No auge da crise Grega em 2013, com as bombas de gás voando pela Praça Syntagma, Stergios Gogos e Alexandra Fefopoulou ainda não se conheciam. Alexandra estudava Filosofia na Universidade de Creta e Stergios trabalhava como garçom em cafés e restaurantes em Salonica, sua cidade natal. Cansados e sufocados por tudo que ocorria em seu país, decidiram então cair na estrada, cada um a sua maneira. Stergios vendeu tudo que tinha e partiu com sua Vespa PX200 e Alexandra viajou à África para fazer uma pesquisa para o seu PHD. Por essas coisas do destinos, ambos se conheceram enquanto estavam perambulando pela República Democrática do Congo e então amigos. Pouco tempo depois, os dois se reencontraram em Joanesburgo (África do Sul) e decidiram partir para um “test-ride” de um mês pela África do Sul e Lesoto e… Voilà, depois disso não se separaram mais. O “triangulo amoroso”, Gogos, Fefopoulou e Kitsos (a Vespa) está na estrada até hoje, já rodou 180.000 km por 27 países em 3 continentes e não pretende parar.
De Novembro de 2013, quando ainda não se conheciam até Janeiro de 2015 quando, os dois cruzaram a África. Passaram por Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal, Mali, Burkina Faso, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, República do Congo, República Democrática do Congo, Zâmbia, Botswana, Namíbia, África do Sul e Lesoto. Entre janeiro de 2015 e março de 2016 viajaram pela América do Sul, atravessaram a Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Chile e Brasil.
A meta agora é seguir a viagem até a América Central e, de lá, seguir para os Estados Unidos e Canadá, até chegarem no Alaska.
A viagem é financiada com recursos próprios: “Conseguimos viver com menos de 20 euros por dia. O próximo plano é fazer um filme e um livro sobre nossa viagem pela África.” relatou Alexandra em uma entrevista para a CNN da Grécia. “Quando comecei a viajar, vendi tudo que eu tinha, (a minha segunda moto, meu telefone, minha bicicleta…) e juntei com o dinheiro que economizei trabalhando. O plano era (e é) passar o dia com o menos dinheiro possível. Os patrocinadores também têm nos ajudando com equipamentos que precisamos (peças, equipamentos de camping, capacete) e também escrevemos para revistas interessadas em nosso trabalho”, completa Stergios, que para não ficar na mão, fez um curso de mecânica de 2 anos, o que garante a manutenção da motoca durante os vários quilômetros percorridos.
Até agora a viagem já consumiu 2.400 litros de gasolina, 54 litros de óleo 2 tempos e 130 litros de cerveja, o que me pareceu bastante justo! 😀
No site e no Facebook do projeto que foi batizado de WorldVespa, você pode acompanhar a aventura do casal.
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Parabéns….são feras…
Ótima postagem! Agregou muito. Parabéns!