Membros costabotelho Postado Janeiro 27, 2011 Membros Postado Janeiro 27, 2011 17/07/2010 – Data marcada para saída de Cuiabá às 11h da manhã. Havíamos comprado um pacote parcial da CVC, onde optamos apenas pelo vôo e hotelaria, no entanto como tais vôos levavam pessoas de várias cidades, perdemos um dia de viagem em razão de mal tempo em outra cidade, sem que houvesse qualquer tipo de esclarecimento pela CVC. 18/07/2010 – Saímos de Cuiabá por volta de 3h da manhã; após parada em Guarulhos para internacionalização (o nosso aeroporto não faz isso) e comprinhas no Freeshop embarcamos rumo a Bariloche. O vôo foi quase tranqüilo, tendo muita turbulência quando sobrevoava a região de Buenos Aires (informação passada pelas comissárias da Gol). A visão das Cordilheiras dos Andes aparecendo ao fundo, quando só se via deserto pela janela do avião, é simplesmente indescritível, emocionante. Chegamos ao hotel cerca de 15h; as acomodações são simples, porém muito hospitaleiras. (Hotel Aspen Ski) Para compensar o tempo perdido com a saída, apenas trocamos as botas e nos dirigimos ao centro da cidade para pegar o ônibus que levava ao CIERRO OTTO. Chegando, todo o cansaço desapareceu; uma sensação incrível, um lugar maravilhoso. Em pequenos bondinhos que acomodam até 4 pessoas subimos até a confeitaria giratória que nos deixou um pouco tontas, talvez por causa da falta de dormir. Ficamos um pouco no mirante do Cerro observando, mas por causa do frio excessivo que fazia aquele dia e do forte vento não agüentamos muito tempo, então pegamos novamente o bondinho e o ônibus de volta à cidade. No centro, andamos pelas ruas conhecendo muitas lojas tanto de suvenires como de artigos esportivos, estes bem caros, praticamente o mesmo preço encontrado no Brasil. Em uma das famosas lojas de chocolate de Bariloche, tomamos um típico helado (sorvete), o que só fez aumentar ainda mais o nosso frio. De volta ao hotel fomos jantar, pois o nosso hotel tinha inclusa a meia pensão. Havia um bufe bem peculiar, tendo uma grande mesa com comidas frias (até mesmo o arroz era gelado), podendo ser pedido um prato quente único. Nessa noite, foi servido um frango com molho de pimentões e um arroz piemontez muito saboroso. Tomamos ainda um vinho (vale muito a pena, são ótimos e baratos) e fomos dormir pois ainda estávamos exaustas da viagem. 19/07/2010 – Começamos o dia com boas noticias, previsão de nevasca para praticamente toda a semana. Tomamos um bom café da manhã no hotel, no entanto nada comparado aos completíssimos cafés de hotéis brasileiros. Fomos ao CERRO CATEDRAL (incluso no pacote), a maior estação de esqui da região, um lugar lindo, que nesse dia estava particularmente bonito em razão de uma forte nevoa branca que veio descendo a montanha no decorrer do dia. Convencidas de que não queríamos esquiar, optamos por realizar um passeio de quadriciculo. Um espécie de mini rally, onde você mesmo pilota o quadriciculo por uma estrada estreita. Simplesmente fantástico, além de muito seguro, com um guia na frente e outro atrás do grupo. A trilha é fantástica, com vistas lindas tanto da natureza como das casas residenciais da região. Durante o percurso, chegamos a atravessar três pequenos riachos. Vale a pena, muito legal. O frio para quem pilota o quadriciculo é quase insuportável, as minhas mãos mesmo usando luvas pareciam que iam congelar. A necessidade de usar o polegar direito para acelerar torna a dor quase insuportável, mas a emoção compensa cada segundo de dor. O único ponto negativo desse passeio, é que saímos totalmente imundas, com as pernas cobertas de lama. Se tivessem nos avisados poderíamos ter coberto as pernas com sacolas plásticas. Almoçamos no restaurante ao lado da locadora de quadriciculos, comemos um bife de chorizo argentino com papas (batatas) fritas e um bom vinho malbec. É quase o paraíso. Retornamos à vila Catedral por volta das 15h, na tentativa de pegar o bondinho de subida que estivera fechado durante toda a manhã por causa do tempo. Infelizmente as condições climáticas não permitiram a subida, a subida vale a pena para quem não conhece. Voltamos ao hotel com uma necessidade imensa de um banho. As nossas roupas de neve alugadas (pacote cvc) não secaram da lavagem que demos, então tivemos que correr para o centro para providenciar umas calças térmicas para serem usadas por baixo da jeans, pois tínhamos o passeio NOITE NÓRDICA naquela mesma noite. Fazia um frio tremendo, não tinha como precisar a temperatura, pois na cidade de Bariloche na há termômetros apenas o do aeroporto que é distante do centro, mas a sensação na rua era de muito frio. NOITE NÓRDICA – Simplesmente perfeito – imperdível. Saímos do hotel por volta das 21h e fomos de van até a subida de uma montanha (cerca de 30 minutos), no qual da para se avistar as luzes acesas da cidade toda. Chegando a um determinando ponto, somos todos convidados a conduzir quadriciculos, em grupos de 2 em 2. O barato destes quadriciculos é que não são movidos por pneus, mas por esteiras (como as de tanque de guerra). Sobe-se de quadriciculo por uma trilha de cerca de meia hora em meio a uma floresta, onde se vê apenas arvores e neve, muito bonito. Ficou melhor ainda pois estava nevando. Em nossa primeira parada, descemos em meio às arvores onde haviam fogueiras para aquecer e foram servidos vinho e chocolate quentes. Após 15 minutos, voltamos à trilha percorrendo mais cerca de 10 minutos até chegarmos a um restaurante rústico, refugio como eles chamam, onde fora servido um jantar com entrada de frios, foundi de queijo e sobremesa, tendo para beber vinhos e refrigerantes (tudo incluso). O passeio é ótimo, muito bonito, diferente por ser noturno e muito aconchegante. Para completar o nosso passeio, na volta estava nevando ainda mais. Uma das melhores cenas que já vivi, a da neve caindo sobre as arvores. 20/07/2010 – O dia começou tranqüilo, tomamos café da manhã no hotel e conversamos com uma outra família que também estava hospedada lá, na espera do passeio programado que começaria apenas às 11h. O passeio programado é o CIRCUITO CHICO, uma espécie de city tour para conhecer a cidade. Durante o passeio que inclui um longo percurso de ônibus onde é contada a história da colonização por europeus, o que é diretamente ligado à algumas características regionais como a produção de chocolate e de cervejas artesanais. A cidade nesse dia, mais que em qualquer outro, parecia inundada de turistas, a maioria brasileiros. A primeira para foi na igreja de San Eduardo, uma capela pequena, porém muito bonita, construída toda em madeira dedicada a este santo que pelo dito parece ser referente ao antigo rei inglês Eduardo. Da capela pode se observar as montanhas, os lagos e ainda, o hotel Lhau-Lhau, o mais chique da região. Tal hotel foi construído em 1918, em madeira, sendo destruído em um incêndio e posteriormente reconstruído em alvenaria. Particularmente, para quem tem uma visão externa, o hotel tem muito mais fama do que beleza. Passamos ainda em um comércio especializado em produtos à base de Rosa Mosqueta, planta européia cultivada na região. Seguimos então para o CERRO CAMPANÁRIO, uma espécie de mirante natural onde pode ser observada toda a região. Considerado pela revista Natinal Geografic, como uma das vistas mais belas do mundo. Chegando ao Cerro Campanário, sobe-se por meio de cadeirinhas até o topo da montanha, onde há uma lanchonete e mirantes por todos os lados. Todos os comentários que eu fizer para definir a vista, não serão suficientes, é simplesmente uma das paisagens mais bonitas que eu já vi na vida; ficava ainda mais bonita, com a neve que caía lentamente. Dos mirantes podemos observar diversos lagos, todas as montanhas da região (cobertas de neve) e uma floresta onde as folhas começavam a ficar brancas de neve. Um passeio que sem dúvida vale a pena; na lanchonete tomamos ainda um chocolate quente e comemos as famosas empanadas argentinas (muito saborosas), admirando a paisagem. 21/07/2011 – Era o dia do aniversário da minha mãe, razão pela qual fizemos a viagem. Tomamos o café da manhã e saímos dos 7 LAGOS, ATÉ SAN MARTIN DE LOS ANDES. O passeio é um pouco cansativo, por se percorrer mais de 200 km de ida e de volta. Os lagos são espetaculares, embora estejam na mesma região, são totalmente diferentes entre si. O segundo lago me chamou muita atenção, pois suas águas refletiam com uma exatidão impressionante as montanhas e o céu a sua volta. Outra imagem impressionante são as florestas que circundeiam a estrada, todas cobertas de neve, parece imagem de filme. Esse sem duvida, foi o dia mais frio de toda a viagem, as minhas mãos e pernas pareciam que iam se congelar, mesmo estando protegidos, o vento no resto parecia que cortaria a nossa pele. Nossa primeira parada, foi para um café na cidade de Vila La Angosturia. A cidade estava linda, toda coberta de neve, embora nossa guia tenha dito não ser comum nevar na cidade, os lojistas da cidade nos disseram que a temperatura estava em cerca de -6º, muito frio (ainda mais pra quem sai de uma temperatura média de 40º). Embora os guias tenham dito que as coisas na cidade eram mais caras, conseguimos comprar calças pra neve a preços mais em conta que em Bariloche. Seguindo viagem, fomos até San Martin, uma cidadezinha pequena, com ar de européia encrustada no meio de um vale. Durante o dia não chegou a nevar propriamente, apenas caíram alguns flocos, mas nunca passei tanto frio, a cidade é gelada. Em San Martin as coisas são muito caras, até mesmo o artesanato. Visitamos a igreja, pequena, porém linda, tendo uma réplica do santo sudário. Na viagem de volta, estávamos todos exaustos, então aproveitamos para tirar um cochilo. Devido ao horário, pedimos ao motorista que nos deixasse direto no restaurante TARQUINO, onde havíamos reservado uma mesa para comemorar o aniversário. 23/07/2011 – Esse dia começou super corrido, acordamos em cima da hora para irmos ao CERRO BAYO e VILA LA ANGOSTURA, como conseqüência do nosso atraso, embarcamos sem tomar nem café da manhã. Depois de 1h de viagem, que eu fiz dormindo, chegamos ao Cerro Bayo; fomos direto para as cadeirinhas de acesso ao topo do morro, onde embarcamos para uma subida de cerca de 30 minutos. O frio era intenso, mas a paisagem era estonteante e havíamos esquecido as luvas por causa da correria. Nossa primeira providencia ao chegar ao topo, foi irmos ao restaurante em busca de café da manhã. Não havia nada salgado para se comer, comemos wafles com doce de leite e torta de maçã. Já de estomago cheio, saímos para das uma volta pelo pico da montanha, nevava bastante, o que ocorreu por praticamente todo o dia. A imagem das montanhas, da nevasca e do sol ocupando o mesmo ambiente é linda, sem contar a nuvem branca que se movimentava. É impressionante ver como a neve vai se acumulando e sobe até chegar quase ao topo das casas, a ponto de podermos colocar os pés no telhado. Haviam bonecos de neve e fiz até uma descida rasante de skibunda (muito gostoso). Após as brincadeiras, pegamos as cadeiras de volta à base. Embora tenha muito menos estrutura que o Cerro Catedral, achei o Cerro Bayo muito mais organizado e mais aconchegante. Na chegada à Vila La Angostura, a cidade estava chuvosa, bem diferente de nossa primeira visita (2 dias antes) e ainda, invadida por turistas o que tornou o ato de almoçar muito mais complicado. Almoçamos em um restaurante de madeira onde pedimos uma massa (sorrentino) recheada de queijo e presunto e um loco com cogumelos, acompanhado de uma boa Quilmes. 24/07/2011 – Por ser o último dia de viagem, amanhecemos (acordamos) mais tarde, por volta de 9:30h, tomamos café e tivemos que arrumar as malas, pois a entrega dos apartamentos estava marcada para o meio dia. Fechadas as malas, fomos às compras de mais algumas lembrancinhas. Por volta de 13h, fomos ao restaurante El Bolicho de Alberto (indicação obtida no site mchileiros.com), especializado em parrillada. Para fechar nossa viagem com chave de ouro, fizemos uma típica refeição argentina: empanadas de carne de entrada, bife de chorizo com purê de papas e um bom vinho Santa Julia (muito bom e barato); de sobremesa comemos ainda um biscoito suíço, recheado de sorvete e doce de leite. Após o almoço ainda comprei um CD de regaton (musica típica semelhante ao reggae) e assim terminou nossa viagem. OS.: Frio e maquina –com o frio intenso a maioria das fotos que tiramos saíram com defeito, sorte que levamos duas, só assim descobri que muitas máquinas não resistem ao frio intenso com boa qualidade, e ó que a minha é uma Sony H50. É importante lembrar também que com a baixa temperatura, as baterias de câmeras acabam muito rápido. Vôo fretado – depois dessa experiência, nunca mais na minha vida se puder escolher irei pegar um vôo fretado, FUJAM, É FRIA. A maioria das pessoas não respeita as normas como em vôos comuns, e ainda há um pouco de descaso por parte da tripulação. CVC – eu particularmente nunca tinha tido problemas com a cvc, pelo contrário, sempre fui bem atendida e tive minhas duvidas e necessidades atendidas, no entanto em viagens de vôo fretado, recomendo que se observe primeiramente se a saída será unicamente de uma cidade. Citar
Membros Léus Postado Fevereiro 8, 2011 Membros Postado Fevereiro 8, 2011 belo relato... não gostei do serviço da cvc em bariloche, além do mais que não precisa de agência pra se virar por lá, é fria... Citar
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