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Foi com a idéia de redescobrir o “meu quintal”, o local onde eu nasci e cresci e proximidades, que optei por revisitar a Ilhabela-SP, cidade vizinha a Caraguatatuba-SP, onde morei toda minha infância. Mas como queria uma visão diferente da que já possuía, resolvi descartar as praias movimentadas, esportes náuticos, barzinhos, baladas e pousadas aconchegantes, e escolher o lado selvagem da ilha!

 

A proposta era contornar a parte "de trás" da Ilhabela pelas trilhas, ignorando a urbanização do lado voltado para o canal. Partindo da ponta de Sepituba, no sul da ilha, passaríamos pela ponta do Boi para então chegar na Praia de Jabaquara, no norte da ilha.

 

Depois de muito planejamento, vários adiamentos por causa do tempo chuvoso (a mata atlântica do litoral norte de SP é uma das região mais chuvosas do Brasil) e uma semana levemente chuvosa, Eu e o Hugo atravessamos a balsa no dia 02 de novembro de 2008 e chegamos à Ilhabela às 9h, deixamos o carro estacionando na praia do Porto Grande. Pegamos o ônibus para Borrifos às 10h (R$2,00/pessoa) e descemos no final do asfalto. Dali em diante a estrada de terra nos aguardava e, às 11h45, colocamos as mochilas nas costas, os pés na trilha lamacenta e começamos efetivamente nossa viagem.

 

[li=]Mais relatos e fotos em: http://sobreviagens.blogspot.com/[/li]

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(02/nov/08) Dia 1: Andando até Bonete

 

Depois que descemos do ônibus circular e andamos 1h pela estrada de terra até a porteira da praia de Sepituba (o último lugar onde é possível chegar de carro), seguimos então em frente por mais 1hr até chegar à Cachoeira da Laje. Lá descansamos por uns 30min, tiramos fotos e seguimos rumo à Cachoeira do Areado. Demoramos 1h e, para atravessá-la, foi preciso tirar as botas e tomar cuidado com as pedras escorregadias do fundo. Depois de atravessá-la, descansamos 15min e continuamos por mais 1h, até encontrar outra cachoeira que precisamos atravessar descalço (o que é um estorvo) e de lá seguimos para Praia do Bonete.

 

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Avistamos a praia do Bonete (foto) às 14h15, mas do mirante até a praia levamos 30min, sem muito esforços. Chegamos à vila do Bonete às 15h, para almoçar no Mc Bonet’s e nos informar com o Sr. Martins (o dono) sobre o trajeto que seguiríamos. Depois de almoçar, ficamos conversando com Didinho (caçara nativo do Bonete) e ficamos sabendo que o caminho até a Praia de Indaiatuba é fácil.

 

Saímos às 17h30, debaixo de uma leve garoa, com destino à Praia das Enchovas, onde pretendíamos dormir. O caminho é fácil e rápido e em 1h chegamos lá, mesmo tendo ficado bastante tempo tirando fotos e conversando com os locais. Assim que chegamos à bela e peculiar Praia das Enchovas, fomos prontamente recepcionando e enxotados pelo Sr. Anacreto (caseiro no local) que nos mostrou o caminho em direção à Praia de Indaiatuba, cruzando um rio forte com pedras bem lisas no fundo. Para completar a garoa engrossou, mas como tivemos que nos molhar para atravessar o rio, não fez grande diferença.

 

Passamos o rio e acampamos no caminho, apenas 20m depois, pois certamente não seria possível acampar na praia de Indaiatuba. Já era noite e ainda chovia quando montamos a barraca e tomamos banho no rio, já sem borrachudos por causa do horário, e fomos dormir às 21h com a chuva caindo.

 

Informações locais:

  • A Praia do Bonete tem dois
telefones públicos! Um deles na praia - (12) 3894-7001- e outro dentro da vila, em frente ao Mc Bonet's - (12) 3894-7000.
Mc Bonet’s: sem endereço - (R$15,00/refeição)
Na Praia do Bonete há vários quiosques, restaurantes, pousadas e campings cujos preços variam bastante!

  • 3 semanas depois...
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(03/nov/08) Dia 2: Curtindo Indaiauba

 

Acordamos às 7h20, depois de uma noite de muita chuva e vento mas ja com o tempo melhor, enchemos os cantis no rio, comemos rapidamente e às 8h30 partimos rumo à Praia de Indaiauba. Essa parte da trilha é pior que a anterior mas nada muito difícil; subidas bem íngremes, riachos que se podia cruzar pelas pedras e caminho bem definido.

 

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Depois de muitas placas que deixavam bem claro que estávamos na área particular da Fazenda Indaiatuba, chegamos ao alto do morro às 9h50 e nos deparamos com a inesperada civilização: calçamento, escoamento de água, jardins, luzes, postes, câmeras e pessoas trabalhando! Em menos de 5min apareceu um funcionário, Bruno, que deve ter nos visto por uma das câmeras de segurança, e imediatamente nos indicou o caminho de tijolos não-amarelos que nos levaria até a praia. Passamos pelas luxuosas casas “dos patrões”, por funcionários em quadriciclos motorizados e por poltronas ao ar livre com vista panorâmica até chegarmos à praia, às 10h30, cujo acesso para “mortais” é minúsculo, estreito e rodeado de espinhos. A Praia de Indaiatuba é linda, com cachoeira de um lado e riacho do outro, mar cristalino com poucas ondas e salpicado de pedras e lixeiras na areia limpa.

 

Por ser segunda-feira, apenas funcionários estavam por lá e não encontramos empecilhos em ficar na praia, desde que não acampássemos ou fôssemos nas construções, e então resolvemos passar o dia aproveitando e descansando. Entre conversas com o funcionário Marcos (sobrinho do Sr. Anacreto da praia das Enchovas), mergulhos na costeira, foto de pingüim perdido e a descoberta de que nosso fogareiro não estava funcionando, ficamos na praia até 15h, quando um temporal começou a se formar no horizonte. Devido ao fogareiro não funcionar, ao tempo ruim e ao GPS que constantemente perdia o sinal, resolvemos mudar nossos planos: desistimos de tentar passar pela Ponta do Boi e o Saco do Sombrio, e pegamos a trilha para a Praia dos Castelhanos, cujo inicio é marcado por um portal de pedra.

 

Seguimos por 30min até chegar à pequena represa onde é feita a captação de água e passamos por cima dela e começamos a subir o morro, mas depois de 15min andando, concluímos que esse era o caminho errado, pois estava muito fechado. Voltamos até a represa e o Hugo voltou até a praia para buscar informações, enquanto eu fiquei tirando fotos arrumando o lugar, pois já pensava em acampar ali mesmo. Em pouco tempo o Hugo voltou com a informação do funcionário Antônio: o caminho correto é atravessando o lago por uma pedra e subindo o morro, sendo que o caminho que pagáramos levaria às luzes do heliponto. Como já era mais de 16h, resolvemos acampar ali mesmo. Devido à proximidade de água limpa, enquanto acendíamos uma fogueira para preparar comida, os borrachudos se banquetearam. Fomos dormir as 21h30 sem sinal da chuva.

 

DICA: Depois da represa, o único lugar para acampar é depois da trilha, não havendo locais no meio do caminho onde se possa armar uma barraca, por menor que ela seja.

  • 2 semanas depois...
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(04/nov/08) Dia 3: De Indaiauba até Castelhanos

 

Acordamos novamente as 7h20, depois de uma noite sem chuva, fizemos todos os “preparativos matinais” para o que prometia ser um dia de caminhada puxada e partimos às 8h30 com destinos à Praia dos Castelhanos.

 

Logo nos 45min iniciais, uma subida muito íngreme nos levou até o alto, de onde se tem visão de toda a baia de Indaiauba, e em seguida uma descida igualmente inclinada levou-nos a um riacho. Após cruzá-lo, subimos novamente até o próximo topo, e então descemos tudo de novo. A trilha, inicialmente bem demarcada seguiu assim até que, no final de uma descida, chegamos à região conhecida como “7 voltas”, um lamaçal onde se passa sete vezes pelo mesmo rio e onde tem-se a impressão de estar andando em círculos. Nesse trecho há várias árvores grandes caídas que interrompem a trilha, sendo preciso contorná-las e então reencontrar a trilha do outro lado. Nesse trecho ficamos perdidos diversas vezes. Depois de passar a área das “7 voltas”, subimos e descemos repetidas vezes e nos perdemos novamente em alguns trechos onde havia árvores caídas.

 

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Chegamos ao último topo às 13h15, e de lá avistamos as praias Vermelha, Mansa, Castelhanos e a imponente cachoeira do Gato. Foram 5h de caminhada dentro da mata, sendo que 1h30 ficamos parados ou perdidos. A bela visão foi uma injeção de ânimo e a longa e íngreme descida até o rio da Praia Vermelha foi feita em 30min, apesar da exaustão.

 

Da Praia Vermelha até a Praia Mansa fomos em 20min, passando por uma trilha bem fácil e, às 14h15, sem descansar para não perder o ritmo, já começávamos nosso último obstáculo até a Praia dos Castelhanos, um pequeno morro, de trilha fácil, que era o que nos separava de nosso tão esperado almoço e descanso. Após cobras, subidas e descidas, cruzamos o “portão” que impede o acesso de veículos à Praia Mansa e chegamos à Praia dos Castelhanos às 15h30.

 

A fome era tamanha que almoçamos no primeiro lugar que encontramos, o Bar da Vivian, e lá conhecemos a Angélica (funcionária) e o Aloísio (morador) e por recomendação deles ficamos no Camping do Leo. Deixamos tudo arrumado no camping para dormir, tomamos um banho, e voltamos ao bar para jogar conversa fora e tomar uma merecida cerveja. Acabamos ficando por lá até 22h30, conversando com o Aloísio, a Vivian (dona do bar) e o Irineu (pescador local). Voltamos para o camping e dormimos como pedra.

 

Informações locais:

  • Bar da Vivian: sem endereço - (R$12,00/PF)
    Camping do Leo: sem endereço - (R$5,00/pessoa, banho quente a parte)

  • 2 semanas depois...
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(05/nov/08) Dia 4: Acampando em Castelhanos

 

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Ao contrário dos outros dias, nos quais havia sombra, acordamos as 7h30 com o sol já alto. Enrolamos até 8h30, e fomos tomar café da manhã descente no Bar da Vivian. O tempo nublado, o cansaço e o segundo aviso sobre o perigo de termos nossas coisas roubadas no camping levou-nos a decisão de passar o dia inteiro descansando perto ao camping (foto ao lado).

 

Na hora do almoço fomos dar uma procura em outro lugar para almoçar (apenas para poder variar) e depois de andar a praia de inteira decidimos comer no mesmo lugar; almoçamos 12h30 e o almoço tava bem mais caprichado que anteriormente. No restante do dia, fomos no mirante da direita (que disseram ser o mais fácil de subir) tirar fotos, o Hugo foi acompanhar os pescadores no recolhimento das redes, assamos um peixe na folha de bananeira no jantar e combinamos com o Aloísio de fazer, na manhã seguinte, a trilha até a Praia da Serraria. Dormimos imaginando que a caminhada não seria fácil.

 

Informações locais:

  • Bar da Vivian: sem endereço - (R$4,00/café da manhã completo)

  • Amei! 1
  • 3 semanas depois...
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(06/nov/08) Dia 5: Desafio até a Praia da Serraria

 

Às 7h15 acordamos, nos aprontamos rapidamente e saímos levando apenas água, barra de cereais e máquina fotográfica. O combinado era passarmos às 8h na casa do Aloísio, que fica na ponta esquerda da praia. Quando chegamos, ele já estava nos esperando e às 8h30 pegamos a trilha para o Saco do Eustáquio, que fica no caminho para a Praia a Serraria.

 

A trilha, bem demarcada e fácil de seguir, até a Cachoeira da Laje Preta tem subidas e decidas íngremes e nos tomou 1h até a cachoeira em si, de águas cristalinas que formam um poço onde se pode mergulhar, onde descansamos por 10min. Continuamos a trilha e 30min depois chegamos ao sapezal que fica na região mais alta e em seguida chegamos ao tão falado Taquaruçu, um grande emaranhado de um tipo de bambus (taquaras) que quando secos fecham a trilha, formando uma verdadeira muralha de espinhos e pontas onde chega ser preciso andar agachado ou rastejar. Levamos 1h para atravessar o Taquaruçu e mesmo tendo 2 facões e um guia experiente o avanço foi lento, sofrido e bastante confuso. Embora tenhamos saído arranhados e com roupas rasgadas, depois de cruzar o Taquaruçu chegamos rapidamente ao Saco do Eustáquio.

 

Para chegar à praia do Saco do Eustáquio é preciso descer uma trilha de quase 20min, mas não descemos para economizar tempo (planejávamos visitaríamos a praia, as ruínas de um antigo engenho e da antiga serraria na volta). Continuamos nossa caminhada passando por dentro do vilarejo do Saco do Eustáquio e seguimos em direção à e em 30min estávamos lá, pois a trilha nesse trecho é bastante utilizada, mas pelos motivos já citados não descemos até a praia.

 

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Seguimos a trilha montanha acima sem grandes dificuldades, sempre acompanhando uma mangueira preta que leva água até o vilarejo da Guanxuma. Chegando no alto do morro entre as praias Guanxuma (foto ao lado) e Caveira, tentei avisar minha família, pois lá pega sinal de celular, mas não consegui. Depois de uma pequena pausa para descansar, levamos apenas 40min para descer o morro e chegamos à Praia da Caveira. Descansamos mais um pouco nessa que é a única praia realmente desabitada da Ilhabela e às 12h começamos o ultimo trecho de trilha.

 

Subimos sem dificuldades a trilha (aparentemente bastante utilizada) que leva à Praia da Serraria, passando pelo Poço da Negra (que fica praticamente na metade do caminho) e em menos de 1h já encontrávamos as primeiras casas de pescadores. Chegamos na praia às 13h e percebemos que o vilarejo estava quase vazio: praticamente todos tinham ido até a “frente da ilha” naquele dia. Descansamos pouco mais de 30min e tentamos negociar com o único pescador que estava lá a volta de barco até à Praia dos Castelhanos, pois todas as nossas coisas estavam na casa do dono do camping. Infelizmente o pescador pediu R$120,00, que achamos muito caro para apenas 45min de barco, e então resolvemos fazer conforme o previsto: voltar a pé no mesmo dia!

 

Às 13h15, apenas com algumas barras de cereal no estômago, começamos a volta, que não foi menos sofrida ou corrida que a ida. Chuva no alto do morro da Guanxuma e nos perder por 30min no sapezal e no Taquaruçu foram as únicas diferenças que em relação à ida. Chegamos de volta ao camping 18h30 completamente exaustos, famintos e escoriados.

 

Tomamos banho, trocamos de roupa (que poderiam bem ir para o lixo) o comemos enquanto conversávamos com um casal de São Carlos que havia chegado durante o dia. Pouco antes de dormir, fomos avisados que na manhã seguinte alguns moradores iriam de carro 4x4 até a balsa e rapidamente pedimos uma carona. Mesmo na incerteza, fomos dormir às 21h contando que não precisaríamos andar os 24km até a balsa.

 

DICA: Um bom facão e muita perseverança é indispensável para atravessar a região do Taquaruçu, um guia local também é altamente recomendado, pois o trecho é difícil.

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(07/nov/08) Dia 6: Voltando de carro

 

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Acordamos às 6h20 para arrumar todas as coisas e garantir que se houvesse carona não a perderíamos. Às 7h um “quase caminhão 4x4” (foto ao lado) estava na porta do camping. Leo, sua mulher e seu filho subiram na caçamba e nós fomos também Ao todo, onze pessoas foram sacolejando durante as 3h que levamos para percorrer os 24km da trilhaque atravessa o Parque Estadual e separa a Praia dos Castelhanos da balsa de Ilhabela, onde terminou nossa carona. Ainda levamos mais 2h para pegar o carro, atravessar o canal e chegar de volta a minha casa, em Caraguatatuba-SP, bem na hora do merecido almoço.

 

DICA: Quem for fazer esse trecho a pé deve ser informar antecipadamente sobre o ”atalho da grande volta”, que economiza mais de 1h de caminhada com esforço mínimo.

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  • 2 semanas depois...
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Conclusões, Dicas e Referências

 

Para essa viagem, aconselho a todos que pretendem fazer algum dos trechos que relatei, que preste atenção aos fatos abaixo, já que apenas alguns deles me foram mencionados com antecedência:

 

  • Animais Peçonhentos: são comuns nas trilhas de Ilhabela: nós vimos 4 cobras ao todo, sendo 2
jararacas, e todas estavam em trechos movimentados e de trilha bem aberta; portanto o uso de perneiras não é exagero.

  • Ficar Perdido: em vários trechos de trilha mais fechada (como a trilha de Indaiatuba até Castelhanos e de Castelhanos até Serraria), instrumentos de orientação são muito recomendados. Em vários trechos menos freqüentados, a trilha correta não é óbvia e embora mapas e GPS possam ser bastante úteis, o bom senso ainda será seu principal aliado.

  • Assaltos ou Furtos: sobretudo nas praias mais movimentadas como Castelhanos e Bonete, não são raros; e nós fomos avisados diversas vezes sobre essa possibilidade. Portanto, não deixe celular, GPS, câmeras e outras coisas caras muito a mostra.

 

Sobre o planejamento, os seguintes pontos mostraram-se importantes:

  • Percorra as praias no sentido anti-horário. Assim as trilhas mais fáceis serão as primeiras, quando o peso nas mochilas estará maior e as pessoas menos acostumadas às adversidades da região, como clima ou insetos.

  • Leve alguma comida que não precise ser preparada no fogo. Caso tenha problema com o fogareiro ou espiriteira (como foi o nosso caso), você não passará fome. Salame, castanhas e barras de cereal são opções interessantes.

  • Mais calças e menos bermudas. Seja por causa da vegetação baixa que arranha as pernas ou pelos borrachudos, calças leves acabam sendo melhores que bermudas.

  • Leve repelente. Para quem não conhece, a Ilhabela é infestada por borrachudos. Nós usamos quase 50ml de repelente por dia, cada um.

  • Não se preocupe com água, pois a Ilhabela é cheia de nascentes de água potável. Um cantil de 1/2 litro é mais que o suficiente (um maior servirá apenas para fazer você carregar mais peso, já que haverá lugar para enchê-lo a toda hora).

  • É proibido acampar em todas as praias da Ilhabela. Para quem pensa em tentar driblar tal restrição, saiba que os moradores proíbem a prática, muitas vezes com ameaças. Entretanto, pode-se acampar nas trilhas sem grandes problemas, mas com conforto precário.

  • Procure se informar antes. Nos trechos mais complicados (que são poucos) um guia experiente é recomendado. Mas lembre-se que os moradores locais sempre irão recomenda-los, na esperança de que os visitantes gastem mais dinheiro, mesmo que na maioria dos trechos eles são dispensáveis.

 

Arquivos e Referências:

Carta Náutica da Ilhabela

Ilhabela.kmz

CHECKLIST - Ilhabela.doc

gastos.xls

cronograma.xls

 

Sites úteis:

ilhabela.org

Parque Estadual da Ilhabela

 

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  • 2 semanas depois...

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