o céu estava totalmente nublado, diferente de Calama que às 07:00 hrs da manhã o sol já estava raiando e o céu azul.

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Fila da Fronteira para entra no Chile

Chegamos na fronteira Chilena às 07:55 hrs, havia uma fila imensa, o motorista disse para nós ficarmos na fila e ele atravessou a fronteira com o carro e nossas mochilas. Passamos pela imigração do Chile e fomos para a do Peru que é de frente para a outra.
Às 08:30 hrs saímos da imigração e o motorista nos deixou no terminal, onde já trocamos o resto dos Pesos que nos sobrou por Soles. (a cotação do Soles é bem parecida com a do Real). Pegamos um táxi para a rodoviária 5 Soles, quinze minutos depois chegamos na rodoviária e compramos passagem para Cusco 50 Soles e deixamos nossas mochilas na agência isso era 09:50 hrs mas no Peru é uma hora a menos do que no Chile, então voltamos para 08:50 hrs.

Andamos um pouco na cidade que é bem simpática, tiramos algumas fotos e percebemos que as pessoas estavam tomando café da manhã (quer dizer), estavam tomando sopa com arroz logo cedo e em todo comércio que um do lado do outro vende as mesmas coisas.
Aquela dor de ouvido que eu estava sentindo desde a saída da Bolívia voltou a me incomodar, fui procurar uma farmácia e comprei um anti inflamatório 13 Soles, ali na rua mesmo pinguei o remédio no ouvido, coloquei o algodão e seguimos a explorar a cidade que tem muita, mas muita casa de strep tease (cada região do Brasil conhece por um nome específico…rs)
Voltamos para a rodoviária e ficamos sentados lá, não havia Wifi na rodoviária, somente em locais privados e eles não passam a senha. Para passar o tempo fomos num barzinho que era do lado da rodoviária, somente para usar o Wifi (rs), pedimos uma cerveja 8 Soles (que estava quente), saímos do bar e fomos para um restaurante do lado do bar procurar algo para comer pois no bar que estávamos a comida não estava com uma cara muito boa.

Nesse bar só servia Ceviche, 10 Soles, pedimos um e uma Coca-Cola de 500 ML 2 Soles, comi o Ceviche morrendo de medo de pegar uma intoxicação alimentar (rs) mas comi e adorei, estava muito bom.Voltamos para a rodoviária pois já era 12:00 hrs e nosso busão sairia às 12:30 hrs.
Embarcamos e saímos às 12:40 hrs, tudo ia bem até que às 13:30 hrs fomos parados por uma barreira policial, todos nós descemos e pegamos nossas mochilas para inspeção. Perguntei para um rapaz local o por que daquilo tudo e ele me disse que Tacna é uma cidade que acontece muito contrabando e sempre fazem essas inspeções, quarenta minutos depois fomos liberados. Pensa num calor de 40º pra piorar o busão não tinha ar condicionado.
A viagem foi longa, parecia não ter fim.

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Fomos agraciados pelas belezas naturais.

9º Dia

Chegamos às 05:20 hrs e já fomos procurar uma agência para comprar passagem para Cusco, vem muita gente oferecer seus serviços, acabamos fechando o passeio com a agência Inka Vocation (o proprietário é o Lenin, que fica na rodoviária oferecendo seus serviços) por 300 Soles e por mais 31 Soles ficamos com o Hostal Inkasa que é da mesma agência e do mesmo dono. O quarto tinha Wifi, banho quente e tv a cabo.
Deixamos nossas mochilas no quarto e fomos conhecer a cidade que é simplesmente linda e muito acolhedora. Fomos até a Praça de Las Armas que é dona de uma beleza única (lembra muito Ouro Preto, cidade de Minas Gerais). Havia gente do mundo todo ali.

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Plaza de armas – Cusco
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Plaza de armas – Cusco

Tiramos algumas fotos e fomos conhecer mais a cidade e a cada beco que se entra se descobre algo novo e interessante, entramos num local onde havia um gramado verdinho, comércios ao redor e umas lhamas. Perguntei pra a senhora que estava com as lhamas quanto era para tirar fotos com elas e ela muito simpática me disse que era a quantidade que eu quisesse dar, dei umas moedinhas pra ela e tirei as fotos com as lhamas que são umas gracinhas.

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Aquele beijo que a gente respeita

Depois das fotos fomos nas lojinhas e se dependesse da dona da loja compraríamos a loja toda de tanto desconto que ela nos dava. Eu gastei 100 Soles na loja e sai de lá antes que ela me deixasse sem dinheiro (rs). O dia estava lindo com um sol maravilhoso, andamos e andamos pela cidade até que … nos perdemos.
Foi um sacrifício para achar a rua do hostel, no caminho havia duas mulheres com um filhote de lhama oferecendo para tirar fotos com a gente e elas diziam que poderíamos dar o que quiséssemos mas estávamos sem dinheiro trocado no momento eu disse à elas que ia trocar o dinheiro e voltaria em poucos minutos. Mas na mesma calçada um pouco mais a frente uma senhora que viu tudo no contou que elas mentiam e que na verdade elas falavam que poderíamos dar qualquer coisa mais na verdade elas cobravam um valor fixo.
Agradeci a senhora e não voltamos lá, mas na esquina seguinte havia uma senhorinha bem simpática com uma garotinha, uma lhama e um bebê lhama, perguntei se por 2 Soles eu poderia tirar uma foto com a lhama, ela concordou.
Tiramos as fotos e dei os 2 Soles para a senhora, ela olhou para a moeda e me disse que era pouco daí eu disse para ela que ela havia concordado e aceitado 2 Soles pela foto e que eu não tinha mais dinheiro e também não iria dar mais nada. (era exatamente isso que as duas mulheres na rua anterior fazia). Ela me olhou sem graça e agradeceu.

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Bebê lhama,lindinho

Voltamos para o hostel, as horas no Peru demoram muito a passar, tomei um banho e voltamos para a Praça de Las Armas, damos uma volta e paramos na Tratoria Nona para comer uma pizza e tomar uma Crusqueña, tudo muito bom, eles fazem a pizza ali na nossa frente e assam também ali mesmo.

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Aquela Cusqueña pra relaxar

Saímos da pizzaria e andamos pelo centrinho da cidade que já linda de dia mais de noite tem um charme á mais, é maravilhosa, suas luzes e cores são impressionantes. Estávamos sentados num banquinho da praça quando uma senhora veio nos vender roupas e toucas uma mais linda que a outra. Ela pediu 45 Soles por cada blusa mas eu disse que daria 20 Soles em uma que achei linda.
Claro que ela não aceitou, mas depois de muita conversa ela fechou duas por 50 Soles e ainda dei 5 Reais pra ela. A Lohanna também ficou com uma blusa por 25 Soles.
No caminho passamos numa lavanderia e deixamos nossas roupas para lavar, tudo deu 20 Soles (quase 4 quilos). Saindo de lá quase de frente ao hostel havia uma “panaderia” (padaria), comprei uns pães para comer mais tarde 6 Soles.
Voltamos para o hostel e assim que chegamos a moça do hostel me disse que nosso passeio que estava marcado para sair às 06:00 hrs foi adiado para às 03:00 hrs por que as vias do Chile estavam todas fechadas por conta dos protestos que a população estava fazendo contra o governo por melhores condições trabalhistas.

10º Dia

Acordamos às 02:40 hrs da manhã, nos arrumamos e às 03:00 hrs já estávamos prontos para sair e havia mais gente no hostel que também iria fazer o mesmo passeio que a gente. A van chegou às 03:30 hrs e às 03:45 hrs saímos. Nossa primeira parada foi às 06;30 hrs num vilarejo para tomarmos café e usar o banheiro, continuamos a viagem e às 08:30 hrs paramos pela segunda vez num comércio que há a beira da estrada, a estrada da muito medo por ter muitos desfiladeiros .
Paramos pela terceira vez às 10:00 hrs em Santa Teresa e já paramos para almoçar, a cidade parece que foi construída no meio de um buraco e é toda rodeada por montanhas, meia hora depois seguimos viagem.
Às 11:00 hrs a van entrou numa estrada de terra que 100or, dava mais medo que a anterior mas que compensava pela paisagem. Às 11:30 hrs chegamos na hidrelétrica, nosso guia nos passou as instruções, quem ia de trem ficou esperando e quem ia á pé (nosso caso) poderia seguir a trilha do trem.

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Chegada na hidrelétrica

O dia estava lindo com o sol radiando lá no alto, comecei a caminhada com o pessoal mas cada um tem o seu ritmo, como tenho as pernas maiores (rs) segui na frente. Na boa, é muito cansativo e a gente anda por uma estrada que ás vezes é de terra e outras de pedra mas mesmo assim o cenário compensa e a todo tempo se ouve o som de de uma cachoeira e ás vezes se vê algumas quedas d’água e a todo tempo somos guiados pelo sons dos pássaros e sempre tem gente descendo a trilha ou seja, nunca está vazia.

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Subida à trilha do trem
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A partir dessa placa é só seguir reto toda vida (rs)

Em alguns pontos há bares ou alguém vendendo água ou frutas, duas horas depois, enfim … cheguei na entrada de Águas Calientes.

Como eu estava adiantado sentei bem na entrada da estrada que leva á Águas Calientes e esperei por volta de meia hora até que a Lohanna chegou com mais duas Brasileiras (Jordana e Gi) que estavam na mesma van que a gente, a partir da li seguimos mais trinta minutos (subindo um morro médio) até a chegada na cidade de Machu Picchu. Chegamos na cidade e nos reunimos na praça como o guia nos pediu. Havia muita gente, tipo…muita gente mesmo.

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Machu Picchu

Encontrei um Brasileiro de São Paulo que estava viajando sozinho e que ficou um pouco com a gente, lá no comércio da praça mesmo fizemos o câmbio do dinheiro para pagar a passagem de volta de La Paz para São Paulo.
Às 17:00 hrs os guias chegaram e na praça mesmo começam a chamar as pessoas pelos nomes ou pelo nome do grupo (o nosso era grupo Pullman). Às 17:30 hrs nosso guia chegou e chamou o nome do nosso grupo, fomos até ele e ele fez uma chamada e disse que era para nos encontrarmos ali mesmo na praça às 19:00 hrs por que precisava conversar com todos e depois da conversa íamos jantar, depois disso ele nos levou para o hostel.
Chegando no hostel a moça nos deu as chaves dos quartos, fui para o meu e já liguei o chuveiro para ver se tinha água quente .. uffa … tinha, tomei uma ducha de meia hora, dei uma organizada na mochila por que levaríamos somente a mochila de ataque, a mochila maior ficaria no hostel.
Às 19:10 hrs fomos para a praça e não demorou muito nosso guia chegou, conversou com todos e pegou nossos documentos para fazer a entrada a Machupicchu de lá fomos para o resturante, sentamos e já nos serviram uma entrada, sopa de macarrão e prato principal era frango ou bife grelhado, a moça do restaurante perguntou se queríamos frango e automaticamente todos ao mesmo tempo dissemos:
(Pollo não), Frango não,foi muito engraçado. (rs).

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Brasil,Espanha,França,EUA.

Após a janta saímos do restaurante e o guia nos passou a últimas informações. Disse que sairíamos às 04:00 hrs da manhã e quem fosse de trem poderia chegar lá as 05:00 hrs e quem fosse subir a montanha a pé teria que esperar na entrada do parque. Em momento algum ele nos disse como seria a subida, apenas disse que teria uma subida até a cidade dos Incas, depois das informações ele entregou nossos documentos junto com a entrada ao parque.
Saindo da li Lohanna, eu, Jordana e Gi fomos num mercado e compramos uma Cusqueña de 1 litro e ficamos na praça tomando e jogando conversa fora (foi muito bom)

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Para nós Brasileiros não tem tempo ruim.Tava frio? -Tava frio,mas lá estávamos tomando aquela Cusqueña gelada.

Às 10:30 hrs voltamos para o hostel pois tínhamos que levantar muito cedo, o dia foi puxado … eu estava precisando dormir pelos menos umas quinze horas (rs)

11º Dia

Acordei às 03:20 hrs, me arrumei e fui para o hall do hostel, ouvi um barulho e adivinha? … estava chovendo. Putz … que m#rda. Os outros que saiam de seus quartos também se assustaram quando viram a chuva (tipo … mio o nosso passeio) e na rua já havia gente vendendo capa de chuva por 5 Soles, compramos né.
Às 04:00 hrs descemos para o portão do parque que já estava com gente formando fila e cada vez chegava mais gente. Às 05:05 hrs o portão foi aberto, mostramos nossos documentos juntos com a entrada ao parque. Que emocionante, que emoção entrar na cidade perdida, a animação era muita mas que acabaria logo.
Começamos a subir os degraus e mais degraus e mais degraus num lugar que não havia iluminação, nem corrimão para ajudar na subida. Um degrau era pequeno, outro grande, outro torto,
100or … o coração estava disparando, tropeçando quase parando, parecia que não tinha mais fim e é tanta gente subindo que se a você parar no meio da escada parece que vai ser pisoteado.
A cada dez, quinze minutos eu parava para retomar o fôlego mas eu não podia ficar ali parado, eu queria continuar e chegar ao topo logo.
Às 06:35 hrs eu cheguei … sentei, respirei fundo, tomei muita água, comi uma banana e a cada pessoa que subia o último degrau comemorava e abraçava os que também chegavam.

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Mapa da subida ao parque

Esperei a Lohanna chegar, Jordana e Gi chegaram junto comigo e já foram para a fila de entrada no parque. Meia hora depois Lohanna chegou, fomos para fila também (pensa numa fila grande), entregamos nossos documentos com a entrada e entramos.
Era 07:30 hrs e estava nublado,não se via nada, a princípio tínhamos que ficar com o guia para as explicações e depois de uma hora pode se sair a vontade.
O lugar é lindo de mais e tem uma energia inexplicável, tiramos algumas fotos e saímos do parque já que não dava para se ver nada.

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Primeira vista da Cidade Perdida
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Ela fez pose para a foto (rs)

Sentamos numa muretinha que tinha bem na entrada do parque, comemos alguma coisa que tinha na mochila, descansamos e quando foi 09:35 hrs o sol começou a dar o ar da graça, já nos animamos, esperamos mais uns minutos e entramos no parque novamente (você pode entrar duas vezes, eles carimbam teu ingresso).
Fomos direto para o mirador, cara … que coisa linda que meus olhos estavam vendo, é mágico.

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Cidade Perdida dos Incas
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Pensa numa pessoa emocionada.

Na foto a cima atrás de mim está a Huayna Picchu, uma montanha que se pode escalar, nossos amigos Brasileiros Bruno e Aline subiram e nos relataram dos perigos que a montanha oferece.
Segundo eles a subida é bem pior e mais perigosa do que a subida a Cidade Perdida, não há corrimão ou qualquer outra “coisa” para ajudar na escalada. Eles disseram também que é comum as pessoas caírem da montanha, só que não divulgam o acontecimento por ser local turístico e talz. (chegando em casa pesquisei e realmente ha casos de mortes). – Tomem cuidado se forem se aventurar na Huayna Picchu.
Às 10:30 hrs resolvemos sair do parque e seguir o rumo, já que teríamos que descer as escadas e voltar para a hidrelétrica a pé. (tudo que sobe, desce). Descer as escadas foi tranquilo, fiz o percurso em cinquenta minutos, cheguei lá embaixo e esperei a Lohanna chegar, Jordana e Gi ficaram pois elas iriam para Águas Calientes no dia seguinte. (aconselho você a reservar 40 Soles para subir a Machupicchu de ônibus já que descer é tranquilo. A não ser que você queira viver a experiência de subir os 1.800 degraus)
Como anteriormente começamos a andar no trilho do trem juntos mas eu me adiantei e fiz o percurso de volta em uma hora e meia… 100or…minhas pernas parecia que tinha vida própria, não as sentia, eu queria chegar logo.
Quando cheguei na hidrelétrica sentei numa pedra, tomei água, respirei fundo, tirei a bota e calcei o chinelo, fiquei meia hora sentado a sombra de uma árvore. Detalhe – Peru estava em greve e tudo estava parado, quem subiu a Machupicchu de van ou de trem, teve de descer a pé.
Encontrei com uma família que veio na van com a gente, pai, mãe, filho, avô e avó na caminhada, um passinho de cada vez, de baixo daquele sol. Fiquei com dó dos tiozinhos que estavam caminhando com bengala, mas fazer o que?

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A volta para hidrelétrica

Nossa van estava prevista para chegar às 15:00 hrs, nesse horário todos do grupo já estavam na hidrelétrica, os guias chamam os grupos pelo nome e também chamam um por um pelo nome. Foi tenso fica lá esperando de baixo daquele sol quente, os borrachudos parece que são aprova de repelente, fora o cansaço e a dor muscular.
Às 15:40 hrs uma van chegou e já lotou, Lohanna e eu ficamos sem lugar, eu disse para o motorista que tinha passagem para La Paz às 22:00 hrs daquele dia e precisa voltar o quanto antes para Cusco o motorista me disse que não estava tendo ônibus para lugar nenhum por causa dos protestos. (já fiquei fulo da vida)
Enquanto isso ele tentava arrumar vagas em outras vans para gente e a todo momento tem motoristas com seus carros particulares oferecendo corrida para Cusco por 50 Soles. De repente o motorista chega na gente e fala para entrarmos na van que dentro de vinte minutos trocaríamos de carro, a van tinha lugares para quinze pessoas, estávamos em vinte e dois.
Trinta minutos depois trocamos de carro em Santa Teresa, isso já era 18:30 hrs, vinte minutos depois da van sair de Santa Teresa um rapaz esqueceu o celular na outra van, o motorista fez o retorno naquela rua curta e cheia de penhasco que na hora que ele começou a fazer o retorno com a van, todos ficaram com medo e começaram a gritar. (foi tenso)
Às 20:00 hrs fizemos uma parada de quinze minutos para comer e ir ao banheiro, continuamos (o motorista parece que voltou voando, naquelas curvas … 100or). Chegamos em Cusco às 22:55 hrs, o motorista nos deixou próximo a Praça de Las Armas. De lá fomos a pé para o hostel, estava um frio do cão, pegamos nossas mochilas e pegamos um táxi 5 Soles, 23:30 hrs chegamos na rodoviária que estava vazia, só havia o segurança e um taxista.
Perguntei para o taxista se havia algum hostel por perto e barato ele me disse que conhecia um por 30 Soles com Wifi e banho quente. Ele nos cobrou 5 Soles para nos levar até lá e em cinco minutos chegamos no hostel, fizemos o check in às 00:05 hrs.
Subimos para o quarto e já fui pro banheiro tomar uma ducha, pesa num corpo cansado, deitei e apaguei.

12º Dia

Acordei às 10:00 hrs com a moça do hostel batendo na porta e perguntando se iríamos pagar mais uma diária, abri a porta e ela disse que o check out era feito às 10:00 hrs, Me arrumei muito rápido, juntei tudo e coloquei na mochila, descemos para o hall do hostel. Como só havia ônibus para La Paz às 22:00 hrs perguntei para a moça do hostel se podíamos deixar nossas mochilas na recepção, ela deixou.

Saímos para o centrinho para passar o tempo, andamos bem devagar pois as pernas doíam muito, às 12:10 hrs entramos num restaurante que a refeição era dez Soles, pedi um frango empanado que veio com arroz, tomate e brócolis, estava muito bom. Saímos de lá e voltamos para o hostel, a cidade estava praticamente parada por causa dos protestos.
Voltamos para o hostel, pegamos nossas mochilas e assim que saímos do hostel apareceu um táxi, perguntei o preço para a rodoviária e ele cobrou 10 Soles, eu tinha só 5 Soles e ele aceitou.
Chegamos na rodoviária às 13:35 hrs e já compramos passagem para para La Paz 70 Soles. Só tinha ônibus para às 22:00 hrs, ficamos lá, esperamos e a essa altura do campeonato eu só queria a minha casa.
A rodoviária estava bem cheia e a todo momento ficam aquelas funcionárias das agências gritando: Arequipaaa, Arequipaaa, Arequipaaa, Arequipaaaaaaa … 100or … aquilo entrava no tímpanos e irritava de uma tal forma que dava vontade de ir e colocar uma mordaça na boca dela … kkkkkkkkkk
Infelizmente não tinha para onde fugir, era só esperar a hora de partida mesmo … enfim 22:00 hrs, pagamos a taxa de embarque 3 Soles, entramos no busão, me acomodei e dormi.

13º Dia

Acordei às 06:40 hrs com um funcionário nos entregando um formulário para preencher, pois estávamos chegando na fronteira. Preenchemos o formulário e entregamos para o rapaz. Descemos na fronteira do Peru para fazer a imigração, estava um frio do cão e eu desci sem blusa. Entramos na fila da imigração e em quinze minutos fui atendido.
Entreguei meu documento para o atendente e ele me pediu a cópia de saída do Peru … eu não tinha essa cópia, ninguém me falou que teria que tirar cópia desse documento. Perguntei para ele onde tiraria essa cópia e ele me disse que na rua da frente tinha uma copiadora.
Atravessei a rua e fui procurar a copiadora que ele disse, a rua era uma muvuca de gente, de carro, de comércio, 100or. Achei a copiadora e perguntei para o senhorzinho quanto era a cópia, ele disse que era 1 Sol, mas eu só tinha 50 Centavos de Soles e ele aceitou. Voltei para a fila da imigração, e na minha vez entreguei meu documento co a cópia. Tudo certo, sai de la e me juntei com o pessoal que estava no ônibus com a gente.
Mas estava havendo juramento á bandeira bem na fronteira, a cancela estava fechada e esperamos o juramento terminar, ficamos meia hora até que terminou, abriram a cancela e aos poucos entramos na Bolívia. Fomos para a imigração que é bem perto, entramos na fila e já havia gente preenchendo um formulário, perguntei onde pegava o formulário e fui na outra porta do lado de fora pegar, preenchi ali mesmo na fila. Tudo certo, fomo liberados, saímos da imigração e fomos esperar o ônibus, mas onde? … a cidade é uma bagunça, eles usam uns triciclos para se locomover e não estão nem aí, passam por cima de qualquer, batem uns nos outros e por aí vai.

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Saída do Peru, entrada da Bolívia

Ficamos uns vinte minutos esperamos o busão quando chegou um rapaz e disse que nosso ônibus estava nos esperando na fronteira do Peru, voltamos para lá, entramos no busão mas ele não saia. Estávamos atrás de um outro ônibus que estava quebrado e não tinha como nosso ônibus sair. Às 10:45 hrs o motorista pediu para que fossemos pedir aos policias para abrir a outra parte da cancela que estava trancada com cadeado, descemos e conversamos com os policiais e não demorou muito um deles pegou um pé de cabra e estourou o cadeado, a hora que ele abriu a cancela todos aplaudiram o feito do policial.

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Lago Titicaca

Seguimos viagem a vinte por hora pois a rua estava lotada de gente e comércio, é muita gente. Às 12:30 hrs numa rodovia paramos, entrou um policia e pediu para ver nossos documentos ele disse que era do controle de imigração, vinte minutos depois fomos liberados.
Entramos em La Paz e a cidade é muito feia, estrada de terra, casas sem acabamento, casas e comércios amontoados, o ônibus vai subindo e subindo. Olhando a cidade de cima é realmente linda, seu designer é totalmente diferente, já vendo de dentro … La Paz tem até um teleférico (que é bem convidativo) que cruza a cidade do alto .

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Teleférico em La Paz

Chegamos na rodoviária de La Paz às 14:35 hrs, fui procurar a empresa La Preferida a única que faz o trajeto de La Paz para São Paulo direto. Perguntei o preço da passagem e estava bem mais cara para voltar para o Brasil do que sair dele. 450 Reais ou 900 Bols
Eu só tinha 400 reais e pedi para a Lohanna me emprestar o que faltava para eu comprar a passagem, meu celular estava sem bateria, procurei uma tomada pela rodoviária e não tinha, somente um carregador com várias tomadas que a gente colocava 5 Bol e carregava o celular por dez minutos ou vinte Bols e carregava por trinta minutos, impossível eu não tinha mais dinheiro, em La Paz assim como em todos lugares que passei pelo Chile e Peru tudo era pago, banheiro, para carregar o celular, para sair da rodoviária, sentei no banco e comecei a fazer a cruzadinha para passar o tempo.
Às 19:30 hrs fomos para a o guichê da La Preferida e lá encontramos alguns Brasileiros que também estavam voltando para o Brasil com essa empresa, Franko o funcionário da La Preferida nos deu um papel para ser apresentado na fronteira e nos guiou até o local de saída do ônibus que por fora era lindo e parecia ser novo mais por dentro … todo remendado com fita, o banco em que eu estava não deitava e sem contar que tinha uma parte em cima do meu acento que estava solta e ficava batendo a cada acelerada que o ônibus dava, aquilo ficou batendo a viagem toda e para ajudar a estrada era de terra. 100or.

14º Dia

Acordei às 08:00 hrs, a previsão de chegada era às 12:00 hrs. Às 10:45 hrs fomos parados para inspeção policial, todos descemos, os ficais subiram e olharam o ônibus, quinze minutos depois retornamos e seguimos viagem. Às 12:00 hrs paramos no mesmo restaurante que paramos no primeiro dia, a parada foi de trinta minutos, o lugar estava lotado mas não comprei nada, desci apenas para carregar meu celular. Entrei no restaurante e perguntei para a moça que trabalha lá se havia alguma tomada que eu pudesse usar, ela me mostrou uma e fiquei lá carregando o celular.
Quando vi o motorista levantar da mesa e ir para o busão tirei meu carregador da tomada e fui também, por que eles não esperam todos voltar para sair e também não fazem uma lista de chamada para ver se todos estão em seus lugares. Às 14:05 hrs o motorista pediu nossa passagem de Santa Cruz (o funcionário da La Preferida nos entregou junto com a passagem).
Chegamos na rodoviária às 14:00 hrs e procuramos a empresa La Preferida para trocar as passagens e confirmar nossos acentos, só tinha ônibus às 20:00 hrs e naquele lugar não se havia nada para se fazer, estava um sol Senegalês.
No ônibus havia uns Brasileiros Bruno e Aline (do Rio de Janeiro que tínhamos conhecidos na Ilha de Cactos) e o Rodrigo (Bahia) que estuda medicina na Bolívia.
Às 19:30 hrs pegamos nossas mochilas e fomos esperar o busão que só apareceu às 20:15 hrs, às 20:30 hrs embarcamos, pensa num busão lotado de pernilongos … 100or, às 20:45 hrs o busão saiu.

15º Dia

Acordei às 06:20 hrs com o pessoal saindo do busão , chegamos na rodoviária, descemos e trocamos as passagens, deixamos nossa mochilas na agência e fomos para a fronteira a pé, pois não tínhamos mais dinheiro.
Uma hora depois chegamos, passamos na imigração, não pagamos nada e já fomos liberados era nessa imigração que deveríamos ter ido quando chegamos na Bolívia), fomos para a imigração do lado Brasileiro para dar a entrada no Brasil, isso era 07:50 hrs e a imigração só abria às 09:00 hrs. (pensa numa fila imensa)
Às 09:00 hrs abriram as portas e aquele policial arrogante e mal educado estava lá fora fumando, são duas filas, uma para entra na Bolívia e a outra para entrar no Brasil, estávamos do lado Boliviano (para entrar no Brasil) e esse policial chegou perto da fila e perguntou quem era Brasileiro, levantamos a mão e ele disse: – Vão lá para a outra fila. Sem entender o por que e nem questionar, fomos.
Mas a fila do lado Brasileiro estava lotada e havia um grupo de umas cinquenta pessoas (evangélicos) que estavam indo evangelizar na Bolívia e estavam fazendo muita festa, cantando, dançando e a fila do lado Boliviano estava andando e a nossa parada, voltei lá e conversei com um rapaz que estava na minha frente e perguntei se poderia voltar por que o policial tirou a gente de lá sem motivos e menos de quinze minutos já fomos atendidos por uma funcionária muito simpática.
Ao contrário do policial que estava lá aos berros com uma moça que estava saindo do Bolívia mas não tinha o carimbo de entrada, fiquei com dó dela, ela chorava muito e o cara berrando que nem louco e ninguém fazia nada para impedi-lo.
Saímos da imigração e íamos voltar a pé mas o Rodrigo que também saiu com a gente no convidou para irmos de táxi com ele (ele pagou)
Chegamos no terminal às 11:00 hrs, aquele terminal deserto que não há nada para se fazer, ninguém entrava e ninguém saia. Entramos na sala de espera e lá tinha um Brasileiro que se chamava Patrik (ele estava morando no Peru e resolveu voltar para São Paulo). Às 13:50 hrs fomos para o local de onde o busão iria sair, mas daí chegou uma senhora bem desaforada e disse que tínhamos que pagar a taxa de embarque para ela no valor de 10 Bls. Eu disse para ela que não tinha dinheiro e ela olhou para minha e disse: – 10 Bols ou 5 Reais, daí eu tinha 5 Reais em moeda na mochila, dei para ela e ela pegou. (achei ridículo isso)
Embarcamos às 14:10 hrs, tudo certo até que … quando chegamos na fronteira Boliviana um policial entrou no busão e pediu para ver nossos documentos, uma família com cinco pessoas que estavam mais ao fundo do ônibus teve que pagar uma taxa de quatorze Bols por pessoa e o Patrik que estava sentado atrás da gente saiu com o policial, quinze minutos depois ele voltou com o policial que dizia para ele providenciar seus documentos.
Quando o policial saiu o Patrik nos contou que ele estava sem seu RG (havia perdido no Peru e que lá eles deram um documento, como se fosse o RG deles) mas que não é válido na Bolívia, Patrik disse que o policial cobrou quarenta dólares de taxa para libera-lo e se caso ele não tivesse esse dinheiro ficaria lá com eles.
O ônibus andou e cinco minutos depois parou em frente a imigração do Brasil e lá ficamos por trinta minutos, os policiais Brasileiros estavam revistando as bagagens do ônibus. Seguimos viagem e às 18:35 hrs paramos por trinta minutos para comer e ir ao banheiro, às 23:35 hrs paramos por mais trinta minutos em um restaurante, seguimos viagem.

16º Dia

Às 05:00 hrs fizemos nossa última parada mas estava frio e eu não desci a previsão de chegada na Barra Funda era 11:00 hrs, chegamos no terminal às 12:15 hrs, desembarcamos com um dia lindo.
Me despedi da Lohanna, Patrik do Rodrigo e segui para São José do Campos – SP, dez quilos mais magro, cansado, louco por uma ducha e aquele prato de arroz com feijão.”

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Os lugares marcados são as cidades que passamos.

*Autor do https://relatodeummochileiro.blogspot.com.br/ onde podem ser vistas mais fotos sobre esta viagem.

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O Mochileiros.com é um blog e um fórum para viajantes independentes e mochileiros. Está online desde 1999 e foi responsável pela inclusão do verbete "Mochileiro" na Wikipédia em Português. Possui mais de 10.000 relatos de viagens publicados. Recebeu com muita honra o "Prêmio Influenciadores Digitais" nos anos de 2017, 2018 e 2020.

2 comentários em “Clássico sulamericano: um mochilão por Bolívia, Chile e Peru”

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