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Relato de viagem Porto Velho - Cusco - Puno - Porto Velho

 

Porto Velho(RO) - Rio Branco(AC)

500Km de estrada sem maiores problemas. Grandes retas, asfalto irregular e remendado em alguns trechos.

Na balsa, a 220 km de Porto Velho, não tivemos sorte. Ao chegar, ela tinha acabado de sair. Até voltar e atravessarmos, se foram cerca de 90 minutos.

 

Rio Branco – Assis Brasil – Puerto Maldonado

A estrada é boa. Já se chama inter-oceânica.

Em Assis Brasil - AC, fronteira com o Peru, a alfândega estava fechada. Quando chegamos, já havia pessoas esperando. Corria uma informação (não oficial) de que os funcionários tinham ido almoçar. Na porta, se formou uma fila enorme. Os funcionários chegaram após longa espera (cerca de 2 horas). Carimbados os passaportes, rumamos à alfândega peruana, 2km depois. O local chama-se Iñapari.

Não demorou (exceto pela fila que vinha do Brasil). O funcionário estava lá.

Formulários preenchidos, passaportes carimbados, fomos à casinha ao lado para regularizar o carro. Aí a coisa pegou. Em meio a forte calor e ambulantes se oferecendo para cambio (1,50 nuevos soles para cada real – o oficial era 1,68), o funcionário suado tentava conectar o computador à internet. Após várias tentativas, sucesso. Pediu cópia da habilitação, do documento do carro, do passaporte e da identidade e, no final, uma propina (é o nome deles para gorjeta). Foi o jeito. Simpático, desejou boa viagem. Entre alfândegas brasileira e peruana, já se haviam ido quase 3 horas. Uma dica: se vc não trocou real por nuevos soles em casas oficiais, no Brasil, troque aqui. Daí pra frente, eles só trocam por 1,30.

Finalmente, pegamos a boa estrada rumo a Puerto Maldonado. No caminho, há muitos quebra-molas, muitas vans Hyundai (de bagageiro carregado) e velhas peruas brancas Toyota (de bagageiro carregado). Parece que só há Toyotas e Hyundais no interior do peru. Outras marcas são raridade. Chegamos já anoitecendo.

Inicio agora, algo que vou repetir muitas vezes. O trânsito nas cidades é caótico. Vigora a lei da buzina. As comparações com Nova Delhi não são infundadas.

A ponte que cruza o largo Rio Madre de Dios ainda não está pronta (mas bastante avançada). A solução é a balsa. Não há filas. Como dizia o Rodolfo (viajante conosco) quem buzinar mais forte, tem a preferência. Na margem do rio, tomada de vegetação, há alguns “buracos” por onde os carros descem, de ré, e entram em balsas com aparência improvisada. Tudo muito arriscado. Quando o primeiro de nossos carros manobrava para entrar na balsa, veio uma van, buzinando feito louco, e entrou na nossa frente. Tudo muito normal. A travessia custou 6 soles.

Então, para minha surpresa, chega uma balsa grande, mais com cara de oficial. Por 10 soles, entrei, de frente, sem problemas. Achei estranho que as outras vans, que também esperavam, não entraram nesta balsa. Atravessei o rio sozinho. Ao que parece, os outros ficaram esperando a balsa de 6 soles. Chegando ao outro lado, paguei mais 1,50 soles de taxa fluvial.

Rumamos, então ao hotel. Muita atenção no trânsito. A cidade de Puerto Maldonado é um canteiro de obras. Saímos para jantar. A fome era grande. Comemos um pollo com papas fritas (frango com batatas fritas), que era a principal opção. Ao que parece, todos comem pollo com papas fritas. Dormimos bem e saímos rumo a Cusco. Havia muita expectativa em relação a esse trecho. E não houve decepção.

 

Puerto Maldonado – Cusco

A saída de Puerto Maldonado para Cusco é quase toda em terra. Chovia, havia muita lama, buracos e transito complicado.

Finalmente, pegamos a estrada. Também boa estrada. No caminho, muitas vans, dezenas delas, com cargas enormes em bagageiros de teto. Em alguns pontos, favelas em aglomerados de garimpo. Nestes locais, em plena estrada (carretera), passe devagar para não atropelar ninguém.

Exatamente 150 km após Puerto Maldonado, após passar um pequeno povoado, eis que surge a serra de santa rosa. De repente, de uma reta inocente, surge uma subida íngreme com curvas em 180 graus. É o início da cordilheira dos Andes.

Então, meu amigo, a estrada não mais será como antes. Os próximos 350 km serão assim.

Não acho que conseguirei descrever metade do que se passa e do que se vê, neste trecho. O visual é incrível. Serras enormes. Montanhas de pedra enormes. Abismos incríveis. Canions. Estrada maravilhosa. Rios, corredeiras, cachoeiras descendo a serra, entre as árvores. Além das subidas, há longas e vertiginosas descidas, em espiral. Tanto nas subidas quanto nas descidas, as curvas são de 180 graus. A estrada é boa mas, se um carro, por acaso, despencasse num abismo, a queda seria de centenas de metros.

 

A velocidade média varia entre 40 e 60 km/h. Não se passa disso. Assim, serão cerca de 6 horas de estrada. No início, na primeira hora e meia de subida (e descida), tudo é novo e bonito. Após isso, começa a ficar cansativo. A temperatura começa a cair. O oxigênio começa a rarear.

É tarefa difícil tentar prever quem vai sentir os efeitos da altitude (soroche), que se apresenta. Aqueles que serão vitimados por ela, já começam a sentir alguma dificuldade para respirar. Os olhos ardem e a cabeça dói. Tonturas. A temperatura, que era 27 graus lá embaixo, já é de 6 graus centígrados. Surgem vários picos nevados. Têm-se a impressão de que as nuvens estão bem próximas. É irresistível não parar para tirar fotos. Há alguns pontos de acostamento que servem de mirantes. Mas desça do carro devagar, ande devagar, faça tudo devagar. Senão, o ar vai faltar. Após cerca de 3 horas de cordilheira, vê-se uma placa que indica que estamos a 4725 metros acima do mar. O ambiente é gelado e seco. Mas o sol é forte. Use protetor solar. Lhamas e alpacas pastam próximas à estrada. Pode-se até tentar chegar um pouco mais perto delas para fotografar. São mansas, mas cuidado para não levar uma cusparada.

 

A viagem continua. Já são mais de 6 horas desde Puerto Maldonado, mais de 4 horas de subida e descida. O cansaço e o desconforto com o ambiente novo são evidentes. Alguns não sentem nada. Outros sentem muito.

Raios e trovões anunciam chuva. Começa a chover. De repente, cai uma pedra, pequena, no vidro do carro. O susto é grande. Aí, começam a cair centenas, milhares de pedras no carro e na estrada. O barulho é enorme. Após alguns segundos, atônitos, conclui-se que aquilo é uma chuva de granizo. Demorou para entendermos o que se passava. Piso no freio e o carro desliza e quer sair de lado, na estrada cheia de gelo. Após alguns minutos sob chuva de pedras, consigo parar o carro embaixo de uma cobertura, onde já foi um grifo, ao lado da estrada, até a chuva passar.

Durante todo o percurso, após trechos de pleno deserto montanhoso, encontram-se povoados onde se vende combustível. São os grifos (postos de combustível). Só aceitam Soles. Combustível não vai faltar. Mas não pense que vai encontrar água, comida confiável ou banheiro (para mulheres). Água e comida devem ser levados no carro (já leve do Brasil). Durante toda o trecho de cordilheira, só há um banheiro, num grifo, no início do trecho, que sua mulher vai aceitar usar. Depois, só em Cusco.

 

Chegada em Cusco

Já é fim de tarde e começam a aparecer placas anunciando que Cusco está há 100km. Pra quem saiu às 8h de Puerto Maldonado, é um alívio. Os últimos 10 km são mais planos e entra-se na cidade. Cusco fica num vale, no alto da cordilheira (aliás, tudo aqui fica num vale, no alto da cordilheira, ou num pico da cordilheira). Minha cabeça dói muito. As mulheres, que se seguraram pelas últimas 6 horas, querem um banheiro, que só vai ter num grifo, na entrada de Cusco.

O visual não é dos mais agradáveis. Na periferia, aquilo que já se conhece no Brasil. Favelas. Muitas, penduradas nos morros. As casinhas são quase todas de cor amarronzada. A cidade inteira é dessa cor. Quando não, são branco-amarronzadas.

O trânsito é ruim. Não há boa sinalização. Mesmo assim, encontro placas que apontam para o centro histórico, onde fica nosso hotel. As ruas não são sinalizadas, os carros não seguem faixas e buzinam muito. Entram na sua frente o tempo todo. Muito cuidado no trânsito.

Num determinado ponto, cria-se um aglomerado de carros e vc fica preso. Coisa comum. O que eu não sabia era da postura dos policiais de trânsito. De repente, fico entalado sobre uma linha de trem, entre outros carros. Um policial, que faz de conta que organiza o trânsito, apita, olha pra mim e me manda parar no lado. Chega bravo, falando alto, um monte de coisas. Entendo dizer que passei o sinal vermelho. Pede documentos e tudo. O companheiro de viagem desce do outro carro e, como fala bem o espanhol, argumenta com o policial. Por sorte, deixou-nos seguir. Ficou a nítida impressão de que nos mandou parar por sermos estrangeiros. Outros carros que cometem absurdos maiores, seguem ilesos.

O caminho até o hotel é complicado para quem entrava pela primeira vez naquela cidade. Finalmente, após muito rodar, conseguimos achar o lugar. Algumas vezes, tive que parar o carro e perguntar onde ficava tal rua. As pessoas são receptivas e informam. Ao chegar à recepção do hotel, sinto muito mal-estar. Outros, nada sentem. Tomo um chá de coca (amargo), que dizem ser bom para o soroche. Nada muda. Muita dor de cabeça, tontura, falta de ar. Após a parada no hotel, tudo piorou. Parece que o estresse do trânsito me fazia esquecer o que já sentia na estrada. Cusco fica a 3360 metros acima do mar. Bem menos do que na estrada. Mas o soroche era severo.

Antes da viagem, li bastante sobre soroche. Mas não dei tanta atenção. Não achava que seria meu caso. Chá de coca, máscara de oxigênio, nada resolveu.

Consegui adormecer e acordei, pela manhã, zerado.

 

Cusco a Machu Picchu

Ao amanhecer, eu estava bem e já parecia adaptado à altitude. A sensação de morte iminente da noite anterior havia sumido. Dos nove que éramos, 3 ou 4 sentiram o mal.

O guia contratado veio ao hotel, pegamos um ônibus, depois outro e seguimos rumo ao passeio a Machu Picchu. Saímos às 7h.

Tudo tranquilo. Como havíamos contratado um pacote, não tivemos nenhum trabalho e só tinhamos que seguir o guia, que falava um portunhol inteligível.

Já se consegue observar o quão cosmopolita é Cusco. Num curto passeio, vê-se pessoas do mundo inteiro. Esta impressão inicial se confirma em Machu Picchu.

Após cruzar Cusco, leva-se hora e meia de descida, de ônibus, até Ollantaytambo (2850m). Aqui, embarca-se num trem (perurail) que nos levará até Águas Calientes (2060m).

Em Ollantaytambo, as filas são grandes. Se esqueceu alguma coisa, não se preocupe. Os ambulantes vendem de tudo na estação de embarque. Chapéu, filtro solar, capa de chuva. Em Soles ou em Dólar. Embarcamos no trem que levou mais hora e meia até o destino.

O trem é legalzinho. Servem um lanchinho tipo avião, mas anda devagar e o cheiro de fumaça invade os vagões. No caminho, o guia nos mostra vários pequenos vilarejos incas, encravado nas montanhas e vemos turistas optantes da trilha inca a pé. O trem está sob administração britânica. Funciona bem e tem horários rígidos (na volta, saiu às 17h03, conforme previsto).

Em Águas Calientes, um mundo de gente saindo para e chegando de Machu Picchu. O rio que margeia Águas Calientes (e todo o trajeto desde Ollantaytambo - Rio Urubamba), é uma corredeira. Este local ficou ilhado, há 1 ano, após fortes chuvas e alta do rio. O acesso a Machu Picchu ficou fechado por 3 meses. Olhando para o tal rio e subtraindo as diferenças de altitude, desde Ollantaytambo) é fácil entender.

Pegamos mais um ônibus, que nos levará, finalmente a Machu Picchu (2430m). O trajeto é de mais ou menos, meia hora, até o pico da montanha, numa estradinha estreita, em espiral. Quero frisar que, em todo o trajeto, desde Cusco, o visual montanhoso é uma grande atração.

O ônibus nos deixa num local, apinhado de gente, com boa estrutura, onde há um hotel 5 estrelas, restaurante, banheiros e ambulantes. Dali, subiremos vários degraus, numa trilha até, finalmente, a cidade perdida dos incas.

Machu Picchu vale a pena. São quatro horas desde Cusco, mas ninguém pensa nisso. Não é escopo deste relato descrever Machu Picchu. Tem que ir pra ver.

 

3 horas depois, pegamos o ônibus, retornamos a Águas Calientes, almoçamos e retornamos a Cusco. Chegamos ao hotel às 21h.

Ainda saímos para jantar. Em Cusco há bons restaurantes e boa comida. Não há do que se queixar neste aspecto. Ainda não foi dessa vez que comi um Cuy (porquinho-da-índia). Mas encarei uma alpaca. Não é lá tão saborosa e estava um pouco salgada. Não quer surpresas? peça um lomo. Os que eu comi, estavam muito bons. Todos os dias, tomei cerveja (cusqueña) ou vinho. Não parecem ter piorado o soroche.

No dia seguinte, city tour, Sacsayhuaman, Qorikancha e catedral de Cusco. Não é à toa que a arquitetura inca impressiona tanto.

 

Cusco - Puno (Lago Titicaca)

Pegamos a estrada rumo a Puno (3860m), cidade mais ao sul, distante 430Km de Cusco, onde fica o lago titicaca peruano.

Saída de Cusco, aquele transitozinho habitual, cuidado com os policiais. Na estrada, toma-se a direção de Urcos, à direita.

A estrada é boa e menos acidentada que aquela para Cusco. Mais retas (retões intermináveis) vales e subidas. Pra quem só vê montanha, aquilo já é habitual. Montanhas enormes, picos nevados já são rotina. No caminho, a "capela sistina das américas" e o as ruínas de Raqchi valem uma paradinha. Na estrada há opções de restaurante e banheiros.

O trajeto seria tranquilo não fosse um pequeno detalhe no caminho: a cidade de Juliaca, já há 40 Km de Puno.

Perdemos a chamada circunvalacion e rumamos ao centro de Juliaca. Aí chegamos ao topo do que se pode chamar, trânsito caótico. O caótico de Cusco é tranquilo, frente ao que vemos aqui. Carros, motos, bicicletas, triciclos, pedestres, animais, tudo junto, nas ruas, forma o trânsito, sem sinalização, sem sentido, num buzinaço interminável, mas com atentos polciais (fazendo não sei o quê).

Após algumas barbeiragens, conseguimos passar ilesos, mas envelhecidos alguns anos. Seguimos a estrada e, 40Km depois, chegamos a Puno.

Na entrada da cidade, novamente ele: o trânsito. Aquilo que parecia tranquilo frente ao que tinhamos acabado de passar, só parecia.

Um policial de trânsito viu infração nossa em meio àquilo. Lá vamos nós, de novo, parar e escutar do guarda. Após minutos de acusações, 50 soles de propina resolveu. Seguimos rumo ao hotel. Uma chuva de granizo nos deu as boas vindas.

Jantamos num belo hotel à margem do Titicaca. Frio de 10 graus. Lugar bonito. Serviço de primeira. Vinho e bons pratos. À noite, mal-estar, dor de cabeça, falta de ar. Mas eu já não estava adaptado?

No dia seguinte, zerado de novo. Fomos ao lago Titicaca, ilhas flutuantes e Taquille. Menos gente que em Machu Picchu, mas, também, muita gente. O passeio também vale a pena.

À noite, fomos à La Choza de Oscar, restaurante com shows típicos. O lugar é meio apertado mas o lomo estava irrepreensível. Dessa vez, dormi sem problemas.

 

Puno - Puerto Maldonado

A rota normal seria voltar até bem próximo de Cusco (Urcos) e pegar a estrada que já conhecíamos, para o retorno a Puerto Maldonado.

Decidimos não andar tudo isso, mas pegar uma rota que, após Juliaca, seguia ao mesmo destino, via Azangaro e Macusani.

Essa seria a verdadeira inter-oceânica, que, em sentido contrário ao que faríamos, leva aos portos do litoral peruano de Ilo e Maratani. (aquela que leva a Cusco é um desvio).

Conseguiríamos, mais uma vez, ter sorte e atravessar Juliaca ilesos?

Na saída de puno, adivinha: Um policial nos manda parar por infração oculta. Não havíamos feito, absolutamente, nada de errado.

Conseguimos escapar sem propina. Fica a certeza de os estrangeiros serem alvos. Placa diferente, o guarda manda parar.

Restava o pesadelo Juliaca. No entanto, encontramos uma via de contorno, pela qual passamos sem maiores problemas.

Alguns quilômetros após, pegamos à direita, na direção de Azangaro, na estrada que nos levaria a Puerto Maldonado.

Os primeiros 300Km são de bom asfalto. Inicia-se uma descida de uma hora, com abismos e buracos inacreditáveis. Há um cânion incrível, onde paramos para fotos.

Surgem áreas em obras, várias delas, em terra, com desvios e pontes em contrução. Em vários pontos, há deslizamentos de encostas, que bloqueiam a estrada. Dezenas deles. Impressiona que, em todos eles, quando passamos, estavam lá, máquinas desobstruindo a pista. O sistema de manutenção da estrada, pelo menos neste momento, é eficiente.

Após 3 horas de viagem, já em paisagem montanhosa-florestal, com temperatura na casa dos 24 graus, paramos num restaurante na estrada. Pensávamos estar a, no máximo, mais 3-4 horas do destino. Foi quando o garçom local nos disse que estávamos a 8 horas de Puerto Maldonado.Tudo isso?? Nessa previsão, chegaríamos ao destino por volta das 22h.

Voltamos à estrada.

Dali em diante, trechos de asfalto se intercalam com trechos de terra, pontes em construção e rios para atravessar. Os próximos 130Km serão assim. Em todo esse percurso, cruza-se a floresta amazônica em essência. Exceto alguns pontos de obras na estrada, não há mais nada. Casas, carros, pessoas. Estamos em janeiro, época das chuvas. Os rios estão altos. Tivemos que atravessar leitos de, pelo menos, uns dez rios. Nos mais altos, com água na porta do carro. Chovia, mas não muito. Tenho a impressão de que, se chover forte, carros não atravessam os rios mais altos. A mata é fechada. É bom que o carro não quebre. Lá pras tantas, paramos em um povoado (San Gaban) em busca de combustível. Não havia postos. Após idas e vindas, achamos uma casinha que tinha gasolina disponível. Para nosso alívio, o vendedor informou que Mazuko, cidade pouco maior, estava há 30Km. Assim foi. Mais 10Km de estrada ruim, chegamos a um bom asfalto e Mazuko. Na saída, descemos a serra de santa rosa (aquela do início). Uns 20 minutos em espiral. Dali, eram só 180 Km para Puerto Maldonado. Na estrada, ainda fui parado por um policial. Quando falei que vinha de Puno, acho que ficou com pena e nos mandou seguir. Chegamos a Puerto maldonado após 10h e meia de estrada. Quem não quiser emoções off-road, volte por Cusco.

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Editado por Visitante
  • Membros
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Caro Amigo mochileiro,

 

Em primeiro lugar parabens pela viagem. Muita emoção.

Estou programando uma trip pelo Brasil, Peru e Bolivia em julho de 2012. Serão 12.000 km. E estou buscando auxilio para esclarecer algumas duvidas:

 

Dois dias são suficientes para conhecer cuzco e machu pichu.

E puno valeu a pena? ou será melhor ir até copacabana na Bolivia (lado boliviano do lago titicaca)?

 

Agradecido

 

Goiano

  • Membros
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Prezado Goiano

2 dias são suficientes.

1 para ir a Machu Picchu e outro para city tour em cusco. Neste 2o. dia, deixe a tarde livre para ver a plaza de armas e compras no bairro adjacente de San Blas.

Em relação a Puno, conosco viajava um casal que já havia ído ao titicaca boliviano. Para eles, as 2 rotas se equivalem.

  • Membros
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Olá cgbc,

 

Muito bom o seu relato. Parabéns!

Gostaria de saber qual a documentaçao necessária para entrar de carro no Peru. É tipo a mesma "carta verde" necessária para ir à Argentina? Mais cambao e kit primeiros socorros? Caso seja somente isso, é fácil tirar esse documento ali na fronteira mesmo?

 

Você também saberia dizer a documentaçao necessária para entrar de carro no Equador?

 

Obrigada antecipadamente e desculpe a moléstia...rs*

 

Kiki

  • Membros
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Olá Kiki

Não há exigência de documento específico.

Leve 1 cópia do RG (ou passaporte), habilitação e documento do carro, que ficarão na alfândega.

Nada além.

Colarão um adesivo no vidro (q dá um trabalhão p tirar), pedirão uma propina e pronto.

Quanto ao Equador, desconheço.

Boa viagem.

  • Membros
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Uau! Que simples!

E quanto à propina? Quanto é "recomendado" oferecer? Ou eles pedem uma quantia específica? Eu li, agora nao lembro se foi no seu relato ou algum outro, que no Peru eles pedem propina toda hora. E é claro que dirigindo um carro com placa brasileira fica-se muito exposto. Nao dá pra disfarçar...rs*. Na Argentina cada vez que eu cruzava um posto policial rodoviário eles pediam pra encostar. Mas após a verificaçao dos documentos eles me mandavam seguir na boa, sem ter que pagar nada.

  • 1 mês depois...
  • Membros
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Na alfândega, dei 10 reais (deveria ter dado 10 soles) e o sujeito agradeceu. Em Puno, tivemos que pagar 50 soles ao policial de trânsito. Tínhamos informações que cobravam 100 soles em Juliaca. Passamos sem essa.

  • 3 meses depois...
  • Membros
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Olá amigo... Legal essa sua viagem!!! Será que poderia me tirar algumas duvidas sobre essa viagem??? Gostaria de saber se fez seguro do seu carro, se fez, qual operadora utilizou e qt custou??? Quanto custa a gasolina no peru e quanto mais ou menos vc gastou nessa viagem??? Se puder responder eu agradeço pois no fim do ano vou fazer a mesma viagem!!! Desde de ja agradeço!!!

  • 2 meses depois...
  • Membros
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Olá amigo... Legal essa sua viagem!!! Será que poderia me tirar algumas duvidas sobre essa viagem??? Gostaria de saber se fez seguro do seu carro, se fez, qual operadora utilizou e qt custou??? Quanto custa a gasolina no peru e quanto mais ou menos vc gastou nessa viagem??? Se puder responder eu agradeço pois no fim do ano vou fazer a mesma viagem!!! Desde de ja agradeço!!!

 

Estou com as mesmas dúvidas do Rafael, seguro e gasolina. Também vou final do ano.

  • 2 meses depois...
  • Membros
Postado
Olá amigo... Legal essa sua viagem!!! Será que poderia me tirar algumas duvidas sobre essa viagem??? Gostaria de saber se fez seguro do seu carro, se fez, qual operadora utilizou e qt custou??? Quanto custa a gasolina no peru e quanto mais ou menos vc gastou nessa viagem??? Se puder responder eu agradeço pois no fim do ano vou fazer a mesma viagem!!! Desde de ja agradeço!!!

 

Estou com as mesmas dúvidas do Rafael, seguro e gasolina. Também vou final do ano.

 

Fala Marcelo...

Se quiser ir em Janeiro, vamos juntos????

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