Membros fabitasca Postado Março 22, 2020 Membros Postado Março 22, 2020 Salve galera! 🤗 Passando pra deixar meu relato de viagem bem detalhado – em termos do planejamento e da alimentação- para ajudar os demais colegas mochileiros e celíacos. Sempre pego dicas aqui e gostaria de retribuir. Esta foi a nossa 4ª roadtrip pela América do Sul, totalizando agora 33 mil km rodados \o/ . Por sorte fomos antes do corona vírus chegar à América do Sul, então nossas férias ocorreram dentro da normalidade. Alguns detalhes abaixo (se você só quiser ler sobre a viagem em si, adiante 2 casas). CARRO: Fomos de Creta 1.6, em 4 pessoas. O porta-malas tem 431L, é grande.. mas como estávamos em 4 pessoas por 30 dias, optamos por comprar um bagageiro de teto (370L) pra ficar mais confortável. Compramos um usado na internet da marca Thule (R$ 350). Planejamento: Começamos a planejar a viagem com 4 meses de antecedência. Fomos lendo os relatos e pesquisando as atividades considerando o verão.. e assim estimando o tempo necessário para cada cidade. Reservamos todas as hospedagens em dezembro.. Já havíamos feito metade deste roteiro em 2015 e, em algumas cidades, foi muito difícil encontrar estadia sem reserva.. então optamos por não ser surpreendidos e reservamos em todas. O roteiro ficou assim: Floripa à Uruguaiana = 1 dia (viagem) Uruguaiana à Santa Rosa (AR) = 1 dia (viagem) Santa Rosa à San Martin de los Andes = 3 dias ( 1dia de viagem, 1 dia para ir ao Parque Nacional Lanín e 1 dia para conhecer o Centro de San Martin); San Martin de los Andes à Bariloche = 2 dias (1 dia de viagem, já fazendo a rota dos 7 Lagos, e 1 dia para o Circuito Chico); Bariloche à Futaleufú (CH) = 1 dia (viagem) Futaleufú à Coyhaique = 1 dia (viagem com parada no Parque Nac. Queulat) Coyhaique à Puerto Rio Tranquilo = 2 dias (1 dia para conhecer a cidade e outro para fazer o passeio às Capelas de mármore). Puerto Rio Tranquilo à El Chalten (AR.)= 4 dias El Chalten à El Calafate = 2 dias (1 para o Centro e outro para o Perito Moreno), El Calafate à Puerto Natales = 3 dias (1 de viagem, 1 para o Trekking Base Torres e 1 dia para a cidade); Puerto Natales à Ushuaia = 4 dias (1 de viagem, 2 para a cidade e 1 para o Canal do Beagle e Parque Nacional da Terra do Fogo), Ushuaia à Puerto San Julian = 1 dia (viagem) Puerto San Julian à Puerto Madryn = 2 dias (1 de viagem e outro para Punta Tombo + cidade); Puerto Madryn à Santa Rosa = 1 dia (viagem) Santa Rosa à Uruguaiana = 1 dia (viagem) Uruguaiana à Floripa = 1 dia (viagem) Os roteiros realizado x planejado tiveram variações.. alguns passeios foram modificados, mas escrevo esses detalhes na descrição de cada dia. Todos os pontos turísticos seguem no arquivo anexo. Aplicativos: Utilizamos o app. Maps Me, que permite navegar off-line e indica vários pontos turísticos.. Eu já tinha selecionado os pontos que iríamos visitar, salvei no google Earth (.KMZ) e abri no app. para auxiliar nas rotas. Usamos o app. da YPF para verificar onde tinha postos de gasolina.. raramente usamos este app, tinha postos por todo o trajeto. Nenhum aperto com relação à gasolina. Alimentação Gluten Free: Tivemos um celíaco na trupe (eu). Todo celíaco sabe que não basta a comida ser ‘sem glúten’, não pode haver nenhum traço de glúten, então são muitos os cuidados na cozinha.. celíaco não pode comer em qualquer lugar.. pode até estragar a viagem. Neste site é possível imprimir os cartões sobre os cuidados na cozinha :http://www.celiactravel.com/cards/ (diversos idiomas). Em geral, a Argentina é bem servida de opções e produtos, muitos restaurantes sabem os cuidados, ao contrário do Chile, onde o desconhecimento é maior. Levamos uma mala com produtos industrializados sem glúten (macarrão, tapioca) e compramos mais no caminho. Além de 2 panelas e utensílios sem glúten. Lembrando que tem restrições para passar nas fronteiras, alimentos industrializados são permitidos (e sempre senti muita empatia nas fronteiras: buena suerte ). Os trajetos eram longos, então acabávamos ficando sem almoçar, comendo a comida sem glúten que tínhamos no carro ou lanche nos postos. Gastos: Estimei o gasto total da viagem em R$ R$11.187 por casal. Eu e o marido gastamos R$ 13.670..até que foi uma boa estimativa (mas já cheguei mais perto!). Onde mais errei: Alimentação na Argentina.. Considerei R$120/dia, mas gastamos ARS 3154 (quase R$205/dia). A alimentação estava mto cara! Por outro lado, nossos gastos com alimentação no Chile foi quase a metade (fizemos mais janta, pois a comer fora está muito, muito, mas muito caro). E sempre tem a gorjeta incluída no preço, geralmente 10%. Alguns passeios desistimos no decorrer da viagem e outros tiveram um pequeno acréscimo anual. Para os hotéis já sabíamos os gastos, e houve variação na gasolina (nafta), gastamos pouco mais de pesos argentinos e bem menos de peso chileno. A média de preço da gasolina estava ARS 48 no sul e AR$60 mais pro norte. Já a média de gasolina no Chile estava quase a mil pesos chilenos (Acertei na média..só errei o total de gastos em cada país). Esse valor da gasolina foi para cada casal! Tivemos gastos que eu não havia colocado na estimativa, como um extintor (AR$560 para cada casal), cartão da claro (AR$300), estacionamento (AR$80), lavação de roupas (AR$450). Câmbio: No planejamento consideramos a cotação de R$1 = ARS 14,34 e R$1=CLP185,85.. Lá nas cidades não conseguimos uma boa cotação no câmbio chileno (R$1=CLP166), mas no peso argentino quase igual (R$1 = ARS 15). Levamos em reais e dólares e fomos trocando conforme necessidade..além de levar pesos argentinos pro começo da viagem. Fizemos câmbio em Bariloche (na rua mesmo, tá cheio), Ushuaia (loja de ursinho de pelúcia na Av. San Martin) e Puerto MAdryn). Quantidade de Roupas: Tá aí um item difícil.. Minhas sugestões para 30 dias: Para este roteiro deve ser levado tanto roupas para calor como frio. Levei roupas que não usei (calor) e senti falta de roupas de frio. Acontece que já havíamos ido pra Ushuaia em 2015 e estava calor.. nessa vez estava frio.. para a mesma época do ano! Pegamos 2 casas no airBnB que tinham máquina de lavar roupa, além de termos lavado em El Chalten, então acho que não precisa levar roupa pros 30 dias cravados. A quantidade de roupas depende do roteiro também.. o nosso tinha muita trilha. Levei 2 calças jeans, 1 calça térmica, 1 calça para trilha e outra calça que servia tanto pra trilha como pro dia a dia. Foram suficientes. Camisas: usei regata por poucos dias, acho que camisas com manga curta são mais indicadas, mais algumas camisas de manga longa.. Levei no total umas 12 camisas. Levei 2 casacos grandes (1 só era suficiente, obviamente).. Sapatos: levei 2 botas de trilha (óbvio que só 1 era suficiente), 1 sandália e 1 chinelo. Levei 2 vestidos.. desnecessários tb. Itens obrigatórios: Carta verde (Argentina) e SOAPEX (Chile). A carta verde foi gratuita no nosso seguro do carro e fizemos o soapex no site: https://www.hdi.cl/ . Também é obrigatório portar 1 cambão e 2 triângulos.. Chegaram a nos parar e pedir, mas estávamos com tanta bagagem que disseram que não precisava mostrar. Mas quando pediram extintor de incêndio (Argentina), fomos pegar e pra nossa surpresa o carro não tinha, já que não é mais obrigatório no Brasil. O policial enrolou, enrolou..querendo pedir propina.. enrolou.. Nós dissemos que queríamos pagar a multa oficial, que é estipulada na hora pelo policial com base no valor do preço da gasolina (uma faixa de valores grande).. Essa dica pegamos após nossa última viagem (São Pedro de Atacama), na qual inventaram uma infração.. Se isso acontecer, dizer que quer pagar a multa oficial, nda de pagar direto pra eles. Nesse caso ele estaria certo em nos aplicar a multa, nós apenas dissemos que queríamos pagar oficialmente, dispensamos o favor que ele nos queria fazer de pagar direto pra ele a um valor mais baixo. Como ele estava sozinho e nós em 4 pessoas que ficaram olhando fixamente pra ele -e com celular na mão- ele liberou a passagem sem nenhum pagto desde que comprássemos extintor. Paramos no primeiro posto que achamos e compramos a AR$1120 (essa foi cabacice nossa!). Também é obrigatório portar carteira de identidade (feita nos últimos 10 anos) ou o passaporte. Um item ‘quase-obrigatório’ é o seguro saúde, melhor ter para prevenir qualquer problema. Carreteira austral 2020.kmz Turismo.kmz 3 1 Citar
Membros fabitasca Postado Março 22, 2020 Autor Membros Postado Março 22, 2020 DIA 1: Floripa à Uruguaiana = (só viagem) – 1081km Iniciamos nossa viagem dia 25/01. Dia só de estrada, cansativo. Apresentando a trupe: eu e meu marido, (o barbudo!) e um casal de amigos (Rafa e MAri). Carro saindo cheiaço! Hospedagem em Uruguaiana : Airbnb: https://www.airbnb.com.br/trips/v1/3b62a1ac-dcc4-4d8a-adbf-2732fb8bcf05 (espetacular! Muito espaçoso) Dia 2: Uruguaiana à Santa Rosa (AR) = (só viagem) – 1192km Eis aqui o dia mais cansativo de viagem.. não chegava nunca. Não conseguimos dividir em mais dias.. mas acabou valendo a pena dar essa pernada. Importante: Maioria dos Postos de gasolina tem alguma opção sem glúten. Resumo da paisagem do dia: Dia 3: Santa Rosa à San Martin de los Andes (só viagem) – 980km Dia de viagem também, mas tem um pouco mais de turismo no caminho. Passamos por dentro de um deserto (Cruce del Desierto).. que é bom pra fazer bastante xixi no caminho e bater fotinho na estrada. Tem posto no caminho! Tem também polícia.. no meio do nda (nada mesmo!) que param pra pedir seus docs e conversar com alguém (segundo eles). Mais ao sul do caminho, a 200km de San Martin, passamos por cidadezinha que não sei o nome, onde tem o Monumento a Piedra del Águila (província de Neuquén), que dá nome ao famoso chocolate da Argentina - Águila. Nessa cidade também tem uma cadeia de montanhas.. onde uma parece uma cabeça de gorila e outra de leão.. Mas não batemos foto, tinha muita estrada ainda.. O lado ruim dessas viagens cansativas é que muita coisa queremos passar batido pra não perder tempo. 4 Citar
Membros fabitasca Postado Março 22, 2020 Autor Membros Postado Março 22, 2020 Dia 4 à San Martin de los Andes (SMA) Oficialmente este é o primeiro dia de turismo. Aproveitamos pra conhecer o Centro de SMA, o Lago Lácar (o 1º da rota dos ´7´lagos) e a casa de chá Arrayan. O Centro de SMA é muito charmoso.. que lugar sensacional!!! Clima bem de vilarejo.. As vias principais são a avenida San Martín e a rua General Villegas, que concentram praticamente todos os restaurantes e serviços. Já na visita ao lago Lacar fomos surpreendidos por muito, muito, muito vento.. Fomos em casa trocar de roupa para continuar o roteiro. Primeiro contato com os ‘ventos patagônicos’. San Martin tem aqueles bares que daria de ficar o dia todo sentado.. A tarde, visitamos a casa de chá Arrayan, um patrimônio histórico de San Martin de los Andes. Na subida até lá tem vários mirantes e vistas sensacionais. Estava lotada quando chegamos, então deixamos nosso nome na lista e eles avisam por um dispositivo eletrônico, que fica conosco, quando chega nossa vez. Fizemos uma pequena trilha em volta da casa e também aproveitamos pra bater fotos da linda vista que tem lá de cima. Acho que a visita é super válida, o chá é delicioso, o ambiente muito caseiro e confortável.. para celíacos há um alfajour sem glúten muito gostoso! Opções sem glúten em San Martin de los Andes: ➡ Zen Tea- Av. San Martin, 436 ➡ Casa de chá Arrayan (ponto turístico)– opções Sem glúten - Circuito Arrayan KM 4.5 ➡ Fiambreria San Jorge (Pérez 891) - maquina fiambres exclusivas ➡ Carlota Carof - Goñi 16 local 2 (tem empanadas e muitos alfajores!!!) ➡ Ku parrilla - Avenida San Martin 1053 ➡ Chocolates Mamuska (grande variedade de chocolates sem glúten) - tem no Centro ➡ supermercados la anónima - com boas opções, ➡ Outras opções indicadas por celíacos: Cafe Danes, Unser Traum,Abolengo, Deli, La Barra, Paihuen, Loja Quinto Elemento (san martin casi curruhinca) ➡ Encomendas: https://www.facebook.com/andreawas.libredegluten 4 Citar
Membros Este é um post popular. fabitasca Postado Março 22, 2020 Autor Membros Este é um post popular. Postado Março 22, 2020 Dia 5 à San Martin de los Andes (SMA) Dia de ir até o Parque Nacional Lanin, distante 110 km de SMA, e fazer a trilha pro vulcão Lanin. Primeira trilha da viagem! Chegando lá no parque ficamos meio perdidos com a falta de guaritas, de informações.. depois descobrimos que existem outras entradas.. Então escolha previamente o que quer fazer e acerte na entrada! 😅 No caminho até a entrada do parque já se tem uma boa vista do imponente vulcão Lanin: No parque tem-se principalmente o circuito Malleo, que possui 7,45km (4hs) e se tem uma das melhores vistas do vulcão Lanin, passando pelo lago Tromem. Dificuldade média. Era pra essa trilha que eu queria ter ido.. paga entrada para o parque, acabamos indo errado pra outra trilha, que não paga entrada. Circuito MAlleo: Fizemos a trilha para a face norte do vulcão Lanín (2,5km). É uma trilha fácil, praticamente linha reta até a base do vulcão (1,5h até a base). A trilha a partir da base é bem mais chatinha.. muita subida e descida.. Ah, tem que ter feito registro (aviso) na guarita pra poder prosseguir tb! Fizemos até parte da trilha ‘espina de pescado’ (a trilha verde abaixo).. Se você é pego sem registro, após essa trilha base, pode receber sanções. E tem bastante soldado do exército que passa por lá para ir dormir no acampamento do vulcão.. portanto, não arrisque! Uma dica importante.. durante quase todo trajeto tem uma mosca/mutuca muito chata que gruda na gente..vai no ouvido, gruda na roupa.. e incomoda muito! Queria muito ter aquelas raquetes elétricas pra dá-lhe (acho que não é permitido..), mas sugiro tomar um banho de repelente.. pq ela incomoda – e muito! Li outros relatos que falaram a mesma coisa.. Foi bem cansativo essa segunda parte da trilha.. quem já subiu vulcão (humm, como to chique) sabe que é muita pedrinha solta, trilha escorregadia.. E nesse segundo trecho de caminhada a vista do vulcão começa a sumir, então -a não ser que você decida seguir adiante- acho que não vale muito a pena fazer essa trilha ‘espina de pescado’.. A não ser pela aventura também. A trilha só até a base tá de bom tamanho.. e tem a melhor vista. 😊 Resumo da trilha que fizemos: 8,7km - 3:25h trilha vulcao lanin.mp4 Depois paramos no lago Tromem, tem acesso fácil de carro.. e tomamos um vinho no final do dia. obs: muito vento! 5 Citar
Membros Este é um post popular. fabitasca Postado Março 22, 2020 Autor Membros Este é um post popular. Postado Março 22, 2020 Dia 6 - San Martin de los Andes à Bariloche (190km) Saímos de San Martin para Bariloche aproveitando pra fazer a rota dos 7 lagos. Oficialmente, os 7 lagos são: Lácar, Machónico, Villarino, Falkner, Escondido, Correntoso e Espejo Grande. Porém, há mais 4 lagos que podem ser avistados ao longo da rota. São eles: Hermoso, Traful, Espejo Chico e Nahuel Huapi). Não vou botar foto de todos.. mas são todos lindos! O caminho em si é muito bonito. Alguns gaviões no percurso: Parada em Vila la Angostura, outra cidade muito charmozinha no caminho. E tem loja do chocolate mamuskaaaa : Chegando em Bariloche fomos conhecer o centro e dar um rolê de reconhecimento: 6 Citar
Membros Elder Walker Postado Março 23, 2020 Membros Postado Março 23, 2020 Show! Sou leitor assíduo dos relatos de carro pela Patagonia. Já tenho meu roteiro desenhado e é praticamente igual ao de vocês, indo pelo lado da Carretera Austral e voltando pelo litoral. Ainda não tenho previsão de concretizar a viagem, mas fico lendo e acompanhando sempre. Tenho curiosidade sobre as condições do trecho de Futalefu à Puerto Rio Tranquilo rodando com um carro "normal" assim como o Creta de vocês... 1 Citar
Membros fabitasca Postado Março 23, 2020 Autor Membros Postado Março 23, 2020 Dia 7 - Bariloche Hoje fomos fazer o Circuito Chico: Cerro Campanário (foi eleito pela National Geographic como um dos 17 com as vistas mais bonitas do mundo) e Capela de San Eduardo. Não quisemos ir no Hotel Llao Llao e na Fábrica de Rosa Mosqueta por causa do cansaço acumulado, acho. Fomos de carro até o início da trilha, onde tem um estacionamento. Segunda trilha da viagem! A subida pro Cerro Campanário.. Tem a opção de ir de teleférico, mas fomos a pé. A trilha é cansativa, bem íngreme. Demoramos pouco mais de 1 hora para subir..cheguei lá em cima com os bofe de fora: Resumo da trilha: trilha cerro campanário.mp4 Vista pra quem vai de teleférico: O visual compensa muito! Lá no topo tem muito vento também, meu cabelo parecia um pirocóptero. Tinha também muito turista.. e turista chinês.. vários usando máscaras.. e nós achando que o problema ia ficar na china memo. De lá fomos na capela San Eduardo, uma capela construída em 1938 toda em madeira: e olhem a vista na frente da capela com o hotel Llao Llao ao fundo.. parece uma pintura: Dali continuamos o circuito, fomos no lago Escondido, com mirador pro Cerro Capilla: E fechamos o roteiro com chave de ouro, parando na cervejaria Patagônia. Não estava no roteiro, foi uma surpresa encontrada nesta rota: Sente a vista de lá.. autas vibe: E assim fechamos Bariloche. Os passeios no entorno da cidade são legais.. mas o centro de Bariloche achamos decepcionante.. não é um lugar convidativo (opinião unânime da trupe!). Talvez pq esperávamos muito (oh Bariloche), mas o Centro em si, meia boca. Talvez no inverno tenha um charme diferenciado. 4 Citar
Membros fabitasca Postado Março 24, 2020 Autor Membros Postado Março 24, 2020 Dia 8: Bariloche à Futaleufú (CH) = 1 dia (359km) Dia de mudar a fronteira. Iniciamos a viagem as 7hs, teríamos 06horas de estrada.. A priori tempo tranquilo..mas passamos a fronteira no susto.. Ela fechava as 20h. Saindo de Bariloche paramos em El Bolson.. foi uma grande surpresa, a melhor surpresa da viagem.. Não havíamos lido, nem pesquisado nada sobre essa cidade no caminho.. e foi uma grata surpresa. El Bolson fica a 121 km de Bariloche, é uma cidade cercada de montanhas.. Tem um clima mágico, estilo a cidade dos hobbits.. depois fui ler que ela é conhecida também como a cidade dos duendes. "El Bolson é um lugar conhecido também pela ideologia de seus habitantes, que são pessoas que procuram viver em harmonia com a natureza e buscam sua subsistência de maneira simples, realizando artesanatos, com o cultivo orgânico da terra, e claro, o turismo de alguma maneira tem sido nos últimos anos um fator importante para a economia local. Uma das principais atrações do lugar é uma feira “hippie” de produtos típicos (geléias, cerveja artesanal, chocolates, artesanatos, roupas, etc) que é realizada nas terças, quintas e nos sábados. Podemos notar quando visitamos “El Bolson” que alguns habitantes (no total a cidade possui uns 20000) e principalmente os feirantes tentam manter a mesma ideologia “hippie” dos anos 70. É interessante notar na feira uma mistura de influencias de “Woodstock” com a cultura local de origem indígena (mapuche) e patagônica". A sensação foi exatamente essa! Tem uma feira de artesanatos na praça Central, imperdível! Vendem também morangos, framboesas.. a um preço muito em conta.. Tem música mística de fundo, uns hippies.. é tudo oq falam dessa cidade: não dá vontade de sair! Paramos pra comer no pátio cervejeiro El Bolson.. que tem vista pras montanhas e estava com show ao vivo - rock clássico! Foi a melhor vibe da viagem. el bolson.mp4 Decidimos pegar estrada pois ainda teríamos a fronteira para passar. Acabamos nos perdendo um pouco pelo GPS, pegamos estrada de chão (ripio) após El Bolson.. e pegamos a fronteira com bastante gente, ficamos receosos que não desse tempo para passar.. Fechava as 20h. Foi um pouco no susto.. A ideia inicial era chegar cedo em Futaleufu e fazer rafting no rio Futaleufu (Top 10 White-Water Rafting pela National Geographic), mas como estava frio e El Bolson nos conquistou.. o rafting ficou pra outro dia. Fronteira: Futaleufu é bem pequena.. fomos em um mercadinho pequeno que tem por lá e fizemos janta em casa (Lembrete: Comida no Chile é muito cara!). 3 Citar
Membros fabitasca Postado Março 24, 2020 Autor Membros Postado Março 24, 2020 Dia 9: Futaleufú à Coyhaique Dia de ir pra Coyhaique, com parada no Parque Nacional Queulat para ver o Ventisqueiro Colgante - um glaciar suspenso a 1.200 metros de altura e com 19 km de extensão 😍🤗 De Futaleufu até a entrada da trilha são 5hs, restando 4 hs de estrada. São 3hs de trilha até o mirador do glaciar.. ou seja: dia corrido! Mas primeiro.. coffee! Na entrada do parque tem um estacionamento.. mas atenção: não tem vaga para todos. Ficou meio no desespero, quem tava de carro queria uma vaga lá dentro (mais perto pra trilha) e a fila na bilheteria tava grande.. A senhora da minha frente tentou registrar 5 veículos, aí eu ia ficar sem vaga.. mas o pessoal da bilheteria foi super justo e falou pra cada carro ter um representante na fila.. ufaaaa.. Vitória do dia. A Entrada do parque estava custando CLP 8.000 por pessoa. Iniciamos a terceira trilha da viagem. Logo de início já tem uma ponte, na qual só pode passar 4 pessoas por vez. Muita gente para lá no meio pra bater foto, pois o rio é lindo, água bem clarinha. Achei a trilha bem pesadinha, bem sem infraestrutura, bem roots.. O chão estava bem úmido, há locais por onde passamos que tinha que atolar as botas na lama.. um simples toco de madeira já resolveria.. algumas passagens que tem que se contorcer pra passar entre árvores e pedras.. é uma trilha mais natural.. tombos podem ser comuns. Demoramos 3:30h, chegamos no mirante e o suor escorria dos casacos como se fosse cachoeira (sem exagero.. tá só um pouco). Pra quem tem joelho bichado - como eu- exigiu bastante. A vista lá do mirante é linda! Terminamos nos meio da tarde e voltamos pra estrada.. Parte da estrada é de rípio, o cenário é lindo, místico...e de repente chegamos, enfim, à CARRETEIRA AUSTRAL! Então seguimos viagem.. prestando atenção aos vários ciclistas que faziam aquela difícil rota (respect!).. chegando ao final do dia em Coyhaique. 4 Citar
Membros fabitasca Postado Março 26, 2020 Autor Membros Postado Março 26, 2020 Dia 10: Coyhaique à Puerto Rio Tranquilo - 275km Saímos de Coyhaique cedo rumo à Puerto Rio Tranquilo. Parte da estrada é de chão (rípio).. Pista simples.. Ultrapassagens eram difíceis, então paciência na estrada.. O caminho é muito bonito, vista pro Cerro Castillo (eu acho), passagem pelo bosque morto ("Corría el 17 de agosto de 1971, pasada las 18 horas, cuando la tranquilidad de la Región de Aysén se vio interrumpida por la erupción del volcán Hudson, luego de unos 200 años de inactividad aparente, cubriendo con sus cenizas las localidades de Ibáñez, Balmaceda, Villa Castillo, Puerto Aysén y Coyhaique."), pela laguna verde e pelo Lago General Carrera - o maior lago do Chile o segundo maior a América do Sul (perdendo pro lago Titicaca, fronteira entre o Peru e a Bolívia). E é um lago lindoo.. água azulzinha *.* Pegamos bastante chuva ao chegar em Puerto Rio Tranquilo.. que faz jus ao nome.. tem 16 quadras e pode-se conhecer tudo em 1 hora caminhando. Com a chuva, deixamos pra dar o rolê no dia seguinte. Inicialmente íamos em 6 pessoas e só havia lugar em Puerto Guadal, que fica a 59km (~1:15h) de Puerto Rio Tranquilo. Com a redução do grupo, conseguimos lugar em Puerto Rio Tranquilo.. melhor pra evitar ter que ficar na estrada o tempo todo. Nossa meta era conhecer as Cavernas de Mármore (sonho antigo!). Na beira do lago há diversas barraquinhas de excursão, os preços são praticamente os mesmos. Peguei essa dica, mas não utilizei: " Pode-se ir direto à Bahia Mansa, um dos locais de onde saem barcos. Entrada para Bahia Mansa é pela Carretera Austral sentido Chile Chico – Puerto Rio Tranquilo, antes de se chegar no Camping Pudú, pois fica mais barato)." Junto com a chuva, tinha muito vento e o porto foi fechado.. nenhuma embarcação estava saindo. Originalmente o roteiro incluía fazer o passeio às capelas de mármore no 1º dia e o Trekking ao Glaciar San Rafael no 2º dia. Como estava chovendo (aliado tb ao cansaço da estrada), cortamos o trekking e mantivemos o passeio às capelas. Esse é o problema de se ter um roteiro fechado.. mas no nosso caso temos data para voltar, então não podemos deixar dias a mais para descanso ou condições climáticas. Contratamos o passeio às capelas hoje.. pois como choveu e o porto estava fechado, pensamos que poderia ter muita procura no dia seguinte.Tinha a opção de um passeio mais curto (1:30h), somente às capelas, e outro um pouco mais longo (3hs).Contratamos o passeio mais longo, que para em Puerto Sanchez, a CLP8.000 por pessoa. [ansiedade] 2 1 Citar
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