Membros Este é um post popular. Flávio Garlet Reck Postado Maio 19, 2020 Membros Este é um post popular. Postado Maio 19, 2020 Fala minha gente! Então, vejo vários posts aqui sobre "mochilão baixa renda" com gastos de R$ 5k e eu ficava "eita, eu sei que consigo fazer melhor". E fiz. Resumo: Iniciei meu mochilão em Santa Maria (RS) no dia 16/01/2020, finalizei o mesmo em Santo Ângelo (RS) no dia 25/02/2020, no total foram 41 dias de viagem, gastei aproximadamente R$2.500,00. O transporte foi dividido entre pedir carona na beira da estrada, ônibus pago e ônibus gratuito (tenho ID jovem). Brasil: 50% de carona, 25% de ônibus pago e 25% de ônibus gratuito; Argentina: 90% de carona, 10% de ônibus pago; Chile: 90% de carona, 10% de ônibus pago; Peru: 100% ônibus pago; Bolívia: 100% ônibus pago (metade do trajeto foi de trem e não ônibus, porém pago). Plano original: Eu queria visitar San Pedro de Atacama, Machu Picchu, daí do Peru cruzar pro Brasil no Acre e ir descendo o Brasil, porém a passagem Cusco-Rio Branco é ABSURDAMENTE cara, o que me fez mudar de ideia e voltar pro Brasil cruzando a Bolívia. No final, essa acabou sendo minha rota: Equipamento: Eu não sou escoteiro nem nada, então meu mochilão não foi feito com as opções mais inteligentes, mas isso eu conto depois. Além de camisetas, Calças, moletons, jaquetas, levei uma barraca, isolante térmico e saco de dormir. Levei um mochilão de 45L que comprei na Amazon e uma mochila de costas mais velha que eu. Aqui está o aparato: Documentos: Além do passaporte, levei minha carteira de identidade e certificado internacional de vacinação da febre amarela (que supostamente é obrigatório na Bolívia, mas não me pediram...), numa doleira, levei R$2.000,00 em espécie Acomodação: Dos 41 dias de viagem, apenas em 4 eu fiquei em hostel, o resto, em Couchsurfing. Vamos para os perrengues? 16/01 - O início de tudo Para começar com o pé direito o meu mochilão, o dia amanheceu chovendo em Santa Maria (RS), estragando meus planos de pedir carona, mas como BR é teimoso, peguei um ônibus municipal até a estrada do mesmo jeito, o destino do dia era São Borja, na fronteira com a Argentina, onde já tinha confirmado minha pernoite em um couchsurfing. Descendo do ônibus, com um guarda chuva meio bosta que mais atrapalhava do que ajudava, estiquei meu dedão, mas não deu pra continuar com o guarda chuva, pois ele virava ao contrário a cada 30 segundos. A chuva não estava muito forte então resolvi guardá-lo. 5 minutos depois, para um carro (vocês verão nesses meus posts que é muito de boas de pedir carona no Brasil) Um casal super simpático que me deixou em Santiago, uma cidade na metade do caminho. Lá, comi um pastel num posto de gasolina antes de continuar minha jornada de esperar na beira da estrada. o que levou 7 minutos Um corretor de imóveis vindo do litoral (super longe) indo para São Borja para pegar a assinatura de um cliente que comprou uma casa na praia, conversamos a viagem inteira e ele me deixou na mesma quadra da casa do couchsurfing que eu ia ficar, super gente fina, ainda tirei foto com ele porque ele tem um amigo que o sonho é viajar de mochilão assim haha. Ou seja, cheguei no meu destino lá por 14:00, super cedo em quesito de carona, e passei o resto do dia na companhia dos meus anfitriões, fomos no porto comer pastel de peixe e beber cerveja. Portanto, terminei o primeiro dia assim: 6 3 Citar
Membros Este é um post popular. Flávio Garlet Reck Postado Maio 21, 2020 Autor Membros Este é um post popular. Postado Maio 21, 2020 17/01 - Entrada na Argentina O meu host se ofereceu pra me dar carona até a fronteira início da manhã, não tinha como recusar hahaha. Com isso, 7:00 eu já estava entrando na Argentina. Na fronteira mesmo já estiquei meu dedão, e logo uma camionete parou, que me levou uns 2 km até a ligação com a rodovia, já que ele ia para o outro lado. Meu destino esse dia era Corrientes, que eu também já tinha couchsurfing confirmado para a noite e para os dias seguintes, já que queria visitar a cidade. aí que começou um dos momentos mais demorados da viagem Uns 10 minutos se passaram sem que ninguém parasse até uma camionete parar, que eu descobri que era a mesma que tinha me deixado ali. "entra que eu vou te deixar em um lugar melhor pra 'hacer dedo' (como nossos hermanos se referem a 'pedir carona')" Andamos 1km e ele me deixou na entrada da cidade, antes de cruzar uma linha de trem, realmente, um lugar fantástico pra pedir carona, já que todo mundo reduzia por causa dos trilhos de trem. O problema era o trecho mesmo kkkkk, nessa região os Argentinos são muito desconfiados, e não dão muita carona, tanto que tive que esperar três horas e meia até que um homem parasse num Jetta. Meu plano era ir até Gob. Virasoro e pegar uma estrada que corta caminho, porém fui orientado pelo cara que me deu carona que nenhuma alma passava naquela cidade e que era melhor eu ir com ele até posadas e de lá pedir carona para Corrientes, bendito seja ele, porque foi mesmo. Rota pretendida e rota realizada, respectivamente. O cara era um louco no trânsito que a velocidade média da nossa viagem foi de uns 160km/h, aquele carro voava, chegamos 13:00 em Posadas, lá ele saiu da rota dele pra me deixar num lugar com posto policial, ótimo pra pegar carona. Lembra do "bendito seja ele"? A próxima carona demorou 10 minutos, nada mal comparado a 3:30, estava um sol de rachar, mas deu tempo de tirar uma foto bem de bloguerinha mochileira, que é a lá do primeiro post onde mostrei as mochilas. Essa carona aí era uma família, casal e um filho, voltando de férias até Mendoza, eles tinham muuuuuito tempo de viagem pela frente, e iam passar por Corrientes. Jackpot! 4 horinhas de viagem garantidas, mas eu ia chegar no meu destino. Muita conversa e tereré (Argentino é apaixonado por tereré) depois, eles me deixaram 2 quadras da casa da minha host do couchsurfing dos próximos dias, fui a pé e me encontrei com o pai dela, já que ela não estava em casa. Bati na porta e nada de me atenderem, bati mais umas 3x e nada, já começou o desespero, porque não tinha wifi, nem chip de dados e estava em um bairro residencial, portanto não tinha como descolar um wifi de alguma loja/restaurante. Vi que passei por uma tendinha (Isso tem de montes na Argentina, eles chamam de "kiosko", sã o micro mercadinhos, meio que uma versão bem reduzida de vendinha de bairro, que temos no Brasil), fui falar com a funcionária pra ver se ela deixava eu ligar pra minha host com o celular dela. Expliquei a situação e ela me disse que era pra bater bem forte que sempre tinha gente em casa nessa minha host. Bati bem forte e realmente, o pai dela me atendeu, fiquei quase 1 hora conversando com ele. Essa minha host é bem envolvida com carnaval de rua, então estava com umas amigas fazendo as fantasias, já que ela desfila e na semana seguinte era o carnaval lá. Depois disso, fui com ele buscar ela e a irmã, de carro com a cadelinha da família. Ficamos a noite inteira conversando e bebendo fernet com coca (outra coisa que Argentino adora), ela me mostrou o quarto que eu ficaria. Eu as vezes não consigo conceber a gentileza que as pessoas que hospedam no couchsurfing têm, porque essa família que fiquei hospedado é meio humilde, conversamos bastante sobre a situação econômica do país e tá feio por lá, mas mesmo assim minha host abriu mão do quarto dela pra dormir junto com a irmã e transformar o quarto no "quartinho do couchsurfing", com direito a banheiro próprio. Um amor: Enfim, fiquei lá por 3 dias, passei quase o tempo todo com a irmã da minha host, já que ela estava super envolvida com o carnaval. Em relação a comida, geralmente a família preparava tudo, eu me oferecia pra contribuir com os gastos, mas eles se negavam (geralmente com couchsurfing é assim), mas daí uma noite eu disse que ia fazer a janta, fiz pizza pra todo mundo e pão de alho, eles adoraram haha. Essa host eu já tinha conseguido confirmação quando estava em São Borja, daí conversando com ela, comentei sobre levar pesos argentinos, daí ela postou no instagram dela procurando alguém que queria comprar reais, pra ficar num câmbio melhor pra mim, e aquilo lá foi uma bênção, pois em 2 minutos ela encontrou uma amiga que ia viajar pro Brasil, e queria comprar meus reais. Seguinte: A Argentina estava (e ainda está) passando por uma crise horrível, então os cidadãos não podiam trocar mais do que o equivalente a 300 dólares por mês oficialmente, e ainda assim pagavam 30% de imposto, então essa amiga trocou o dinheiro comigo numa taxa ótima pra mim porque ela não estava pagando imposto e nem contando no limite. Para ter uma ideia, em Santa Maria (RS), R$ 1 = 11 ARS, em São Borja, na fronteira, R$ 1 = 15 ARS, com essa amiga, consegui trocar R$ 1 = 21 ARS, então meu dinheiro no país rendeu absurdamente, quando chegar no final da parte referente à Argentina, comento quanto gastei. Minha rota até então: 8 Citar
Membros Breno Medrado Postado Maio 28, 2020 Membros Postado Maio 28, 2020 Muito legal o roteiro!Continua contando!Coloque mais fotos. Citar
Membros Fátima Frasson Postado Outubro 28, 2021 Membros Postado Outubro 28, 2021 Flávio, termina de contar esse role haahahha está me matando de curiosidade. Citar
Membros gr3web Postado Janeiro 17, 2022 Membros Postado Janeiro 17, 2022 Amo viajar, já fiquei muito tempo dentro de casa jogando Free Fire o dia todo kkkk casando codigo ff https://gr3web.com.br/resgatar-codiguinho/ Agora eu quero é viajem como essas Citar
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