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Trilha Vale do Pati sem guia Dez/2021


valter.jr2

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Ola, Sou Valter e estarei no Capão até dia 15 de Dezembro.  Meu ônibus de volta para São Paulo é no dia 20.

 

Nesse período eu estou pensando em fazer a famosa trilha do Pati sem guia. Eu ja fiz a travessia dos lençois em maio desse ano sem guia também e deu tudo certo.

Estou pegando várias informações desse relato aqui:

 

Caso alguém queria se juntar na minha aventura, pode me mandar msg por aqui, ou pelo meu instagram:

 

https://www.instagram.com/12valter3/

@12valter3

 

 

 

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2 horas atrás, valter.jr2 disse:

Ola, Sou Valter e estarei no Capão até dia 15 de Dezembro.  Meu ônibus de volta para São Paulo é no dia 20.

 

Nesse período eu estou pensando em fazer a famosa trilha do Pati sem guia. Eu ja fiz a travessia dos lençois em maio desse ano sem guia também e deu tudo certo.

Estou pegando várias informações desse relato aqui:

 

Caso alguém queria se juntar na minha aventura, pode me mandar msg por aqui, ou pelo meu instagram:

 

https://www.instagram.com/12valter3/

@12valter3

 

 

 

Utilizei esse mesmo relato e fiz sozinho Capão- Igrejinha e voltei por Guiné. Em outra vez fiz com um guia Andaraí-Igrejinha e também voltei por Guiné.  Fiz o Vale do Pati em duas etapas. O trecho Andaraí-Igrejinha, não achei tão bonito quanto o primeiro trecho, mas vai ao gosto de cada um. Boa sorte na sua caminhada. 

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Em 10/11/2021 em 18:24, Roberto Brandão disse:

Utilizei esse mesmo relato e fiz sozinho Capão- Igrejinha e voltei por Guiné. Em outra vez fiz com um guia Andaraí-Igrejinha e também voltei por Guiné.  Fiz o Vale do Pati em duas etapas. O trecho Andaraí-Igrejinha, não achei tão bonito quanto o primeiro trecho, mas vai ao gosto de cada um. Boa sorte na sua caminhada. 

ah blz, obrigado pela dica. Vc fez a trilha sozinho??

  • 3 semanas depois...
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E aí, galera? Tudo bem? Também sou bem disposto: faço trilhas e caminhadas por muitas horas com frequência.

Pretendo fazer o Vale do Pati agora na segunda metade de dezembro.

Pelo que conversei com o pessoal de lá, será possível se hospedar na casa dos nativos, mesmo no período natalino.

Meu plano também é ir sozinho ou com o pessoal que for conhecendo pelo caminho, saindo do vale do Capão.

Desejo uma boa sorte ao amigo em sua trilha.

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  • 3 semanas depois...
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Em 26/12/2021 em 08:04, Gabriel Teixeira disse:

@falarodrigo Opa cara, beleza? Chegou a ir para o Pati? Como estão as chuvas por lá? Eu iria hoje mas acabei mudando de planos devido a chuva, vou aguardar uns dias para ver se para de chover e ai sim ir para lá.

Rapaz, foi uma das aventuras mais radicais que já fiz. É bem provável que tenha sido a mais complicada e perigosa. Peguei o ônibus de Salvador para Palmeiras (105 reais). De lá fui de transporte alternativo até o Vale do Capão (20 reais). Aproveitei para passar um dia por lá e fazer a trilha da Cachoeira da fumaça por cima sem guia ( já havia feito uma vez antes). Foi uma boa experiência, apesar de querer também ter feito a trilha da cachoeira da fumaça por baixo, o que não era possível de fazer em pouco tempo. Comecei umas 10:30 e terminei por volta das 17:30.  Indo do Vale do Capão é uma trilha relativamente fácil, especialmente pela grande quantidade de pessoas que estarão fazendo a mesma coisa. Caso queira, é possível contratar um guia por lá. Acabei indo apenas com a companhia de um casal que estava fazendo pela primeira vez e que conheci logo na entrada. Vale lembrar que já conhecia razoavelmente a trilha e mesmo assim consegui me perder uma vez por alguns minutos. É importante começar cedo e fazer tudo com tempo, pois voltar da trilha no escuro é ruim.

No segundo dia fui conhecer a trilha até às hospedagens do Vale do Pati. O objetivo era chegar lá, mas o moto táxi com quem combinei atrasou muito e quando ficou muito tarde na trilha, resolvi voltar para o Vale do Capão. No outro dia acordei às 6 horas da manhã e fiz todo o percurso à pé, sem guia. Foi uma loucura, pois tive de cruzar três rios com correnteza forte, embora não fossem profundos. Havia também muita cobra cascavel e de outras espécies. Facilmente, poderia ter havido um acidente e teria sido meu fim, sem chance de enviar um pedido de ajuda (não há sinal de internet por lá e estava sozinho há muitos quilômetros de outro ser humano).

Indo muito devagar por causa do terreno enlameado e parando para fazer vídeos e fotos, bem como para ter certeza de que estava no caminho certo, acabei levando muito mais tempo do que deveria. Fiz do Vale do Capão até ao local da hospedagem pela floresta, pela parte de baixo, quando o mais adequado teria sido ir pelos Gerais, encurtando o caminho. Fui no rancho e estava tomado por moscas que chupam sangue (mutucas), que pareciam abelhas africanas. Foi bem ruim, mas levei repelente e isso ajudou. A água estava bem fria e parte do caminho parecia um riacho, bem como ao lado estava com muito capim-navalha (corta muito - sorte que eu estava de manga longa. Infelizmente, não estava com calça, o que resultou em vários pequenos cortes).

Após muitas horas e já cansado, por volta das 20:30 e há uns 700 metros do local de hospedagem, estava chovendo, o terreno estava bem íngreme, escorregadio e tive receio de torcer o tornozelo. Resolvi dormir na mata.  Estava sem barraca, mas fechei a capa de chuva e consegui usá-la como um saco de dormir. Dei umas batidas com um pau no mato para espantar as cobras e outros animais. Tive sorte e, fora sentir um pouco de hipotermia, consegui dormir e passar uma noite tranquila. Acordei com o dia amanhecendo por volta das 5 horas da manhã. Cheguei à hospedagem depois que amanheceu e, após um bom café, pude descansar tranquilo.

Após algumas horas de minha chegada fiz a cachoeira da Altina e a dos funis sozinho (é perto), bem como conheci um pouco mais o local. No dia seguinte, fiz voltei a essas cachoeiras, fui à gruta da Lapinha e ao Morro do castelo. Soube que um rapaz fez o morro do castelo alguns dias antes e ficou preso por causa do aumento do nível do rio. Ele acabou tendo que dormir no morro do castelo, sem nenhum tipo de proteção e enfrentou os ratos que aparecem no local à noite (até acampando os ratos tentam invadir a barraca, em busca de comida). É bom ficar esperto. No caso do Morro do castelo, em período de chuva, é melhor ir com um guia, se conseguir um que seja maluco o suficiente para ir contigo. Em uma situação, escorreguei e cheguei a ficar pendurado em um lugar um pouco alto, embora provavelmente a queda ali não fosse me matar. A guia me ajudou a sair dessa situação. O apoio dela para fazer a visita ao Morro do castelo e à gruta da Lapinha foi essencial, ainda que fosse inevitável escorregar várias vezes pelas condições do terreno.

Depois fiz mais algumas atividades e decidi voltar sozinho pelo povoado de Guiné. Levei muitas horas, mas cheguei tranquilo ao local. Infelizmente, não há transporte público regular e no dia em que eu estava por lá simplesmente não havia meio de transporte barato. Tive de contratar um frente ao custo de 200 reais para poder chegar em Palmeiras e deixar a Chapada Diamantina.

O resultado foi que voltei com frio tremendo, pois todas as minhas roupas ficaram úmidas, levei incontáveis tombos, quedas e escorregões no chão das trilhas (o solo parecia ser feito de manteiga). Em muitas situações a chuva ou a névoa atrapalhavam algumas das fotos e filmagens.

Mas valeu muito a pena, pois fiz boas amizades, muitas pessoas me auxiliaram e deram dicas importantes, bem como aprendi muito e voltei com histórias para contar.

Minha sugestão: é uma boa ideia contratar um guia de confiança (como em todas as profissões, você encontrará pessoas legais e outras que só querem te enganar para pegar seu dinheiro. Uma boa conversa e indicações de quem conhece pode ser muito importante) ou ir acompanhado para conseguir meios de superar os desafios de um ambiente muito hostil. No vale do Pati você não vai encontrar moto, carro e muitas vezes caminhará durante horas sem encontrar outras pessoas ou mesmo pegadas. Serão horas andando sozinho em meio aos animais selvagens, como as cobras. É preciso estar atento e agir com segurança.

E olha que nos dias em que estive por lá não estava chovendo forte. Quando estava saindo o tempo estava muito mais úmido, chuvoso e com névoa, o que pode atrapalhar e muito a viagem. Em meses mais secos, certamente tudo será bem mais fácil e haverá muito mais gente com quem conversar ao longo do caminho, gerando até mais amizades. Particularmente, eu gostei da aventura, mas não sei se teria coragem de fazer outra vez do mesmo jeito.

Espero que meu relato possa ser útil. Contem comigo para qualquer esclarecimento.

Boa sorte e aproveite a estadia no Vale do Pati.

  • 4 semanas depois...

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