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  • Membros de Honra
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Nao sou médico em nenhuma espcialidade, mas ja subi varias montanhas acima dos 4mil onde experiencia me vacinou do sgte:

- cada organismo reage diferente a altitude

- bom condicionamento fisico nao garante aclimatacao

- nunca subir com pressa ou fazer esforcos extremos. o risco de edema pulmonar é enorme.

- beba muita agua

- vá 'as montanhas da Bolivia antes de quer subir o Aconcagua

- leia as primeiras paginas do topico se quiser saber os "porquês" acima..

  • Colaboradores
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Jorge Soto, legal o que voce escreveu: "cada organismo reage diferente a altitude

- bom condicionamento fisico nao garante aclimatacao"... É isso mesmo.

 

Sim, cada organismo reage diferente, e aquele organismo que já foi 20 vezes, sem problema, pode ter problema na próxima. Não ter tido problema uma vez não fica "vacinado".

E um pouco condicionado pode tolerar melhor que um atleta. Resumo= É imprevísel à cada visita, sempre !

 

Fábio, o Diamox (acetazolamida) é um diurético fraco, usado mais para diminuir pressão intraocular de glaucoma. Nas outras especialidades nem é lembrado. Parece ter um efeito anti-epilético também.

E sua ação benéfica parece ser pela mudança de PH do sangue. Provoca Acidose sérica (perda de ácido na urina), força a compensação pulmonar pelo aumento da frequencia e volume respiratório, que tentaria corrigir com alcalose respiratória, isto promove maior perda de CO2, (Hipocarbia), com seus benéficios no cerebro (vasoconstrição,etc) e outros orgãos, e talvez uma maior oxigenação.

 

Mesmos sem o Diamox, a HIDRATAÇÃO de mínimo de 3 a 4 litros, é o mais é recomendado como prevenção, pela perda de líquido pelo respiração, e para diminuir a viscosidade do sangue. Se for tomar o Diamox preventivo, mais uma razão para hidratar. Um abraço !!

  • Colaboradores
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André Antunes e demais colegas,

 

Sou médico também, e o criador e inaugurador desse tópico. Já estudei bastante sobre os efeitos da altitude no nosso metabolismo e já pude ser minha própria "cobaia" do que escrevi nos primeiros posts.

Usei diamox previamente, antes de minha viagem e realmente ele te dá uma taquipnéia, perceptível principalmente nos primeiros dias...como todo diurético, também aumenta a frequência de micções, mas nada de significativo e que te vá fazer ficar desidratado por isso. Como sou bastante atópico (alérgico), também tomei decadron (apesar do benefício em termos preventivos ainda ser controverso nesses casos...). Bom, nunca havia ido anteriormente a altitudes elevadas, então não tenho o "caso controle", mas posso relatar que não senti absolutamente nada, a não ser o óbvio cansaço que é inevitável para quem acabou de sair do nível do mar. Mas a famosa dor de cabeça, náuseas, vertigens, turvamento visual, insônia, não tive nada disso. Isso não prova em nada a eficácia da prevenção, já que não sei se aconteceria o mesmo se não tivesse feito nada...mas como "seguro morreu de velho", preferi não arriscar suspender os medicamentos para "ver se alguma coisa acontecia". Também me hidratei muito, evitei bebidas alcóolicas nos primeiros dias, evitei alimentos muito pesados e gordurosos (quem já foi para elevadas altitudes já deve ter percebido que a pressão dos gases dentro do intestino também muda...) e não fiz atividades físicas muito intensas no começo...muito menos a famosa subida ao Chacaltaya (5400 metros) que muitos arriscam fazer logo que chegam , sem uma adequada aclimatação...

Não quero dizer aqui que eu sou o exemplo do que se deve fazer para não sofrer nada quando viajar, eu só quero que não apareça por aqui nenhum "super-herói" que chegou à La Paz sem tomar nenhuma precaução, encheu a cara de cerveja e batata frita no primeiro dia, subiu o Chacaltaya logo no dia seguinte e venha neste fórum dizer que tudo isso é bobagem e que ninguém precisa fazer nada...Não é por que essa pessoa teve sorte e um organismo que se adaptou facilmente que todos o terão!!

Você realmente pode ir a elevadas altitudes sem precaução alguma e não sofrer nada...mas prevenir é sempre muito melhor do que remediar, principalmente quando se está na Bolívia...

Ah, antes que me esqueça, concordo com tudo que disseram o Fábio e o André a respeito das vitaminas do complexo B; elas têm tanto efeito preventivo para quem vai a elevadas altitudes como o caldo de galinha que a minha avó faz...que aliás é muito bom, recomendo...

 

Bom, acho que é isso.

 

Abraços!

  • Membros de Honra
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Nao concordo com efeito psicológico do Citoneurin nem do Rubranova. Existem estudos avançados sobre o uso de vitamina B12 para ajudar na aclimataçao e produçao de hemoglobina.

 

Fora isso, existem vários relatos de montanhistas que utilizaram a vitamina e sentiram grande diferença na aclimataçao. Eu mesmo fui um caso. E posso te dizer que nao foram poucas vezes que estive acima dos 5000m. Inclusive ontem e hoje mesmo.

 

Nao sou a favor de uso de Diamox nem Dexametasona (embora tenha utilizado quando tive edema cerebral), mas nao vejo mal nenhum no uso dessa vitamina e nem de Aspirinas em alta montanha.

 

Deixo claro que nao me automedico, pois o Citoneurin foi me recomendado por dois médicos que cuidam de medicina esportiva.

 

O Jorge disse uma coisa muito importante. Cada caso é um caso, mas para mim e todos que conheço que experimentaram essa simples vitamina deu certo.

 

Bem... Nao sou médico nem curandeiro (ouviu Sr. Fake), apenas relato a prática que conheço em altitudes elevadas, pois sou escalador e montanhista e nao médico e nem tenho a pretensao de o ser.

 

OBS: Sr. Fake nao é nenhum de voces OK. Nao preciso dizer quem é, pois ele sabe do que estou falando.

 

Fica a palavra a quem endende do assunto. ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Abraço a todos,

Leo

  • Colaboradores
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Legal da sua parte Leo.

Citoneurin, Rubranova são medicamentos comuns. São vitaminas do complexo B. Não tem nenhum efeito colateral, pois seria equivalente às vitaminas de refeições. E posso garantir, apesar de ter sido receitado por medico (segundo relatos aqui), não faz nada de bem no sangue, "não fede, nem cheira".

 

Tenho pesquisado com as grandes expedições do Himalaya, com os médicos que ficam de plantão no centro médico (voluntarios pesquisadores), em Lobuche (base do Evereste), etc...

 

Leo: A produção de glóbulos vermelhos só começa a se manifestar no sangue semanas após (mais de 15 dias) ficar na altitude. Ocorre maior numero de globulos vermelhos. Nos exames não se detecta ainda "exatamente" por que a pessoa, se adapta. Entra coisas complexas, com enzimas de mitocondrias mais ativas, etc, etc. O dopping com eritropoetina pode ser perigoso, pois poderia provocar tromboses, sobrecarga de sistema vascular pelo aumento da viscosidade do sangue.

Falou galera...

  • Colaboradores
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Vitamina B12

 

Essa semana um documentário da Discovery, falando sobre aquela competição de bike ''Volta da França'', abordou o dopping largamente utilizado pelos atletas, que estão substituindo a eritropoetina (agora manjada pelos organizadores) pela vitamina B12.

 

O efeito não é tão eficaz quanto a eritropoetina, mas melhora muito o rendimento e sem causar os danos terríveis da eritropoetina (um atleta deu um depoimento dizendo que perdeu parte do músculo do glúteo devido as constantes aplicações).

 

A propósito, é impressionante a quantidade de drogas que esses atletas tomam, por pressão do próprio chefe de equipe !!! vale a pena tentar achar matéria no site do canal.

 

abraços

  • Colaboradores
Postado (editado)

O citoneurin, assim como demais vitaminas do complexo B são algumas vezes utilizadas como potencializadoras da ação de anti-inflamatórios (os ortopedistas gostam muito...), mas mesmo nesse caso o seu uso é controverso. O uso dessas vitaminas como co-fatores na produção de glóbulos vermelhos ainda está sendo estudado e seu efeito ainda não foi comprovado e não é unanimidade no meio médico (muito pelo contrário). Mesmo assim, os efeitos são para uso crônico e prolongado !! Ou seja, não adianta tomar agora achando que vai estar adaptado em 2 dias, 1 semana; a medula óssea (responsável pela produção das hemáceas) não trabalha nessa velocidade em pessoas normais. Portanto, pode ser que no futuro alguém prove que o citoneurin realmente ajuda na adaptação à altitude, mas isso sempre a longo prazo, nunca de uma hora para outra!!

Quem quiser usar pode usar, mal não vai fazer...mas também não vai fazer bem...é o famoso efeito "placebo"...Se você se sentir melhor e mais seguro, ótimo, nenhum médico vai contra-indicar isso!

 

É isso.................................. (com muitas reticências...................)

Editado por Visitante
  • Colaboradores
Postado (editado)
Neste caso esses medicamentos teriam a mesma funçao da Eritropoetina Humana Recombinante ??

 

Até que ponto a viscosidade do sangue poderia ser controlada com o uso de Ácido Acetilsalicílico ??

 

Desculpe a consulta gratuita

 

Leo, a eritropoetina é hormonio natural (produzida no rim), que estimula a produção de hemácias na medula óssea.

No paciente renal grave, a eritropoetina falta, e surge anemia grave, sendo necessário a aplicação de Eritropoetina semanalmente no paciente.

No texto anterior esqueci de introduzir a razão de ter escrito sobre eritropoetina. É porque na altitude elevada, a falta de oxigenação crônica (dias, semanas) no sangue, estimula a produção de eritropoetina, e somente após semanas, que surge no exame de sangue um quantidade maior de hemacias. Ou seja: a aclimatação dos primeiros dias ocorre por outras razões, em pesquisa ainda.

O dopping com Eritropoetina é super perigoso (mesmo em baixa altitude), com muitos (!)relatos de mortes súbitas, em atletas (maioria ciclistas europeus, morrendo até no sono, em baixa altitude com oxigenio normal, imagina na alta montanha, pouco oxigenio). A viscosidade aumenta uma serie de riscos.

A viscosidade seria como comparar um óleo grosso, e um óleo fino. O grosso é mais viscoso, dificil de circular, de bombear. O fino corre fácil, com menos esforço da bomba. No caso nosso, a bomba é o coração (que é forçado), e o sangue mais viscoso corre com mais dificuldade nos pulmões (oxigena menos), no cérebro (idem, passa mais lento), e nas extremidades (aumenta o risco de congelamento de dedos ou membros, nariz, etc). E todos os orgãos...

Uma das adaptações "agudas", de primeiro momento é a taquicardia (ou seja o coração bate mais rápido), para compensar o "pouco oxigenio", ele acelera, e se esforça (só que o coração também precisa de oxigenio para trabalhar mais forte).

 

O AAS nem é citado em todos sites científicos sobre Mal de Montanha que olhei. Não modifica nada a aclimatação. Só é citado como analgésico para cefaleia.

O AAS não modifica a viscosidade. Dificulta a capacidade de agregação plaquetária (fazer coágulos). Reduz a possibilidade de tromboses.

Para diminuir a viscosidade só mesmo HIDRATAÇÃO.

 

A ADAPTAÇÃO NATURAL COM SUBIDAS DIÁRIAS MENORES É O COMPROVADAMENTE SEGURO, que é o que todo PROFISSIONAL faz no EVEREST). A partir de 2.500 metros, ideal subir cerca 300 a 400 metros por dia, e no terceiro dia dormir duas noites na mesma altitude: seria dormir duas noites em 3000 m e duas noites em 4000 metros). NA NOITE (SONO) É QUE VEM a maioria dos males de montanha. Portanto é importante saber que "anda alto, mas dorme baixo".

 

O Diamox é super usado preventivo lá, tem uma prescrição ampla, sem maiores problemas (pagina 4)... O Diamox acelera a aclimatação ( mas sem mágica) e não mascara os sintomas. SE a pessoa melhorar, é por que se aclimatou um pouco mais !!.

Seguir a tabela de alerta de sintomas ( pagina 1 ou 2), DESCER SEMPRE que tiver dúvida. (pelo menos não subir).

 

OU SEJA : SEGURO MORREU DE "VÉIO"... Por isso que este tópico deu uma "Sacudida" agora (segurança dos mochileiros). Todos acabam ajudando. O Juba começou o tópico. Parabéns.

 

PS: Quanto mais próximo da linha do Equador, na mesma altitude (por exemplo 4.000 metros), haverá mais ar (e mais oxigenio), do que quanto mais próximo dos Polos. Exemplo : La Paz à 17 graus latitude, Himalaia à 27 graus latidude, 4.000 metros de La Paz tem mais oxigenio que 4.000 no Everest. Por isso que na Bolivia tem menos problema que no Himalaia.

Editado por Visitante
  • Membros
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Aí povo que gosta de uma montanha pra lá de 4 mil metros !!!!!

 

Também estive na Bolívia, fui de carro, entrei pelo sul (Villazon) e fui fazendo uma especié de "subindo a escada" em relação á altitude; cada cidade eu pernoitava duas noites; porisso acho, não senti absolutamente nada em relação á altitude, só tomei um chá de coca por curiosidade, me alimentava normal, sem exagerar em coisas gordurosas e não bebi álcool; nada de dor de cabeça, problemas estomacais, nariz sangrando; tudo normal.

A grande problemática da altitude da maioria é que saem de altitudes abaixo de 100 metros, seje de avião, carro, onibus, mochilando e se deparam com uma La Paz á 4 mil metros....é uma subida muito brusca.

Viva a Bolívia, encantadora, cultural e baratíssima !!

  • Membros
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Caro Andreantunes,

Sou novo no forum e vi que é cardiologista com boa informação da fisiologia em altitude. Padeço de Fibrilação Atrial crônica, medicado com diltiazem (para tratar da FC-taquicardia, não do ritmo sinusal) e com varfarina (INR 2-3) e não tenho nenhuma outra cardiopatia. Pois bem, já subi no Chacaltaya (Bolívia, 5.330m) sem maiores problemas... há 23 anos. Mas tive que descer, pois cheguei em La Paz num dia e no dia seguinte fui ao topo com alguns esquiadores -deu para ficar umas 3-4 horas apenas. Fui montanhista até que a FA me castigou. A questão é que agora resolvi subir nas altitudes de 4x4, mais fácil, né... Nas minhas atuais condições cardíacas, até que ponto estaria me arriscando subindo altitudes superiores a 2.500m? Agradeço seus conselhos.

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