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Oi, gente. Sou ávida consumidora do fórum, mas essa é a minha primeira postagem grande por aqui. Resolvi escrever o relato da minha viagem pelo México, porque acho que esse é o tipo de post onde eu mais busco informações antes de viajar. Esse relato é de uma viagem em 2018, mas eu tinha parado no meio e acabei nunca postando. Achei um desperdício e tô botando aqui o que já tinha escrito. Se animar, um dia escrevo o resto do relato com o que eu lembrar. O mochileiros.com é tão útil pra mim, que acho injusto não tentar contribuir :)

Resumo:
Eu e uma amiga passamos 17 dias no México em abril de 2018. Nosso roteiro incluiu Cidade do México, Oaxaca (capital) e a península de Yucatán (com estadia em Tulum, mas com daytrips para vários lugares). Como o tempo não era tão grande, resolvemos nos concentrar em poucas cidades para não ficar pipocando de ponto turístico em ponto turístico que nem loucas. E mesmo assim sentimos vontade de passar mais tempo em todos os lugares. O México é gigantesco, cada região tem sua particularidade e dá pra ficar 15 dias, 1 mês ou 6 meses fazendo coisas interessantes todos os dias.
Nosso estilo de gastos foi híbrido. Já viajamos muito fazendo economia/pão-durice, mas dessa vez nos demos alguns luxos (fizemos algumas pernas da viagem de avião e ficamos em quartos privativos em todos os lugares). Tirando isso, achamos o México um país bastante barato (pelo menos em comparação com o Rio). Decidimos a viagem um pouco em cima da hora (2 meses antes), então não achamos as passagens tão em conta, mas aposto que existem promoções se você olhar com antecedência. Por alto, acho que gastamos, incluindo as passagens e comprinhas, R$7.000,00 por pessoa. Não é assim, aqueeeela economia, mas considerando que metade da viagem estávamos na Riviera Maya, poderia ter sido pior.

Cidade do México
Tempo: 4 dias inteiros + meio dia
Gastos por dia: R$1.800,00 (passagem)
Custo da Estadia: R$630 p/ 2 pessoas (La Mansion - AirBNB)

Vôo de ida: Pegamos nosso vôo da Copa Airlines Rio-Cidade do México, às 11h do dia 14/04 e fizemos escala na Cidade do Panamá. A previsão era chegarmos em CdMx às 23h, mas tivemos um atraso na conexão e só pousamos 3h da manhã. Somando isso com a imigração e a ida pro AirBNB, acabamos indo dormir quase 5h. Isso atrapalhou bastante o nosso primeiro dia na Cidade do México, porque só conseguimos acordar umas 11h. 
Sobre imigração: li em vários lugares que a imigração mexicana é bem chatinha. Parece que muita gente vai pro México para atravessar para os EUA, então eles podem ser mais rigorosos do que o normal. Só que nada disso aconteceu com a gente, a imigração foi super rápida. Você só tem que preencher um papel com alguns dados e guardar ele durante a sua estadia para devolver na saída.
CERTIFICADO DE FEBRE AMARELA: Aqui fica um alerta. A partir de março de 2018, todos os passageiros com conexão no Panamá tem que apresentar o certificado internacional de vacina da febre amarela, independente do tempo de conexão. Eu, que tava tranquilona porque o México não exige certificado de brasileiros, quase perdi a viagem por causa disso. Uma semana antes do vôo tive que ir que nem uma louca no posto de saúde buscar uma segunda via do meu certificado.

1º dia: 
Por causa do atraso no vôo, nosso dia começou um pouco tarde. Acordamos por volta de 11h e só saímos para passear depois de meio-dia. 
Ficamos em um AirBNB na região de Roma Sur e super recomendaria a estadia por lá (La Mansion)! São duas casas conjugadas, com um jardim de inverno delícia no meio. Os donos, Pablo e Fernando, são muito simpáticos e sempre tem gente batendo um papo e tomando uma cerveja nas áreas comuns. Mas se você for da calmaria e do silêncio, também não tem problema nenhum. A rua é residencial e os quartos são no segundo andar. Poderia continuar elogiando, mas acho que as reviews deles no AirBNB já falam por si mesmas. Saímos do AirBNB e passamos para almoçar num mercado ali do lado, Mercado Medellin. Ouvimos muito que os mercados no México são imperdíveis, então essa tinha que ser a nossa primeira parada. De primeira, não ficamos muito impressionadas, o mercado era mais de venda de frutas e flores e muitas das tendas de comida estavam fechadas porque era domingo. Comemos uma quesadilla e pedimos um uber para o nosso destino principal do dia: Xochimilco.
Para quem não sabe, a região onde hoje fica a Cidade do México antigamente era um grande lago. Com a chegada dos espanhóis e o fim da cidade Azteca de Tenochtitlan, o lago foi aterrado, mas ainda existe uma parte onde se conservam os canais da cidade, Xochimilco. É como uma Veneza em miniatura (não tão bonita como Veneza).
Um passeio muito comum que os mexicanos fazem é alugar trajineiras para ficar passeando por esses canais, ouvindo mariachis, comendo tacos e bebendo micheladas. É tipo um churrascão de domingo, só que sobre a àgua! O preço do aluguel do barco varia conforme o tempo de passeio que você escolhe. Nós pegamos o médio, de 2h. Tem opções de 1h e 4h também. O preço eu não lembro exatamente, mas achei meio salgado. 
Os canais mesmo não são tão bonitos, a graça são as próprias trajineiras, todas coloridas, com nomes próprios (a nossa se chamava Valentina) e enfeitadas de flores. Mas o que achei mais legal é que parece ser um lugar de passeio dos próprios moradores da cidade, não tão turístico. Vimos famílias no almoço de domingo, pessoas comemorando aniversários (com direito à faixa em homenagem ao aniversariante) e casais passeando. Tirando um grupo de europeus, não vimos mais nenhum “gringo”. Acho que se você estiver pela Cidade do México no fim de semana, vale muito a pena a visita. É uma forma de ver como as pessoas da cidade vivem, fora um pouco daquele circuito tradicional do centro e de museus, algo do povo mais simples.
Depois das 2h de passeio, nosso barqueiro nos devolveu ao lugar de saída e resolvemos voltar de transporte público pra casa. Xochimilco é mais afastado do centro, algo como 30-40 minutos de carro, e não tem saída de metrô ali perto. O que fizemos foi pedir informação na rua mesmo (ajudou que falamos espanhol) e pegar um ônibus para a estação de metrô mais próxima. Ainda passamos por um festival de música de rua pelo caminho!
O metrô na Cidade do México é barato (R$1,00) e vai a muitos lugares da cidade. Comparado com o do Rio, então, nem se fala! Baixamos o mapa do metrô, e nos locomovemos todos os dias sem problemas.
Voltamos para o AirBNB já umas 20h e encontramos um pessoal socializando no jardim de inverno. Até ficamos um pouco por ali, mas estávamos tão cansadas da maratona de aeroporto do dia anterior que fomos dormir cedo.

2º dia: 
Depois de um primeiro dia mais devagar, resolvemos bater perna pela cidade. Saímos cedo e marcamos vários lugares para visitar entre Roma e o centro. Tomamos café numa padaria perto de casa (feijão no café da manhã!) e demos uma andada pelo bairro de Roma.
Começamos indo ao Parque México, que fica na fronteira entre Roma Norte e Condesa. É um parque bem arborizado, com um lago.
Depois, tomamos um vinho no Mercado Roma. Bem mais gourmet.
Continuamos andando e fomos ao Mercado Ciutadela. É um mercado de artesanato incrível! Os preços não são tão em conta, mas você consegue encontrar de tudo e coisas com mais qualidade. Como era o começo da viagem e iríamos a Oaxaca, cidade dos artesanatos, resolvemos não nos precipitar. Nos arrependemos, porque certas coisas que vimos lá não encontramos em nenhum outro lugar. Tanto que no dia da nossa volta, passamos lá a manhã toda comprando o restante dos presentes.
Quase em frente, tem a Biblioteca Pública de México. Não é nada de mais, mas é uma boa dica se você estiver querendo um lugar para descansar no Centro (e tem banheiro e bebedouro).
Partimos pra almoçar no Mercado San Juan, mas nos decepcionamos um pouco. É um mercado voltado para comida espanhola e como estávamos querendo focar em comida mexicana, não ficamos por lá pra almoçar.  Mas se você gosta de tapas e vinhos, vale a passada. Se quiser comprar pimentas pra trazer também.
Acabamos almoçando na Fonda Santa Rita, recomendação do guia que pegamos emprestado no AirBNB. As fondas são um tipo de refeitório popular bem barato no México. Mas não gostamos nem um pouco da comida. Sem sal, bem sem graça e o garçom com nenhuma paciência para nos explicar o cardápio (era nosso primeiro dia, ainda estávamos aprendendo os pratos).
De lá, Torre Latina. A vista é super bonita, dá pra ver o tamanho gigantesco da Cidade do México. Parece que inaugurou há pouco tempo, então não tinha muitos turistas estrangeiros. Isso foi uma coisa que notamos na Cidade do México: quase não vimos turistas, e quando vimos eles pareciam ser mexicanos. Acho que a cidade é tão grande, que não tem muito como se sentir turista.
Mas exatamente depois, chegamos no centro turístico da cidade, o Zócalo e a rua Francisco Madero. É como a Plaza Mayor das cidades espanholas. Uma rua de pedestres que termina numa enorme praça onde está o Templo Mayor. Como era segunda-feira (dia em que todos os museus fecham), a visitação estava fechada,  mas você pode caminhar por cima de um pedaço. 
Por fim, voltamos pela Francisco Madero até o Palácio de Bellas Artes. É um prédio lindo, bem parecido com o Theatro Municipal do Rio. A dica que recebemos de todo mundo foi: procurem um café no terraço na região e vejam o pôr-do-sol de frente pro Palácio. Fomos no café da Sears (a loja mesmo). Como isso aqui é Cidade do México, conhecida pela poluição, não deu pra ver o sol, mas o céu ficou rosa super bonito e descansamos os pés, que estavam destruídos.
Comemos em uma taqueria vegana recomendada pelo pessoal do AirBNB. Incrível. É uma carrocinha de cachorro-quente que vende uns tacos maravilhosos. Funciona até meia-noite, na esquina da calle Chiapas com a calle Manzanillo no bairro de Roma Sur. Taquería Por Siempre.

3º dia: 
Café da manhã no La Bohême (do lado do Mercado Roma). Sensacional. As baguetes são tão grandes, que dá pra almoçar. Isso é verdade no geral pra comida do México: eles não fazem mixaria. Diversas vezes ouvimos de mexicanos que a porção era individual e quando vimos dava pra dividir fácil. Conte com comida farta por lá.
Saímos e fomos caminhando até o Museu de Arqueologia. Por conta de termos perdido o primeiro dia, e o segundo ser segunda-feira (museus não abrem), nosso dia de museus ficou muito corrido. Em condições ideais, teríamos meio que tirado o dia para o Museo Nacional de Arqueologia. Vale muito a pena. O museu é gigantesco! Nas 4h que passamos lá, não conseguimos ver nada do andar de cima e ainda tivemos que correr um algumas salas do andar de baixo. Obviamente, isso vai de cada um. Mas recomendo muito que não se vá com hora marcada, porque tem muita coisa pra ver.
Chegamos 10h30 no museu e vimos que tinha uma visita guiada grátis começando bem nesse horário. Demos uma corridinha e alcançamos o grupo em uma das salas. A guia era ótima, a visita focava em 3 salas específicas do museu (o grupo pode escolher quais). Vale bastante a pena ver quais são os horários (o primeiro passeio inicia 10h30).
O problema é que tínhamos reservado esse dia também para ir no Museo da Frida, do outro lado da cidade, às 16h. O Museo da Frida vale a pena reservar antecipado, ainda mais se o plano for ir no fim de semana, porque ele é pequeno e a fila pode ser bem grande. Saímos do Museo de Arqueología e pegamos um Uber pra acelerar.
O Museo da Frida também é maravilhoso! É na casa onde ela viveu a vida toda, primeiro com os pais e depois com Diego Rivera. Foi também onde ela recebeu Trotski quando ele se exilou no México. Tem alguns quadros dela (fotos abaixo), mas o passeio é mais voltado para contar um pouco da vida dos dois.
Saímos do museu já no fim da tarde e resolvemos passear pelo bairro de Coyoacán, famoso por ser um bairro boêmio e bem bonito. Tínhamos também a recomendação de uma taqueria perto da praça principal do bairro. Coyoacán é uma delícia! Ficamos encantadas com o bairro, as ruas são todas coloridas, como era fim de tarde, a praça estava cheia de gente, adolescentes e crianças saídas da escola. E a taqueria era ótima também, La Casa de Los Tacos. A Ju até comeu um mini escorpião (blergh).
Umas 20h voltamos pro AirBNB, porque tínhamos planos (ousados) para a noite. Ainda no Rio, tínhamos ouvido falar de um bar super tradicional de cumbia na Cidade do México. A descrição era de um bar bem tradicional, onde as pessoas da cidade mesmo vão dançar. Ficamos super curiosas e tínhamos reservado a terça feira à noite para isso. O nome do bar é Barba Azul.
Barba Azul: é uma experiência à parte. Um antigo cabaré, com cara de decadente, música ao vivo todas as noites  e uma decoração mega-ultra-super brega.  O público é muito louco, desde grupos de amigos de 20 e poucos anos, passando por advogados engravatados após o expediente, até coroas sozinhos buscando arranjar “o esquema” da noite. E bota noite nisso. Como era terça, achamos melhor chegar umas 22h e pouco, pra não perder o furdunço. Doce engano. A casa só começou a encher depois de meia-noite (encher é forte, pq a casa é grande e era terça, mas tinha uma quantidade razoável de gente). Era noite de salsa e se você não quer dançar, não vá. A gente dançava mal, então ficamos com vergonha de aceitar e em pouco tempo percebemos que isso também foi um erro. Depois de um tempo, quando já estava mais cheio e a pressão de saber o que fazer era menor, ninguém mais nos chamava. Ficamos nos coçando, vendo aquele povo rodopiar. Dicas: Não se deixe assustar pela cara de “roubada”, se for pra só visitar lugares arrumadinhos e cheio de europeu, a gente nem saía de casa. Se puder, vá no fim de semana, deve ser bem mais divertido. Não chegue antes de meia-noite, não vai ter ninguém. Não fique com vergonha de dançar, a graça é essa.

4º dia: 
Ficamos na dúvida se passávamos o dia em Teotihuacan ou tentávamos fazer o que faltava da cidade. Acabamos resolvendo ficar pela cidade mesmo.
Acordamos cedo e voltamos para Coyoacán, achamos que não tínhamos aproveitado o dia anterior o suficiente. Saltamos no metrô Viveros/Derechos Humanos e resolvemos descer pela rua Francisco Sosa, sem nem saber nada sobre ela. Aparentemente, a rua é famosa no bairro, com várias casas lindas e coloridas, galerias e cafés. Passamos no Museu Aquarela, na Iglesia Santa Catarina, na Pinacoteca e descemos até a Plaza do Centenário (praça principal do bairro, onde tínhamos passado no dia anterior). Nosso objetivo final era passar no Museu a Frida novamente, porque no dia anterior a lojinha de lembrancinhas já estava fechada (imagina não comprar lembrancinhas feministas prazamigas?). Vimos o mercado de artesanato do bairro, mas não achamos nada de mais. As vendinhas do Mercado de Coyoacán são bem mais interessantes, até mesmo para artesanato.
De lá, pegamos o metrô de volta para o centro da cidade, querendo ir almoçar no Mercado La Merced. É um lugar gigantesco! Ocupa 2 quarteirões e se perder é a coisa mais fácil! Quando voltamos ao AirBNB também nos avisaram que é um lugar meio perigoso, do lado de uma região esquisita da cidade. Se você quiser, talvez o melhor seja passar durante um dia de semana e com dia claro. Também não vale ficar mostrando coisas de valor (se bem que nós fizemos as turistas e tiramos várias fotos com a câmera). Sentamos pra comer “chilaquiles” em uma das milhões de vendas que tem no meio do mercado. A comida é barata e simples, mas estava bem bom.
Seguimos viagem, querendo conhecer um museu relativamente novo na cidade: o Museu de Arte Popular (“do nosso chão…”). Cuidado, a lojinha do museu é a coisa mais linda do mundo, mas os preços são bizarros. Cheguei a ver uma blusa por DOIS MIL REAIS!!!! 
Terminamos o dia andando de novo pelo Zócalo pra trocar dinheiro. Voltamos para a região de Condesa e Roma buscando um lugar para comer antes de pegar nosso ônibus noturno para Oaxaca. Acabamos na Pizzaria Perro Negro, recomendada por uma amiga do Brasil. Achamos bem ruinzinha. O ambiente é super legal, mas a música fica aos berros (depois de um dia de caminhada, ter que gritar pra conversar é meio estressante) e a pizza é muito gordurosa. Com dois pedaços já estávamos estufadas, parecia que tínhamos comido um rodízio. A cerveja também estava quente, o que, descobrimos, é algo comum de acontecer no México. Foi uma questão que nos intrigou a viagem inteira, porque enquanto cerveja em temperatura ambiente faz até “algum” sentido nos países frios da Europa (mentira, cerveja quente é uma bosta em qualquer lugar), num país tropical pareceu surreal.
 

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Oaxaca
Tempo: 4 dias inteiros
Custo da Estadia: R$ 298,63 p/ 2 (Jaqueline - AirBNB)

5º dia: 
Chegamos em Oaxaca 6h da manhã, depois de uma noite mais ou menos dormida no ônibus. Contra as recomendações, não pegamos o ônibus da ADO, mas sim de uma companhia parceira. A viagem não foi exatamente ruim, mas aparentemente os ônibus da ADO são bem melhores.
Fomos para o AirBNB que reservamos às 8h e depois saímos para tomar café numa padaria recomendada por um pessoal na Cidade do México e fazer um free walking tour às 10h. A padaria era sensacional! Sanduíches, sucos e dá até pra almoçar. O nome é Boulenc e fica pertinho do Zócalo, subindo a Calle 20 de Noviembre.
Pegar um tour no primeiro dia foi ótimo. Aprendemos um pouco sobre a cidade e sua distribuição. Mas o mais legal foi que nosso grupo era ótimo. Era um grupo pequeno, devíamos ser umas 10 pessoas e acabamos ficando amigos. Ao final do passeio, até combinamos de rachar um táxi no dia seguinte para Monte Albán com duas mulheres do grupo. Elas acabaram virando nossas amigas, passamos todos os outros dias juntas. E recebemos indicações incríveis de lugares para comer de dois chefs londrinos. 
Como estávamos exaustas, demos só uma passeada pela cidade depois do tour e voltamos pra casa pra descansar um pouco de tarde.
Mais pro fim do dia saímos para jantar no Mercado 20 de Noviembre. Agora sim achamos um mercado como tínhamos imaginado que seriam os mercados mexicanos. É uma reunião de pequenas cantinas, todas de comidas típicas e com grandes mesas coletivas. Comemos uma tlayuda (não se deixe levar pela recomendação, alimenta 2 pessoas fáaaacil), que é tipo uma pizza de tortilla com feijão, carne, queijo e abacate em cima. Achamos bem gostosa.
Depois de alimentadas, fomos a um espetáculo de dança contemporânea que uma das pessoas do nosso grupo tinha recomendado. Isso é algo muito interessante de Oaxaca: a cidade respira cultura. Pra todo lado que se olha existe uma galeria, um museu, uma biblioteca, uma apresentação musical. E a cidade tem um festival super famoso com apresentações de dança e música.
Na apresentação, encontramos nossas amigas (Robin e Evelyn) e paramos para ver o pôr-do-sol em uma terraza de frente para a Iglesia de Santo Domingo. Então, resolvemos experimentar uma das atividades culturais mais famosas da cidade, as mezcalerias. Fomos na Mezcaleria La Querência, mais ao norte da parte história e era ótima. Experimentamos vários mezcais, o pessoal do bar era super simpático. Ainda demos a sorte de chegar lá e encontrar um casal que havia feito o tour conosco no início do dia! Grupo completo. 
Por fim, terminamos a noite comendo o que foi provavelmente a melhor comida de toda a viagem: Lechonzito de Oro. É uma taqueria que serve um taco de leitão com torresmo (chicarrón) que é um negócio de outro mundo!. A salsa dos caras é incrível (mas recomendo pedir sem e colocar o quanto você aguenta). Só de escrever, já estou ficando com água na boca. Se for a Oaxaca, não deixe de ir. Eles funcionam de 2ª a Sábado, de 20h às 4h. 

6º dia: 
Acordamos cedo e encontramos com nossas amigas para pegar o táxi para Monte Albán. Como éramos 4, decidimos rachar um guia e recomendo muito fazer uma visita guiada. Achamos Monte Albán bem legal e foi nossa primeira experiência com um sítio arqueológico no México. Acredito que pra quem foi a Teotihuacan, na Cidade do México, Monte Albán seja menos impressionante, mas para nós valeu muito a pena. Uma dica é tentar chegar o mais cedo possível pra pegar o lugar vazio (regra básica do mochileiro).
Voltamos para a cidade e fomos almoçar no restaurante Los Pacos, comer uma degustação de moles. O mole é uma comida típica das regiões de Oaxaca e Puebla, consiste num molho cheio de especiarias e uma proteína (normalmente frango). Tipo a feijoada pro Brasil. A verdade é que além do Mole Negro (com base de cacau!!!), na região de Oaxaca existem outros 6 tipos de moles. A degustação foi ótima, a um preço relativamente razoável (R$40,00 por prato). O atendimento foi meio ruim.
De lá, mercado de artesanato de Oaxaca. Bem fraco, vazio, com várias lojas fechadas. Não entendemos direito. Parece que existe um outro mercado bem melhor, que na teoria é de comidas orgânicas, mas que tem de tudo. Quando estiver em Oaxaca, pergunte por ele.
De noite, encontramos com a Evelyn e a Robyn no bar La Mezcalerita (bar gracinha, com uma terraza fofa e com cara de “boteco”). De lá, fomos a um bar de blues encontrar o mexicano da casa em que a Evelyn ficou, o Ricardo. Tomamos umas cervejas e uns mezcais e partimos pra uma casa de salsa, La Candela (do ladinho do Lechoncito de Oro). Foi uma noite ótima! Desta vez, já com menos vergonha e mais ébrias, dançamos muito (mesmo que mal). E descobrimos que mesmo depois de todo esse tempo, quando toca Despacito o povo dança até se acabar. Saímos de lá já bem tarde, mas não resistimos a uma passada no Lechoncito para comer antes de dormir. 

7º dia: 
No dia anterior, Evelyn e Ricardo nos convidaram para fazer um passeio pela região de Oaxaca. Aceitamos e bem cedo Ricardo passou para nos buscar de carro.
Começamos o dia indo tomar na café no mercado ao lado Árvore de Tule, o maior cipreste do mundo. Assim, ver árvore é uma coisa bem “pega turista”, mas o mercado ao lado era ótimo pra comer (até você escolher o lugar que vai comer, as senhorinhas não param um segundo de gritar as ofertas do dia, é hilário) e a cidade em geral era fofinha. 
Depois, fomos ao povoado de Mitla, ver as ruínas. São bem pequeninhas em relação a Monte Albán, mas foi interessante. Mitla foi para onde os zapotecas (ou mixtecas) moradores de Monte Albán se mudaram quando saíram de lá. Ninguém sabe bem porque eles se mudaram. 
Daí, fomos visitar uma destilaria de mezcal de um amigo do Ricardo. Depois, descobrimos que essa destilaria é uma das mais famosas do México. Los Danzantes. Aprendemos muito, a produção do mezcal é muito artesanal, tem até um cavalinho pra fazer a moenda (mó judiação com o pobre do bichinho). 
No caminho para Hierve el Agua, paramos para almoçar em um restaurantezinho na estrada de terra. Provando que a comida simples desse país é incrível, comemos quesadillas de flor de calabaza (abóbora) que estavam excelentes. Fomos pra Hierve el Agua. Bem bonito, mas muito cheio. Talvez valha ir durante a semana (fomos no sábado) e tentar chegar cedo. Legal também ir na época de chuvas. A vista é linda.
Voltamos pra casa já fim de tarde e descansamos um pouco antes de sair de noite. Passeamos um pouco pela cidade no fim da tarde. Fomos jantar (sopa de pozole, outro clássico) no Restaurante/bar El Popular. O lugar tem preços ótimos, o clima é super legal, com o povo dividindo mesas. Recomendamos. 

8º dia: 
Nosso último dia em Oaxaca foi reservado para fazer as coisas que ainda não tínhamos tido tempo de fazer. Percebemos que não tínhamos nos programado direito em Oaxaca e acabamos sentindo que faltou muita coisa pra ver. Queríamos ter explorado mais povoados vizinhos e outros mercados na cidade (o mercado de orgânicos, por exemplo, só lembramos na noite do último dia) e talvez divididos os museus e galerias por mais dias. Robin nos falou, por exemplo, do Museu Topa sei lá o que, que tem uma coleção de artefatos zapotecas e mixtecas excelentes. Fica pra próxima.
Começamos a maratona então indo ao Museu Têxtil. O museu é legalzinho, mas achei a exposição de roupas típicas do Museu de Arte Popular da Cidade do México bem mais legal. Acho que vale mais a pena ir lá, se esse for um interesse seu. Também vimos uma exposição temporária no Museu da Frida das roupas dela, que foi bem legal.
Depois, fomos no Museu de Culturas de Oaxaca Santo Domingo. Esse vale a pena. O prédio é um antigo convento reformado, com uma vista incrível de várias janelas. O acervo não é tão impressionante se comparado com o Museu de Arqueologia, mas as explicações das placas (só em espanhol) são muito boas! As salas são numeradas e organizadas de forma linear, ajudando a entender um pouco mais a história do povo mexicano. Achei bem informativo.
Almoçamos, de novo, no mercado 20 de noviembre e, de novo, Mole Negro. Era tão bom quanto lembrávamos (eu acabei comendo chile relleno, que estava com vontade de experimentar). 
Daí fomos olhar os artesanatos da cidade, famosos no México. Passeamos pelas feirinhas do Zócalo e ainda descobrimos uma loja ótima para comprar bordados típicos de tehuana (sem deixar um rim no processo). Se não me engano, o endereço é Av. de la Independencia, 804.
De noite, encontramos com nossos amigos no Olivo Gastrobar para uma despedida. O bar é caro, mas as tapas (minúsculas) que comemos estavam excelentes.
Ainda tivemos tempo de ir comer em uma vendinha recomendada pelo Ricardo de empanadas de amarillo (tortillas recheadas de um molho meio doce bem gostoso). Em frente ao El Popular.

 

Por enquanto, é isso. Depois de Oaxaca ainda fomos para a Riviera Maya, onde nos hospedamos em Tulum e na Laguna Bacalar por 7 dias. Essa parte eu ainda não tinha escrito lá em 2018, então vou precisar dar uma pesquisada pra lembrar de tudo e botar aqui outro dia.

  • Amei! 2

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