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Ola pessoal.

 

 

Fiz essas 2 travessias: da Serra da Bocaina (Trilha do Ouro) e Ponta da Joatinga/Paraty, uma seguida da outra, no dia 04/07/2003 terminando no dia 11/07.

 

A Travessia da Serra da Bocaina é muito conhecida pelo nome de Trilha do Ouro e se inicia em São José do Barreiro/SP e termina no bairro de Mambucaba em Angra dos Reis/RJ. Normalmente se faz essa travessia em 3 dias, mas como eu tinha intenção de conhecer o Pico do Tira Chapeú, resolvi emendar uma caminhada na outra.

Fiz primeiramente a caminhada até o topo do Pico do Tira Chapéu e depois segui para a travessia do PN da Serra da Bocaina.

 

Fotos e croquis da Travessia da Serra da Bocaina:

 

Fotos e um croqui com a trilha plotada da Travessia da Ponta da Joatinga:

 

 

Minha pretensão inicialmente era somente fazer a travessia da Serra da Bocaina (Trilha do Ouro), mas como o Pico do Tira Chapéu ficava próximo da portaria do PN, resolvi emendar uma caminhada com a outra.

Seriam 4 dias de caminhada exaustiva, mas as belas paisagens da Bocaina compensariam o esforço.

Peguei algumas dicas na net sobre a Trilha do Ouro, mas não me preocupei muito porque todas falavam que essa travessia é bem tranquila e sem receio de se perder.

Enviei a solicitação de autorização (obrigatória) ao PN para iniciar a travessia no dia 06 de Julho e depois liguei confirmando se tinham recebido. Tudo ok.

Um problema de se chegar na cidade de S. José do Barreiro (onde se inicia essa travessia) é a escassez de ônibus. Saindo de SP somente a empresa Pássaro Marrom faz esse itinerário, mas não é todo dia que ela faz esse percurso, por isso a melhor alternativa é seguir de SP até Guaratinguetá e de lá até S. José do Barreiro.

E com isso só fui chegar na cidade no início da tarde do dia 04 de Julho (Sexta-feira).

Quanto a hospedagem, já tinha uma indicação da Pousada da D. Maria que fica ao lado Igreja Matriz e segui para lá. É uma pousada simples e pequena, mas perfeita para passar a noite.

 

Depois de acomodado no quarto, saí para procurar algum transporte até o alto da Bocaina e comer alguma coisa.

Fiquei sabendo que sempre tem algum veículo que sai ao lado da Igreja, mas são bem caros. O ideal é para um grupo de 10 pessoas, mas eu estava sozinho naquele dia.

Há uma pessoa chamada Zé Pescocinho que é um dos mais baratos para levar até o alto da serra e recomendado por muita gente que já tinha feito essa caminhada.

Depois de me informar com a D. Maria onde fica a casa dele, fui até lá.

O carro que ele tem é um Fusca, mas fui informado por ele que só tinha eu para subir a serra, então ficaria muito caro.

E com isso não me restou alternativa senão subir até o alto da serra na caminhada mesmo.

 

Procurei acordar bem cedo no naquela manhã de Sábado (05 de Julho) e saí de S.J Barreiro por volta das 07:00 hrs na caminhada até o Pico do Tira Chapéu (2.088 mts) onde iria acampar.

A subida da serra é longa e exaustiva.

 

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Depois de umas 3 horas de caminhada começam a aparecer as primeiras bicas de água e o visual começa a ficar legal depois de + - 4 horas, quando toda a Serra da Mantiqueira com Pico do Marins, Serra Fina e Itatiaia aparece. Dá p/ se ver todo o perfil da Mantiqueira.

 

Todos os carros que passavam por mim nem procuravam me notar, para não dar carona, é claro. Um deles até tinha 2 montanhistas com mochilas na carroceria, confirmando que eles também iam fazer a travessia.

Lá pelas 14:00 hrs e depois de pouco mais de 20 Km, a estrada chega ao topo da serra e depois é só descida. Mais uns 4 Km do alto da serra e passei ao lado da Fazenda Recanto da Floresta (que pertence a Agência MW Trekking) e da Pousada Conde D´Eu.

Logo a frente tem a placa de Fazenda Sincerro e Fazenda Pinheirinho à direita e foi aqui que eu saí da estrada principal e segui na direção da Fazenda.

Até a sede da Fazenda Pinheirinho foram pouco mais de 3 Km, onde eu peguei uns 2 litros de água, porque no topo do Pico do Tira Chapéu não tem.

Ao passar pela sede ainda caminhei cerca de 1,5 Km pela estrada até a divisa da propriedade, marcada por uma cerca de arame e uma porteira.

Cerca de 100 mts antes de chegar nessa porteira se inicia a trilha, à esquerda, que é uma íngreme subida em direção ao pico.

 

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Resolvi apertar o passo porque o Sol já estava se pondo e precisava chegar em algum local plano para montar a barraca, pois já tinha caminhado cerca de 10 horas ininterruptas.

 

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Nessa primeira subida parei várias, como se o corpo estivesse mandando um aviso de que era preciso parar e montar a barraca por ali mesmo. E foi o que fiz quando a trilha se nivelou e seguia rente a cerca. O pico estava bem visível ao sul e era fácil localizá-lo.

 

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Montei a barraca em um local plano, junto à cerca, a mais ou menos 1 hora do topo do Tira Chapéu (como era área de descampado, durante a noite ventou muito).

No manhã de Domingo bem ao amanhecer deixei as coisas dentro da barraca e subi até o pico.

Foi só seguir a cerca de arame, já que ela passa pelo topo do pico, que na verdade não chega a ser um pico.

É um morro, onde 3 cercas de arame farpado se encontram. Segundo o IBGE sua altitude é de 2088 mts.

 

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No local existe uma Cruz e uma placa com uma oração e daqui dá para se ver toda a baía de Paraty, Pico do Frade, vales da Serra da Bocaina; em resumo, até onde a vista alcança.

Voltei e desmontei a barraca e segui em direção a Portaria do PN. O retorno até que foi rápido e cheguei na portaria por volta das 11:00 hrs. Assinei a autorização que tinha enviado 1 semana antes e segui em direção a travessia (isso é obrigatório, pois sem essa autorização não se consegue fazer a travessia).

 

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Junto à guarita encontrei um casal de adolescentes alemães que estavam entrando no PN para fazerem a travessia e com isso seguimos juntos a maior parte do tempo.

 

Logo depois da guarita, seguimos pela estrada e logo à frente já chegamos numa bifurcação à direita que sai da estrada e viramos aqui.

Pouco menos de 1 hora de caminhada desde a Portaria chegamos na Cachoeira do Santo Izidro à esquerda, que possui um belo poço na base, mas nem ficamos muito tempo.

 

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Voltamos para a estrada e com a maior parte de trecho no plano, seguimos caminhando com uma ou outra subida ou descida.

Depois de umas 2 horas de caminhada chegamos no acesso à Cachoeira das Posses, que está do lado esquerdo, mas antes de chegar nela, passamos ao lado das ruínas de uma antiga Fazenda.

 

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O lugar pode ser uma boa opção para acampar, se alguém estiver passando por aqui no final de tarde.

Pegue água nessas cachoeiras ou em alguma nascente que você cruzar, porque depois só no Camping e Pousada Barreirinha que está bem distante.

Depois de umas 3 horas desde a Portaria, a estrada inicia uma subida íngreme até chegarmos a uma outra bifurcação.

Nesse local existe uma placa apontando Pousada Vale dos Veados à direita e Trilha do Ouro à esquerda.

A partir daqui a paisagem vai se abrindo e a caminhada é feita por um pequeno trecho no plano para depois iniciar a longa descida até a Pousada/Camping Barreirinha.

E parecia que a descida não acabava mais. Começou a anoitecer e nada de pousada para passarmos a noite. Encontramos uma placa da Pousada indicando a 3 Km (mas pareciam que eram 6 Km).

Ela fica em um fundo de vale com a estrada passando do lado direito. Quem nos recepcionou foi o Sr. Sebastião e o lugar é perfeito para o primeiro pernoite dentro do PN, mas se você estiver passando muito cedo por aqui é possível chegar até a Pousada da D. Palmira, cerca de 1 hora à frente.

 

Chegamos na Barreirinha já durante a noite e já fomos montar nossas barracas no gramado (no local existem alguns quartos da pousada).

Combinamos que iriamos jantar no lugar, já que estávamos bastante cansados para preparar a comida e logo depois do delicioso jantar fomos dormir.

 

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No dia seguinte subimos o Pico do Gavião (subida ao lado da pousada, dá para fazer em uns 45 minutos) e lá do topo é possível ver o litoral e toda a região em volta. No local existe uma placa apontando altitude de 1600 metros.

 

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Depois de alguns clics, iniciamos a descida rapidamente e com as barracas desmontadas e mochilas nas costas, retomamos a caminhada por volta das 09:00 hrs.

Depois de uns 30 minutos de estrada tem uma bifurcação que muitos se confundem e pegam o caminho errado.

A estrada principal parece seguir para a esquerda, mas a o caminho correto é virar na bifurcação da direita.

Dali para frente a estrada passa ao lado da Pousada da D. Palmira e de algumas sedes de fazenda.

 

Esse trecho é desgastante demais, porque é um tal de sobe morro/desce morro, mas a estrada é bem nítida e já vai tendo ares de trilha em alguns lugares.

Água não é problema, pois cruzamos com inúmeros riachos pelo caminho. O que chama a atenção aqui é que o calçamento de pedras construído pelos escravos a cerca de 300 anos atrás. Ele não está em todo o percurso, mas em vários trechos ele está preservado.

Só é preciso tomar cuidado com o limo que se forma nas pedras, pois os tombos e escorregões são comuns.

Depois de um trecho final de descida, chegamos no gramado, ao lado do Rio Mambucaba as 16:00 hrs.

Ali me separei do casal e eles ficaram ao lado da Cachoeira do Veado em camping selvagem e eu na área de Camping da Pousada do Zé Candido e D. Vera, do outro lado do Rio Mambucaba, onde se atravessa por uma pequena gaiola de metal.

Junto do Rio Mambucaba existe uma enorme área gramada e perfeita para quem quiser ficar em camping selvagem ao lado do rio e continuando a trilha, próxima ao Mambucaba, chegará na pinguela sobre o Ribeirão do Veado uns 10 minutos depois.

 

Aqui uma outra bifurcação e seguindo em frente vai sair em uma outra Trilha do Ouro, mas essa conhecida como Trilha do Rio Guaripu que vai terminar em um bairro do município de Cunha.

Se quiser chegar na Cachoeira do Veado é só seguir na trilha à direita, logo que atravessar a pinguela.

 

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A cachoeira é enorme e com 2 quedas que somam mais de 200 mts de altura e que vale o esforço para chegar até aqui.

Depois de vários clics voltei ao camping.

Acordei cedo na manhã de Segunda-feira (07 de Julho) e com barraca desmontada e mochila nas costas voltei para o outro lado do Rio pela gaiola de metal.

Depois de passar o enorme descampado atravessei novamente o Rio Mambucaba na pinguela, seguindo agora pelo lado esquerdo dele por encosta bem inclinada.

Preste atenção porque desse trecho se tem um belo visual da Cachoeira do Veado e daqui para frente é trilha em mata fechada e só descida por umas 4 horas até o final dela.

Nesse trecho da travessia o calçamento de pedras é bem visível e está presente em boa parte dela, por isso cuidado com os tombos.

 

Quando chegar no final da trilha, na estrada de terra tente conseguir um transporte até o bairro do Perequê, porque é um longo trecho de uns 13 Km até a Rodovia, passando ainda por uns 2 rios pelo caminho.

Eu não consegui nenhuma carona, então tive que ir na caminhada mesmo e fui chegar no ponto de ônibus em Perequê por volta das 14:30 hrs e ônibus para Paraty só as 15:40 hrs, onde cheguei por volta das 17:00 hrs e como pretendia fazer a travessia da Ponta da Joatinga no dia seguinte, já fui atrás de uma pousada próxima do centro histórico (Pousada Marendaz) para tomar um banho e sair para comer alguma coisa.

A localização da Pousada é perfeita e seus preços são relativamente bons e como era uma Segunda-feira (07 de Julho) nem fui com reserva, pois sabia que a cidade estava vazia.

Depois de uma noite tranquila levantei bem cedo no dia seguinte (Terça-feira), tomei o café da manhã na pousada e sai em direção ao cais de Paraty para procurar algum barco em direção a Praia do Pouso por volta das 09:00 hrs.

Sempre é possível encontrar algum pequeno saindo do cais ou retornando para a Praia do Pouso e eu consegui um, que dividi com mais 4 adolescentes surfistas que estavam indo para a Praia Martim de Sá.

 

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Como o barco era pequeno, ele demorou um pouco mais e só fomos chegar lá por volta das 14:00 hrs.

 

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Depois de chegar na areia da praia com a ajuda de uma pequena canoa, agora era procurar a trilha que nos levasse morro acima até o selado e de lá descer para a Praia Martim de Sá.

A trilha se inicia logo atrás do orelhão, seguindo para esquerda e se tiver dúvidas é só perguntar para os moradores que qualquer um pode indicar. A subida é íngreme e exaustiva e depois de chegar no selado e passar pela bifurcação para a Praia da Sumaca (ou Praia da Joatinga) iniciamos a descida até Martim de Sá, onde chegamos por volta das 16:00 hs.

 

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O único morador aqui é Sr Maneco e sua família, que recentemente ganhou a posse definitiva do lugar.

Ele disponibiliza uma área de camping com banheiros e uma pequena cozinha com pias.

A praia é muito bonita, ondas fortes e boa para surf.

Depois de uma noite tranquila no camping, acordei bem de manhãzinha naquela Quarta-feira (09 de Julho) e fui acertar com o Sr. Maneco o valor do camping e saí em direção à Praia de Ponta Negra, meu objetivo naquele dia.

A trilha sai bem ao lado da casa, na direção oeste. Na dúvida é só perguntar ao Seu Maneco que vai te dar algumas orientações bem úteis, mas a trilha é bem nítida e fácil.

 

Existe uma bifurcação para um Poção e para o Pico do Cairuçú à direita, depois de uns 30 minutos, mas é uma trilha usada somente para quem vai até o Poço.

O Saco das Anchovas vai aparecer logo à frente com várias casas de pescadores ao lado do costão.

 

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Aqui é possível seguir pela trilha bem acima das casas ou descer e passar ao lado delas.

 

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Mais alguns minutos à frente e outra bifurcação, sendo que esta leva até a Praia do Cairuçú, onde existe uma casa e uma nascente ao lado. É uma praia muito pequena e quase deserta e ótima opção para passar algumas horas descansando.

Seguindo pela trilha principal, mais a frente passei ao lado da casa do Sr. Aplígio à esquerda e uns 50 mts depois tem um riacho onde encontrei algumas mulheres lavando roupas.

 

Depois desse riacho tem ainda uma outra casa à direita e logo a trilha se divide em 2: uma que segue para esquerda, próxima ao costão, mas a trilha certa é a da direita.

Mais alguns minutos de caminhada e chego novamente em uma bifurcação em "T", onde é só seguir para esquerda e daqui para frente é plano até iniciar a longa subida, com alguns trechos bem íngremes cruzando inúmeros riachos (junto a bifurcação existia uma placa fixada em uma árvore indicando PONTA NEGRA para esquerda, mas parece que recentemente retiraram ela).

Esse é o pior trecho, já que a subida parece nunca terminar. A caminhada é muito cansativa por dentro da mata fechada e no meu altímetro o topo chegou a + - 560 mts.

Pouco minutos antes de chegar lá existe uma Gruta chamada Toca da Onça que pode ser uma boa opção em uma emergência.

Depois de um pequeno trecho no plano, agora é descida muito íngreme, onde é recomendável ir se segurando nas raízes e galhos senão é tombo na certa.

 

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Cheguei na Praia de Ponta Negra as 16:00 hrs com uma pequena chuva.

 

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Aqui existem 3 campings e escolhi o quintal da casa da D. Dilma, junto da escada de acesso à praia. O lugar era bom porque tinha a proteção de um bambuzal bem ao lado e a praia estava bem próxima.

Depois de montada a barraca, desci até praia e encontrei inúmeras crianças que jogavam futebol na areia.

 

Entrar na água era um pouco perigoso porque as ondas eram fortes, devido ao tempo chuvoso. Só fiquei mesmo observando o pessoal jogando futebol.

Depois de alguns clics voltei para a barraca e fiquei descansando até o anoitecer, quando fui preparar meu jantar.

Durante a noite choveu para caramba e de manhãzinha ainda tinha aquela garoa e o vento frio. Fiquei na dúvida se continuava dentro da barraca ou continuava a caminhada. Ficar no camping com aquele garoa era perda de tempo.

Não poderia ficar esperando o tempo melhorar, né.

Continuei a travessia com garoa mesmo.

A continuação da trilha está bem a oeste da praia e seu acesso é bem fácil.

 

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Depois de alguns minutos já fui chegar na Praia das Galhetas (muita pedra e sem areia, mas inúmeros poções em um rio que deságua na praia). Nesse trecho é preciso tomar muito cuidado porque a trilha cruza o rio pelas pedras.

Deixando o rio para trás, a trilha vai subindo um pequeno morro para depois descer tudo.

 

Nesse trecho se encontra com uma bifurcação junto a um pequeno riacho que leva até a Praia dos Antiguinhos, que é deserta.

Mais alguns minutos e chego na praia mais bonita dessa travessia: a dos Antigos.

 

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O local conta com 3 nascentes e é proibido para camping.

Existe até uma placa no local alertando sobre isso.

Nessa praia fiquei por um bom tempo apreciando a vista (é por essas coisas que vale toda essa caminhada).

 

Mais um trecho de subida de morro e chego na Praia do Sono, que é a última dessa travessia e a preferida de muitos mochileiros.

 

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O visual que se tem antes de descer até a praia é lindo e mereceu vários clics.

O problema é que a chuva deixou a trilha escorregadia e com isso tive que descer bem devagar para não cair.

Próximo da areia, encontrei muito barzinho com algumas barracas e mais para dentro existem outros inúmeros campings.

 

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Depois de chegar no final da praia, parei um certo tempo aqui e fiquei só observando a minha última praia dessa caminhada, pensando em voltar algum dia com tempo bom.

A continuação da trilha é no final da praia, mas agora a caminhada é quase toda ela feita por uma antiga estrada de terra com um pequeno trecho inicial por trilha íngreme.

Do Sono até o ponto de ônibus na Vila Oratório foram umas 2 horas de caminhada, onde cheguei por volta das 13:00 hrs e lá esperei o circular para Paraty.

Ainda deu tempo de comprar a passagem de volta para Sampa naquele dia 10 (Quinta-feira) no ônibus das 16:30 hrs, onde dormi a maior parte da viagem.

 

 

Abcs

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A travessia da Serra da Bocaina com Morro do Tira Chapéu dá p/ fazer em 4 dias, ficando uma noite em S.J. Barreiro, outra próxima da base do Tira Chapéu, outra em camping ou Pousada, umas 8 horas depois da entrada do parque (Pousada Barreirinha, uma das mais baratas) e a última noite na Pousada da D. Estelina (um pouquinho antes de chegar na Cachoeira do Veado).

Na Pousada Barreirinha há a Pousada e um bom gramado p/ montar sua barraca. Na D. Estelina a mesma coisa.

Só q D. Estelina vc terá q atravessar o rio Mambucaba.

Valores: em S.J. Barreiro as pousadas estão na faixa de 20,00 a 30,00 Reais. Na travessia também quase os mesmos valores. Já se for c/ barraca, o camping está entre 3,00 e 5,00 Reais.

A P. Barreirinha tem banho, mas só se vc ficar na pousada. O camping não tem chuveiro. A da D. Estelina possui chuveiro quente no camping.

 

 

Abcs.

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Brigadão Cara!!!

Pretendo ir no carnaval de mochilão e barraca mesmo!

Gostaria de curtir o Tira Chapéu e as principais cachoeiras da região.

Preciso de dicas sobre locomoção dentro da cidade(até o pico), bons locais pra camping, uma pousada razoável (provavelmente vou chegar a noite). E a principal como chegar ate a cidade??? Vou sair do Rio e ainda não sei pra que cidade devo pegar o onibus.

Valeu mesmo pelo sua ajuda!

Quando vier a Serra dos Órgãos terá um ponto de apoio forte por aki!

[]´s

Alan

  • Membros de Honra
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Alan.

O unico onibus q passa por S. J. Barreiro sai de Guaratinguetá/SP, em 2 horarios. Um por volta de 10:00 hrs e outro durante a tarde. O trajeto é de umas 3 horas, passando por varias cidades pequenas.

Em S. J. Barreiro peça p/ descer em frente a Igreja Matriz. Há uma pousada em frente a essa igreja.

A estrada q sobe a Bocaina inicia-se ao lado dessa igreja. Como vc irá no Carnaval vai encontrar muita gente, então é provavel q consiga uma carona. Se não, saia bem cedo se quiser chegar no Morro Tira Chapéu antes do anoitecer. Eu sai da cidade 07:00 hrs e subi toda a serra na caminhada, chegando na base do pico por volta das 18:00 hrs.

Qto a camping na travessia, é facil. Passando pela portaria até, no máximo 10:00 hrs vc chegará na Pousada Barreirinha (q tem um bom gramado p/ camping) por volta das 18:00 hrs.

No dia seguinte saindo por volta das 09:00 hrs chegará na Pousada da D. Estelina (ao lado da Cachoeira dos Veados) no máximo até 16:00 ou 17:00 hrs. Se quiser, há camping selvagem ao lado da Cachoeira.

Vou procurar saber os horarios corretos do onibus q sai de Guara, ok.

 

Vc conhece a trilha até o Morro do Tira Chapéu?

 

Abcs.

 

 

Augusto

  • Membros
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Mais uma vez obrigado,

Ainda não consegui nenhum guia deste trajeto, com isso não conheço as trilhas do mesmo, porem já encomendei a revista do Sergio Beck pra ver se tem algo interessante.

Por enquanto a unica pessoa que conheço que já fez a travessia é vc.

[]´s

Alan

  • Membros de Honra
Postado (editado)

Alan.

A trilha até o Morro do Tira Chapéu é tranquila. Muito fácil de encontrar.

O Beck detalhou bem com algumas dicas. Vc já deu uma olhada no site da Revista, não? Vc encomendou em Petropólis?

Vc encontrará nas revistas de número 02 e 04 (na de número 02 número ele descreve a travessia saindo de Arapei e não passando pela entrada do parque, já na número 04 ele descreve a subida ao Tira Chapéu).

São bem descritivas e vale a pena.

No meu album de fotos da Bocaina no multiply eu coloquei o croqui que o Beck para a subida desse pico.

 

 

O local onde fiquei se chama Pousada da D. Maria (12- 3117-1281).

Qto a horarios de onibus, saindo de Guaratinguetá, pela empresa Passaro Marrom são:

06:50h/10:50h/14:50h/19:50h.

Aqui em São Paulo só há um horario e bem ingrato: 16:30h

Se vc encontrar dificuldades p/ conseguir a Revista, é só falar e aí eu relato a subida ao Tira Chapéu, ok.

 

Abcs.

 

 

Augusto

Editado por Visitante
  • Membros
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Fala Agsts!

No site tem um link para edições atrasadas, daí encomendei a nº02, vou pedir a 04 também.

Que vc acha da revista??? Vale a pena assinar???

Tem um tópico no mochila de um pessoal querendo passar o reveillon em Ilha Grande, eu irei para Buzios ficar acampado em um lugar que dá pra ver 3 praias, deve ser muito show o reveillon por lá.

Se estiver afim de ir...

[]´s

Alan

  • Membros de Honra
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Ola Alan.

Sim, a revista é muito boa.

O Sérgio Beck é muito famoso no mundo do montanhismo por escrever livros sobre trilhas e como faze-las sem apoio de guias. Seguindo as indicaçoes dele, não terá problemas.

Um livro muito bom dele chama-se Caminhos da Aventura (são mais de 30 trilhas descritas).

Na Revista ele está acrescentando algumas outras trilhas q ele não colocou no livro ou q ele fez recentemente.

Na Revista também há dicas de equipamentos, duvidas, etc...

Vale a pena assinar a revista (pena q ela é bimestral).

 

Devido a Faculdade e ao meu trabalho, é complicado p/ mim conseguir alguns dias de folga no final do ano.

Eu tirei férias recentemente e foram bem aproveitadas (nesse fórum eu relatei as travessia do Pico do Marins até Maromba, em Visconde de Mauá; Bocaina e Joatinga q fiz em Julho).

É isso.

 

Abcs.

 

 

Augusto

  • Membros de Honra
Postado (editado)

Ola Glória.

Se vc quiser fazer qqer uma destas 2 travessias não precisa ter aqule super condicionamento. A Serra da Bocaina é tranquila. Se vc não quiser caminhar muito durante o dia e dispor de tempo, faça em uns 5 dias.

Já a Joatinga é muito mais tranquila. Vc passa por praias quase desertas. A trilha é bem demarcada. Não é tão cansativo qto Bocaina.

 

Qto a fotos, sim eu tenho.

Estou terminando de elaborar um album virtual, mas as fotos da Bocaina e Joatinga já estão lá, juntamente com Serra dos Órgãos. Breve colocarei Itatiaia, Serra Fina, Ubatuba, etc..

As fotos da Bocaina e Joatinga eu dividi em 2 albuns:

 

Travessia da Serra da Bocaina + croquis:

 

Travessia da Ponta da Joatinga + croqui do Sérgio Beck:

 

 

 

Abcs

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