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  • Membros
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Penso que os sintomas variam muito de pessoa para pessoa. Sou asmático, estive no Peru no inicio do ano e não senti absolutamente nada!

O que eu fiz antes de viajar foi, procurar orientação médica (muito importante).

Eu estava preparado, levei remédios mas não precisei usar.

  • Colaboradores
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Oi gente!

Voltei a altitude agora em julho e confesso que sofri menos que a primeira vez... Me aclimatei bem mais rápido! Cheguei a 5100m .... Tomei Diamox todos os dias de manhã e bebi bastante água, tenho certeza que isso contribuiu muito pro meu desempenho...

Também não sofri no meu retorno a altitude zero, diferente da outra vez... Valeu as dicas amigos!

 

Carla, que bom você tirou de letra. Com certeza cada vez que for será tudo como se fosse a primeira, do ponto de vista das adaptações. Mas com certeza, você fez um diferencial, em termos de atitude, de precaução, que sempre deverá se repetir. Obrigado por colocar seu relato.

Abç,

  • Membros
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Galera, tenho que deixar um relato pequeno (pelo menos pra agora) sobre minha experiência com o soroche...

Eu que perguntei muito à galera o que fazer, o que tomar, como aclimatar e etc.

 

Fiz meu primeiro mochilão agora em julho, tendo como destino a Bolívia. Fui por terra, por Corumbá, Santa Cruz, depois Cochabamba e La Paz.

Nos primeiros dois dias em La Paz, não senti absolutamente nada, apenas o cansaço depois de subir e descer as ladeiras da cidade.

 

Depois desses dois dias em La Paz, fui a Uyuni pra fazer uma aclimatação, já que tentaria fazer alta montanha.

Chegando em Uyuni (4000m +- e -10°C), estava MORRENDO. Muito frio, uma dor de cabeça que nunca tinha tido, MUITO forte, enjôo. Enfim...

Tomei um chá de coca (já tinha mascado durante o trajeto La Paz-Uyuni, não fez efeito algum), alguns remédios e melhorei um pouco (um pouco mesmo, estava muito mal ainda). Fui pro tour de 3 dias.

No final do primeiro dia já me sentia melhor. Conseguia alimentar normal, continuava tomando os remédios e mascando a folha de coca. Dormimos no hotel de sal nesse dia e eu me sentia bem.

 

Quando acordei, estava MUITO mal de novo. Muito enjôo e a dor de cabeça infernal... Aí eu comecei a me desesperar, porque a dor era realmente muito grande, algo que nunca tinha sentido. Passou o dia e eu não melhorei.

No final desse segundo dia, chegamos ao Parque da Laguna Colorada (+- 4500m de altitude), fui direto pra cama, estava realmente mal. Não tinha ânimo e nem físico pra me alimentar, ficar sentado ou algo do tipo.

 

E essa noite foi a pior, disparado. Não conseguia dormir, a dor de cabeça que não passava, calafrios, mesmo depois de vários analgésicos, ibuprofeno...

E o mais desesperador: começou a dificuldade de respirar. Aí que eu caí de vez. Comecei a ficar desesperado e já pensava em HACE, HAPE, e afins. Se é que me entendem.

Tinha muita gente preocupada comigo, meu guia (que me deu um chá de uma planta nativa, não sei até hoje o que era), outros mochileiros, companheiros de tour.

E não tinha o que eu fazer, estava em um local muito isolado. Talvez eu devesse pedir pro guia me levar imediatamente pro Chile e baixar de altitude (já que estávamos "próximos" à fronteira do Chile).

No calor do momento nem consegui pensar nada, fiquei lá estirado na cama com uma pilha de cobertores.

O jeito era rezar pra acordar no outro dia, e se tivesse no mesmo estado, teria que mudar todo o roteiro e ir pro Chile, até o nível do mar.

 

Acordei como no primeiro dia, muito enjôo e dor de cabeça (mas melhor que na noite anterior, quase morrendo -e morrendo mesmo) e o guia informava que iríamos aos gêiseres, que ficam numa altitude maior ainda (5000m aprox.).

O medo era grande, se a 4500m eu passei MUITO mal, o que poderia acontecer a 5000m?

Confesso que foi uma total falta de responsabilidade me deixarem levar até lá, mas aí eu comprometeria todo o tour dos mochileiros que iam comigo. Enfim, nem pensei em pedir pra voltarmos e baixarmos imediatamente a Uyuni.

Graças a Deus (a Deus mesmo) não piorei, na região dos gêiseres. Não saí do carro pois ainda me sentia mal, mas não sentia piora do meu estado.

Mesmo mal, estava extremamente aliviado. Eu e principalmente os que me acompanhavam. Segundo eles, tiveram medo de eu literalmente morrer.

O guia contava uma história de um alemão que estava no mesmo estado que eu, mas não acordou :shock:

 

Chegando a Uyuni, já bem mais baixo, já me sentia melhor. Não lembro dos nomes dos mochileiros brasileiros que me ajudaram na noite da Laguna Colorada mas sou grato demais a eles.

Enfim, o tour de 3 dias de Uyuni terei que fazer outra vez, não consegui aproveitar absolutamente nada...

 

PS: Não sei se vocês vão acreditar em mim, mas depois de Uyuni, voltei a La Paz e fiz cume de 3 montanhas com mais de 5000m de altitude. Uma delas o Huayna Potosí, cume a 6088m.

  • Colaboradores
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mrcsmkt, que sorte a sua! Se você não estava com febre, com alguma outra doença, como sinusite, você provavelmente estava com edema cerebral. Difícil afirmar daqui.

Mas o certo e correto era descer! Não precisa ser para o nível do mar. Descer 400 a 500 metros já faz uma diferença boa. Mil metros seria suficiente, teoricamente. Que bom que vc não virou "colega do alemão". E que irresponsabilidade do guia, saber que aquela situação sua era semelhante à do alemão.

Aventuras são boas só se voltar vivo.

Este ano, nos noticiários, vimos o brasileiro que morreu de frio, preso numa fenda de vulcão, (cadê o apito de segurança?) Tenho um de 120 decibéis. Pode ajudar... ::sos::

Outra brasileira caiu em penhasco, montada num burro ou cavalo... Outros não ficamos nem sabendo, aqui mesmo no Brasil.

 

Depois que você melhora, pode a próxima experiência ser normal, como aconteceu após a sua volta à La Paz.

Obrigado pelo seu relato. É bom compartilhar, pois alguns ainda acham que o risco de altitude é fantasia.

Que bom que vc voltou ! ::cool:::'>

  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra
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Encontrei este artigo na net ( está em ingles) de pesquisadores ingleses, sobre quem vai viajar a altas altitudes e tem algum tipo de problema pulmonar ( asma, etc). Achei interessante, pois detalha sintomas, prevenções e tipos de medicamento q são os mais indicados em cada momento. Uma coisa que não sabia é que quem tem asma, o maximo aconselhável para subida é até 5000 m. ::hein:

http://erj.ersjournals.com/content/29/4/770.full.pdf.

De resto é bem parecido com o que todos já comentaram neste forum. ::otemo::

  • Membros de Honra
Postado
Uma coisa que não sabia é que quem tem asma, o maximo aconselhável para subida é até 5000 m. ::hein:

 

 

Isso me lembra que outro dia vi na televisão um documentário sobre um grupo na subida do Everest e um dos escaladores tinha asma e chegou no cume sem oxigênio!

 

(só estou citando um fato curioso, não estou incentivando ninguém a fazer essa loucura tá hehehehe)

  • 4 meses depois...
  • Membros
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Pessoal, podem me ajudar com algumas dúvidas, por favor? Sou super preocupada com coisas de saúde, e o Soroche me deixou com medo, especialmente pq jah tenho problemas respiratórios msm em baixas altitudes (por desvio de septo, adenoide e mais uma listinha de problemas q vivem me deixando sem fôlego msm aki) :S

Eu queria ir de Lima para Cusco, por conta do tempo q se leva para fazer o msm caminho de ônibus... Mas eu correria menos riscos se fosse de ônibus, pq a mudança seria menos brusca?

E eu queria saber tb q especialidade médica eu deveria procurar aki, antes de ir, e o q precisa ser checado (pulmão? coração? aquela anemia q se manifesta em altitudes?)

 

Muuuuito muito muito obrigada a todos q estão colaborando com as respostas

Este tópico foi de muita valia...

  • Colaboradores
Postado
Pessoal, podem me ajudar com algumas dúvidas, por favor? Sou super preocupada com coisas de saúde, e o Soroche me deixou com medo, especialmente pq jah tenho problemas respiratórios msm em baixas altitudes (por desvio de septo, adenoide e mais uma listinha de problemas q vivem me deixando sem fôlego msm aki) :S

s... Mas eu correria menos riscos se fosse de ônibus, pq a mudança seria menos brusca?

... q especialidade médica eu deveria procurar aki, antes de ir, e o q precisa ser checado (pulmão? coração? aquela anemia q se manifesta em altitudes?)

..

 

Tatiane, vc mesmo disse ser "super" preocupada. Não precisa exagerar ! desvio de septo, adenoide não são problemas relatados que provocam o MAl de Soroche. Em grande altitude o ar é mais SECO E MAIS FRIO, e dependendo da sua sensibilidade, pode piorar seus sintomas nasais. Hidratar vai ser super importante !!

Você ( e todo mundo), precisa respirar um pouco mais rápido, para compensar a redução de oxigênio... Respirar mais rápido será feito de modo automático, Ficar prestando atenção na respiração incomoda muita gente...você pode desligar este pensamento. Com o exercício, fica-se mais ofegante, é natural. E isto não é Soroche.

Sempre, Sempre será imprevisível quando ou se o mal ocorrerá ! (na maioria das vezes não ocorre !! para nossa sorte...)

E sempre, sempre será mais prudente pecar pelo zelo de subir devagar... E fazer os outros cuidados ( leia o tópico direitinho: hidratação, etc...)

 

Médico? preventivamente? talvez o otorrino, para você ir com os medicamentos que não vão deixar seu nariz "entupir"... (nada a ver com o Mal de Soroche...).

Médico clínico geral, para um exame preventivo geral ( os cardiologistas e pneumologistas também são clínicos). Exame que todos devem fazer, para checar se tem alguma doença "escondida", etc. Nada que o médico fazer poderá ser a mágica para evitar o mal de Soroche, pois o mal pode acontecer em pessoas jovens, super sadias...

 

Mas lembre-se: A maioria não sente o MAL. Todos podem sentir o cansaço, acima de 3 ou 4 mil metros... é normal, natural, esperado...

Boa viagem !! ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'> ::otemo::

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