Na fronteira com a Venezuela e a Colômbia, o ponto culminante do Brasil, o Pico da Neblina (2.995m) ou o Yaripo, para os Yanomami, poderá ser visitado em 2019 mas os interessados já podem se inscrever para a visitação numa lista de espera (aqui).
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovou o ‘Plano de Visitação Yaripo – Ecoturismo Yanomami’ apresentado pelos indígenas em julho do ano passado. Os Yanomami da região de Maturacá (AM), em parceria com o ICMBio, Funai, Exército, Secretaria de Turismo de São Gabriel da Cachoeira e Instituto Socioambiental (ISA), elaboraram o documento.
O pico é duplamente protegido por pertencer à Terra Indígena Yanomami e ao Parque Nacional do Pico da Neblina. Por isso, o Plano de Visitação tem de ser aprovado também pela Funai, etapa final para que os Yanomami possam começar a levar turistas ao ponto mais alto do Brasil. A gestão da atividade será de responsabilidade da Associação Yanomami do Rio Cauaburis (Ayrca) em conjunto com a Associação das Mulheres Yanomami Kumirayoma (AMYK).
A visitação deverá ser uma alternativa de renda para os Yanomami, sendo o lucro da atividade turística revertido para uso comunitário seguindo as determinações da assembleia geral da Ayrca.
Para ser aberta ao público a visitação terá de ser aprovada pela Funai e o local ainda passará por melhorias na infraestrutura, por isso a previsão de início das visitas somente para 2019.
Para Luciana Uehara, gestora do Parque Nacional do Pico da Neblina, o ecoturismo mediado pelos povos originários, por exemplo, é um instrumento para incrementar a renda das comunidades, e alternativa para afastar as práticas antigas e predatórias, como garimpo, caça e pesca ilegais. “É uma possibilidade de construção de agenda positiva e de superação dos conflitos históricos”, ressalta.
Com informações do ICMBio e do ISA.
Existe alguma previsão de o parque abrir ainda nesse ano de 2019?