Os Geoglifos recém-descobertos em Nazca no Peru poderiam ser versões mais antigas dos desenhos já conhecidos e que estão listados como parte do Patrimonio Mundial da Unesco . os 24 “novos” geoglifos encontrados pela equipe de arqueólogos japoneses datam entre de 200 aC e 400 dC.
Os novos geoglifos são menores e menos nítidos do que a aranha, o colibri, o condor e o macaco que são os mais conhecidos, mas a equipe da Universidade de Yamagata acredita que pelo menos algumas das imagens retratam lhamas.
“Eles fizeram esses tipos de geoglifos nas enconstas das colinas para que pudessem ser vistos claramente, as imagens possuem cerca de cinco metros até 20 metros de altura”, disse Masato Sakai, professor que liderou a equipe, ao jornal The Telegraph.
“As técnicas usadas por eles para fazer essas imagens são muito diferentes das usadas para fazer os geoglifos maiores e esperamos aprender mais sobre essas pessoas e suas habilidades através da pesquisa “, disse ele.
As novas figuras foram encontradas a menos de 1 km da cidade de Nazca e o Prof Sakai está preocupado que elas possam ser danificadas por pessoas que desejam explorar a área . Algumas das figuras maiores já sofreram danos devido à ação humana .
“Estamos muito perto de Nazca e há um plano para construir uma nova ponte que facilitará o acesso a esta área”, disse o Prof. Sakai. “Ela ainda não foi finalizada, mas eu tenho muito medo de que ela irá trazer muito mais pessoas para cá.
“Temos mantido um diálogo com o prefeito da cidade e representantes do Ministério da Cultura para pedir que façam tudo o que puder para proteger o local”, disse ele. “Eu espero que isso seja possível.”
A Universidade Yamagata foi a primeira a estudar as linhas de Nazca em 2004 e a criar um centro de investigação de grande escala no Peru em 2012. Até o momento, seus pesquisadores já localizaram cerca de 400 antigas linhas artificiais e cerca de 50 geoglifos.
“Pelo fato de terem sido degradados, é difícil determinar a forma exata de algumas figuras”, disseram os pesquisadores em um relatório apresentado ao governo peruano.
A equipe usou fotos e um scanner tridimensional para destacar as linhas degradadas e identificar as figuras. Ao todo, eles identificaram cinco novos grupos distintos de figuras.
“Eu retornarei ao Peru em agosto e a equipe continuará fazendo mais pesquisas sobre essas imagens para expandir nosso trabalho” disse o prof Sakai.
“Estamos constantemente fazendo novas descobertas e eu tenho certeza que existem muito mais linhas para serem encontradas.”
Fonte: The Telegraph