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Israel e Jordânia em 13 dias líquidos.

No ínicio de dezembro fiz uma viagem sozinho a Israel e a Jordânia, Vou tentar fazer uma narrativa sobre a viagem com impressões e algumas dicas sempre que possível.

 

3 de dezembro de 2010:

Embarque no Afonso Pena em Curitiba às 20 horas para Guarulhos :

1 hora e meia de atraso com a TAM.

20 minutos para a escada aparecer em Guarulhos.

45 minutos para a mala surgir na esteira.

Corri para fazer o check-in na Turkish.

 

4 de dezembro de 2010:

Terminado o check-in lá pela meia noite, passei logo pelo raio X e imigração (tranquilos), tratei de engolir algo e já chamaram o voo por volta das 0:40. Embarque tranquilo, voo saiu no horário.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110106211953.JPG 500 368.907563025] [b:3aosxo1k]A-340 da Turkish Airways[/b][/picturethis]

13 horas e meia de voo. O serviço é muito bom. Avião, um A-340, não era dos mais confortáveis mas deu para o gasto. Cheguei em Istambul às 18hs, como previsto. Imigração, bagagem recolhida etc... Agora era a longa espera até as 23:55 para a saída do voo para Tel-Aviv, também pela Turkish.

Três horas antes do embarque abriu o check-in do meu voo. Como era um voo para Israel os procedimentos de segurança eram mais rigorosos e por isso havia balcões específicos. O embarque ocorreu sem problemas e no horário também com uma segurança mais rigorosa.

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1º DIA – 5 de dezembro de 2010.

 

Cheguei em Tel-Aviv às 2 da manhã, sem atrasos e encontrando um aeroporto absurdamente lindo! Imigração (perguntas de praxe), peguei as bagagens e lá pelas 2:30 já estava saindo do aeroporto.

Meu 1º destino em Israel: Jerusalém. Israel é um país pequeno, com uma área bem próxima a de Sergipe, contando que quase metade é um deserto. Ou seja, o país é bem pequeno, por isso as distâncias são bem reduzidas.

Do aeroporto Bem Gurion sái umas vans (taxis coletivos) para Jerusalém com um preço bem razoável (55 Shekls). Essas vans saem quando completam 10 passageiros e lhe deixam na porta do seu destino. Funcionam 24 horas e ficam localizadas logo depois da porta de saída do aeroporto à direita.

Em pouco mais de uma hora já tava no albergue Abraham, na Jaffa St. (recomendo, é novo, tem uma boa estrutura, um staff bem simpático e prestativo, além de ficar a uns 15 min andando da cidade antiga e uns 10 min da rodoviária, tem internet Wi-Fi e custou-me uns 260 Shekels uma cama num quarto com seis camas para as seis noites que lá passei).

Fui dormir, podre de cansado, afinal estava online já há 28 horas, sabendo que na manhã seguinte não conseguiria acordar cedo.

Acordei lá pelas 10:30 e depois de tomar um café na rua segui para o porta de Jaffa, umas das entradas da velha Jerusalém pois sabia que de lá saia às 14hs um tour gratuito.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110106213007.JPG 500 373.534338358] [b:bz481spx]Mesquita do Domo da Rocha, com o muro ocidental abaixo[/b][/picturethis]

Vale a pena como uma introdução para a cidade pois é feito um apanhado bem geral da mesma. Terminado, fiquei andando sem destino pela cidade antiga até umas 20 horas quando voltei para o albergue para, agora sim, ter uma noite boa se sono.

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2º DIA – 6 de dezembro de 2010. Jerusalém e Museu do Holocausto (Yad Vashem)

 

Dia de chuva, como eu já sabia que iria chover acordei bem calmamente, comi algo e fui ao museu do holocausto. Vou dar aqui uma opinião pessoal. Achei o museu muito bonito arquitetonicamente falando mas extremamente cansativo e tendencioso. Depois de uma introdução sobre a ascensão do nazismo o museu passa salas e salas com depoimentos e histórias repetitivas. Pareceu-me o museu uma grande obra para mostrar como eles sofreram na 2ª guerra e em toda a história da humanidade e por isso mereceram “ganhar” um país. Claro que as histórias são tocantes, as imagens fortes mas é tudo muito exagerado na quantidade e demasiado longo.

Não sei. Não sou nem pró e nem contra Israel, mas achei o museu forçado demais. Quando estava no meio do museu não acreditei que havia ainda uma outra metade a ser percorrida e desisti, fui direto ao final. Percebi umas outras coisas também mas não quero prolongar-me muito. No entanto é uma atração que DEVE ser visitada!

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110106213938.JPG 500 378.130217028] [b:3fnl5802]Museu Yad Vashem[/b][/picturethis]

Quando saí do museu já estava no final da tarde e fui com um inglês do meu albergue caminhar pela velha Jerusalém. Fomos ao santo sepulcro e lá fiquei um bom tempo, tirando umas fotos e contemplando o local.

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110106214540.JPG 500 372.69681742] [b:3fnl5802]Santo Sepulcro. Dá um desconto aí: A camisa é porque no dia anterior o Fluminense tinha conquistado o título! Rsrsr[/b][/picturethis]

 

De noitona saí com o mesmo cara e um alemão para comer algo. Acabamos parando no mercado que fica bem próximo ao hotel, tava rolando um som ao vivo de jovens, algo bem informal. Acabou que fiquei lá até umas 22hs tomando uma cerveja!

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110106214224.JPG 500 375.630252101] [b:3fnl5802]Banda no mercado[/b][/picturethis]

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3º DIA – 7 de dezembro de 2010 (JERUSALEM)

 

Foi o dia todo dedicado a velha Jerusalém. Não há adjetivos suficientes para descrever a cidade antiga. Dentro de uma mesma muralha há três “religiões” que aos olhos do mundo não se misturam, mas na realidade tem uma origem meio em comum. Islamismo, judaísmo e cristianismo juntas. Aparentemente rola uma boa convivência entre elas, ao menos alí. É fascinante mudar de “mundo” em apenas alguns quarteirões.

Jerusalém é dividida em quatro partes, vou separar os comentários por elas:

 

O “quarteirão” muçulmano é sem dúvidas o mais interessante e diferente, além de ser o maior e por onde parece circular mais gente. É também o que aparenta ser mais antigo de todos. O comércio é forte, vende-se comida, lembranças e quase tudo o mais que se possa imaginar em bugingangas.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110108011959.JPG 500 373.34437086] [b:o0lm5gcy]Rua no quarteirão muçulmano em Jerusalém.[/b][/picturethis]

Nesse quarteirão fica a mesquita com o domo dourado. Para mim a construção mais bonita isoladamente da cidade. Infelizmente eu não pude acessar o local. A visitação para não muçulmanos na parte externa do entorno é restrita e só pode ser feita na entrada localizada perto do muro ocidental e em horários determinados. Eu cheguei tarde demais em duas oportunidades e na última vez que fui era uma sexta-feira, dia em que a visitação não é permitida. Interessante é que o controle nas saídas e entradas é feita pelo exercito israelense. Muçulmanos acessam a qualquer tempo. Caso você se pareça com um pode acessar, só que se eles desconfiarem vão pedir para você provar recitando um verso do alcorão, Tssssssss.

Bom também é se embrenhar pela becos desse quarteirão! Há lugares tranquilos, vielas silenciosas que não parecem nem de longe estar perto de ruas entupidas de gente. Creio que é por esse quarteirão que se deveria começar a visita a cidade. Entre pelo Portão de Damasco, a maior e mais bonita entrada da muralha.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110108012218.JPG 500 373.544093178 Legenda da Foto]Portão de Damasco[/picturethis]

É também no quarteirão muçulmano que começa a via crucis (Via dolorosa) e lá estão as 9 primeiras estações da paixão de Cristo.

A Via Crucis começa dentro de uma pátio, na rua que vem do portão do leão, onde estão duas igrejas: a do julgamento e a da flagelação. São quase capelas, sem uma beleza estonteante mas bonitas no seu valor histórico. Na da flagelação passei por um dos momentos mais bonitos na viagem: Quando eu entrei junto veio um grupo de filipinos que ao se sentarem começaram a cantar espontaneamente...

 

Vejam só:

 

Saindo do pátio, e pegando a via dolorosa, a segunda estação está nas proximidades de um arco romano antigo e foi onde Jesus passou a carregar a cruz.

 

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A terceira é a sua primeira queda, no local está uma capela cuja propriedade é da Igreja armena.

 

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Metros adiante a quarta estação onde Jesus encontra sua mãe.

Mais uns 50 metros a frente aparece a quinta, local onde Simão de Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz.

 

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Pelo jeito ele o ajuda só por alguns metros porque em menos de 200 metros já está a sexta, onde Verônica limpa seu rosto.

Ainda subindo uma rua feita meio que de degraus está a sétima estação, onde acontece a segunda queda. Nesta estação, não sei o porquê, ocorre a maior concentração de gente, de repente porque ela está no cruzamento de uma rua de comércio... mas os cristãos parecem sempre para um tempo a mais nela.

Seguindo adiante a viu crucis tem uma coisa interessante: No cruzamento citado pega-se a rua a esquerda, mas metros a frente é necessário sair da via dolorosa e pegar a primeira rua a direita para encontra a oitiva estação, onde Jesus encontra-se com as mulheres de Jerusalém chorando e as consola. Daí faz-se o caminho de volta para pegara de novo a via dolorosa. Anda-se mais um pouco e outra vez é necessário sair da vai para encontrar a nona estação, onde jesus cai pela terceira e última vez. Nesta estação também presenciei um outro grupo, agora de nigerianos cristãos, que chegaram ao local cantando:

 

 

Vista esta estação, mais uma vez retorna-se para a via dolorosa, agora caminha-se nela (são feitas umas curvas) até chegar na “praça” que fica em frente à Igreja do Santo Sepulcro.

 

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No Santo sepulcro estão as últimas 5 estações. A décima até décima terceira estão no calvário, que se acessa ao entrar na igreja subindo uma escada a direita. São elas a 10ª onde Jesus é despido de suas vestes, 11ª onde ele é pregado na cruz, 12ª onde a cruz é elevada e lá ele morre e a 13ª quando então Cristo é baixado da cruz, já morto. A última estação é a dos eu sepultamento, que fica após a entrada da Igreja a nem uns 50 metros a esquerda.

 

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O quarteirão judaico é novo, apesar de mantem um estilo de construção antiga. Essa parte de Jerusalém foi destruída na guerra de 1948 e ficou em ruínas durante quase duas décadas. Israel então decidiu reconstruí-la por isso é possível ver que as casas e prédios são relativamente novos.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110108013654.JPG 500 372.895622896] [b:o0lm5gcy]Menorah Judaico em ouro maciço[/b][/picturethis]

É no judaico que se localiza o muro ocidental (para nós brasileiros conhecido como muro das lamentações). É o que restou de uma barreira de contenção que sustentava um platô onde se localizava o templo de Herodes, local mais sagrado da história dos judeus. Essa barreira (muro) nunca foi local sagrado na antiguidade, mas como foi tudo o que sobrou do templo passou a ser. Todos podem acessar ao muro, basta, por uma questão de respeito no caso dos homens, colocar um Quipá, no caso das mulheres cobrir a cabeça sendo que homens e mulheres não têm acessos separados. O muro fica numa grande praça para a qual se tem acesso por umas 4 entradas, todas com segurança reforçada pelo qual deve-se passar por raio-x e detector de metais.

 

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No quarteirão judeu ainda é possível encontrar várias outros lugares importantes como os ligados ao rei Davi. Eu dei uma volta por lá mas como pouco conheço sobre a história judaica não tornou-se tão interessante para mim.

 

Há também um quarteirão chamado de armeno, que é bem pequeno e para mim meio inexpressivo, sem querer menosprezar ele de forma alguma! Mas é que comparado com os outros...

 

Continuei então dando mais umas voltas pelas cidade e ao perceber a chegada do final da tarde direcionei-me ao monte das oliveiras. Da saída do portão do leão não fica tão longe, meia hora de caminhada no máximo, subindo umas escadas por entre um cemitério judeu, simples simples mas muito bonito pois é todo de pedra.

 

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De cima do monte das oliveiras é possível ter Jerusalém aos seus pés! Um espetáculo! Eu cheguei com o pôr do sol, com aquele dourado que a essa hora do dia torna a cidade ainda mais bonita do que é. Ainda sob a luz dourada do pôr do sol os minaretes das mesquitas localizadas por toda Jerusalém começaram a entoar umas das orações diárias obrigatórias... Todas em árabe. Eu já não entendo nada de árabe e levando-se em conta que havia várias ao mesmo tempo a “oração” tornou-se incompreensível mas, ao mesmo tempo estupidamente bonita pois parecia vir um canto de toda a Jerusalém de uma vez só que ecoava e chegava até o monte onde eu estava como uma canção! Putz! Não dá para descrever com palavras! Vou colocar um videozinho e espero que ao fundo dê para ouvir algo!

 

 

Foi um dos pontos altos da viagem, sem dúvidas!!!

 

De noite já! Retornei ao albergue andando.

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4º DIA – 8 de dezembro de 2010 (BELÉM)

 

Decidi ir a um território palestino. Belém é incrivelmente perto de Jerusalém, nem meia hora.

Do Portão de Damasco saem uns ônibus, para Belém, salvo engano, é o número 21.

Quando entrei no ônibus pareceu que eu tava num daqueles filmes onde um ocidental se embrenha num país muçulmano e é logo identificado como um forasteiro, confesso que ao entrar no ônibus fiquei um pouco receoso. Lá pelas última cadeiras tinha um cara que não me parecia ser dali, acabei por puro instinto indo sentar ao lado, já que também não havia mais lugares para eu sentar só. O cara era um inglês, incrível como acontecem coincidências. Esse inglês já tinha morado no Rio de Janeiro por uns 4 anos quando criança, não lembrava muito de português mas dizia que seu irmão nasceu lá, era um carioca! Rrsrs. Bom tem tê-lo encontrado é que como ele estava hospedado em Belém me deu as dicas de como chegar na Igreja da Natividade. O ônibus passou pelo check-point sem ser parado por Israel.

Minha primeira impressão ainda no ônibus de um pouco de receio sobre a Palestina desfez-se logo a chegar lá. Em todos os sentidos. Primeiro que o lugar pode não ser rico, mas tá longe de ser um lugar considerado miserável e nem mesmo podre... Pareceu-me um lugar composto de classe média-média, com casas bem dignas, melhores do que as casas nas quais a maioria de nós, brasileiros, vivemos. Além dessas várias outras realmente bonitas e ricas. A cidade é limpa, bem conservada! Um surpresa! E o melhor: Os palestinos são muito prestativos e simpáticos, bem mais que os judeus de Jerusalém.

 

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Belém é o local onde aconteceu o nascimento de Jesus. A Igreja da natividade fica numa praça muito bonita, conservada e limpa, que diferente do que se possa imaginar é “dominada” pela figura de uma mesquita e não por aquela. A igreja da natividade fica exatamente na outra extremidade da praça, se tomarmos a mesquita como referência.

 

 

Para entrar na igreja deve-se entrar por uma portinha (no diminutivo mesmo). Sinceramente eu esperava muito mais dela, a igreja não está caindo aos pedaços mas necessita de reparos urgentes. Há embolsos caindo, madeiras que parecem sustentar o telhado meio desgastados. Não consegui entender como um dos locais mais importantes do cristianismo, se não o mais importante, pode estar largado daquela forma! Na nave central não há cadeiras, no meio dela há uma abertura que mostra uns mosaicos no chão datando de alguns bons séculos. No final, o altar, não tão adornado como o do santo sepulcro mas também com aquela “decoração” em prata meio ofuscante.

 

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O local exato do nascimento fica exatamente embaixo desse altar, para chegar lá é necessário encarar uma fila que, na hora que eu cheguei, era imensa!!! Falta de sorte! E para piorar me senti na guerra fria, pois antes de mim havia um grupo de americanos e exatamente depois um grupo de russos e eu no meio! Rsrsrs...

Não é muito bem organizada a entrada e as poucas pessoas que pareciam estar a cargo da igreja no dia (salvo engano os armenos) eram um estúpidos, grossos e sem educação alguma, apesar de serem religiosos e estarem, como eu disse, no local mais importante do cristianismo. Não entendi como podem ser tão estúpidos num local tão sagrado! Chegavam a empurrar as pessoas um negócio absurdo! Chegando embaixo do altar há uma salinha e um altar onde tem uma estrela, local onde Jesus deve ter nascido.

Eu particularmente comecei aí a ver as pessoas e o próprio local como sendo apenas uma atração. As pessoas, na sua grande maioria, preocupam-se mais em tirar fotos ao lado da estrela do que “curtir” a pretensa vibração do local, ou seja, gastam todo o curto tempo que tem para ficar em frente a estrela só com foto, ou no máximo dar um beijo nela. Não vi uma pessoa se quer emocionada. Era como ir a Disney e tirar foto no castelo da cinderela, sabe? Um negócio que para mim pareceu podre. Eu sou ateu e posso garantir que tive uma atitude bem mais “religiosa” e respeitosa que os vários cristãos que estavam lá.

Ah, sem falar que quando eu estava na fila veio um cara até mim, vendo que eu estava fora do grupo, e me perguntou se eu queria tê-lo como guia, pois ele poderia dar “um jeito” de eu não enfrentar aquela fila! Ou seja: furar a fila! Achei ultrajante, eu já não furo fila de pão por achar uma falta de respeito com os próximos e agora iria fazer isso num local como aquele?!?! No local onde o cara que disse que devemos respeitar os próximos como a nós mesmo nasceu?!? Decepcionante!

Nos arredores da igreja está localizada também uma gruta que segundo a história foi o local onde Maria e José se esconderam logo após o nascimento de Jesus na noite em que as crianças foram assassinadas. Interessante, eu nasci cristão e minha percepção é que essa gruta ficava a quilômetros da manjedoura, mas não! Fica a nem 500 metros.

 

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Finda a parte cristã de Belém fiquei andando pela cidade, parei para comer algo, comprei umas lembranças e acabei vendo uma manifestação de palestinos na praça pedindo a libertação de prisioneiros mantidos em cárcere pelo estado de Israel, infelizmente não tirei fotos para mostrar.

Continuei andando pela cidade quando o dia foi chegando ao fim, ainda antes de escurecer eu já fui me encaminhando ao Check-point de saída.

No caminho esbarrei no muro! Não quero discutir os motivos, se este ou aquele lado tem razão, mas que é um negócio muito brutal ter um muro de vários metros cercando um povo em pleno século 21, é! Passei pelo check-point sem problemas, você tem que passar por raio-X, detector de metais, mostrar o passaporte e pronto! Como não sou palestino não tive problema. Eu achei meio humilhante para os palestinos, não vi um fato pontual mas quando eu tava saindo eu vi vários voltando de Jerusalém, provavelmente para suas casas, achei ter que passar por todo aquele aparato todos os dias para trabalhar meio pesado!

 

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Voltei para Jerusalém e mais um vez fui andar pela cidade velha até ficar mais tarde e retornar para o albergue.

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5º DIA – 9 de dezembro - (MASSADA)

 

Da rodoviária de Jerusalém saem ônibus de praticamente hora em hora em direção ao sul de Israel e que deixam você na entrada de Massada.

No caminho o ônibus passa pela margem ocidental do mar morto e nela é possível encontrar diversos balneários onde os locais e turistas vão relaxar, tomando banho de lama, em spas ou mesmo mergulhando no mar morto, que de tão salgado e consequentemente tão denso fica difícil não boiar. Eu não tive tempo de fazer essa parte da viagem, uma que não me interessava muito mesmo, já que meu foco era mais “civilizacional” e outra porque também tenho uma tatuagem em árabe e ficaria um pouco desconfortável, creio. De qualquer forma o dia tava limpo e tive a oportunidade de ver belíssimas paisagens no caminho.

 

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Massada é um antiga fortaleza no início do deserto do Negev que fica no topo de um morro de uns 500 metros de altura aproximadamente comparado com o mar morto (que está a +/- 400 metros abaixo do nível do mar e é o local mais baixo do planeta), o acesso ao topo do morro não é tão fácil, já que é uma subida íngreme pela trilha da cobra, mas qualquer um com um pouco de resistência a faz em pouco menos de uma hora.

 

 

No passado o fato de Massada ser no topo do monte dificultava muito sua conquista por tropas invasoras, é uma fortaleza natural! Massada foi ocupada também pelo rei Herodes, o grande, que construiu nela uma palácio mas, a sua beleza hoje concentrasse na história de ter sido o último ponto de resistência judaica contra o império romano no século I depois de Cristo.

Aproximadamente mil judeus fugiram para refugiar-se lá. O império romano então marchou em direção a Massada com intuito de derrubá-la. Ocorre que a invasão tornava-se impossível, mesmo com os recursos superiores dos romanos. Por volta de um ano possou-se até que Massada fosse finalmente invadida. Os romanos tiveram que construir uma rampa de dezenas de metros no lado oeste da fortaleza para que então, sobre ela construíssem uma torre também alta que alcançasse a muralha e posteriormente permitisse a tomada de Massada, até hoje é possível vislumbrar a rampa que na verdade é um aterro.

Ao vislumbrar a iminente invasão e posterior trucidação, estupro de suas mulheres e escravização de toda a população os então habitantes decidiram tomar uma atitude drástica. Preferiam a morte por suas próprias mãos a se submeter ao subjugo de Roma. 10 homens foram os escolhidos para a missão. Uma a um todos os habitantes de Massada foram sendo sacrificados por seus pares. Por último um dos 10 foi o escolhido para acabar com a vida dos outros 9 e depois suicidar-se.

Quando o império romano entra no dia seguinte chamando a população à luta tudo o que encontra é uma Massada silenciosa, com apenas uma senhora, uma jovem e cinco crianças vivas. Elas haviam se escondido em umas das cisternas ainda hoje encontradas lá. Por mais incrível e fantasiosa que possa parecer a história é documentada e é sim real.

Hoje todo recruta que ingressa nas forças israelense faz seu juramento de lealdade em Massada. O juramento consiste em repetir: "Massada não cairá nunca mais" Creio que representando o nome “Massada” todo o estado de Israel.

 

 

É sem dúvidas um lugar obrigatório em Israel! Ainda hoje é possível ver várias ruínas das construções.

 

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O lugar é grande e eu recomendo que se gaste um dia para ela. Não necessita ficar por lá, pode pegar o ônibus de manhã, chegar lá por volta das 10 da manhã e lá ficar até umas 15 ou16 horas... é tempo suficiente para ver tudo e subir a pé! Na volta há ônibus circulando com relativa frequência de volta para Jerusalém e os horários podem ser checados no próprio centro de visitantes.

Dica: Você pode subir e descer a pé! É de graça! Mas caso prefira pode pegar um teleférico, ou só para subir ou só para descer ou nos dois sentidos, aí sim: pagando. (mas vá a pé! Ao menos na subida!)

Do topo de Massada também há uma vista espetacular do deserto, do mar morto e também de umas montanhas a leste que já pertencem à Jordânia.

 

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O lugar tem uma ótima estrutura, com restaurante e lanchonete na base do parque, bem onde se pega o teleférico, mas no topo somente há água em bebedouros em alguns pontos e caso queria comer algo é bom e recomendável que leve pois lá encima não há lanchonetes.

 

Mais uma vez, na volta: Jerusalém! Não sei, sabe? Tenho a impressão de que tempo demais nunca é demais em Jerusalém! É incansavelmente fascinante andar por essa cidade! É como eu lí uma vez sobre ela: “Em qualquer outro lugar do mundo isso seria apenas uma cidade antiga.” Mas não!! Não é! Essa é Jerusalém!

 

Não tive também muito tempo pois nessa época do ano escurece cedo e lá pelas 8 acabei voltando para o albergue. No hall do albergue combinei com um neo zelandês de tomar uma cerveja num pub e depois de uns gorós voltei para dormir. (PS – Mesmo num barzinho a cerveja é muito cara em Israel! Custou-me uns 7-8 reais, e não era nada um lugar refinado não! Barzinho de rua)

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6º DIA – 10 de dezembro de 2010. JERUSALEM e IDA PARA JORDÂNIA

 

Sexta-feira é um dia complicado para nós, não judeus, em Israel. Primeiro temos que levar em conta que o dia para o judeu começa quando o sol se põe, logo quando o sol se põe na sexta jé é sábado e sábado para os judeus é o dia de descanso (Sabath) praticamente tudo fecha no sábado e já começa na verdade na sexta-feira.

Minha ideia era ir para Eilat no final do dia, mas por conta do Sabath o último ônibus para o sul de Israel que normalmente sai às 18hs saia às 14 horas. Beleza! Fazer o quê.

Gastei a manhã em Jerusalém, só que dessa vez fui também a parte nova da cidade. Jerusalém tem mais de 700 mil habitantes, no entanto só uns 45 mil vivem dentro das muralhas. Há então uma outra cidade a ser desvendada! Só que vai ficar para uma próxima vez pois não a pude explorar com afinco, fui apenas aos arredores do Knesset, sede do parlamento israelense e consequentemente sede do poder em Israel, já que o mesmo é uma república parlamentarista.

Não pude entrar lá, tudo o que consegui foram umas fotos, e mesmo assim quando eu estava tirando elas parou uma pajero ao meu lado com um oficial dentro que me perguntou de onde eu era e que eu estava fazendo. Disse que era brasileiro e que tava tirando foto (coisa óbvia né? Já que tava com um tripe e minha máquina que é relativamente simples). Ele perguntou se estava então tudo bem, eu disse sim e ele se foi... Mas não para muito longe O oficial parou o carro a uns 50 metros e ficou lá me observando até eu ir embora! Ótimo, né? Achei meio paranóico!!!

 

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De lá voltei andando para a cidade velha, observando pelo o caminho uma cidade até bem moderninha, limpa e organizada!

Mais umas horas dentro da muralha, agora com clima de despedida!! Não canso de falar bem dela! Um dia volto lá: 100% de chances!

 

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Voltei para ao albergue, peguei a mala e peguei o busão às 14hs em ponto na rodoviária em direção à Eilat.

A viagem, toda pelo Negev e margeando de novo o mar morto é uma beleza! Mais uma vez balneários e lugares de beleza ímpar!

 

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Minha intenção não era ficar em Eilat, que fica no extremo sul de Israel, na fronteira com o Egito e Jordânia, bem às margens do mar vermelho. Minha intenção era já entrar na Jordânia, mas como a previsão era que o busão demorasse quase cinco horas para lá chegar e a fronteira fecha nas sexta às 20 horas, podia ser que fosse ficar meio apertado. Mas deu tudo certo... o ônibus demorou nem quatro horas, peguei um taxi (25 shekels) até a fronteira e cruzei a pé para Jordânia.

 

 

A saída de Israel foi tranquila, sem grandes perguntas (só que te cobram quase 100 shekls de taxa de saída), já do outro lado apresentei meu passaporte, me deram o visto (que é um carimbo chinfrim) e logo na sequência o carimbo de entrada (tudo FREE) na Jordânia.

 

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Ufa! Baita sorte! No dia seguinte eu não iria precisar atravessar a fronteira para só depois pegar o ônibus para ir a Petra. Mas de qualquer forma teria ainda que procurar um albergue/hotel em Aqaba. Foi aí que veio a grande sorte! Tinha uma família de espanhóis logo depois de mim para pegar o visto! Daí perguntaram para mim para onde eu estaria indo, falei que minha intenção era Petra, mas como não tinha mais ônibus naquela hora eu iria no dia seguinte. Então perguntaram se eu não queria rachar um táxi até Petra... NA HORA!! O táxi saiu por 70 Dinares (quase 180 reais). Sozinho eu não pagaria mas dividindo sem dúvidas, já estaria de manhã em Petra! E assim cheguei Wadi Mussa (cidade base para visitar Petra), sem reserva de albergue, já que eu tinha feito apenas para o dia seguinte. Mas baixa estação tem suas vantagens! Tava vazio o albergue. Bingo!!!

 

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O albergue: PETRA GATE, é simples. Mas para um mochileiro tá mais que bom! Não há quartos coletivos então fiquei num single, creio que custou 20 JD (uns 50 reais). RECOMENDO, mesmo simples, o staff, composto por umas filipinas e um senhor super gente boa, torna a estadia ótima. O bom também é que fica a uma distância boa da entrada de Petra... de 20 a 30 min andando, mas eles te levam de manhã até lá: de graça!

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7º DIA – 11 de dezembro de 2010. PETRA

 

Diferente do plano inicial onde eu teria dois meios dias para Petra, agora que eu havia chegado na noite anterior eu teria um dia e meio para ver uma das 7 novas maravilhas do mundo.

Acordei cedo, tomei café e lá pelas 8:30 o senhor do albergue me levou até a entrada do parque. A entrada é salgada: O passe para um dia custa 50JD e o para dois 55JD (por volta de 135 reais). Mas vale a pena!!! Logo na entrada já há amostras do que Petra aguarda.

 

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Petra foi a capital dos Nabateus e ficava numa antiga importante rota entre a península arábica e Damasco, o que a fez prosperar. Sua história começa no século 3 antes de Cristo. Por volta da década de 60 antes de Cristo ela é dominada pelo Império Romano, mas consegue manter certa autonomia do mesmo, sendo então rebaixada a província no início do século 2.

No ano 363 DC um terremoto danifica muito a cidade, metade das construções ruem! Mas Petra sobrevive e se recupera!

Em 395 é fundado o Império bizantino por Constantino, quando então a religião cristã entra com mais força e influência a vida da cidade. Igrejas são então construídas.

Petra prosperou, independente do império que a dominou, mas dois revés fizeram com que houvesse um declínio dela. Um terremoto no ano de 551 arrasa a cidade, a deixa praticamente destruída! Junto, houve o fato do gradual enfraquecimento da rota comercial que foi a responsável pela sua formação!

Petra nunca mais se recupera, passa a ter uma reduzida população, torna-se nada mais que uma vila.

A conquista da região pelo islamismo não acarreta grandes mudanças, não houve interesse algum por ela.

Por volta do início do século 8, Petra passa ser ocupada por alguns cruzados, mas vai sendo gradualmente esquecida nos séculos seguintes quando, no ano 1187, Saladino toma posse da região! A partir daí, em raríssimas ocasiões, há registros dela.

Petra cai totalmente no esquecimento por séculos!

Em 1812 um suíço chamado Johann Ludwig Burckhardt “redescobre” a cidade para o mundo. A partir dai missões arqueológicas, turistas e peregrinos começam a ir a cidade, lentamente, cada vez mais. Favorecendo até mesmo o desenvolvimento econômico da região.

Para chegar às partes mais densas da cidade é necessário passar por verdadeiras fendas nas montanhas de rocha que há na região, de repente foi esse o motivo pelo qual ela ficou tanto tempo “perdida'... não é tão fácil vê-la.

 

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Pelas fendas dá para ver várias obras esculpidas, mas um dos grandes momentos é quando, depois de umas bem fechada, chega-se ao “tesouro”. É A obra ícone de Petra, cena do filme “Indiana Jones e a última cruzada”. Indescritível a sua beleza!!

 

 

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Seguindo a caminhada você se depara com um teatro em estilo romano, que tinha uma capacidade para mais de 7 mil pessoas! Era muita coisa há dois milênios atrás!

Petra sofreu influência de vários estilos, mas os principais foram o romano e grego, como percebe-se nesse teatro.

 

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Ainda caminhando passa-se pelas tumbas reais, esculpidas num patamar mais acima. Elas serviram de túmulo para vários dos governantes de Petra na sua história.

 

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No caminho, para descobrir ainda mais da cidade, passa-se pelo que seria o antigo mercado em estilo romano e o grande tempo, essa parte da cidade não foi escavada na pedra e, por isso, está totalmente em ruínas, mas dá para ver um pequeno teatro, um templo, construções públicas e outros que menores que ao menos deixaram um vestígios de sua existência, depois do largo tempo e alguns terremotos!

 

 

A partir desse ponto eu tive que dar uma parada, obrigatória para comer, não que eu estivesse com fome mas começou a cair uma chuva torrencial! Tive que me abrigar num restaurante que ficava dentro do parque, e por consequente, comi lá! Foi a refeição mais cara de toda a viagem, uns 30JD (75 reais)! Mas fazer o quê? Ao menos parou de chover e pude continuar minha “peregrinação” até o Monastério.

Para chegar lá é uma boa pernada... Fiquei na dúvida se eu não deveria deixar para o dia seguinte, mas resolvi ir até o fim! Valeu a pena! Desde a entrada de Petra até o monastério devem sem bem umas 3 horas de caminhada, sempre deparando-se com várias outras “pequenas” obras!

 

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Há pessoas que “alugam” burros para subir, principalmente os idosos! Eu fui à pé mesmo!

O monastério é tanto quanto, ou mais fascinante que o tesouro! Um pedaço da montanha foi literalmente consumido para que ela fosse feita, sem dúvida uma “nova” maravilha:

 

 

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A única coisa ruim é que depois da chuva ficou um vento incessante que levantava areia. A areia levantada vinha numa tal velocidade que chegava a machucar! Muito ruim mesmo! Sem contar que o vento era frio!

Acabou que quando eu saí do Monastério o sol já tava querendo se pôr... Conclusão: Voltei andando e sorte minha que carrego uma pequena laterna comigo, porque no final do caminh ode volta, antes de sair do parque jã não tinha mais luz natural.

Voltei andando para o albergue, aproveitando para conhecer um pouco da pequena Wadi Musa.

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8º DIA – 12 de dezembro de 2010. PETRA e AMMAN

 

De madrugada nevou em Wadi Musa. Não houve acúmulo de neve mas quando amanheceu estavam uns +2°c com um vento brutal!

Não deu! Como na verdade só faltavam as tumbas e a parte do grande templo para eu entrar (pois no dia anterior já tinha passado pelo exterior delas), resolvi ficar até mais tarde no albergue e esperar que esquentasse um pouco.

Sai lá pelas 10-11 da manhã e voltei a Petra. Fui lá nos locais que faltavam. Mas foi um sofrimento esse dia! Era muito vento, muita areia cortando meu rosto! Foi F!!! Mas deu para eu ver o resto todo!

Sinceramente, dá para ver Petra em um dia só! Mas tem que ser o dia completo! Tipo: O parque abre às 6 da manhã. Se você chegar lá às 7 dá para ver tudo até o final do dia, contanto que não lerde muito!!!

Mas caso tenha tempo fique dois, ainda mais se forem dias bonitos, o que não foi o meu caso!

De tarde (4 pm) sai um ônibus meio que especial para turistas em direção à Amman bem do centro de visitantes (4JD). Voltei ao albergue para pegar as bagagens e regressei à entrada de Petra para pegar esse ônibus.

Leva umas 4 horas para chegar na capital da Jordânia. No caminho pegamos uma tempestade de areia, dessas de filme mesmo. Tanto que o motorista teve que parar por uns 15 minutos porque não dava para ver coisa alguma a frente. Começava aí minha via crucis na Jordânia.

Quando o ônibus chegou em Amman, na garagem da empresa e não na rodoviária, havia uma horda de taxistas que mais pareciam aqueles somalis desesperados por comida quando chega uma missão humanitária da ONU com alimentos! Pois é! Nós, os turistas, eramos a comida!

Chegou um e saiu carregando minha mala para um lado, outro me puxou pelo braço para o outro e um terceiro pegou o papel com o endereço do meu hotel das minhas mãos! Um negócio bruto!

Depois de conseguir mais ou menos controlar a situação, escolhi um lá! Péssima escolha!!! Primeiro porque o cara queria me cobrar 10 JD e eu sabia que não passava de 4-5JD. Ofereci 5 e depois de uma negociação no rudimentar inglês dele ficou acertado 5JD.

Dái a surpresa, entrei no taxi, minha bagagem ficou no banco de trás e logo na sequencia entra no carro um outro cara, que eu já tinha visto lá fora mas me parecia um outro taxista apenas! Pois é! Tensão no ar! Agora era 1 contra 2! Já de sáida eles tentaram de toda forma fazer com que eu mudasse de hotel, disseram que meu albergue era ruim. (Nesse ponto eles tavam certos!) Mas, você chega num país árabe, de noite, chovendo e com pessoas que não falam sua língua... Tudo o que você quer é chegar logo num lugar que você considera seguro! Fui firme e disse que queria aquele albergue!

No meio do caminho eles ficavam conversando em árabe entre eles e rindo muito, soma-se que passavam por cada buraco que não dá nem para comentar! Uma hora um deles perguntou meu nome, eu disse: Fernando. Logo depois um deles disse o seu nome e fez menção para eu repetir. Era um nome demasiado longo e ao terminar de dize-lo tive a certeza de que o que eu havia acabado de repetir deveria ser algo bem sujo, do tipo pornográfico mesmo porque eles logo caíram na risada!

Finalmente chegamos a porta do albergue! Ruim mesmo! Mas a história com eles ainda não era finda! Ao ver que o parceiro dele já tirara minha mala do carro eu peguei uma nota de 5 JD e dei para ele. Saí do carro e o cara que tava atrás vira para mim e diz: “to me, give me two!”. Ah meu irmão! Agora que eu tava na porta do albergue e com a mala fora eu já tinha o controle... Comecei a indagar em inglês. “Dois para você porque?”. Logo fui interrompido pelo motorista que de dentro do carro disse: “Senhor? Você me deu uma nota de 1 JD”

Ah, meu irmão! Aí eu pirei! Por sorte eu havia visto muito bem que lhe entregara uma nota de 5JD e comecei a falar em inglês uma porrada de coisas: Que eles tavam pensando que eu era idiota para cair no golpe deles? Que eu tinha visto que eu dei uma nota de 5JD... E fui logo entrando no albergue sem nem olhar para trás!

O albergue (Bdeiwi Hostel) tinha uma péssima estrutura e eu não recomendo, mesmo sendo super bem localizado. Peguei um quarto sozinho e fui dormir! Ao menos tinha banho quente e uma boa internet wi-fi.

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9º DIA – 13 de dezembro de 2010. AMAN e RETORNO A ISRAEL PARA NAZARÉ.

 

Amanheceu um vento do cão, um frio pesado! Nevou também lá, mas a chuva logo fez derreter a neve!

Não tive coragem de sair cedo para explorar a cidade e mais tarde ao olhar para fora e ver que a chuva não parava brochei de vez!

Resolvi então voltar para Israel, sem ver praticamente nada da cidade. Só precisaria dar uma saidinha para sacar uma grana, já que o taxi até a fronteira perto de Jerusalém custaria uns 25JD.

Acabou que ao menos deu para eu ver o teatro romano, mas com a chuva que volta e meia apertava, desisti!

 

 

Amman tem por volta de 4 mil anos! É uma das cidades mais antigas do mundo mas, apesar de tudo isso, consta para mim como sendo a menos interessante capital de todo o oriente médio (eu ouvi essa opinião de algumas pessoas). De repente por isso eu não fiquei com tanto remorso de sair de lá sem ver muita coisa!

Saquei uma grana e chamei um taxi. Um passageiro que falava inglês tava saindo e me ajudou a conversar com o motorista que não falava praticamente nada de inglês. Fechei o preço em 25JD e passamos no albergue para pegar a mala.

Dessa vez, ao menos, o taxista me pareceu muito gente boa! Só que não falava uma única palavra em inglês!

Até que saindo do centro, Amman não me pareceu tão feia! Mas.... Ficará para uma outra, não tão certa, vez!

Não vou fazer maus cometários sobre a cidade e nem sobe o país. Eu não tive muita sorte e problemas com taxistas são coisas fáceis de acontecer. No Rio (minha cidade natal) são inúmeros os casos de gente trapaceada, assim como em Buenos Aires e etc... O que diferencia é que lá na Jordânia eu tava sendo trapaceado em árabe e aqui no Brasil em português, o que dá muito mais pânico! Rsrsr... Mas: Recomendo a Jordânia!!!

Até a fronteira foram uns 55 minutos! Chegando lá tem que fazer a saída da Jordânia e pagar uma taxinha, nada brutal, também é necessário pegar um ônibus que leva as pessoas até o ponto de imigração em Israel. Tem que pagar também por esse ônibus, creio que uns 4JD e mais 1JD para cada bagagem! Um roubo, se contarmos que a “viagem” não leva nem 10 minutos. Lembre: Eu paguei 4JD por uma viagem de 4 horas entre Petra e Amman, feita pela mesma empresa. No caminho o ônibus cruza o Rio Jordão, que nesse ponto masi parece um riacho e faz uma parada para uma checagem rápida do exército israelense no ônibu,s na qual todos devem sair e depois de finda a rápida vistoria retornar.

Chegando em Israel é necessário passar pelos procedimentos de imigração: Uma fila para uma checagem rápida do passaporte, onde sua bagagem é recolhida, uma outra para o raio X da bagagem de mão, uma outra para uma checagem mais rigorosa do passaporte com aquelas perguntas típicas (onde no final lhe dão um papel) e por fim, a última fila onde você mostra mais uma vez o passaporte e entrega aquele papel! Ufa! Depois disso e quase uma hora perdida você pega sua bagagem e dái sim, pode sair!

Ainda no posto de saída da Jordânia conheci um Mexicano com o mesmo nome que eu. Ele estava indo também para Nazaré, só que pegaria um ônibus. Eu disse que tava indo para lá também mas que iria alugar um carro. Perguntou se poderia ir comigo. Beleza!

Pegamos um daqueles já ditos taxis coletivos para Jerusalém e la na BudGet aluguei um I10 da Hyndai. Show de bola, custou 63 dólares por 2 dias e eu o poderia devolver em qualquer outra cidade de Israel, menos Eilat.

Cheguei tranquilo a Nazaré, graças ao meu celular que tem um GPS rudimentar, mas deu para o gasto!

Fiquei no albergue Fauzi Azar! RECOMENDO! O albergue fica bem central e é uma construção antiga! Show de bola! Bonito mesmo!!! Bons banhos, Wi-Fi, limpo e seguro!

Peguei um quarto coletivo com 10 camas! Para mim, tranquilo! Fui dormir! No dia seguinte eu tinha bastante coisa para ver!

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