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Fala galera beleza?

Gostaria de compartilhar com vocês a viagem que fiz ano passado saindo do interior de SP, da cidade de Limeira, com destino final em Jericoacoara no CE, passando pelos Lençóis Maranhenses.

Como eu li aqui no fórum muita coisa que me ajudou e também muitos usuários solícitos que sempre foram muito prestativos, queria deixar aqui minha contribuição.

Quem quiser conferir todas as fotos: https://maladaminhamae.blogspot.com/

Valeu.

Depois de maravilhosa e inesquecível viagem por parte da América do Sul, resolvemos partir para uma nova road trip, dessa vez a ideia era chegar até o Ceará, mais precisamente em Jericoacoara, porém, antes passando pelos Lençóis Maranhenses.
O planejamento foi feito novamente pensando numa trip de baixo custo, no entanto, não passando nenhuma "necessidade", não abrindo mão de lugares que tivessem ar-condicionado e estacionamento.
Nossa viagem foi feita no seguinte roteiro:

28/06 - Saída de Limeira (SP)
29/06 - Brasília (DF)
30/06 - Palmas (TO)
01/07 - Grajaú (MA)
02/07 - Santa Rita (MA)
03/07 - Santo Amaro do Maranhão (MA)
04/07 - Santo Amaro do Maranhão (MA)
05/07 - Santo Amaro do Maranhão (MA)
06/07 - Jijoca de Jericoacoara (CE)
07/07 - Jericoacoara (CE)
08/07 - Jericoacoara (CE)
09/07 - Jericoacoara (CE)
10/07 - Teresina (PI)
11/07 - Bom Jesus (PI)
12/07 - Barreiras (BA)
13/07 - Brasília (DF)
14/07 - Limeira (SP)
 

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28/06 - Saída de Limeira para Brasília

Tudo pronto, carro revisado, malas arrumadas, hora de começar nossa nova road trip pelo centro-nordeste do Brasil. Saímos de Limeira por volta das 23:00. Como já havia estado em Brasília no meio do ano passado, sabia bem o caminho que deveria percorrer, assim como a condição das estradas, que são pedagiadas e estão em ótimo estado de conservação. Apenas o trecho que entre Catalão (GO) até a divisa com Minas Gerais não está duplicado, mas as obras já estão em andamento). Seguimos viagem num ritmo muito bom, a noite estava ótima para dirigir e fizemos uma parada para um lanche na cidade de Cristalina (GO). Feito isso continuamos até Brasília, onde chegamos por volta das 10:00 doa dia 20/06. Nossa primeira parada (com chuva e um leve friozinho, muito atípico de Brasília) foi no Palácio do Catetinho, também conhecido como Palácio de Tábuas, que foi a primeira residência oficial do então presidente Juscelino Kubitschek, durante a construção da nova capital. Hoje o Palácio transformou-se em museu e guarda as roupas e móveis da época. Parada rápida, mas que com certeza vale a pena ser feita.
Segunda parada foi na Catedral Metropolitana de Brasília, uma obra maravilhosa do arquiteto Oscar Niemeyer, que é um dos principais cartões postais da cidade. Além da construção ser belíssima, conta com uma curiosidade, como sua base é toda arredondada, causa-se um efeito onde as ondas de som são transmitidas através dessa base, ou seja, se você cochichar numa extremidade, a outra pessoa ouvirá claramente o que foi falado, mesmo que esteja metros de distância.
Próxima parada, Santuário Dom Bosco, com seus vitrais em dose tons de azuis, uma construção muito bonita e que com certeza merece ser visitada.
Feito as primeiras visitas pela cidade, era hora do almoço, compramos uma promoção pelo Peixe Urbano e almoçamos no restaurante Fogão Nativo (comida normal, bom custo-benefício).
Ao sairmos do almoço demos uma volta pelo Eixo Monumental e passamos pela Esplanada dos Ministérios, Palácio do Itamaraty e STF, Congresso Nacional, Palácio da Alvorada e Praça dos Três Poderes, tudo visto no carro mesmo, uma vez que estávamos cansados pois havíamos feito uma viagem longa no dia anterior.
Fomos então para a cidade-satélite de Águas Claras, onde ficava nosso hotel, que por sinal era excelente e faço a recomendação (Intercity Águas Claras). Após um merecido descanso a tarde, descobrimos que estava tendo uma festa tradicional na cidade, do Sagrado Coração de Maria. E lá fomos nós e a escolha foi muito bem feita, um festejo familiar, no melhor estilo festa junina, com comidas e danças típicas, não havia maneira melhor de terminar nosso primeiro dia de viagem.

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30/06 - De Brasília à Palmas

 
Após um passeio muito gostoso por Brasília no dia anterior e uma boa noite de sono, saímos do hotel por volta das 09:00 e partirmos para Palmas. Viagem longa e que durou o dia todo, as estradas são predominantemente simples, mas o asfalto estava em bom estado de conservação, exceto pelos últimos 100 km, já próximo a Palmas, onde ele realmente ficou muito ruim.
Nesse dia acabamo saindo um pouco tarde do hotel e como tomamos um café reforçado e tínhamos lanche no carro, não paramos para o almoço e isso nos ajudou a ganhar tempo.
Mesmo assim, chegamos em Palmas por volta das 19:00, com um calor muito forte, mesmo a noite.
Ficamos hospedados no Hotel Castro, simples, porém nos atendeu super bem e foi ótimo para apenas uma pernoite.
Depois de fazer o check-in fomos jantar e acabamos comendo numa pizzaria perto do hotel, a Pizzaria Oásis, que oferecia pizzas gigantes de 12 pedaços, que é muito saborosa e bem servida.
Após o jantar, voltamos para o hotel para descansar.
É importante destacar que entre GO e TO os postos são escassos, e a grande maioria não possui bandeira, fazendo com que a qualidade do combustível seja bem duvidosa, a dica é sempre abastecer quando vir um posto, mesmo que o tanque esteja meio cheio. Existem trechos de mais de 100 km entre um posto e outro.
 
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01/07 - De Palmas à Grajaú

 
Após um simples, porém bom café da manhã, saímos do hotel e fomos conhecer um pouco da capital do Tocantins, seguindo moldes parecidos com Brasília, Palmas também é uma cidade planejada e conta com uma excelente organização urbana. Nossa primeira parada foi na Praia da Graciosa, que fica às margens do Rio Tocantins, muito limpa e bem-cuidada. Próxima parada foi na Praça dos Girassóis, onde se encontra um belo monumento aos 18 do Forte de Copacabana, a sede do governo de Tocantins, além de muitas outras atrações, não é a toa que ela é a segunda maior praça do Mundo!
Com certeza Palmas tem muito mais mais a oferecer e com muitas outras atrações para serem visitadas, no entanto, conhecer melhor essa interessante cidade ficará para próxima viagem, afina de contas, temos muito chão pela frente.
No caminho, passamos pela cidade de Guaraí, ainda no Tocantins e aproveitamos para trocar uma das lâmpadas do farol, e achamos nessa cidade diversos comércios e serviços, uma das maiores cidades que passamos pelo Tocantins.
De modo geral o asfalto estava bom o caminho inteiro, exceto quando chegamos ao Maranhão, pela cidade de Estreito, onde ele ficou ruim e apresentava grandes buracos, o que nos fez diminuir o ritmo da viagem.
Nosso almoço foi na cidade de Araguaína, ainda no Tocantins, na Tchê Churrascaria.
A ideia era de dormir na cidade de Barra do Corda, no Maranhão, porém, como a condição da estrada pirou muito e já estava anoitecendo, achamos melhor pararmos na cidade de Grajaú, onde nos hospedamos no Torres Palace Hotel, novamente um lugar simples, mas que nos atendeu muito bem para uma noite. Nosso jantar foi no hotel mesmo, onde nos fundos existe uma cozinha que prepara refeições rápidas e lanches, comemos por ali mesmo e fomos descansar.
 
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02/07 de Grajaú à Santa Rita

 
Saímos de Grajaú por volta das 08:30 e partimos em direção a cidade de Santa Rita, onde faríamos uma nova parada. A ideia original é chegarmos em Barra do Corda no dia anterior e nesse dia irmos até São Luís, porém as estradas no Maranhão estão numa situação muito acima de alarmante, chega a ser inacreditável alguns trechos onde o asfalto desaparece e tudo o que sobra são crateras enormes, onde você escolhe em qual buraco irá passar. Uma situação extremamente lamentável.
Nesse dia ocorreu também uma situação muito peculiar, entre as cidades de Barra do Corda e Presidente Dutra, a BR corta vários povoados indígenas e em alguns pontos da rodovia existiam índios que ficavam com uma corda parando os veículos e cobrando para que eles passassem. Uma situação curiosa, mas ao mesmo tempo perigosa, pois não se sabe exatamente qual a índole dos indígenas e se alguma coisa aconteceria caso não fosse feito o pagamento. Como são vários pontos de paradas ao longo da rodovia, demos dinheiro apenas no primeiro, e após esse, passamos batidos pelos outros, algumas vezes passando por cima da corda que eles usavam para parar os carros.
Chegando em Presidente Dutra fomos até um supermercado e compramos algumas coisas para comermos no carro mesmo e assim ganharmos tempo de viagem, pois não sabíamos o que encontraríamos ao longo do nosso percurso.
Com mais asfaltos muito ruins, porém sem paradas indígenas, chegamos na cidade de Santa Rita, que fica às margens da BR como a maioria das cidades do centro do Maranhão. Uma cidade simples, porém com uma boa estrutura de comércios e serviços. De modo geral, o Maranhão é um estado muito pobre e a população vive em condições muito ruins, a pobreza é visível em todos os cantos, assim como esgoto correndo a céu aberto, uma condição muito crítica onde vivem milhões de pessoas.
No primeiro hotel que paramos não havia energia elétrica, fomos então para o Hotel Aurino Torres, que segue a linha de ser simples, porém, atendendo bem nossas necessidades para apenas uma noite.
Nossa janta foi num "restaurante" chamado Espetinho da Vitória, onde você escolhe o espeto (que nada mais é que do que uma carne assada) e os acompanhamentos, como arroz, feijão, salada, são à vontade. Comida boa por um preço acessível, um ótimo custo-benefício. Aproveitamos e fechamos a noite com um belo milkshake numa sorveteria próxima ao restaurante. Refeição feita, hora de voltar ao hotel e descansarmos para chegarmos no dia seguinte aos Lençóis Maranhenses.
 
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03/07 - De Santa Rita à Santo Amaro do Maranhão

Após o café da manhã, saímos por volta de 08:30 do hotel em Santa Rita em direção à Santo Amaro do Maranhão, acabamos optando por Santo Amaro pois lendo vários relatos na internet, muitas pessoas falavam do aspecto mais simples e menos desenvolvido da cidade do que a mais conhecida, onde as pessoas normalmente ficam que é Barreirinhas.
O trecho era de apenas 250 km entre as duas cidades, porém, novamente pela qualidade do asfalto, acabamos demorando mais do que o normal, fizemos o percurso em cerca de 4 horas.
Atualmente, o trecho até Santo Amaro está totalmente asfaltado, e existe até a mesmo a construção de uma ponte cruzando o Rio Alegre, o que fará em breve, qualquer veículo chegar direito na cidade de Santo Amaro.
Hoje ao chegar na cidade é obrigatório deixar o carro no estacionamento municipal, ele fica do lado esquerdo, logo após um posto Ipiranga na entrada da cidade. Ele é amplo e gratuito e de lá mesmo já é possível pegar um transporte em direção ao “centro” de Santo Amaro, que é onde ficam a maioria das pousadas, restaurantes e de onde saem todos os passeios. Dica: Se você for de carro e for ficar alguns dias, leve algum tipo de capa protetora para por sobre o painel do carro, no estacionamento não tem sombra, o sol é muito forte e pode danificar seu veículo.
Assim que você para seu veículo no estacionamento já chega algum guia oferecendo o transporte até o centrinho, o valor é padronizado de R$ 10,00. O transporte é feito em caminhonetes adaptadas com bancos na caçamba, que são chamadas de jardineiras, esse é o veículo “oficial” de Santo Amaro do Maranhão e você as verá por toda a cidade.
Quem nos recebeu foi o guia Misael (98 84991741), muito simpático e educado, ofereceu o serviço de transporte até nossa pousada, o trajeto da entrada de Santo Amaro até o centrinho já é uma pequena aventura, pois o carro atravessa o Rio Alegre e literalmente passa por dentro dele, com a água chegando muito próxima de entrar dentro do veículo. O trajeto entre a entrada e o centrinho é rápido, chega-se em cerca de 15 minutos.
Ficamos hospedados na Pousada Paraíso (98 984895598), fica bem localizada, apenas 2 quadras da praça central, possui quartos amplos, com ar-condicionado, chuveiro elétrico (é bom conferir se sua pousada oferece, pois nem todas disponibilizam) e um ótimo café da manhã, ela é simples, sem luxos, o wi-fi funciona mais na área externa do que nos quartos, porém nos atendeu perfeitamente, o valor da diária é cerca de R$110,00 por pessoa. Dica: verifique se sua pousada está localizada próxima a praça central, pois algumas ficam um pouco longe e em Santo Amaro tudo se faz a pé, existe inclusive um rio que corta a cidade e algumas pousadas ficam do outro lado desse rio, sendo necessário atravessá-lo para se chegar até o centro, ele não é fundo, mas a água pode chegar na altura da cintura, dependendo do tamanho da pessoa.
Detalhe: em Santo Amaro, o sinal de celular é muito ruim, pegando razoavelmente bem Claro e Oi.
Antes mesmo de fazer o check-in combinamos com o guia Misael de já fazer um passeio no período da tarde, é o passeio mais famoso de Santo Amaro, que são as lagoas Gaivota e Andorinha, com parada para ver o pôr do sol. O passeio sai às 15:00 com retorno por volta das 18:30.
No centro de Santo Amaro existem inúmeras agências de turismo, você pode contratar o passeio diretamente com elas, ou então pela cooperativa de turismo de Santo Amaro, que fica num prédio ao lado da praça central. O preço é meio tabelado, mas vale a pena dar uma pesquisada, principalmente se for optar por passeios privativos, ou seja, no carro irá apenas o seu grupo (que é mais caro, porém te dá muito mais privacidade e liberdade) ou nos passeios coletivos (que são mais baratos, porém sem nenhuma privacidade ou liberdade). Você também pode reservar os passeios direto com a pousada, pois a maioria delas faz o agendamento direto com a Cooperativa.
Após nos instalarmos no quarto, fomos atrás do almoço, uma dica importante é que Santo Amaro ainda está se desenvolvendo para o turismo, por isso existem poucos restaurantes, grande parte fechar a partir das 14:00, como a maioria dos comércios na cidade e de modo geral são simples e nem todos aceitam cartão de crédito/débito, levar dinheiro é importante e na praça central existe uma agência do Bradesco.
Como o calor estava muito forte e o passeio não demoraria a sair, resolvemos almoçar próximo a pousada no restaurante Água Doce. Comemos uma moqueca de pescada amarela, comida simples, nada de mais, prato para duas pessoas R$ 75,00.
Após o almoço voltamos para a pousada e fomos arrumar as coisas para o passeio, é importantíssimo levar filtro solar, óculos escuros, chapéu/boné e água. Os passeios acontecem no meio do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, ou seja, no meio do nada, onde não há nenhum tipo de comércio, nem muito menos banheiros. Uma dica: bebidas alcóolicas não são permitidas.
Às 15:00 em ponto o Misael passou na pousada, parada na cooperativa para preenchimento de papelada (isso ocorre antes de todos os passeios), aproveitamos para passar no mercado e compramos água e coisinhas para comer, é importante lembrar que o comércio geral fecha por volta das 19:00, então, se organize para comprar as coisas antes dos passeios.
Neste primeiro passeio optamos por fazer o coletivo e demos sorte pois estávamos apenas nós quatro e um pai com sua filha, que por sinal foram muito simpáticos e ótimas companhias. O valor desse passeio foi de R$ 60,00 por pessoa, sempre pagamento em dinheiro.
Antes de entrar no parque há uma guarita onde se faz uma conferência de papéis e também do veículo, inclusive olhando o cooler onde ficam as bebidas, como disse anteriormente, bebidas alcoólicas não são permitidas.
Tudo conferido, hora de começar o passeio. É importante lembrar que o Lençóis Maranhenses são uma área de grandes dunas, onde os lençóis freáticos afloram após o período de chuvas (que ocorre entre novembro a maio), criando as lagoas de águas doces, que são o grande atrativo do passeio, sendo assim, vale sempre destacar que é um passeio sem muito luxo ou conforto, o que para nós não foi nenhum problema.
Após passar pela guarita o Misael já parou o carro e nos mostrou o local onde ficava uma casa que foi completamente tomada pela areia das dunas, segundo o guia, elas movem-se até 6 metros por ano. Feita a explicação, era hora de começar o passeio propriamente dito, a jardineira anda rápido para conseguir subir e descer as dunas, por isso é aconselhado deixar todas as coisas soltas guardadas dentro de bolsas e mochilas, inclusive chapéus e bonés, que acabam voando com facilidade, como aconteceu comigo. Os óculos escuros são indispensáveis, uma vez que o vento sopra constantemente no parque e mais o movimento do carro, a areia bate com força mesmo.
A primeira vista que se tem dos Lençóis é algo realmente inacreditável, um mar de dunas que se estende por uma área a perder de vista, é realmente muito impactante, por mais que eu tenha visto inúmeras fotos, vídeos e lido depoimentos, nada se compara à estar realmente lá, é um visual deslumbrante.
Logo após subir algumas dunas é feito uma parada no alto de uma delas para contemplar a paisagem e também fazer algumas fotos, parada rápida, como uma espécie de “boas-vindas” que o parque te dá.
Nossa primeira parada foi na Lagoa Andorinha, uma lagoa grande e perene (não seca, independente da época do ano, no período de secas, que vai de julho a outubro, as lagoas vão secando conforme o tempo passa, por isso, o melhor período para conhece-las é de junho a setembro). A primeira vez que você aquela lagoa, de água doce e transparente no meio de uma monte de dunas, que te lembra um deserto, é muito marcante, e é realmente um visual único, que não se tem em mais nenhum outro lugar do nosso país. Em Santo Amaro os carros param do lado das lagoas, facilitando demais o acesso, além disso normalmente os carros que levam os turistas são equipados com cadeiras e guarda-sol, para deixar tudo ainda melhor. A água não é muito quente, porém, é ótima para o banho e por ser doce, não deixa aquela sensação “grudenta” da água do mar. Quando você está dentro da lagoa, com um tom de azul marcante, de águas transparentes e olha ao redor, aquelas dunas enormes, se tem uma sensação que é realmente indescritível e eu certamente não acharei palavras para descrever.
Ficamos por ali aproveitando a lagoa que estava apenas para nós e mais pequeno grupo de outro passeio, para nadar e relaxar com aquele visual inacreditável ao nosso redor. Tiramos muitas fotos e subimos em algumas dunas para apreciar melhor a paisagem.
Depois de ficar ali por cerca de 1 hora, fomos para a outra lagoa do passeio, a da Gaivota, que é basicamente a mesma coisa, só que com um tom de água mais esverdeado e com um formato diferente, as lagoas são sempre diferentes umas das outras, trazendo sempre uma nova surpresa. Isso já era por volta das 17:00 e como venta bastante, por mais que esteja calor, a sensação térmica é de mais frio, por isso optamos por ficar mais contemplando a paisagem do que propriamente dentro da água.
Por volta das 18:00 o guia nos chamou e disse que a última parada é para ver o pôr do Sol, veja pelo menos uma vez o pôr do Sol no alto das dunas, não existem palavras para descrever o quão maravilhoso é esse momento. Nosso guia nos levou no alto de uma duna onde se pode ter uma linda visão do parque e o Sol se pondo na linha do horizonte, a maneira como os raios solares batem nas dunas formam um jogo de luz e sombras, dão um ar dourado a areia que é simplesmente deslumbrante, realmente não deixe de fazer isso pelo menos em um dos passeios, é emocionante.
Terminado o pôr do Sol, voltamos para nossa pousada e já fechamos o passeio do dia seguinte, para Betânia. Se você estiver num pequeno grupo, como nós estávamos, de 4 pessoas, eu aconselho MUITO fazer os passeios privativos, eles sairão cerca de R$ 20,00 a R$ 30,00 a mais por pessoa, o que pode parecer muito, mas somente o fato de você estar com a liberdade e a privacidade de poder chegar e ir embora a hora que você quiser, sem depender de ninguém e sem ter nenhum tipo de aborrecimento por causa de pessoas que muitas vezes são “sem noção”, opte pelo privativo. É um tipo de gasto que vale MUITO a pena, ainda mais se forem passeios que duram o dia inteiro, imagine passar 8 horas junto à um grupo desagradável, isso estragaria sua viagem com certeza.
Chegando na pousada, nos arrumamos e fomos jantar, normalmente os restaurantes fecham por volta das 21:00 (exceto nos finais de semana e férias), então, nada de deixar para comer muito tarde. Nessa noite comemos no Restaurante do Gordo, que fica numa rua atrás da praça central, paralelo ao Banco Bradesco, é só perguntar que todo mundo sabe onde é. O restaurante é simples, mas a comida é maravilhosa, porções fartas e bem servidas. Comemos camarão e peixe frio, cada porção serve bem duas pessoas e sai por volta de aproximadamente R$ 70,00. Recomendo demais!
Para finalizar a noite, passeamos um pouco pela praça central e tomamos um sorvete na única sorveteria que fica na praça (não é dos melhores, mas para sobremesa estava ótimo, a casquinha com uma bola é R$ 4,00)
Hora de voltar para a Pousada e descansar, amanhã tem muito mais.
 
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04/07 - Santo Amaro do Maranhão

 
 
Após um ótimo café da manhã fomos arrumar as coisas para nosso novo passeio, faríamos um dos mais conhecidos que é o da Betânia (que leva esse nome por causa do vilarejo onde é servido o almoço). Como gostamos muito do serviço do Misael, combinamos diretamente com ele o passeio, eles nos ofereceu o serviço em grupo, que sairia R$ 90,00 por pessoa (lembrando que o almoço não está incluso, nem os R$ 5,00 de transporte de barco) ou um passeio privativo, que saiu R$ 120,00 por pessoa. Foram os R$ 30,00 mais bem gastos da minha vida, uma vez que vimos os outros carros, todos cheios e com uma galera que com certeza não estava na mesma “vibe” que a nossa.
Antes mesmo de sair, é feito o agendamento do almoço, onde os pratos giram em torno de R$ 40,00 e normalmente se escolhe peixe ou galinha. Pagamento somente em dinheiro.
Tudo pronto e arrumado, pontualmente as 09:00 o Misael estava nos buscando na pousada, rápida parada na cooperativa para preenchimento de papelada, compras do que iríamos consumir no dia no mercado e é hora de fazer um novo passeio.
O passeio de Betânia dura o dia todo, por isso, caso você tenha poucos dias nos Lençóis é muito recomendado que você o faça.
Após um longo passeio pelas dunas, nossa primeira parada foi na Lagoa Gêmea ou da Passarela, como o nome sugere são duas lagoas que se formaram uma ao lado da outra. Havia um pequeno grupo em uma delas e por isso ficamos sozinhos na outra, novamente a mesma história, água límpida, dunas nos rodeando e aquele visual de tirar o fôlego. Ficamos por ali cerca de uma hora, aproveitando a lagoa só para nós.
Voltamos de novo para a jardineira e dessa vez fomos levados à uma das lagoas mais bonitas de Santo Amaro, a Lagoa Duas Cores, que como o próprio nome sugere, ela possui diferentes tons em suas águas, um visual deslumbrante. A única coisa um pouco “desagradável” é a quantidade de algas em seu fundo, mas nada que tire sua beleza, ou impeça um belo e relaxante banho. Ficamos por ali, admirando a paisagem, conversando e relaxando, toda a lagoa estava só para nós.
Por volta de 12:00, retornamos a jardineira e fomos pegar o barco até o povoado de Betânia. O valor do transporte é de R$ 5,00 e você paga diretamente no restaurante.
O translado é rápido e dura menos de 10 minutos, tudo muito simples em barcos pequenos e que passam longe de qualquer norma de segurança, por isso, se está esperando todo luxo e cuidados especiais, esse não é seu passeio.
O barco nos deixa no povoado e depois de uma curta caminhada se chega ao restaurante que é mantido pelos próprios moradores do lugar, o nome do estabelecimento é Novo Horizonte.
Assim que você chega já é levado para sua mesa e logo em seguida já vem a comida que foi previamente pedida, comida simples, porém farta e muito saborosa. No fundo do restaurante e sob as árvores, são armadas redes, para que os turistas descansem antes de seguir novamente para o restante do passeio.
Por volta das 15:00 o passeio recomeça, novamente o barco nos leva até a outra margem do rio, subimos na jardineira e próxima parada foi na Lagoa da Curva, mais uma vez, uma belíssima lagoa que atende a tudo aquilo que já foi descrito, visual novamente surreal. No entanto, após a nossa chegada, um outro grupo também chegou e acabou “invadindo” nosso pequeno paraíso, com gritarias, falações altas e muita falta de bom senso. (Isso nos lembrou que aqueles R$ 30,00 a mais valeram muito!)
Saímos de lá e fomos para a última lagoa do dia Lagoa Esmeralda, que faz jus ao nome, com o tom esverdeado de suas águas. Novamente, como era fim do dia, a sensação térmica não era das mais altas, por isso ficamos ali admirando a beleza do visual e contemplando toda a paisagem que estava a nossa frente. Por volta das 18:00 o Misael nos levou novamente para o alto de uma duna, onde presenciamos novamente o espetáculo maravilhoso do pôr do Sol. Tudo estava maravilhoso, exceto por uma criança que ficava literalmente rolando na areia, bem na frente de onde o Sol estava se pondo, sem qualquer reação dos pais, infelizmente a educação não vem de berço para muitas pessoas e isso sim atrapalha o passeio que as outras pessoas estão fazendo. Após esse pequeno estresse, a criança resolveu ir brincar do outro lado e podemos curtir nosso pôr do Sol com tranquilidade.
Voltamos para a pousada, nos trocamos e fomos jantar no Restaurante Sol de Amaro, onde pedimos algumas porções e também uma pizza, que para nossa surpresa foi servida com luvas de plástico, não havia pratos, nem talheres, apenas luvas para serem colocadas e comia-se com a mão mesmo, diferente do que estamos habituados e exceto pelo fato de gerar muito lixo, aprovamos a novidade. O jantar ficou em torno de R$ 40,00 por pessoa, com as bebidas.
Voltamos para a pousada para descansar, amanhã é nosso último dia nesse pedaço do paraíso.
 
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05/07 - Santo Amaro do Maranhão

Último dia para aproveitar os Lençóis Maranhenses. Acordarmos cedo e fomos para o café da manhã, foram os mesmos itens do dia anterior, porém, tudo continuava gostoso.
O passeio desse dia foi muito difícil de decidir, nosso guia o Misael, comentou que esse ano choveu demais em Santo Amaro, muito além do esperado e com isso muitas lagoas “estouraram” ou seja, não comportaram seu volume de água e acabaram cedendo, fazendo com que elas desaparecessem, segundo o guia, foram perdidas mais de 15 lagoas, fazendo com que a disponibilidade de passeios fosse menor. Foi sugerido que nós fizéssemos o passeio pela Lagoa América, mas seria passeio de meio período e queríamos aproveitar ao máximo nosso dia. O Misael sugeriu então o passeio de Travosa, que vai até o final do parque dos Lençóis Maranhenses, onde as dunas se encontram com o mar, parada para o almoço no povoado de Travosa e retorno com paradas em lagoas e pôr do Sol. Achamos uma boa, ainda mais que aproveitaríamos bem nosso último dia, o problema é que esse passeio é relativamente “novo” e são poucos os guias que conseguem fazê-lo, devido a distância e também os caminhos pelas dunas serem completamente distantes dos tradicionais. Por fim o Misael indicou um amigo dele, que também é guia credenciado, o Tiago, que nos acompanhou nesse dia. Se fôssemos fazer o passeio em grupo, sairia R$ 120,00 por pessoa, fora o almoço que também é cobrado a parte. Como estávamos optando por passeios privativos, fechamos o passeio por R$ 650,00 apenas para nós 4 e neste valor estava incluso o transporte de volta para o estacionamento, na entrada de Santo Amaro, também privativo, sem precisa ficar esperando “encher” a jardineira.
As 9:00 da manhã o Tiago já estava na pousada e diferente do nosso outro guia, o Misael, não era de muitas palavras, nem fazia questão de ser simpático ou conversar. Como de costume, parada na cooperativa para papelada e dessa vez não passamos no mercado pois ainda havia água e porcariadas para comer sobrado do dia anterior e o almoço também precisava ser reservado com antecedência, apenas 2 opções, peixe ou sururu (uma espécie de crustáceo), na dúvida fomos de peixe, cada prato, em torno de R$ 40,00 por pessoa e pagamento apenas com dinheiro.
Nesse dia andamos bastante de carro, pois literalmente atravessamos todo o parque e as paisagens que foram aparecendo são realmente deslumbrantes, uma mais bonita do que a outra, apesar de ser “seco” o guia era muito responsável e conhecida muito bem o caminho.
Nossa primeira parada foi no chamado “Aquário Natural”, que nada verdade é um pedaço do Rio Murici, onde se formou um poço e é possível avistar uma grande quantidade de peixes. O lugar é muito bonito, porém as areias ao redor desse poço cedem com muita facilidade, parecendo com areia movediça, fazendo com que fosse impossível caminhar com tranquilidade e até mesmo entrar dentro da água.
Não ficamos muito tempo e fomos para as Lagoas Gêmeas (que não são as mesmas do dia anterior), segundo nosso guia as lagoas vão sendo nomeadas conforme elas vão sendo encontradas, por isso alguns nomes podem ser iguais.
Tínhamos a Lagoa só para nós, um visual maravilhoso, porém, ela também estava cheia de algas, o que não deixava o banho muito gostoso. Saímos de lá e fomos direção ao litoral, atravessando dunas e novamente vendo paisagens deslumbrantes.
De modo geral o litoral do Maranhão não é muito bonito, a água não tem tons esverdeados ou azulados e nem é muito transparente, porém, o que nos chamou mesmo a atenção foi a quantidade de lixo que tinha na praia, mesmo ela sendo deserta, segundo o guia falou, esse lixo é trazido pelo mar e vem de lugares muito distantes, uma pena, ali é claro como o ser humano ainda precisa repensar e muitos seus hábitos e modos de vida.
Ao longo do caminho pela praia víamos algumas “cabanas” feitas com folhagens de árvores, nosso guia explicou que ali ficam os pescadores do povoado e eles passam dias, até semanas naquelas cabanas para fazer a pesca, e então, todos os dias alguém passa de moto recolhendo o que foi pescado, tudo muito rústico e artesanal.
Chegamos ao vilarejo e fomos até o restaurante chamado “Bar dos Ventos”, onde havíamos encomendado previamente nosso almoço, ali ficamos sabendo que a nossa comida seria feita pela Chef Aline, uma moradora do povoado que foi vice-campeã do Festival Gastronômico do Maranhão no ano passado.
A área onde fica o restaurante é linda, cheia de coqueiros, tudo calmo e tranquilo, enquanto esperávamos o almoço, foi nos servido uma batida de coco, achamos que fosse cortesia do restaurante, mas na verdade veio da única mesa que estava sendo servida junto com a nossa. Ao agradecermos a gentileza, uma das mulheres que estava na mesa veio conversar conosco e perguntou se nós gostamos da bebida, dissemos que sim, porque realmente estava muito gostosa, ela nos explicou que havíamos tomado uma batida de coco feito com uma bebida chamada “Tiquira”, que nada mais é do que uma aguardente feita da mandioca. E a mulher, que veio até nós era a dona da destilaria onde essa bebida era feita. Ela nos explicou que a Tiquira já era produzida no Brasil muito antes dos portugueses chegarem pelos índios da região, mas com a chegada dos Europeus e a introdução da cana-de-açúcar, a “cachaça” acabou se popularizando. E quando ela conheceu essa bebida, no interior do Maranhão resolveu investir na região e abriu uma destilaria que agora produz nacionalmente esse produto, por coincidência ela também era “dona” do restaurante, em parceria com a Chef Aline. Após um gostoso bate-papo nossa comida chegou, novamente muito bem servido e tudo muito simples e gostoso. O restaurante também dispunha de redes para descanso e nossa saída estava marcada para as 15:00.
Após um bom almoço e muita conversa jogada fora, era hora de partir, voltamos novamente pelo litoral e depois adentramos as dunas e nosso guia parou em uma lagoa que não estava muito boa para o banho, uma quantidade muito grande de algas e o chão que cedia facilmente, não estava agradável, pedimos que nos levassem em outra e ele nos levou na Lagoa Sem Nome (sim esse é o nome dela, porque como foi formada esse ano, ainda não a nomearam). Essa sim seguindo o “padrão” das outras que havíamos visitado, o que acabou “estragando” um pouco o passeio, foi novamente a inconveniência das pessoas que estavam ali, e nesse dia, uma sexta-feira, as lagoas estavam com bastante gente em todas elas, ter “saído” dos passeios tradicionais foi uma boa.
Nesse dia optamos por não ver o pôr do Sol, as mulheres queriam dar uma voltar no centrinho e comprar algumas lembrancinhas e como os passeios voltaram quase as 19:00 a maioria das lojas estava fechada.
Após retornar para a pousada, deixamos combinado a saída do dia seguinte.
Compras feitas, nosso jantar foi na Pizzaria Aguiar, que fica ao lado da praça central, pizza gostosa e bem servida, na média de R$ 30,00 com 8 pedaços.
Antes de voltarmos para a pousada, tomamos um delicioso sorvete na Sorveteria Quero-Quero, que fica um pouco afastada do centro, no caminho que vai para as dunas, mas muito saborosa e com excelente atendimento, cada bola era R$ 4,00.
Sorvete tomado, era hora de voltar para a pousada e arrumar as coisas, amanhã continuaremos nossa viagem, próxima parada: Jericoacoara.
 
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06/07 - Santo Amaro a Camocim

Acordamos e fomos tomar café com aquele sentimento de “quero mais”, os Lençóis Maranhenses são mesmo TUDO aquilo que falam dele, e muito mais.
Saímos da pousada por volta das 08:30 e antes das 09:00 já estávamos novamente no carro seguindo destino a Jericoacoara.
Lençóis Maranhenses e Jericoacoara fazem parte de um roteiro turístico chamado Rota das Emoções, que começa em São Luís e vai até Fortaleza, segundo muitos relatos, o ideia é iniciar e Fortaleza e já passar em Jericoacoara e terminar nos Lençóis, pois, segundo dizem, Jeri acaba ficando “sem graça” perto da beleza dos Lençóis, isso é que iríamos descobrir no dia de hoje.
As estradas do Piauí de modo geral estão em ótimo estado, muito melhores do as do Maranhão, por essas estradas nossa viagem rendeu bem. Aproveitamos que o ritmo estava bom e paramos para almoçar e conhecer Barra Grande, a praia mais famosa do Piauí. Um lugar lindo, que com certeza valeu muito a parada. Nosso almoço foi no restaurante Mario Jr., começos uma porção de camarão, muito boa e bem servida e uma peixada de pescada amarela que estava maravilhosa. A peixada custou R$ 90,00 e serviu 4 pessoas. Na saída da praia, passamos em Cajueiro da Praia e conhecemos o Cajueiro Rei, que é considerado o maior do mundo.
Voltamos para a pista e logo estávamos no Ceará, o estado do Piauí tem o menor litoral do Brasil. Chegando em terras cearenses o asfalto piorou bastante e alguns trechos estavam quase intransitáveis. Em muitos momentos o carro não saiu da primeira marcha e a velocidade era de 10km/hora. Conforme o tempo foi passando, foi escurecendo e a condição das estradas foi piorando, estávamos a menos de 100 km de Jericoacoara, porém, demoraríamos horas para chegar com a estrada naquela condição. Por segurança resolvemos parar na cidade de Camocim, ligamos para vários hotéis e pousadas e todos eles estavam lotados, conforme o tempo ia passando e fomos ficando sem opções, resolvemos procurar motéis onde pudéssemos passar a noite, fomos até um deles chamado “Sequi Sabe”, porém, as condições não era das melhores. Por sorte, uma mensagem foi respondida no AirBnb, de uma pousada que havia quarto para 4 pessoas. Fomos então para o Village Maceió, que naquela altura do campeonato foi uma verdadeira salvação. Lugar simples, porém, estava excelente para passarmos uma noite, mesmo com um hóspede extremamente bêbado que estava por ali e dizia ser amigo do Ciro Gomes.
Nosso jantar foi na Taberna do Fabrizio, onde comemos dadinhos de tapioca com queijo e geleia de pimenta calabresa, batata frita com molho de alho e bolinhas de picanha ao molho barbecue. Os dadinhos de tapioca estavam simplesmente fabulosos. Jantar ficou na média de R$ 40,00 por pessoa, com bebidas.
Voltamos para a pousada logo ao entrar no quarto vimos que haviam pererecas dentro dele, começa então uma “batalha” para conseguir pegá-las, se não, não dormiríamos em paz. Após alguns minutos e muitas tentativas, conseguimos tirar as pererecas do quarto e fomos dormir.
Amanhã esperamos finalmente conseguir chegar em Jericoacoara.
 
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07/07 - Camocim a Jericoacoara

Após uma boa e merecida noite de sono, saímos de Camocim por volta das 09:00
O caminho até Jericoacoara era de menos de 100km, porém com o estado crítico da rodovia, fizemos o trecho em quase 4 horas.
Antes mesmo de chegar em Jijoca você verá várias pessoas na pista vendendo passeios e transportes. Algumas delas se oferecem para dirigir seu carro pelas dunas, eles murcham os pneus do carro para não atolar. Não recomendo devido ao caminho ser bem ruim e causará um grande desgaste ao veículo, se for 4x4 então o trajeto será sem problemas, como não era o nosso caso, seguimos em frente e esperávamos guardar o carro num estacionamento e de lá pegarmos o transporte até a praia de Jericoacoara. Ainda no caminho para chegar, fomos abordados por um homem que estava em uma caminhonete e perguntou se queríamos transporte privativo até Jeri (que é como é chamada a parte da praia), após negociarmos o valor, acertamos em R$ 25,00 por pessoa,  e ele nos pegaria no estacionamento. Paramos o carro por volta das 12:30 no estacionamento Marley indicado pelo motorista, o Joziel. Estacionamento coberto e com segura, pagamos R$ 10,00 a diária.
O trajeto de Jijoca até Jeriquara dura aproximadamente 1:00 hora de muitos solavancos e sacolejos.
O carro nos deixou na pousada Sahara, quem nos recebeu foi a Jasmin, filha do proprietário.
A pousada é ótima, quartos grandes e banheiro muito espaçoso. Não fica nas ruas centrais, na verdade fica mais próxima da duna do pôr-do-Sol. Está próxima da praia e do "centrinho" de Jeri, no entanto é preciso lembrar que todas as ruas são de areia, aquelas bem fofas, então, caminhar no Sol, mesmo uma distância curta, pode ser desgastante,
Depois de instalados fomos almoçar no Emporio cearense (dica da Jasmin) e lá comemos o famoso Camarão no Abacaxi, prato típico de Jeri, simplesmente maravilhoso.
Depois do almoço demos uma voltinha pela rua São Francisco e fomos descansar.
A noite fomos conhecer as famosas caipirinhas de Jeri, no final da rua São Francisco, próximo a praia, vários ambulantes param seus carrinhos e vendem caipirinhas de todos os mais variados sabores, com valores entre 15,00 e 20,00. Tem também um carrinho de espertinhos, com valor em torno de 10,00.
A Monica pediu caipirinha de morango com abacaxi, carinhosamente chamada de Xoxota! O mais legal de tudo foi ver ela pedindo a caipirinha para o moço da barraca! A outra caipirinha foi de morango com uva, sem nenhum nome diferente, mas também muito gostosa.
Na praça estava tendo uma apresentação cultural com música e dança típica.
Demos mais umas voltas pelas ruas e becos de Jeri e comemos um lanche muito gostoso no Cabra da Peste (17,00) e tomamos o melhor suco de maracujá da viagem.
Volta pra pousada, hora de dormir que amanhã vai dar praia!
 
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08/07 - Jeri

Fomos tomar café por volta das 08:30 e vale destacar a simpatia e cordialidade das moças que trabalham na cozinha da pousada. Café simples, porém muito gostoso. Iogurte natural feito por elas mesmas, além de geleias maravilhosas que elas também fazem.
Na pousada tem dois animais, o Duke um cachorro gente boa e o Thor, um gato, que como qualquer gato não faz questão de agradar ninguém hehehe
Café da manhã tomado fomos até a praia.
De fato Jeri é linda, porém, depois de ver os Lençóis Maranhenses acabou ficando um pouco "sem graça". Se fosse fazer novamente essa viagem, certamente começaria por aqui e deixaria os Lençóis por último. O mar é verde esmeralda, porém próximo a praia ele fica menos bonito.
Chama a atenção a movimentação da maré, onde de manhã a água está muito próxima da faixa de areia, e ao final da tarde ela retrocedeu dezenas de metros.
Outra coisa que chama a atenção são os requintes das construções, de altíssimo padrão.
Depois de uma caminhada pra ver alguns lugares, paramos no Capitão Thomaz, com garçons muito atenciosos, cerveja com preços bons, em torno de R$ 12,00 e comida saborosa, porém, com porções pequenas, isca de peixe por R$ 55,00.
Ficamos ali o dia inteiro. A tardezinha fomos para a pousada e a noite as meninas foram comprar lembrancinhas no centro.
A janta foi um yakissoba muito gostoso comprado nas barraquinhas que ficam na rua São Francisco, valor 15,00.
Agora é hora de dormir, amanhã tem mais.
 
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09/07 - Jeri

O dia de hoje foi basicamente uma repetição do dia de ontem.
Após um bom café da manhã, fomos para a praia, ficamos novamente no Capitão Thomaz, que se mostrou ser um ótimo custo-benefício em Jeri, onde de modo geral as coisas realmente não são muito baratas, mas existem opções mais em conta.
A noite, mais uma volta pelo centrinho, e fechamos a noite com um lanche no Cabra da Peste, que novamente estava muito bom.
Amanhã é dia de partir e começar o caminho de volta.
 
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