Worldpackers é uma plataforma que está se tornando uma queridinha dos viajantes brasileiros, pois permite que você viaje praticamente de graça – trocando trabalho por hospedagem – em mais de 170 países, incluindo o Brasil.
Diferente do que muita gente imagina, a Worldpackers não é uma agência de venda de pacotes de intercâmbio ou voluntariado. Eles são os intermediários entre o viajante e aqueles que querem recebê-los, sejam hostels, fazendas ou projetos sociais.
A plataforma tem três frentes principais:
Voluntariados “eco”: para quem gosta de permacultura e preservação do meio ambiente, geralmente em fazendas, ecovilas e outros projetos alternativos.
Work exchange em hostel: para quem pode ajudar com limpeza, recepção, turno da noite, bartender, cozinheiro e outros trabalhos necessários em hostels e similares.
Trabalho social: ajudar uma escola, ensinar idiomas, passar uns meses vivendo numa casa de família e coisas assim.
Como é a experiência de mulher viajando sozinha com a Worldpackers?
Através da plataforma você pode ficar hospedada em hostels, ecovilas, comunidades espirituais, fazendas, spas e outros tipos de anfitrião.
Também é possível fazer trabalho social pela Worldpackers, por exemplo, ensinando idiomas para crianças e adultos, dando aulas de artes ou esportes, ou até ensinando a fazer hortas. Realmente as opções são variadas!
Olha só a história dessa brasileira que tirou um sabático para fazer trabalho voluntário em comunidades tailandesas.
Alguns anfitriões oferecem coisas além da hospedagem, como o café da manhã, ou até as três refeições do dia. Outros anfitriões não oferecem refeições, mas podem te dar descontos em passeios, drinks, aulas de yoga e outras atividades.
Porém, não preciso me prolongar muito, porque já tem posts aqui no mochileiros sobre o que é a Worldpackers, quais são as habilidades mais procuradas pelos anfitriões, além de uma explicação completa sobre o plano para casais ou duplas de amigos.
Agora vamos às 5 dicas para mulher viajando sozinha pela Worldpackers
Meu nome é Juliana, sou autora do blog Virando Gringa e tive algumas experiências viajando sozinha como voluntária pelo Brasil usando a Worldpackers. Por isso vim compartilhar com vocês algumas dicas para mulheres viajando sozinhas como voluntárias.
Viajar sozinha é um assunto longo, afinal muitas mulheres têm vontade de ter uma experiência no Brasil ou no exterior, mas tem medo de acontecer alguma coisa ruim. Ir sozinha para qualquer lugar do mundo traz uma sensação única de liberdade e empoderamento. Ao mesmo tempo, os receios são normais, pois o mundo nem sempre está preparado para mulheres que viajam sozinhas, são independentes e tomam conta de suas vidas.
Se jogar em algo novo já traz insegurança naturalmente, porém sendo mulher isto é multiplicado por 10. Apesar disso, nada é impossível para nós, por isso vim responder as principais dúvidas de mulheres viajando sozinhas pela Worldpackers.
1 – Comece com destinos mais “fáceis”
Alguns dos países mais seguros do mundo são caros para turistas, como a Suíça ou os países nórdicos como a Noruega.
Mesmo em países assim, você ainda consegue economizar trocando trabalho por hospedagem, ou então pagando por hospedagem mas ficando nas cidades menos badaladas ou em bairros mais baratos. Pesquisa e planejamento da sua viagem são fundamentais para uma viagem barata e segura.
A América Latina é um ótimo lugar para começar, por que dá para ir de ônibus saindo de muitas capitais do Brasil, e o idioma é parecido! Às vezes, ter uma proximidade e ir para países mais parecidos com o nosso, pode facilitar a vida de quem sentindo medo de viajar.
Outra possibilidade é ir para os destinos
Mas os destinos fáceis são só o começo! Quanto mais experiência você ganha, mais segura você se sente viajando sozinha. Você tem muitas experiências para te inspirar a viajar sozinha para qualquer lugar do mundo:
- 5 aplicativos para mulheres que viajam sozinhas
- Mulheres negras viajantes: a viagem como uma maneira de (r)existir
- Mochileira croata dá volta ao mundo de carona
- Como pegar carona durante um mochilão sozinha
- Uma mulher, 8 meses, 4 países, de carona, vivendo intensamente
2 – Use o Seguro Worldpackers e o Suporte
O Seguro Worldpackers, é um recurso muito útil da plataforma, que garante três dias de hospedagem em um lugar similar ao que você escolheu caso aconteça algum problema com o anfitrião.
Em casos de assédio, que preocupam muitas mulheres, é fundamental informar o hostel assim que possível, e tentar conseguir provas da sua estadia ou até mesmo do crime. Nem sempre você vai conseguir as provas, mas avisar o hostel é uma maneira de informar alguém sobre o que aconteceu e receber apoio. Se a administração do hostel negar ajuda, acione o suporte da Worldpackers e peça para trocar de estadia.
No caso de hostels idôneos que vão te apoiar, logo depois de informar o hostel já peça que eles mesmos informem a Worldpackers, ou entre em contato com o suporte diretamente.
Nesse tipo de situação, o seguro te permite simplesmente ir para outro lugar, ou achar outra oportunidade de voluntariado. Assédio não é norma e quanto mais denunciarmos e falarmos sobre isso, mais difícil fica de acontecer. O importante é saber que você nunca está sozinha!
3 – Escolha o tipo certo de quarto para você
Quando procurar uma vaga na Worldpackers, vai perceber que alguns oferecem quarto privado, outras têm quartos compartilhados. E tem dois tipos de quartos compartilhados: uns que são só para a equipe de voluntários e outro que você vai compartilhar com todos os hóspedes – mais comum em hostel.
Para quem se sente insegura em compartilhar um quarto com alguém, existem muitas vagas que oferecem quarto privado, apesar de não ser a maioria. É claro que nem tudo é perfeito, afinal, a maioria das vagas com quartos privados são em cidades menores e lugares meio afastados.
Nas grandes capitais e destinos mais concorridos, predominam as vagas compartilhadas, mas se você tem receio de assédio não se preocupe. Dá para escolher quartos apenas para mulheres. Já para outros receios como roubarem suas coisas, procure sempre hostels que tem lockers, ou armários com cadeado, para hóspedes e voluntários.
Quando for perguntar ao futuro anfitrião sobre tipos de acomodações, lembre-se de fazer isso pela plataforma da Worldpackers, usando o chat deles, pois quem se comunica ou fecha viagem fora da plataforma perde o direito ao seguro!
4 – Escolha um hostel bem localizado
A Worldpackers tem todo tipo de anfitrião. Você pode voluntariar em fazendas, spas, centros de yoga e muitos outros lugares. Só que lugares distantes acabam sendo isolados – tem pouco ônibus, não dá para pegar um Uber se precisar e coisas do tipo.
Quando você tem pouca familiaridade em viajar sozinha, ir para um lugar movimentado pode te dar mais confiança. Ajuda porque você vai ver a movimentação da cidade, ter supermercados e todo tipo de serviço por perto, provavelmente estar perto de uma estação de trem ou de ônibus e sair à noite para curtir em lugares que tenham outras viajantes como você.
5 – Veja a avaliação de outras mulheres viajantes e use o chat
Outro ponto importante é verificar as avaliações de outras mulheres viajantes na página da vaga de voluntariado que escolher. Depois de finalizar uma experiência, cada voluntária pode deixar um comentário sobre o anfitrião e ranquear de 1 a 5 estrelas.
Procure pelos anfitriões com muitas avaliações, pois isso mostra que eles tem experiência. Procure também se atentar à data que a review foi escrita, afinal se tiver um monte de reviews mas todas forem de 5 anos atrás, não vai refletir o estado atual do hostel.
Outra coisa boa da Worldpackers é poder usar o chat. Você clica no nome da pessoa que deixou a avaliação e pergunta o que quiser sobre a experiência dela!
E aí gostou dessas dicas sobre a Worldpackers? Deixe comentários se tiver sobrado alguma dúvida sobre esse tipo de experiência. E lembre-se: toda caminhada começa no primeiro passo, supere o medo e bora conhecer o mundo!
Texto: Juliana do blog Virando Gringa
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A foto (da home e) que traz até este post é de Bryce Evans/Unsplash.