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Ilhas do Atlântico (Cabo Verde + Portugal) - 1 mês em janeiro/2020


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  • Colaboradores

Dia 1

 

Em janeiro de 2020, antes da pandemia assolar o mundo, parti para minha única viagem internacional no ano. Segui de ônibus de Floripa a Porto Alegre, embarcando no voo da Cabo Verde Airlines até a ilha do Sal (826 reais pela ida).

 

A cia aérea deixou a desejar bastante, pois o avião não era grande, as telas de vídeo estavam desligadas, não havia tomadas, o jantar estava quase congelado e nem café da manhã foi servido.

 

Dia 2

 

Ao desembarcar às 6 e meia, tirei o visto ao custo de 3400+2500 escudos cabo-verdianos (110 escudos = 1 euro). Tive o azar de ir antes da isenção do visto começar a valer.

 

Fui até a via principal em frente ao aeroporto e parei a primeira picape cheia de gente em direção à distante cidade de Santa Maria. Esse meio de transporte me custou apenas 100 escudos, enquanto que um táxi sairia por 15 euros!

 

Deixei a mochila no quarto compartilhado do albergue Xamedu Sal, que fica na borda da parte menos subdesenvolvida da cidade, e saí a caminhar pela parte arenosa a leste. Duas noites nessa hospedagem me custaram 3469 escudos.

 

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Uma das praias mais famosas no mundo para a prática de kitesurfe fica ali, tamanho o vento. Contei uns 70 equipamentos no mar ao mesmo tempo! Uma pena que haja lixo por todo lado.

 

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Voltei atravessando a salina que ainda opera e que dá nome à ilha do Sal.

 

Na virada pra tarde, almocei a tradicional cachupa (feijão, milho, ovo e alguma carne) por 3 euros no Café del Mar. Água de meio litro por 150 escudos, salgado.

 

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Em seguida, segui pela praia principal, onde fica um píer e a maioria dos turistas brancos. As construções são mais bonitas por aqui e há diversas lojas de souvenires.

 

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Caminhei uma eternidade entre resorts até a praia de Ponta Negra. Bem bonita.

 

Na volta à rua Pedonal, me deliciei com sorvete italiano na Gira Mundo: 3 bolas por 350 escudos.

 

Mais além, fui ao restaurante d'Angela degustar mariscos. Entre os disponíveis, pasmem, cracas (500 escudos)! E não era ruim, apenas difícil de comer. Um caneco de cerveja (250 escudos) acompanhou a refeição do final da tarde, quando o vento já começava a resfriar.

 

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Conheci uma sueco-brasileira (Janine) no albergue. Juntos e com mais duas francesas, fomos tomar uma no Buddy Bar, onde rolava som ao vivo. Peguei uma caipirinha de grogue, o destilado local, por 400 escudos.

 

Por fim, comemos um kebab no Camara Camara, por 300 escudos.

 

Dia 3

 

Depois de pegar um bolo e um suco de baobá num mercadinho (quase sempre de posse chinesa), fui até a CV Bike, onde aluguei uma bicicleta decente por 16 euros a diária. Queria ter saído mais cedo, mas só consegui partir às 10 e meia.

 

O começo é uma subida reta pelo asfalto, com vento lateral - e tudo seco à volta.

 

Em Murdeira, há um condomínio bacana e uma praia linda. Vi uma águia-pescadora lá, enquanto admirava a vista das areias negras.

 

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Quase chegando ao aeroporto, desviei pela estrada de chão que passa pelo sertão até Palmeira. Foi um trecho complicado.

 

Esse povoado é onde fica o porto da ilha. Almocei na Casa dos Pescadores uma cavala por 400 escudos e uma água de 1,5 l por 150.

 

Atravessei as casinhas coloridas, antes de novamente pegar a estrada não asfaltada. Primeiro parei na baía azulada de Regona, antes do ponto mais distante que chegaria, Buracona. Por 3 euros, tive acesso ao olho azul (que já não estava mais azul devido à hora tardia), bem como atrações acessórias.

 

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Retornei por outro caminho, de areia quase fofa e pedras, até Terra Boa, o local de cultivo. Precisei passar por uma favela lotada de lixo pra atingir Espargos, a capital da ilha do Sal.

 

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Nem parei, prosseguindo pelo asfalto morro abaixo até Santa Maria, quase ininterruptamente, pois o sol já estava se pondo.

 

Cheguei às 6 e meia, bem no horário em que a loja das bikes estava fechando.

 

Também deu tempo de chegar no restaurante d'Angela antes do happy hour de frutos do mar acabar. Peguei o polvo (500 escudos).

 

Depois do banho, me uni a uns colombianos e a outra brasileira (Andyara) para a janta no restaurante d'Fogo, onde comemos peixe por 350 escudos. Pedi uma cerveja grande; me trouxeram 1 litro por 350 escudos.

 

Em seguida, curtimos brevemente no Ocean Bar, antes da balada fechar. A festa continuou no Buddy Bar, mas pela 1 e pouco, voltamos pra dormir.

 

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Dia 4

 

Acordei tarde, só a tempo de pegar minhas coisas, almoçar um espaguete (3 euros) no Café del Mar e pegar um transporte coletivo Hiace (van) pro aeroporto, por 100 escudos. Só sai quando lota, mas esse foi rápido.

 

Lá, esperei até o embarque atrasado com a Binter CV para a ilha de São Vicente. Por sorte, não precisei enfrentar a bruma seca, que é o vento carregado de areia do Saara que atinge as ilhas nessa época, e que fez um casal de brasileiros precisar aguardar 4 dias a mais pra deixar essa ilha!

 

Já em São Vicente, desci e aguardei na via principal por um aluguer (outra forma de chamar as vans), mas como demorou a passar, negociei com um taxista que já levava outra pessoa para que eu pagasse 300 escudos - o preço normal seria 1000.

 

Ingressei no Basic Hotel, que fica numa baita ladeira um pouco fora do centro. Uma suíte privativa saiu por 2170 escudos.

 

No Fortim do Rei, em ruínas, aparentemente fica a melhor vista de Mindelo, a capital da ilha. Dá para se ver o centro de construções portuguesas, a marina e o porto, a praia da Laginha e as casas coloridas no morro.

 

Desci com o sol já baixo em direção ao centro e beira-mar. Logo tomei uma batida de frutas num quiosque por 260 escudos. Tentei caminhar mais, mas não me senti muito seguro por lá, então depois de atravessar umas quadras, parei num restaurante para jantar. A pizza vegetariana no Cocktail saiu por 450 escudos + caneco de cerveja por 200 escudos.

 

Subi o morro de volta pro hotel e lá permaneci.

 

Dia 5

 

Dei uma volta pelo centro durante a manhã, depois do pequeno almoço incluído no hotel. Ingressei no interessante Museu do Mar (200 escudos), que fica numa torre à beira-mar e conta a história marítima de São Vicente e Cabo Verde.

 

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Depois, almocei uma cachupa (280 escudos) no Dokas, ao lado do terminal de balsas.

 

Enquanto aguardava a balsa pra ilha seguinte, relaxando na incrível praia da Laginha, um cara veio me incomodar pedindo dinheiro insistentemente, fato corriqueiro nesses meus dias em Cabo Verde…

 

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Subi na embarcação, que levou uma hora e custou 800 escudos por trecho. Balançou um bocado; uns quantos gorfaram.

 

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No desembarque na ilha montanhosa de Santo Antão, comprei uns pastéis baratíssimos (10 escudos cada!) de uma ambulante, e peguei um aluguer para Ribeira Grande (400 escudos). O trajeto longo pela costa é bem cênico.

 

Enquanto o sol se punha, caminhei pelas vielas de Ribeira Grande, em busca do melhor mirante.

 

Me hospedei no Residencial Luatur, onde uma suíte privada básica saiu por 4479 escudos para 2 noites. Jantei lá mesmo: lula com legumes (500 escudos) + suco natural de maracujá (150 escudos).

 

Dia 6

 

O café incluído estava bom. Depois dele, esperei até às 10 e meia pelo aluguer para Cruzinha (300 escudos). O trajeto até lá é bem bonito, mas levou uma hora e meia.

 

Por formações de paleodunas, comecei então a trilha de 14 km até a Ponta do Sol. O caminho é sobre areia inicialmente e calçada de pedras na maior parte do tempo. Sempre acompanhado pelo mar à esquerda, montanhas à direita e vento por todos os lados, é trabalhoso pelas inúmeras subidas e descidas.

 

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Passei pelas vilas de Formiguinhas, Corvo e Fontainhas, mas somente nos dois últimos encontrei uma fonte abundante de água, já que estava no período seco. Ali também ficam terraços agrícolas.

 

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Ultrapassei uns quantos franceses, a nacionalidade estrangeira não-lusófona mais presente nas ilhas. Quatro horas e meia depois de começar, entrei na cidade de Ponta do Sol.

 

Fui direto pro restaurante bem-conceituado Caleta de Sol. Lá me deliciei com um filé de peixe marinado grelhado (500 escudos).

 

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Em seguida, tomei um aluguer para Ribeira Grande (100 escudos). Como não havia o que fazer, fui pro hotel. Mais além, jantei uma pizza grande por 400 escudos.

 

Dia 7

 

O café da manhã demorou, mas tive que esperar até às 11 horas pelo aluguer para a Cova do Paúl, uma cratera vegetada onde eu começaria outra trilha. Duzentos e cinquenta escudos, uma hora e muitas paisagens cênicas depois, fui o último a deixar a van, sobre a cratera vulcânica.

 

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A reserva natural que a abrange é uma área importante, pois permanece verde mesmo durante a seca, ao contrário da maioria de Cabo Verde.

 

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Desci e contornei a cratera, onde há cultivos agrícolas. Após leve subida, veio um abismo em ziguezague, coberto de neblina.

 

Um tempo depois essa dissipou, sendo possível ver os vilarejos abaixo. Ainda levei um tempo para atingi-los.

 

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Não havia aluguer algum na primeira vila após a trilha, então continuei descendo. Quando vi um ônibus com o letreiro do aluguer pendurado, o chamei. No entanto, era uma excursão privada de estudantes americanos. Apesar disso, me deram carona.

 

Parei para almoçar com eles no Divin' Art em Ribeira Grande, um restaurante mais caro com música ao vivo - paguei mil contos num prato grande cheio de coisas + bebida + sobremesa. Com eles, também aproveitei a carona até o porto, onde pegamos a balsa de volta para São Vicente.

 

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Ao desembarcar, segui para o restaurante Caravelas, onde tomei uma cerveja tranquilamente (220 por 500 ml). Um tempo depois, comi um hambúrguer (250 escudos).

 

Por fim, fiz o check-in no albergue Simabô Backpackers. Por um quarto privado, paguei 1745 escudos, só que o chuveiro gelado deixou a desejar. Fui dormir cedo.

 

Dia 8

 

Às 6 e meia já estava de pé, dividindo um táxi com o senhor mochileiro português Raul até o aeroporto (1000 no total). Voaria em breve até Praia, numa conexão até a ilha do Fogo. O custo para os dois voos foi de 62 libras esterlinas.

 

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No aeroporto de Praia há uma casa de câmbio que cobra a cotação oficial de 110 escudos por euro, menos uma comissão que fica em no máximo 5%. Uma opção interessante, já que os bancos e a maioria dos comércios cobra 10%.

 

Como não passam coletivos ali, eu e o portuga rachamos um táxi de 700 escudos ( o preço normal era 1000).

 

Caminhei um bocadinho pelo centro, um pouco mais movimentado que o das outras ilhas. Entre os pontos interessantes, entrei no museu etnológico (200 escudos).

 

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Em seguida, comi 3 salgados de frango (70 escudos cada) na pastelaria Vilu. A sobremesa foi na sorveteria Nhamii, onde 3 bolas artesanais saíram por 260 escudos.

 

Desci a escadaria até o Mercado Sucupira, onde ficam as vans, mas só consegui um táxi de volta ao aeroporto, por 500 escudos.

 

Aguardei algumas horas até o embarque a São Filipe, capital da ilha do Fogo. Enquanto aguardava, eis que surgiu no aeroporto o casal de colombianos (Daniel e Ângela) que conheci em Sal.

 

Ao descer do voo de somente 25 minutos de duração, dividimos um táxi de 400 escudos até a hospedagem, que coincidentemente era a mesma!

 

Saímos para dar uma volta na cidade, naquele fim de dia. A cidade é pequena mas bonitinha, bem colorida. Aproveitamos para comprar produtos locais: pão (15), queijo de cabra (100), chouriço (100) e vinho (800). Os dois primeiros foram comprados dentro da casa de uma senhora; já o terceiro, numa loja de eletrodomésticos/bar/mini-mercado!

 

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Jantei um prato de peixe delicioso na Casa Anilda e Albino por 600 escudos. Lá, um quarto duplo grande com pequeno-almoço saiu por 2217 escudos.

 

Passamos o resto da noite conversando e tomando o vinho.

 

Dia 9

 

Café da manhã razoável. Após, nós 3 negociamos um táxi de ida, espera e volta para Chã das Caldeiras. O total foi de 7 mil escudos, mas como eu não retornaria com os colombianos, minha parte foi menor.

 

O percurso levou quase uma hora e meia, passando por vilarejos e paisagens, até a entrada no Parque Natural do Fogo, quando primeiro avistamos o cone vulcânico principal, com 2829 metros acima do nível do mar. A estrada original foi soterrada pela lava vulcânica da erupção mais recente, em 2015!

 

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Enquanto os dois subiam no pico pequeno, cone formado nessa erupção, fiquei ao redor tirando fotos. Apesar da altitude de Chã das Caldeiras ser de 1800 metros, a temperatura durante o dia é quente, ao contrário da noite.

 

Depois, vimos o vilarejo com as casas parcialmente cobertas pela lava, e as novas casas em construção. Numa dessas, compramos vinho (750 escudos).

 

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Em seguida, almoçamos na Casa de Marisa, a hospedagem e restaurante mais chique da cidade. Ali também são feitos passeios guiados, mas com preços bem salgados. O peixe de almoço me custou 900 escudos.

 

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Enquanto meus camaradas voltavam pra São Filipe, eu caminhei até o Parque Florestal de Monte Velha, mas não achei nada de mais lá.

 

Depois do banho de chaleira, jantei os produtos típicos locais que eu havia comprado: pão, chouriço (linguiça), queijo de cabra e vinho.

 

Sem internet na Casa de Ciza e Rose (3500 escudos para um quarto por 2 noites), fui dormir cedo.

 

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Dia 10

 

Tomei o café da manhã bom, enquanto o dia amanhecia pelas 7 h. Logo mais, parti rumo ao vulcão.

 

Comecei a caminhada a cerca de 1750 m de altitude, atravessando o trecho inicial entre vinhedos. Ao dobrar 90 graus para a direita, começou a subida pra valer. Havia dois possíveis trajetos de ida; escolhi o mais reto, mas acabou sendo a opção errada, pois ao chegar à parte mais inclinada tempos depois, fiquei sem ter pra onde ir, pois havia um trecho de areia negra fofa bem difícil de subir.

 

Dessa forma, tive que me reorientar pro outro caminho. Naquela altura, foi preciso escalar rochas com as mãos, por mais um longo pedaço.

 

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Passei um trio de Cabo Verde que estava subindo e alguns europeus com guia descendo, para enfim chegar à borda da cratera, fétida de enxofre. Continuei até o topo do pico, a 2829 metros, onde cheguei cerca de 3 horas após o início.

 

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Para descer, escolhi o caminho menos usual e mais íngreme que vai em direção ao pico da última erupção. Só que essa parte foi dificultosa, pois além de forçar os joelhos, as pedras estavam soltas demais. Certa hora, decidi descer quase deslizando pela areia fofa, o que fez com que eu acelerasse o passo de uma vez.

 

Na borda do tal pico inferior, onde o calor ainda era sentido, coletei umas rochas de enxofre e depois segui pela areia dura até Chã das Caldeiras, chegando apenas 6 horas depois de começar.

 

Faminto e desidratado, tomei um litro de água e comi dois pratos cheios de comida da hospedagem, que estavam deliciosos (o melhor da viagem). Setecentos escudos para tal.

 

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Posteriormente, fiquei relaxando por ali. De jantar, apenas frutas.

 

Dia 11

 

Pelas 6 e meia o transporte coletivo bateu a porta. Hora de voltar pra São Filipe, por mil escudos.

 

Ao chegar, fiquei vagando pelo centro para matar o tempo até meu voo do final da tarde para Praia. Antes de caminhar ao aeroporto, almocei no Sabor di Lena - o prato do dia custou apenas 250 escudos.

 

Esperei então pelo voo. Ainda bem que todos os aeroportos que passei possuem wi-fi grátis. O voo custou 50,5 libras. Ao descer, peguei um táxi na rua até Achada Santo Antônio (700 escudos).

 

A hospedagem para as 3 noites seguintes seria a Praiadise Hostel (5610 escudos para todo período). A recepção não foi tão boa, já que pedintes me abordaram com insistência, e me xingaram quando neguei a dar esmola.

 

Procurei ao redor um lugar para jantar; acabei parando no bar Só Sabi, onde comi um prato de feijão por 400.

 

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Apesar dos muitos beliches, só havia eu e um senhor francês no dormitório, e ninguém na área comum, então fui dormir cedo.

 

Dia 12

 

Tomei o café da manhã incluído. Em seguida, atravessei o que parecia ser uma favela para pegar o coletivo até a Cidade Velha (apenas 80 escudos!). Essa foi a primeira capital de Cabo Verde e a primeira cidade fundada por europeus nos trópicos, em 1462.

 

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Caminhei lentamente por suas ruas de pedra, observando as construções que em conjunto são um Patrimônio da Humanidade. As mais emblemáticas são o pelourinho, a catedral, o convento de São Francisco e a fortaleza de São Filipe. Essa última fica no alto de um morro, com vista pra toda cidade, e tem detalhes no interior, que custa 500 escudos pela visita.

 

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Num restaurante na orla (Praça do Mar), ingeri um prato de frango por 600 escudos.

 

Uns tempos depois, peguei a volta pro bairro Plateau (centro) de Praia. Acabei parando sem querer numa van de missionários brasileiros. Tive que me segurar para não dizer que sou ateu.

 

Tomei aquele sorvete e segui a sugestão dos colegas colombianos: visitei o Museu Amílcar Cabral (200 escudos). Esse cara foi o responsável pela independência não só de Cabo Verde, como também Guiné-Bissau! E lá estava em carne e osso a viúva dele!

 

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Voltei caminhando à Achada Santo Antônio. Fui à Pizzaria Terrazza Itália, onde pedi uma de tomate e rúcula (800 escudos) e um caneco de chope (250 escudos). A boa aqui é chegar até às 17:30 h, pois várias pizzas custam 650 escudos.

 

Depois disso, anoiteci no albergue.

 

Dia 13

 

Após o café, caminhei até a estação de coletivos do mercado Sucupira para pegar um até Tarrafal, extremo norte da ilha de Santiago. Demorou mais de uma hora para encher o veículo e uma e meia para chegar, por 500 escudos. Por muita coincidência, quem estava sentado esperando quando cheguei era Raul, o portuga.

 

Descemos no campo de concentração, cujo apelido "carinhoso" é campo da morte lenta. Para lá foram enviados os portugueses que eram contra o regime fascista de Salazar, e também os estrangeiros que lutavam pela independência das colônias africanas. Paga-se 200 escudos para acessar o local.

 

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Caminhamos até o primeiro restaurante que vimos, onde tivemos um prato de peixe espinhento (chicharro) por 350 escudos.

 

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Em seguida, admiramos a orla, primeiro no ponto de mergulho Kingfisher, e depois na própria praia, ambos com um mar belo.

 

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Entramos na igreja da praça principal e regressamos ao final da tarde, passando pela bonita Serra da Malagueta ao pôr do sol.

 

Jantei garoupa com legumes no Só Sabi (400 escudos), e me retirei ao albergue.

 

Dia 14

 

Consegui dividir um táxi com mais 2 pro aeroporto; ainda bem, pois não tinha mais dinheiro para pegá-lo sozinho.

 

Com atraso, voei de SATA por quase 4 horas até Ponta Delgada, a capital do arquipélago dos Açores. O entretenimento se resumiu a uma revista, mas ao menos a refeição foi substancial.

 

Ao descer, presenciei um estado atmosférico que eu não via desde que saí do Brasil: chuva!

 

Nem precisei abrir a boca na imigração. Ao atravessá-la, comprei o bilhete de ônibus (ANC AeroBus) do aeroporto ao centro de Ponta Delgada (6,5 euros para ida e volta).

 

Caminhei admirando as ruas que possuem construções no mesmo estilo das mais antigas de Florianópolis, pois os açorianos foram os que primeiro povoaram a Ilha da Magia.

 

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Jantei carne de porco alentejano por 6 euros no Café Trianon, ao lado da Igreja Matriz.

 

Depois disso, passei mais uma hora e tanto caminhando aleatoriamente pelas vielas de pedra. A arquitetura dessa cidade é deveras interessante. E a noite é uma tranquilidade só.

 

Passei a noite no albergue Bruma Hostel, cujo dono é um simpático mineiro. Dezoito euros por um lugar adequado e com café da manhã.

 

Dia 15

 

A refeição estava boa. Após ela, saí a vagar pelo centro histórico, agora podendo ver com mais detalhes as formas e cores preservadas das casas, igrejas, praças e edifícios governamentais.

 

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Almocei no Magia do Sabor. Durante a semana eles possuem um buffet por 7 euros, mas como era sábado, não rolou. Optei então por um prato de frango com salada e refri por 5,6 euros.

 

Cheguei a uma conclusão: o português africano é fácil de entender, o de Portugal razoavelmente, mas o de São Miguel (Açores), impossível!

 

Em sequência, peguei minha mochila e retornei ao aeroporto, para pegar a continuação do voo num turboélice da SATA para a ilha do Pico, com escala na ilha Terceira.

 

Ao desembarcar, fui recepcionado pelo Terry Costa, diretor do Montanha Pico Festival, que me fez o convite para participar. Primeiro, me mostrou um pouco dos arredores, que são bem pouco desabitados, mas cheios de verde entre rochas vulcânicas.

 

À noite, nos encontramos com os demais fotógrafos no Atlântico Teahouse, onde jantamos. Logo depois, visitamos a exposição onde estavam minhas fotos - foi bem bacana!

 

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Partimos enfim para uma expedição fotográfica noturna. Pena que o tempo não ajudou muito.

 

Repousei numa casa separada para o evento, junto com Toma, um cineasta da Croácia, e Austeja, uma fotógrafa da Lituânia.

 

Dia 16

 

Pela manhã, só dei uma volta a pé entre a paisagem protegida das parreiras cultivadas em currais vulcânicos, um Patrimônio da Humanidade.

 

Almocei com Terry e Toma na Pastelaria Linu na cidade de Madalena, onde tive uma massa por 7 euros.

 

À continuação, fomos em direção à Montanha do Pico, que estava coberta de nuvens e vento. Paramos na Casa da Montanha, onde eu apresentei a minha história ao público que participava do festival. Foi recompensador para mim, pois nunca havia dado uma palestra a um público internacional e grande.

 

Após o chá com bolachas, o grupo percorreu uma trilha com o diretor do parque, que compartilhou seu conhecimento sobre a geologia da montanha.

 

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Passei no hipermercado SolMar de Madalena no retorno, onde comprei os cafés da manhã e jantares dos dias seguintes.

 

Comi vendo TV e depois fui dormir.

 

Dia 17

 

De manhã, fui com o Terry até Madalena, o maior povoado da ilha, para uma entrevista na Rádio Pico, a primeira de minha vida!

 

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Depois, comprei as passagens de barca para Faial, a 3,6 euros cada trecho.

 

Fiquei passeando e fotografando os arredores até a hora do almoço. Esse foi no snack-bar Duas Maravilhas, um prato feito de 6 euros.

 

Prossegui na orla em direção à Candelária, onde estava hospedado. Na altura de Criação Velho, fiquei surpreso com a paisagem das vinhas entre labirinto de rochas, combinada com um moinho e com a montanha que finalmente se revelava. Esse é um Patrimônio da Humanidade.

 

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Cheguei à casa já no final da tarde. Jantei e fiquei vendo TV. Enquanto isso, meus estranhos colegas de casa faziam um ritual espiritual com cacau.

 

Dia 18

 

Peguei o ônibus da manhã (único) até Madalena (1,10 euros - tarifa varia de acordo com a distância), onde tomei a balsa das 8:15 h para Faial. Travessia confortável de meia hora até a cidade de Horta.

 

Na chegada, fui recebido com um arco-íris. O maior centro urbano de Faial é pequeno. Suas edificações baixas e coloridas são lindas. Além disso, já igrejas e um verde profundo nos campos atrás.

 

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Pedi um sandes (sanduíche) de atum (1,45 euros) num dos vários cafés, antes de prosseguir para a praia de Porto Pim. De areia mais clara que a típica vulcânica, ali ficava um forte, uma estação baleeira e os cabos submarinos de telecomunicação entre  Europa e América.

 

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Em um dos raros ônibus para fora de Horta, fui levado até a entrada do Vulcão dos Capelinhos, por 2,55 euros. Paguei outros 10 euros pelo ingresso no centro de interpretação. Esse local faz parte do geoparque dos Açores e possui uma história interessante, além da paisagem surreal.

 

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Até 1957, não havia nada além do farol que ali se encontra. Então, eis que surgiu no meio do mar um vulcão, que entrou em erupção continuamente por 13 meses, adicionando um bom pedaço de terra à ilha e provocando a emigração de quase metade dos seus habitantes.

 

No meio da tarde, precisei voltar. Só que isso foi uma tarefa bem ingrata: sem autocarro (ônibus), fiquei mais de uma hora caminhando em direção à longínqua Horta até conseguir uma boleia que me deixou no aeroporto. De lá, peguei um táxi por 10 euros até a estação de balsa. Se não fizesse isso, ia acabar a perdendo…

 

Preparei minhas coisas pro dia seguinte e fui dormir bem cedo.

 

Dia 19

 

Às 6 e 45 já estava de pé. Logo depois, peguei uma carona com um dos funcionários da Casa da Montanha, para ir até lá.

 

Tive que pagar 20 euros de ingresso. Assim que o relógio bateu 8 e meia, iniciei a subida, sob frio e nuvens. Fui tirando as camadas conforme ascendia pelo fluxo de lava entre a vegetação verde arbustiva.

 

Passei por uma das furnas, cones vulcânicos secundários. Horas depois, surgiu o sol. Continuei progredindo tranquilamente, ainda que o trajeto fosse íngreme.

 

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Sobre a camada de nuvens e encarando um vento considerável, cheguei à grandiosa cratera principal. Dali até o topo, chamado Piquinho, foi escalada com as mãos.

 

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Quatro horas depois de começar, cheguei ao ponto mais alto de Portugal, com 2351 m. A descida, por sua vez, levou pouco mais de 1 hora e meia. Só que meus tênis abriram um rasgo em ambas as solas.

 

Com sorte, logo chegou uma dupla que me deu carona até Madalena. Lá fiquei à espera do ônibus para casa.

 

À noite, tomei um vinho português e fiquei conversando com a colega.

 

Dia 20

 

Peguei uma carona até Cachorro (nomeado devido a uma formação rochosa em tal formato). De lá, continuei pelo litoral norte até Lajido, onde há um grande escorrimento de lava do tipo pahoehoe.

 

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Nesse povoado também fica a Casa dos Vulcões e o Centro de interpretação da paisagem da cultura da vinha da Ilha do Pico. Comprei o ingresso combinado de 8 euros, visitando primeiro o museu interativo que trata da geologia. Há até mesmo um simulador de terremoto.

 

Como no inverno ambos museus fecham para almoço, tive que ficar aguardando até o segundo centro abrir. E não havia um estabelecimento sequer aberto em menos de 2 km para que eu pudesse comer.

 

No estabelecimento seguinte, li sobre o processo de produção e da designação da área como patrimônio, além de provar um vinho licoroso da ilha.

 

Após a visita curta, caminhei até o aeroporto, onde comi um salgado e peguei o ônibus para Madalena (0,95 euros). Lá, visitei mais um museu, o do vinho.

 

Como o sistema estava fora do ar, pude ver de graça. Embora algumas informações fossem repetidas, em relação ao museu anterior, esse é mais completo - só não há a degustação. E pra completar, há um bosque de dragoeiros, árvore endêmica da Macaronésia.

 

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Esperei o Terry, que levou eu e Toma para jantar num lugar meio chique em São Roque - ainda bem que ele pagou, pois o jantar de polvo e etc que eu pedi na Casa Âncora custou 20 e muitos euros.

 

Dia 21

 

Fiz uma boquinha tranquilamente, indo em seguida à Galeria Costa, terreno onde ficam as obras de arte dos participantes do festival, em meio a jardins. Minha missão era a de fotografar de formas inusitadas.

 

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Missão cumprida, voltei à casa, preparei o almoço e aguardei a carona pro aeroporto. Voltei a Ponta Delgada com a SATA.

 

Apenas passaria a noite lá. Dessa vez escolhi o albergue Azores Dreams, mais próximo, ao custo de 15 euros, incluso café da manhã.

 

Dia 22

 

A continuação do voo foi de manhã cedo para Funchal, na ilha da Madeira (os dois voos juntos custaram só 38,7 euros). Retirei o carro da empresa Surprice, que saiu de graça pra mim, reservando com pontos na EasyRentCars.

 

As primeiras coisas notadas ao chegar são a quantidade de turistas estrangeiros, bem maior que Açores, e o número grande de túneis. Através de alguns desses, cheguei na Ponta de São Lourenço. Essa é uma área protegida onde fica uma trilha popular, donde se vê uma península rica em formações geológicas, e de vegetação diversa do resto da ilha.

 

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Passei 2 horas e meia caminhando ali. Na saída, peguei um sanduba (3 euros) num dos furgões, e parti pro interior da Madeira.

 

Em meio à floresta Laurissilva, Patrimônio da Humanidade, subi até outra trilha: vereda dos balcões. Essa é bem fácil; leva até um mirante de onde se vê as florestas, os penhascos, algumas vilas e aves (só vi tentilhões e bis-bis).

 

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Já escurecia, então segui a Santana. Primeiro, comprei uns produtos típicos da Madeira no hipermercado Continente: vinho e bolo de mel de cana. Continuando, vi as casas típicas de colmo.

 

Depois, tive certa dificuldade em achar um lugar pra jantar. Acabei tendo pizza (8,5 euros pela média) no estabelecimento Malta Gira.

 

Para me hospedar, fiquei com uma casinha joia alugada pelo AirBnb, em Santana mesmo, por 107,5 reais.

 

Dia 23

 

Tomei meu iogurte com granola e piquei a mula. Primeira parada foi morro acima, no Parque Florestal de Queimadas, onde fazia 7 graus de temperatura.

 

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Visitei a casa típica de Santana mobiliada. Depois, caminhei um pouco nessa floresta Laurissilva, de verde infinitivo e água. O problema é que minhas meias ficaram encharcadas, graças aos buracos nos tênis.

 

Em seguida, parada rápida nas ruínas de São Jorge (em reparos) e no miradouro da Vigia. Mesmo eu tendo comida no carro, precisava de alguma proteína salgada, então comi um tipo de sanduíche típico chamado "prego especial no bolo do caco", no Bar e restaurante Arco, por 4 euros. Vista pro mar.

 

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Continuei a contornar a ilha. Parada seguinte no miradouro Véu da Noiva - cascatas. Mais além, em Ribeira da Janela e em Porto Moniz. Esse último vilarejo possui uma orla turística, baseada em piscinas naturais.

 

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Cheguei a tempo de curtir o pôr do sol na Ponta do Pargo, o ponto mais a oeste da Madeira, onde fica um farol e minha hospedagem. Jantei no restaurante próprio, onde tive a sorte de ser servido por um chef e um garçom brasileiros, que me fizeram uma baita feijoada com caipirinha por 7 euros.

 

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Dormi no quarto privado do residencial, por 77 reais.

 

Dia 24

 

Não sabia que havia café da manhã, então acabei comendo o que eu havia comprado. Mesmo assim, os solícitos brasileiros me prepararam um rango pra levar, que eu acabei comendo à noite.

 

Ao sair, tentei ver algo no mirante da Garganta do Diabo, mas havia apenas um filete de água. Sendo assim, segui em direção a Funchal.

 

Fiz uma parada antes, em dois mirantes: Cabo Girão e Pico dos Barcelos.

 

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Em sequência, comprei uns artigos necessários, como os tênis, na Decathlon.

 

Pra achar um lugar pra almoçar foi duro, pois às 15 h já não se servia mais. Por isso, acabei comprando num supermercado mesmo e comi no carro.

 

Após, visitei o Jardim Botânico da Madeira (6 euros). Num declive, ficam jardins temáticos, alguns deles bem interessantes, como o das suculentas e o geométrico, além das plantas nativas da Madeira.

 

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Para o pôr do sol, me dirigi ao Cristo Rei, uma estátua a la Cristo Redentor, num mirante.

 

Depois de lá, dei entrada na Quinta das Malvas, um casarão do século 19. Paguei 21,7 euros pela suíte privada, com café da manhã mas sem TV. Terminei meu vinho da Madeira, licoroso.

 

Dia 25

 

Deixei o carro na hospedagem, pois seria incômodo guiar nas vielas do centro, além de caro pra estacionar. Assim, desci a ladeira a pé.

 

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Há um bocado de construções antigas, como igrejas, palácios e fortes, bem como praças e museus. Na orla, dois transatlânticos alemães despejavam um monte de turistas europeus.

 

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Visitei dois dos museus. Um deles é dedicado ao madeirense mais famoso: Cristiano Ronaldo. Por 5 euros, se vê uma sala recheada de troféus de um dos melhores jogadores do mundo.

 

O outro museu chama-se Madeira Story Centre. De uma forma bem didática, conta sobre a história e cultura da região.

 

Entre esses museus, almocei o prato do dia com atum na Petisqueira Atlantic (5,5 euros).

 

Passeei aleatoriamente por umas horas, apreciando a parte histórica. Por fim, peguei um ônibus (1,95 euros) de volta à hospedagem.

 

Preparei minhas coisas, abasteci e devolvi o carro no aeroporto, para então aguardar o voo pra Lisboa pela easyJet (46,5 euros).

 

Ao desembarcar, fui de metrô (50 centavos cartão + 1,5 euros passagem) até a hospedagem Urban Garden Hostel, onde passei duas noites num quarto compartilhado com café por um total de 25 euros.

 

Dia 26

 

Em seguida ao café da manhã meio fraco, andei até o museu de história natural e ciência. O ingresso combinado com o jardim botânico saiu por 6 euros. Achei divertida a parte interativa, sobretudo a seção de física. Já o jardim, esse não é tão interessante.

 

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Almocei no indiano Bengal Tandoori por 6,9 euros. A sobremesa foi na sorveteria Amorino (4 bolas por 4,7 euros), localizada no calçadão central da rua Augusta.

 

Continuei a caminhar pelo centro histórico, cheio de turistas e edifícios interessantes. O que não gostei foi do fato de me tentarem vender drogas a todo momento.

 

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Terminei a caminhada com o sol se pondo na orla. Voltei ao albergue, onde esperei meu colega português Rodrigo, que levou a mim e sua namorada para jantar no restaurante A Obra. O prato de comida refinada com vinho saiu por 19 euros por pessoa. Ao menos, pudemos tomar a aguardente caseira à vontade.

 

Continuamos a festa em duas baladas: a primeira, Crew Hassan, gratuita e cheio de estrangeiros, a segunda, Desterro, meio oculta e ao custo de 5 euros.

 

Dia 27

 

Acordei tarde. Fui até a estação final Cais do Sodré, onde tomei o trem até Belém (3,2 euros das passagens + outro cartão).

 

Lá visitei o Museu Nacional de arqueologia e o Mosteiro dos Jerônimos (12 euros pelos dois). O museu possuía 3 exibições: Egípcios, Lusitânia romana e tesouros portugueses. Quanto ao mosteiro, ele lhe dá acesso ao claustro, ao andar superior da igreja e a uma linha do tempo.

 

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Ao sair de lá, a chuva estava forte. Como os restaurantes mais em conta estavam já fechados, fiquei com o Cais de Belém. Escolhi uma entremeada no carvão por 6,8 euros.

 

Com a tarde chegando ao fim e eu molhado e com dores na coluna desde o dia anterior, regressei. Peguei minha mochila e toquei pro aeroporto.

 

Às 21 h, fui de Vueling até Barcelona, onde passei a noite no aeroporto.

 

Dia 28

 

Sem dormir direito, de manhã fui de Norwegian até San Francisco, com conexão em Londres-Gatwick. O segundo voo foi de 10 horas e meia de duração, sem comida ou sequer água pra beber, já que era um voo de baixo custo. Ainda bem que levei.

 

Tive aquela recepção nada amigável dos agentes de imigração, que me mandaram pra sala de interrogatório e me deram um chá de cadeira de quase 3 horas!

 

Desgastado, peguei o trem (BART) até o centro de San Francisco, por 10,2 dólares. Se eu fosse usar mais esse transporte, valeria comprar um cartão Clipper (3 dólares), para usufruir de tarifas menores.

 

Desci próximo à hospedagem Found Hotel, onde eu ficaria num quarto compartilhado por uns 125 reais a diária. Antes disso, porém, parei pra comer no Burger King (2 sanduíches por 6 dólares), o primeiro lugar aberto que vi. Parecia um manicômio aquilo…

 

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Dia 29

 

Comecei o dia me assustando com a quantidade de sem-tetos e gente maluca no centro de San Francisco. Não lembro de ter visto igual em outro país de primeiro mundo!

 

Comprei rango num mercado e saí a caminhar ao redor dos prédios altos. Parei na loja de roupas baratas Dress for Less, onde adquiri alguns itens, como tênis por 10 dólares.

 

Almocei num Subway (30 cm por 8,1 dólares). Depois embarquei num ônibus para a área da ponte Golden Gate (4,5 dólares). Já havia estado aqui em 2011, mas essa vista ainda me deixa de boca aberta.

 

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Passei o resto da tarde por lá, entre a neblina que surgia e sumia constantemente. Antes de partir, entrei na Sports Basement, uma loja enorme de artigos esportivos.

 

Retornei ao centro caminhando. Primeiro passei pelas casas bacanas em frente à marina. Em seguida, jantei biryani de frango (10,8 dólares) no indiano Naan Curry. Saí de lá explodindo e soprando fogo.

 

Voltei o resto do caminho tortuoso e fui dormir.

 

Dia 30

 

O jetlag de 8 fusos bateu no meio da noite. Quando decidi sair da cama, conheci o centro cívico e depois peguei um ônibus até a Ocean Beach (3 dólares).

 

No supermercado Safeway, comprei uma marmita por 7 dólares e comi na beira da praia, só que o vento estava desagradável.

 

Assim, entrei de uma vez no Golden Gate Park. Esse parque municipal maior que o Central Park de NY é repleto de atrações esportivas e naturais. Passei muitas horas ali, caminhando e fotografando.

 

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Quando o final da tarde se aproximava, encontrei um casal de brasileiros, que me deram uma carona de volta. Fiquei no shopping Westfield Centre. Lá eu jantei frango teryaki (10,1 dólares) numa lanchonete chinesa, que tenta enganar com o nome Sarku Japan.

 

Dia 31

 

De manhã, fui no ponto retirar as diversas encomendas que havia feito com a Amazon. Foi um parto trazer todas aquelas caixas de volta ao hotel, 1,5 km distante. Consegui fazer tudo caber em duas mochilas, a tempo do check-out.

 

Almocei comida coreana no quiosque Sorabol, no shopping. Escolhi bulgogi com kimchi, miojo, arroz e brócolis (10,8 dólares).

 

Depois, fiquei zanzando pelos bairros a nordeste até escurecer. Passei pela Chinatown, pela rua sinuosa Lombard e pelos píers da orla, todas essas atrações imperdíveis.

 

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Jantei no chinês Panda Express (11,8 dólares). Então, parti pro aeroporto.

 

 

Dia 32

 

De madrugada, peguei o primeiro vôo do dia, pela Avianca, até San Salvador (El Salvador). Que bom que tive a fileira inteira livre pra mim, então pude dormir.

 

O segundo foi para Lima (Peru), enquanto que o terceiro chegou em Guarulhos na manhã seguinte, para então retornar a Floripa. Fim!

 

Curtiu o relato resumido? Então confere o completo desses e mais de outros 100 países em meu blog de viagem Rediscovering the World;)

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