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  • Membros
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Bom, esse relato é mais pra dizer sobre o que não fazer nessa travessia porque foi uma tentativa meio frustrada. Bem que o guia avisou “tem gente que pensa que querer é poder, mas não é não” rs ...

 

Sai do Rio de avião rumo a Salvador com 2 amigas dia 20 de maio. De La pegamos o ônibus Salvador – Palmeiras de 16:30, 8h de viagem com finalidade de chegar no Capão.

Quando chegamos a pousada tinha reservado um carro pra pegar a gente em Palmeiras. Geralmente tem taxi (10 reais por pessoa), mas nesse horario de noite tem que pedir pra pousada mandar alguém (20 reais por pessoa). Mais 40 min de saculejo até a pousada Tatu Feliz (40 reais / pessoa). É uma excelente opção, bem no centro. O melhor é que funciona também como agência e vc pode marcar todos os passeios de la mesmo.

 

1 dia: Capao – Fumaça – Capao

 

Fizemos a famosa trilha e já tivemos uma previa do que estava por vir. Sem preparo físico, já ficamos com dores nas pernas. Mas o visual é indescritível. A diária do guia na chapada é de em media 120 reais. Essa trilha é bem tranqüila de fazer sozinho, mas galera vamos incentivar o turismo local, adote um guia. Caso tenham um grupo é bom pagar um guia pra incentivar a profissão. São eles que cuidam do parque, mantêm as trilhas limpas etc ...

 

2 dia : Capao – vale do pati

 

Acordamos bem cedo, tomamos o super café a pousada (muito bom mesmo) e fomos de carro até o ponto de inicio da trilha, uns 15 min da pousada. Já no inicio começamos a subir, subir e subir . Eram 21 km, mas eu realmente não sabia que seria tão desnivelado. Sobe e desce o tempo todo. Chovia há uns 3 dias e a trilha era praticamente lama pura. O tênis da minha amiga foi descolando pelo caminho (pegamos os pedaços pelo menos pra não poluir o parque). Por causa do sapato ela começou a forçar a perna querendo pisar devagarzinho e claro, ferrou o joelho. A partir daí começamos a andar bem mais lento do que deveríamos.

Passamos no Gerais dos Vieira, so lama o tempo todo. Depois mais uma subida intensa, uma nova planície e daí começou a pior parte. Depois de 5h de caminhada, a descida do precipício. Geralmente essa descida se faz em 40 min e até o vale na casa dos locais mais uns 30 min. So que como estávamos devagar por causa do joelho da minha amiga, perdemos a hora. Pronto, ferrou tudo escureceu na trilha e começou a chover.

Não tinha luz da lua e não víamos um palmo diante do nariz. Velocidade de tartaruga a partir dai. So os vaga-lumes, bem numerosos alias, iluminavam um pouco o breu. Minha lanterna acabou a pilha (burrice mesmo, não achei que íamos precisar dela na trilha, mas por isso é sempre estar prevenido). Foram alguns momentos de pequeno terror, ainda mais quando passamos na parte da trilha completamente tomada por formigas saúvas. So vimos as bichanas quando começaram a picar hehe nessa parte nem a lama impediu que saíssemos correndo. Resumo chegamos na casa da Dona Raquel 22h. Todo mundo já tinha até ido dormir. Mas super simpáticos e acolhedores, eles vieram preparar nosso jantar. Enquanto isso tomávamos aquale banho gelado. La tem energia solar, mas não da pra rodar um chuveiro elétrico.

Alguns tombos na lama, dores no corpo e, como o pé ficou molhado o tempo todo, muitas bolhas. A gente nem conseguia andar direito. A noite foi longa e quando saímos de madrugada pra dar uma olhada o céu estava todo estrelado, nossa nem precisava de lanterna com a luz da lua. Bom sinal de que ia fazer sol no dia seguinte.

 

3 dia Vale do pati – guine – lençóis

 

Acordamos e tomamos o café (moído la no vale mesmo, muito bom). A diaria na casa do pessoal custa 60 por pessoa, com as refeições inclusas. Tudo é bem limpo, quarto coletivo, mas so tínhamos nos três. Roupa de cama e toalha de banho incluso.

Minha amiga não tinha condições de seguir, então conseguimos um cavalo e ela foi por outro lado (150 reais pra sair de mula).

Eu e minha outra amiga seguimos. Eu tive vontade de chorar quando o guia disse que teríamos que fazer o precipício de volta. So que agora subindo !!!!

Lama e mais lama no meio do caminho, até o cavalo ficava puto de ter que passar ali  . Na base do morro o cavalo segue por outro lado. Realmente não da pra acreditar que a gente ia subir aquilo, parece impossível poraue não da pra ver o caminho que fica escondido nas fendas e no meio da vegetação. Medo total. Mas chegamos. 15 km depois e outras varias bolhas chegamos descemos em Guine, onde um carro nos esperava pra levar até Lençois (2h de viagem). Esse trajeto custa 250 reais, q estrada é meio perigosa, com alguns buracos. Chegamos em Lençois de noite e ficamos mais 2 dias, daí so aproveitando a cidade porque não tínhamos mais como fazer trilha. Minha amiga nem tinha mais tênis hehe.

 

Isso é so pra alertar :

 

- Se você fica no seu limite físico, não aproveita a paisagem. Não esta preparado, não faça a trilha do pati porque é muito desnivelada. Algumas subidas são quase escaladas

 

- Não faça trilha com tênis novo porque da bolha, mas também não faça com tênis antigo. A cola pode estar seca.

 

- faça como os gringos, estão sempre bem equipados. A gente nunca sabe das emergências.

 

- não faça o vale do pati em 2 dias. Essa caminha deve ser feita em pelo menos 3 dias pra aproveitar melhor.

  • Amei! 1
  • 5 semanas depois...
  • Membros de Honra
Postado

Nivea,

 

Esse realmente deve ser um relato de como não se deve fazer o Vale do Pati. Um alerta para as pessoas que não estão preparadas fisicamente e resolvel encarar este trekking, que é muito bonito.

 

Esses dias seriam melhores aproveitados se ficassem em Lençóis ou Vale do Capão fazendo as trilhas de bate e volta, e ainda dava para curtir um barzinho, rodas de violão, shows que sempre rolam à noite.

 

Espero que volte e curta as trilhas estilo bate e volta, tanto em Lençóis como no Capão, são muitas para todos os preparos físicos!

 

abraços!

  • 2 anos depois...
  • Membros
Postado

foi mt bom ler isso pra cair na real, eu e meu sedentarismo de escritorio precisamos nos preparar ate agosto pra encarar o passeio sem perder os pulmoes!! começar a caminhar amanhã já!

  • 4 semanas depois...
  • Membros
Postado
::toma:: A Chapada é linda e tem muita diversão, não aconselhável a turistas despreparados psicologicamente, a falta de condicionamento físico não é problema pois existem várias maneiras de curtir a Diamantina. Muita responsabilidade é o 1° passo principalmente com equipamentos. Sem experiência, sem condicionamento e ainda sem pilhas na lanterna? É d+. Digo e repito: Para tudo correr bem você tem que cuidar 1° de você só assim poderá ajudar alguém ::lol4:: Na próxima ouve o guia e evita trilhas avançadas, 1 passo de cada vez e ver se não esquece das pilhas!!! ::putz::

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