A aldeia Guarani Mbya da Boa Vista, que fica em Prumirim – Ubatuba, litoral norte de São Paulo irá celebrar seus 50 anos com uma festa nos próximos dias 13 e 14 de março.
O tema da festa é “Resistência e reconhecimento territorial” e contará com diversas atividades como pintura corporal, danças e cantos indígenas, comida típica, exibição de documentário, além de rodas de conversas com o cacique Altino Wera Mirim e remanescentes sobre a história e fundação da aldeia.
O ingresso custa R$ 10 e inclui alimentação, pintura facial e acesso às apresentações culturais. Estarão à venda artesanato indígena e realização de pintura corporal.
Para participar leve para uso próprio sua canga, esteira, lanterna, copo, prato, talher e repelente. Caso vá visitar a cachoeira (visita permitida somente com monitores da comunidade), leve também roupa de banho.
A aldeia fica no KM 29,5 da BR 101 (subir 1,5Km de estrada de terra) – Prumirim – Ubatuba.
A festa é uma realização da Comissão Guarani Yvyrupa – Associação Indígena Tembiguai, com apoio da Prefeitura de Ubatuba, por meio da Fundação de Arte e Cultura (Fundart), Funai, PROAC, Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina / Fundação Osvaldo Cruz, Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra, Paraty e Ubatuba.
A comunidade indígena de Ubatuba é representada por duas tribos, de origem Tupi-Guarani e Guarani; as aldeias Boa Vista e Renascer.
Confira a programação
Sexta-feira, 13 de março de 2020:
08h30 às 09h30 – Café da manhã típico
09h30 às 10h – Pintura corporal, sob coordenação de Mirim Valdeci, Adelino Mimbi e Alex Karai
10h às 10h20 – Abertura – Canto e dança Nhamandu Nhemompu’ã, sob coordenação Ailton Wera
10h20 às 11h – Roda de conversa com os anfitriões, Cacique Altino Wera Mirim, Dona Santa Rosa da Silva e Dona Jandira Rosa Paraguassu, remanescentes fundadores da Boa Vista, sobre a caminhada sagrada, instalação da aldeia e luta pelo reconhecimento do território em 1987
11h às 11h30 – Leitura da carta dos jovens da aldeia em homenagem ao cacique Altino Wera Mirim, a Dona Santa Rosa da Silva, a Dona Jandira Rosa Paraguassu e ao Prof José Roberto da Silva, primeiro indígena nascido na Boa Vista.
11h30 às 12h30 – Roda de conversa sobre o contexto atual e os ataques e perda de direitos na política indigenista no Brasil, com Marcos Tupã e demais lideranças e autoridades presentes
12h30 – Intervalo para o almoço típico guarani
14h30 às 14h50 – Apresentação do grupo de canto e dança Yyakã Porã, sob coordenação de Ivanildes Kerexu e Kuaray Alexendro.
15h às 15h30 – Mostra do documentário guarani “Jaguata Porã”, sobre a caminhada sagrada e história da Boa Vista, sob coordenação Kuaray Alexandro
15h30 às 16h – Dança Tangara, com os grupos Xondaro Mirim Mborai, Nhamandu Nhemompu’ã
16h às 16h40 – Dança Xondaro com os grupos Xondaro Mirim Mborai, Nhamandu Mhemopi’ã e Yyakã Porã
17h às 17h30 – Canto e dança dos grupos e participante todos juntos para confraternização e degustação do Bolo de comemoração feito pelas confeiteiras da aldeia e apoiadores
18h – Encerramento do primeiro dia
Sábado, 14 de março de 2020 – Dia dos festivais da cultura guarani
08h30 às 09h30 – Café da manhã, cozinha coletiva
09h30 às 10h – Pintura corporal, sob coordenação de Mirim Valdeci, Adelino Mimbi e Alex Karai
10h às 10h20 – Abertura com apresentação do grupo de canto e dança Xondaro Mirim Mborai
10h30 às 10h40 – Composição da mesa de anciões da comissão julgadora do festival
10:50 às 12h30 – Primeira etapa do festival Xondaro
12h40 – Intervalo para o almoço típico guarani
14h30 – Composição da mesa de anciões para a segunda etapa do festival: Chicha Kaguyjy, bebida feita de fubá e canjica
15h às 15h45 – Festival de Rora, comida típica feita de milho ou fubá
16h às 16h20 – Ritual de agradecimento com participação dos convidados
16h30 – Falas de agradecimento da organização, parceiros e apoiadores
17h – Encerramento
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