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  • 2 semanas depois...
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Em 21/06/2020 em 21:16, Jonatas Elias disse:

Gostei do relato, bem diferente da viagem que fiz à França em fev/2019. Achei bem corrido o roteiro, vocês conseguiram aproveitar bem?

Somente Paris que faltou pelo menos mais um dia para conhecer o que eu queria, mas não pela falta de tempo, e sim pelo cansaço. Deixei para conhecer a cidade no fim da viagem, e já não tinha tanta energia mais para acordar cedo e aproveitar melhor o dia. Ao longo de toda viagem foram cerca de 150 km de caminhadas, boa parte acompanhado de duas senhoras de mais de 60 anos, e isso foi pesando.

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26/01 – Ida definitiva para Paris

Último dia em Tours e, enfim, iríamos definitivamente para Paris. O trem já estava confirmado. O trecho de Tours à Paris foi um dos menos afetados pela greve, então não me causou muita preocupação. Acordamos um pouco mais tarde e fomos tomar café da manhã no hotel pela última vez. Depois ficamos matando tempo no quarto, pois o trem só sairia 12h34. Fizemos o check-out perto de 12h00 e acertamos o valor das taxas turísticas e café da manhã, que deu 54,20 euros para duas pessoas.

A viagem entre Tours e Paris dura pouco menos de 1h. A passagem havia sido comprada no Brasil por 14,60 euros por pessoa. Desembarcamos na Gare Montparnasse. Como era um pouco distante do hotel que escolhemos para ir caminhando puxando as malas, pegamos um Uber. O motorista era um senegalês bem simpático. Gostava de futebol e meteu pau no Neymar. A viagem deu 11 euros, mas como causei transtorno para ele por ter embarcado no carro em local não permitido, dei 20 euros ao todo. No começo ele achou estranho, mas expliquei para ele o porquê e ele aceitou feliz o valor a mais.

Pegamos quatro diárias no Familia Hotel. Foi com certeza o hotel mais simples da viagem, mas a diária saiu por um preço bom para o padrão intramuros de Paris, os quartos, apesar de pequenos, eram aconchegantes, havia elevador, e o mais importante, estava numa localização boa. Fica no 5º arrondissement, perto de duas estações de metrô e com vários restaurantes e atrações acessíveis a pé. Todas as diárias saíram por 1886,66 reais, pagos ainda no Brasil.

Como já era perto de 14h00, não tínhamos muita esperança de achar um restaurante próximo que ainda estivesse servindo almoço. Felizmente, praticamente ao lado do hotel havia um restaurante americano chamado Breakfast in America que funciona em horário corrido. O local estava lotado. Esperamos um pouco e entramos para comer. Ainda estavam servindo o cardápio do café da manhã, que vale por um almoço. Eu e minha esposa pedimos uns combinados que vinham salsicha, bacon, ovos, panquecas e outras coisas, bem no estilo americano. Era muita comida. Com as bebidas a refeição saiu por 40 euros.

Com a barriga extremamente cheia, fomos para a estação de metrô Cardinal Limoine. Compramos os tickets nos guichês eletrônicos. Tem um combo que 10 tickets que saem por 1,69 euros cada, contra 1,95 euros do preço normal. O metrô parisiense é enorme. Possui várias linhas, mas o Google Maps ajuda bastante quais delas pegar para chegar mais rápido no destino ou fazer menos baldeações. Iriamos para a estação Charles de Gaulle – Étoile, uma das mais próximas do Arco do Triunfo, local de começo do nosso passeio. No caminho, uma breve visão da Torre Eiffel.

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Não tínhamos intenção de subir no Arco do Triunfo, então ficamos contemplando ele a partir Av. des Champs-Élysées e tiramos algumas fotos. Depois seguimos pela avenida na direção da Place le la Concorde. Há muitas lojas no local, mas nem todas são de grifes, como eu imaginava. Caminhamos com tranquilidade e entramos em alguns estabelecimentos. Aproveitamos também para tomar sorvete na Häagen-Dazs.

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Já era noite quando chegamos na Place le la Concorde. Ficamos admirando o local, apreciando o Obélisque de Louxor e observando de longe a Tour Eiffel, que brilhava espetacularmente. Pretendíamos também entrar no Jardin des Tuileries para sair no Museu do Louvre, mas como o local estava mal iluminado, achamos melhor deixar para outro dia.

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Perto das 19h00, fomos para a estação de metrô Concorde e voltamos para próximo do hotel. Antes de subir e descansar, passamos em um mercado para comprar água e depois decidimos jantar, novamente no Breakfast in America. Dessa vez provamos os hambúrgueres do local. Deliciosos e bem servidos. A refeição para o casal saiu por 29,30 euros com as bebidas.

Gastos do dia:                                                                                           

54,20 euros de taxas e café da manhã no Hotel Kyriad Tours - Saint Pierre des Corps

29,20 euros em duas passagens de trem Tours -> Paris (R$ 146,97)

20 euros de Uber até o hotel de Paris

1886,66 reais em quatro diárias no Familia Hotel

40 euros de almoço no Breakfast in America

16,90 euros em 10 tickets do metrô de Paris

8,60 euros em dois sorvetes Häagen-Dazs

2 euros em mantimentos no mercado

29,30 euros em jantar no Breakfast in America

 

27/01 – Dia de conhecer a Torre Eiffel

O dia hoje seria para conhecer o Hôtel des Invalides e a Torre Eiffel. Devido ao cansaço acumulado da viagem, acabamos acordando um pouco mais tarde. Tomamos café da manhã no próprio hotel, que não estava incluído na diária. Não era buffet livre. Os funcionários traziam na mesa as bebidas quentes, suco, croissant, biscoitos, geleias e outras coisas. Não foi o melhor da viagem, mas valeu pela comodidade.

O tempo estava nublado e algumas vezes caiam pancadas de chuva. Seguimos para a estação do metrô às 10h30. Descemos na estação Varene, em rua lateral ao Hôtel des Invalides. O ingresso comprado na hora saiu por 12 euros por pessoa. Era uma das atrações que eu mais esperava na viagem. Sou fanático por história medieval e sabia que o museu contava com um vasto acervo sobre o tema. Mas com certeza o que mais me impressionou foi o acervo das duas Grandes Guerras Mundiais. A forma como são exibidas as peças deixa qualquer amante da história arrepiado. Elas retratam os acontecimentos no mundo que antecederam a Primeira Guerra Mundial até chegar à Segunda Guerra Mundial, mostrando as várias etapas dos conflitos e as frentes de batalha em uma ordem cronológica perfeita. Confesso que ver tudo aquilo me emocionou, tanto por ver nossa história quanto por imaginar o sofrimento que as pessoas passaram com tudo aquilo.

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Demos uma pausa no passeio e, para não perder tempo, almoçamos no Le Carré des Invalides, restaurante localizado dentro do complexo que compõe o Hôtel des Invalides. A comida não era grande coisa. Estava mais para um “bandejão”. A refeição para o casal saiu por 28,30 euros.

Faltava ainda visitar a Tumba de Napoleão Bonaparte. Pela grandiosidade do local vê-se a importância que o cara tem para a França. No fim, um passeio que estimei durar pouco mais de uma hora, durou três horas. E se pudesse ficaria muito mais tempo lá, mas tínhamos horário marcado para subir na Torre Eiffel.

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Fomos então caminhando para o Campo de Marte. Nessa hora a chuva deu uma trégua. Seguimos na direção da Torre Eiffel. Enfim pudemos apreciar com calma toda a beleza da Dama de Ferro. Tiramos várias fotos. À medida que nos aproximávamos da Torre, os ambulantes incomodavam cada vez mais, insistindo em vender seus produtos. E foi assim durante toda a permanência ao redor da torre.

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O horário agendado para a subida na torre era 16h30. Aproveitamos então para admirá-la a partir do Jardin du Trocadéro. Infelizmente a chuva voltou e com um pouco mais de força. Resolvemos então tentar a sorte e ir para a entrada da torre antes do horário. Cada ingresso custou 16,60 euros, comprados pelo internet, com direito a acessar por elevador o segundo andar. Não disponibilizaram ingresso para o terceiro andar no período da viagem. Não descobrir com certeza o motivo, mas parece que o ponto mais alto da torre estava passando por reformas. É possível subir até o segundo andar também por escadas. Paga-se um pouco mais barato por isso, mas o elevador foi uma mão na roda, ainda mais nessa altura da viagem em que eu já tinha passado dos 100 km de caminhada. Foram 150 km durante toda a viagem, segundo a smartband que uso.

Já no segundo andar, cada vez tinha mais certeza que não conseguiria ver o por do sol por conta do clima. Restou torcer para a chuva dar uma trégua, pois até tirar fotos do lado de fora estava difícil. Mas mesmo com o tempo desfavorável, era possível notar a beleza da cidade de cima da torre. Dava para observar o Jardin du Trocadéro, Campo de Marte, Hôtel des Invalides, Notre Dame, Arco do Triunfo, Basílica de Sacré Cœur e outras atrações. Quando escureceu a chuva voltou a aliviar de novo, e a cidade ficou ainda mais bela. Que espetáculo!

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Ao ir embora da torre, resolvi descer pelas escadas, enquanto minha esposa e as companheiras foram pelo elevador. Não se tem nenhuma visão privilegiada indo pelas escadas, mas é interessante para ver como é a estrutura da torre mais de perto.

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Procuramos jantar nos arredores da Torre. Fomos ao restaurante Il Grigio, de comida italiana. A vitrine não é muito chamativa, mas a comida é gostosa e o preço não é um assalto para a localização. Para duas pessoas saiu por 41,50 euros com bebidas inclusas.

Fomos para a estação do metrô École Militaire e retornar ao hotel para descansar.

Nesse dia percebi que os brasileiros, que eram escassos nas outras cidades que visitei, estavam aos montes em Paris. Na Torre Eiffel então, dava a impressão que eram a maioria.

Gastos do dia:                                                                                           

24 euros em dois ingressos para o Hôtel des Invalides

28,30 euros em almoço no Le Carré des Invalides

33,20 euros em dois ingressos para a Tour Eiffel (R$ 167,44)

41,50 euros em jantar no Il Grigio

 

28/01 – Palácio de Versalhes

Acordamos bem cedo hoje. Iríamos visitar o Palácio de Versalhes e queríamos chegar cedo para evitar muitos turistas. Por comodidade tomamos café-da-manhã novamente no hotel. Às 08h00 já estávamos na rua para pegar o metrô e depois o RER para a Gare de Versailles Chateau Rive Gauche, a mais próxima da entrada do Palácio de Versalhes. A linha, a RER C, era a mais problemática durante a maior parte da greve. Quase sempre estava paralisada. Mas felizmente, desde que retornamos para Paris, a greve não nos incomodou mais.

Comprei duas passagens com destino à Gare de Versailles Chateau Rive Gauche usando a máquina automática da estação de metrô próxima ao hotel. Cada uma saiu por 3,65 euros. Quando chegasse à estação do metrô que eu precisava descer para pegar a conexão do RER C, imaginei que teria que seguir as placas e já estaria na plataforma aguardando o trem. Mas não foi isso que aconteceu. Tivemos que sair da estação de metrô e entrar na estação do RER C, tudo sinalizado, mas foi necessário passar por nova catraca de validação de passagem. E a nossa já estava validade da estação do metrô. Pra evitar qualquer tipo de multa, preferi comprar mais duas passagens do RER C.

Chegamos a Versalhes por volta de 09h00. Os ingressos para o Palácio foram comprados ainda no Brasil, ao custo de 20 euros por pessoa. Depois de uns 10 minutos caminhando, estávamos na fila para quem já tinha o ingresso. E que fila! Se estava assim na baixa temporada, imagina na alta. Depois de 30 minutos pegando um vento forte, finalmente entramos no Palácio.

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Que lugar maravilhoso. É incrível a riqueza de detalhes das paredes, teto, dos móveis... A Galeria dos Espelhos é provavelmente o local mais espetacular do interior do Palácio. Cerca de uma hora e meia depois, fomos para o lado de fora do Palácio. A temperatura não era tão baixa. Estava na casa dos 10 ºC, mas o vento causava uma sensação muito ruim. Era forte e constante. Não deu trégua durante todo o passeio. Minha esposa, que resolveu ir sem cachecol porque tinha sol, sofreu bastante com isso.

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Os jardins são imensos, mas por conta do inverno várias esculturas e plantas estavam cobertas, o que deixou a paisagem um pouco sem graça. As fontes, espetaculares, estavam desligadas, mas pelo menos estavam descobertas. Os espelhos d’água são enormes.

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Para fugir do vento, entramos no restaurante La Flottille, localizado nos jardins do Palácio, antes de começar a servirem o almoço. Pedimos um café para esquentar um pouco o corpo. E a calefação no local também foi um alívio. Pontualmente ao meio dia iniciaram o serviço de almoço. Nesse dia chutei o pau da barraca e comi muito. Para mim, pedi um prato com carne de pato e um “foie gras” para experimentar. O pato estava delicioso. O “foie gras” não era ruim, mas não era algo que dava prazer em comer. Ainda tomei parte da sopa da minha esposa. A conta do casal saiu por 60,30 euros.

Perto do restaurante passava o Petit Train Trianon, que roda todo o complexo do Palácio de Versalhes. Queríamos ir ao Grand Trianon. Não estava longe do restaurante, mas depois teríamos que fazer todo o percurso de volta ao Palácio a pé, e com o vento forte não seria algo tão prazeroso. Infelizmente não era possível comprar o ticket direto com o condutor, que era vendido apenas no quiosque próximo do Palácio. O preço por pessoa é de 8 euros.

Embarcamos no Petit Train e alguns minutos depois estavam no Grand Trianon, um palácio menor que Luis XIV mandou construir para se isolar da corte. O local é muito bonito, com os cômodos decorados. Vale a pena o deslocamento. E como já estávamos perto, fomos também ao Petit Trianon, que é bem mais sem graça.

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Após, retornamos com o Petit Train para o Palácio de Versalhes e de lá seguimos para a estação para pegar o RER de volta a Paris. Deixamos o Palácio às 15h00 e ainda era impressionante o tamanho da fila para entrar nele. Fizemos uma conexão com o metrô e às 16h30 já estávamos de volta ao hotel. Ainda dava tempo de fazer alguma coisa, mas o cansaço era maior que a vontade e ficamos descansando no hotel até a hora do jantar.

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Já era nosso 12º dia de viagem e minhas companheiras, que não são tão corajosas em provar comidas e temperos diferentes, já estavam com saudade da comida brasileira. Fiz uma rápida pesquisa e encontrei alguns restaurantes de comida brasileira em Paris. O que pareceu mais original e um dos mais perto do hotel foi o Sabor da Roça. Ficava a menos de 20 minutos caminhando. Foi nossa escolha. A dona é uma brasileira, que por coincidência cresceu na mesma cidade que eu, Taguatinga/DF. Esqueci o nome dela, mas é uma simpatia de pessoa. Pedimos uma moqueca de peixe, tábua de carnes, pudim e bebidas. Tudo bem gostoso. Minha parte e da esposa saiu por 52,50 euros.

Antes de voltar para o hotel, caminhando, paramos em um mercadinho para comprar um pouco de água. Depois, finalmente pudemos descansar.

Gastos do dia:                                                                                           

14,60 euros em quatro passagens no RER Paris -> Versalhes

40 euros em dois ingressos para o Palácio de Versalhes (R$ 201,40)

60,30 euros em almoço no La Flottille

16 euros em duas passagens no Petit Train Trianon

7,30 euros em duas passagens no RER Versalhes -> Paris

52,50 euros em jantar no Sabor da Roça

0,75 euros em Água no mercado.

 

 

29/01 – Museu do Louvre

A única atração definida para o dia seria a visita ao Museu do Louvre, que estava marcada para as 16 horas. Então como não tínhamos maiores obrigações, acordamos mais tarde. Dessa vez não tomamos café da manhã no hotel. Deixamos para comer no Café Le Petit Cardinal, localizado bem próximo ao hotel. Minha parte e da esposa saiu por 10 euros.

De lá partimos para a estação de metrô e descemos na região da Rue Bonaparte, onde havia uma loja Citypharma que minhas companheiras queriam conhecer. Orientei-as em qual direção ir a outras lojas depois e segui em uma caminhada solo para conhecer partes de Paris que ainda não havíamos visitado.

A primeira parada foi na Église de Saint Germain des Prés, que nem sabia que estava tão perto. Achei-a meio que por acaso, enquanto seguia em direção ao Rio Sena. A entrada é gratuita, então aproveitei para dar uma olhada em seu interior. É a Igreja mais antiga de Paris ainda de pé. Seu estilo, românico, contrasta com um interior bem colorido.

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Segui para o outro lado do Rio Sena e dei de cara com o Museu do Louvre. É enorme. Tirei algumas fotos externas e segui para o Jardin des Tuileries, agora com luz do dia. O jardim é bonito, mesmo no inverno. Havia bastante gente caminhando por ele.

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Voltei para o Rio Sena e segui por sua margem até a Île de la Cité. No caminho, muitas pessoas querendo assinatura de petições. São bem insistentes e tentam se comunicar em diversos idiomas. O jeito é ignorar e fingir que eles não estão ali que uma hora de largam. Já na Île de la Cité, minha intenção era entrar na Sainte-Chapelle, mas confesso que a fila que se formava do lado de fora e o custo de 10 euros me fizeram mudar de ideia. Voltei então para a margem direita do rio para poder ver o Hôtel de Ville, a prefeitura de Paris.

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Retornando à Île de la Cité, enfim pude ver a fachada da Catedral de Notre-Dame de Paris. É uma pena que o incêndio destruiu o local. Com certeza estava na lista dos monumentos que eu mais queria conhecer no mundo. Mesmo destruída ainda havia bastante turistas ao seu redor.

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Fui para a margem esquerda do Rio Sena em direção ao Le Jardin du Luxembourg. Atravessei-o todo e segui até a Rue de Rennes para se juntar com minhas companheiras. Paramos para almoçar no Le Trait d’Union. A comida era boa. Minhas companheiras pediram uma pizza cada, que era enorme. No fim, comi minha refeição e a pizza da minha esposa. O valor do casal saiu por 40,60 euros. Saímos do restaurante e iriamos bater pé pelas lojas enquanto chegava a hora de visitar o Museu do Louvre, porém a região foi tomada por policiais que se preparavam para uma manifestação por conta da greve que ocorria na França. Para evitar qualquer emoção e chance do metrô ser paralisado, fomos para a estação mais próxima e seguimos para o Museu.

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Ainda faltava mais de uma hora para o horário marcado no Museu, então ficamos tirando algumas fotos da área externa. Como estava começando a esfriar, fomos até a entrada da pirâmide de vidro pedir para entrar antes do horário marcado. O funcionário liberou sem problemas. Compramos o ingresso no Brasil, ao preço de 17 euros por pessoa. Na época ocorria uma exposição sobre Leonardo da Vinci. Como o valor era o mesmo, incluímo-la no ingresso.

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O Museu do Louvre é o maior do mundo, contando com coleções diversas, e tem potencial para agradar qualquer pessoa que tenha um mínimo apreço por cultura. Confesso que não tenho tanto interesse em pinturas, mas gosto muito de esculturas e artefatos históricos. E isso o Museu tem aos montes. Na verdade é tanta coisa exposta que é possível gastar o dia todo lá. E não é exagero.

Começamos o passeio pela exposição do Leonardo da Vinci. Sinceramente, para quem não é amante de pinturas e suas técnicas, meu caso, a exposição tende a ser bem sem graça. Fizemos uma passagem rápida e seguimos para a exposição permanente do Museu, essa sim espetacular.

Por conta do tamanho do Museu, tracei uma estratégia de visitação. O foco era principalmente as seções com artefatos das civilizações da Antiguidade. Também pretendíamos ver a “tal” da Monalisa. Iniciamos pelo setor de Antiguidades Gregas, Romanas e Etruscas. Aqui estão, provavelmente, as mais belas esculturas do Museu. São muitas, e algumas saltam aos olhos de tão impressionantes.

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Seguindo os corredores chegamos ao setor de Antiguidades Egípcias. Um espetáculo. Podemos ver diversos sarcófagos, esfinges, restos de templos egípcios, estátuas, múmias, papiros, etc. Havia artefatos com cerca de seis mil anos de idade!

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Eram tantas salas e corredores que às vezes nos perdíamos. Acabamos parando, meio que ao acaso, num setor com diversos artefatos da Idade Moderna francesa, com várias mobílias, artes e joias pertencentes à nobreza da França e seus palácios. Esse setor revigorou as forças da minha esposa para caminhar, que gosta bastante da temática por conta dos diversos seriados de época que ela vê.

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Encontrar a Monalisa é provavelmente a tarefa mais fácil do Museu. São diversas placas indicando seu caminho. Assim, chegamos à sala onde ela se encontrava. Havia uma fila para poder chegar mais próximo da pintura. Minhas companheiras, que pareciam ser as mais interessadas na obra, não quiseram encarar a fila. Então usei o zoom da câmera e aproveitei minha altura para tirar uma foto do quadro à distância.

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Minhas companheiras já estavam cansadas, então fiz um acordo com elas. Propus de elas me aguardarem na saída do Museu enquanto eu iria visitar outras seções. Ainda queria ir ao setor das Antiguidades do Oriente Próximo, com coleções das civilizações existentes na Mesopotâmia, Levante e Pérsia. As coleções egípcias eram espetaculares, mas é difícil descrever a sensação que tive ao ver os artefatos do berço da civilização. Senti-me no “fantástico mundo de Pedro”. Desde criança sempre tive um fascínio por tudo isso. Lia enciclopédias sobre o tema desde os seis anos de idade. Ver o código de Hamurábi, exemplares milenares de escrita cuneiforme, restos de palácios persas, esculturas com cerca de nove mil anos de idade, como a Estátua de Aïn Ghazal... Só de lembrar dá vontade de voltar ao Museu o mais rápido possível para poder ver tudo de novo.

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Depois de mais de 4 horas deixamos o Museu, com a certeza de que não vimos metade do que havia no acervo. Voltarei para Paris um dia, e com certeza haverá um retorno ao Museu do Louvre. Na saída tivemos uma bela visão da área externa do Museu iluminada e da Torre Eiffel, que podia ser apreciada de longe.

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Cansados e com fome fomos para a estação do metrô. Descemos em uma estação próxima do restaurante Sabor da Roça. Gostamos tanto da comida que resolvemos voltar nele novamente. Dessa vez a refeição para o casal saiu por 40 euros. Depois de finalizada a refeição, ficamos batendo papo por um tempo com o pessoal do restaurante. Já passava das 22h00 quando saímos de lá.

Quando chegamos ao hotel aproveitei para organizar nosso transfer para o aeroporto no dia seguinte. Precisei adiantar 32 euros de um total de 72 euros.

Obs: aproveito o momento para tecer alguns comentários sobre os “perigos” de Paris. A coisa que mais li foram a respeito foram os batedores de carteira e os golpes “pega turista”. Meu amigo do trabalho que havia ido à Paris dois meses antes de mim disse a mesma coisa. Sinceramente, achei a cidade bem tranquila para o porte dela. De noite nós andamos na região da Torre Eiffel, fizemos a Champs-Élysées até o Jardin des Tuileries, andamos na região do Louvre e também nas ruas próxima ao hotel em que estávamos. Não houve qualquer momento em que nos sentimos ameaçado. E foi assim na França inteira. Se forçar muito a barra, poderia citar as pessoas mal encaradas na Gare Saint Charles em Marselha.

Gastos do dia:                                                                                           

10 euros em café da manhã no Le Petit Cardinal

40,60 euros em almoço no Le Trait d’Union

34 euros em dois ingressos para o Museu do Louvre (R$ 170,30)

3,20 Água

40 euros em jantar no Sabor da Roça

32 euros em transfer para o Aeroporto Charles De Gaulle

 

30/01 – Última dia

Diferentemente das outras viagens que fizemos para a Europa, que o voo de retorno foi no início da manhã, nosso voo para o Brasil sairia de Paris apenas às 21h30. Na teoria teríamos o dia quase todo para fazer alguma coisa. Infelizmente o clima não ajudou na maior parte de dia.

A manhã começou com chuva. Não era forte, mas o suficiente para atrapalhar qualquer caminhada. Meu plano inicial era acordar bem cedo e pegar o metrô até a estação mais próxima da Basílica de Sacré Cœur, para conhecê-la, e depois voltar caminhando para o hotel. Mas não deu.

Fizemos o check-out no hotel e pagamos pelo café da manhã de dois dias e taxas. Perto das 10h00, com a chuva dando uma trégua, fomos tomar café da manhã novamente no Le Petit Cardinal. Minha parte e da esposa saiu por 10 euros. De lá, pegamos o metrô até a estação La Muette. Precisamos comprar mais dois tickets de metrô, ao custo de 1,95 euros cada.

A região que fomos possuía algumas lojas de nosso interesse. Conseguimos ir a uma, mas foi só sair dela que a chuva voltou a engrossar. Entramos em uma garagem subterrânea e aguardamos por quase uma hora. Já batendo a fome, procurei um restaurante próximo. Mesmo com a chuva, saímos em disparada e entramos no Restaurant Le Bois. Pedi um prato de carne com molho béarnaise e batatas grelhadas e minha esposa um hambúrguer no prato com acompanhamentos. Tive a chance de experimentar escargot, mas na hora amarelei. A comida estava deliciosa. O atendimento foi impecável. O casal de cozinheiros veio pessoalmente perguntar o que achamos da comida. Mais uma vez o francês preocupado em servir comida de qualidade. A conta deu 58,60 euros para o casal.

Como a chuva ainda continuava, desistimos de qualquer programação e pegamos um metrô de volta ao hotel. Ainda queria ir ao Museu do Quai Branly, mas não havia estações de metrô tão próximas para evitar que chegássemos encharcados a ele.

No hotel ficamos aguardando por um tempo na recepção. Quando a chuva pareceu ter ido embora de vez, aproveitamos para comprar algumas coisas antes de ir embora. Demos uma passada em um Carrefour próximo e compramos umas 20 barras de chocolates. Tem uns chocolates da marca Côte d’Or que são uma delícia. Infelizmente são difíceis de achar no Brasil, e quando acha custa uma fortuna. Depois segui com minha esposa para mostrar para ela o que sobrou de Notre Dame. Também entramos em algumas lojas de souvenires, onde aproveitei para levar algumas coisas para a família.

Às 17h00 nosso transfer chegou ao hotel. No caminho para o aeroporto o motorista passou em outro hotel e pegou um casal jovem espanhol, que não estavam no local na hora marcada. Não sei se eles eram inimigos do banho, mas a moça sentou do meu lado e estava num cheiro de asa terrível. Parecia que não conhecia desodorante. Por conta do atraso do casal, o transfer pegou um trânsito bem pesado. Eles quase perderam o voo. Nós ainda chegamos ao aeroporto com duas horas e meia de antecedência.

Depois de passar pelo despacho de bagagem, migração e controle de segurança, finalmente nós estávamos na sala de embarque. Não havia muitos locais para comer, então pegamos uns lanches na loja Relay existente no aeroporto.

Às 21h30 coloquei o telefone em modo avião. Já estávamos na iminência de decolar e deixar para trás um país espetacular, e não a toa, o mais visitado do mundo.

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Gastos do dia:                                                                                           

37 euros de taxa e café da manhã no Familia Hotel

10 euros em café da manhã no Le Petit Cardinal

3,90 euros em duas passagens no metrô

58,60 euros em almoço no restaurante Le Bois

4 euros em transfer para o Aeroporto Charles De Gaulle (72 euros no total)

10,70 euros no Relay do Aeroporto Charles De Gaulle

 

Contabilizando os gastos:

Para as despesas pagas em euro em espécie, utilizei a cotação de 1 euro = 4,65 reais para conversão. Considerei 1 CHF = 1 euro para facilitar as contas com as despesas na Suíça em espécie. Para as despesas pagas em euro no cartão, considerei o IOF e o valor de fechamento da fatura. Após o fim da viagem, os gastos totais ficaram o seguinte, lembrando que são relativos ao casal:

  • Hospedagem: 8 CHF + 413,30 euros (220 euros em duas diárias e 193,30 euros de taxas e café da manhã não incluídos na diária) + 4.681,01 reais em 12 diárias pagas no Brasil = 6.640,05 reais;
  • Passagens aéreas: 4.995,38 reais do trecho internacional + 758,62 reais do trecho nacional = 5.754,00 reais
  • Seguro de viagem: 259,02 reais para duas pessoas; 
  • Passagens de trem de longa distância: 480,20 euros (194 euros pagos na viagem e 1.456,00 reais pagos no Brasil). Total: 2.358,10 reais;
  • Transporte público e transfer: 129,30 euros de táxi/transfer e 76,30 de metrô/trem = 956,04 reais;
  • Refeições: 68,30 CHF + 847,10 euros = 4.256,61 reais (média de 65,38 euros por dia);
  • Atrações: 7 CHF + 252,20 euros (145 euros pagos na viagem e 539,14 reais pagos no Brasil). Total: 1.245,94 reais;
  • Carro alugado: 225,96 euros (1.146,14 reais) de aluguel + 20,10 euros de estacionamento + 25 euros de gasolina. Total: 1.355,85 / 2 = 677,92 reais;
  • Outros gastos (mercados, celular, água...): 4,05 CHF + 62,27 euros = 308,38 reais.

Houve o pagamento de uma diária a mais que o previsto, devido à impossibilidade de chegar a Carcassone. A diária de lá já estava paga e não consegui o ressarcimento. Esse imprevisto também resultou numa compra de passagem de trem adicional. No fim, tive um gasto não esperado de 252 euros, ou 1.171,80 reais.

O gasto médio por dia com refeição para duas pessoas ficou ligeiramente mais baixo que da nossa viagem para a Itália. Considerei para as contas 14 dias de viagem. Ficou dentro do valor estimado.

As despesas com os carros alugados foram divididas por dois, então somarei no valor total da viagem metade do valor.

Somando tudo, a viagem nos custou cerca de 22,4 mil reais para duas pessoas, desconsiderando os gastos com coisas supérfluas que compramos. No fim, dos 2320 euros que levamos em dinheiro, ainda sobrou 190 euros, e o cartão de crédito só foi utilizado para compras de passagens de trem não previstas e despesas extras com o aluguel dos carros. Se retirasse o gasto a mais que tive por não conseguir chegar a Carcassone, o valor total da viagem seria cerca de 21,3 mil reais para duas pessoas.

 

Espero que tenham gostado do relato. 

  • Amei! 3

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