Membros cloris Postado Janeiro 24, 2020 Membros Postado Janeiro 24, 2020 MAIS UM “MOCHILÃO BOLIVIA – CHILE – PERU” Pode parecer meio “piegas” mas planejei esse mochilão com 2 anos de antecedência, e o de sempre: Bolívia – Chile – Peru – Bolívia em Junho/Julho 2019 – LUA DE MEL. Comecei lendo muitos relatos (não vou lembrar de todos) mas alguns foram primordiais, como o @Diego Moier, @msouza97, @Amanda Sfair, Apuri Guria, Uma Sulamericana e tantos outros. Bom, comecei fazendo uma tabela no Excel, com possíveis rotas e depois de muitos meses de leituras fechei uma (anexo). Outra tabela que fiz, foi o que eu levaria e quanto custaria à compra. Já fui ao Peru, então eu tinha a maioria das coisas, mas meu noivo NÃO! Então vamos às compras!!!!!! Para acompanhar os valores das passagens aéreas eu me cadastrei no Google Fligth e Kayak, e fui vendo. Finalmente quando o dólar começou a baixar eu comprei as passagens (com 8 meses de antecedência.... e o medo?). Fiz pelo PASSAGENS PROMO e o seguro viagem fiz com a SEGUROS PROMO. As passagens foram pela LATAM e contratei bagagem extra para 02 pessoas, só para garantir que eu não iria pagar mais caro por isso. Consegui 55% de desconto, comprando beeemm antes. Em relação ao seguro viagem, eu li várias coisas e cheguei à conclusão que todos terão reclamações no RECLAME AQUI, então confiei na corretora deles e fechei com a ASSIST TRIP. Aproveitei e já reservei todas as estadias, pelo BOOKING. Consegui preços interessantes. Outra coisa que acompanhei religiosamente foi o valor do dólar. Quando comecei meu planejamento o dólar estava a 3,50 e só foi subindo. Bateu o desespero!!! Daí decidi que iria levar moeda: Dólar (comprei de uma amiga por R$4,00), Peso chileno e Real e seja o que GOD quiser!!!!! O mochilão foi com o dinheiro contado e suado, mas não abri mão de fazer alguns passeios com agências que ofereciam mais. Foi uma mescla de roots com vip kkkkkkk. Li também sobre calçados, mochilas, soroche, e tudo foi muito importante para me planejar; assisti vídeos de como montar a mochila, até usei meus dotes de costureira e fiz duas capas protetoras para mochilas para despachar no avião/ônibus. Aprendi no Youtube, é só procurar lá como “Tutorial: Como fazer uma Capa protetora de mochila”. Outra preocupação minha foi a patologia do meu noivo: Diabetes insulino-dependente. Não encontrei nenhum relato sobre como viajar com remédios e ainda mais, injetáveis; ou como alguém com restrição alimentar, poderia se virar lá! Fechar com as agências, foi outro problema: li muitos relatos no mochileiros.com, facebook, e muitos diziam para fechar as agências na hora. Mas como fui nas férias, bateu uma insegurança. Meu mochilão dependia de tudo sair perfeito!!! Como boa planejadora que sou (kkk) fechei com 6 meses de antecedências, todos os passeios importantes em Cusco: Vale Sagrado com Machu Pichu, Montanha Arco-íris, Laguna Humantay – fechei com Peru Happy Travel. Os passeios em Puno, Copacabana e Arequipa fechei com Casona Tour. O Bus entre Cusco e Puno estava incluído no valor, e Puno para Copacabana com Isla del Sol também, tratava-se de um transfer com tour junto. O Salar de Uyuni, depois de muitas leituras e perguntas, fechei com Estrella del Sur Expediciones. Em La paz, planejei mas não fiz Chacaltaya e Vale de la luna, já estávamos cansados! Os ônibus, para os transfers entre as cidades, eu reservei no dia anterior. Somente o de La Paz para Uyuni, que reservei daqui do Brasil, pela Todo Turismo. 1º dia – Embarque Guarulhos – La Paz - Minha reserva foi para dia 25/06 as 02:05, mas foi remanejada para 24/06 às 22:30 (sem grandes mudanças), o problema foi o aumento da espera na conexão do Chile para Bolívia – 3H40, e a falta de cobertura do seguro viagem. 2º dia – La Paz – Chegamos em La Paz, e pegamos um taxi por 10 dólares (70 bolivianos). Mas o motorista não queria notas de 1 dólar, e falou que custaria mais se fosse assim. Batemos o pé e foi em notas pequenas mesmo, kkk. Chegamos no Hotel reservado pelo Booking - Pagamos na entrada a diária e fomos para o quarto. Muuuiitoooo frio. A altitude não nos atrapalhou em nada! Fomos conhecer a cidade (que é um caos organizado) e fomos comer. Preferimos economizar na comida e entramos num restaurante nada turístico, que estava cheio de moradores de lá. Comida MARAVILHOSA, FARTA E BARATA! 3º dia – Bus para Uyuni a noite. De dia ficamos em La Paz fazendo compras no mercado e passeando de bondinho! A noite pegamos o BUS. A viagem de ônibus foi tranquila, teve até janta (o tempero deles é maravilhoso!). 4º dia – Chegamos em Uyuni – primeiro dia do Salar – Chegamos em Uyuni e pegamos um taxi até a agência. Como chegamos cedo, ficamos esperando até as 10h30 para sair. Fomos na cidade procurar algo para comer, mas é um item difícil esse! Passamos na farmácia para comprar mais soro fisiológico (nosso nariz já estava em situação triste – ar seco demais). Ahh, o banheiro sempre é pago. Tenha dinheiro trocado! Fomos com mais 3 pessoas ao Salar de Uyuni (mexicana, francesa e vietnamita). Meu inglês não existe kkk, mas meu marido salvou a comunicação! Visitamos o museu de trens, logo de cara. Não é nada demais! Almoçamos numa vila que ainda extrai sal! Pagamos o WC novamente! Depois fomos para o deserto de sal. Maravilhoso. Vale todas as fotos que puder tirar! Continuamos de carro, e paramos para ver o pôr do sol no deserto! Mágico e muiitoooo frio!!!!!! Fomos para o Hotel de Sal. Tomamos um merecido banho e jantamos um Pique Macho. 5º Dia – Segundo dia no Salar – saímos bem cedo. Visitamos as lagoas, vimos os flamingos, almoçamos maravilhosamente bem, e passamos muito frio! AMO!!!!!. Desta vez dormimos em um local com pouca infraestrutura. Jogamos UNO (falando em inglês e em espanhol) e meu marido ensinou truco para eles (tudo em inglês) kkkkk. Tentamos dormir, mas o frio era insano! Nesse dia não tomamos banho (Deus Salva!) 6º dia – Terceiro e último dia no Salar – Acordamos mais cedo ainda. Fomos ver os Gêiseres e passar pela Fronteira com o Chile. Nesse dia vi que minha alma poderia congelar. Não sentia mais os meus dedos! A fronteira é muito demorada. Ficamos aguardando dentro de uma van (com mais turistas) umas 2 horas, e meu dedo voltava ao normal lentamente! Eles abrem sua mochila, e cheiram tudo que for suspeito, kkkkkk. Finalmente chegamos em São Pedro de Atacama. Escolhi um hotel que ficava ao lado da descida da Van. Nessa hora não economizem. Andar lá é cansativo, mas possível! Nos instalamos no hotel e finalmente me senti gente de novo! Um banho, uma roupa limpa, e uma cama!!!!! Fomos procurar comida. Nessa hora você não pode parar no 1º restaurante. Procure bastante, mas os preços não mudam tanto. Comemos e fomos passear. Como somos um casal que não curte badalação e nem agito, logo voltamos para o hotel. Em São Pedro de Atacama comemos muito bem. Eles cozinham que é uma beleza! Fomos numa senhora que lavava roupa. Acho que a balança dela estava descalibrada. Ela pesou a roupa e deu 10kg!!!! Mentira, né!. Mas vida que segue. 7º e 8º dia – San Pedro de Atacama – Bus para Arica. Nesse dia ficamos sem fazer nada no hotel e na cidade. Para nosso estilo de vida, não tinha mais nada para ver. Pegamos o ônibus a noite na Rodoviária de lá. De madrugada chegamos em Calama e pegamos outro ônibus. A fome já estava batendo, mas não tinha lugar nenhuma para comer (levem seus petiscos). Chegamos em Arica de manhã, para ir para Tacna. Olha.... foi cansativo demais. Descemos na Rodoviária em Arica e fomos para outra rodoviária logo perto para pegar um ônibus. Poderíamos ter pego um taxi para Tacna, mas não tínhamos Pesos Chilenos (levem pesos a mais, vale a pena). Tivemos que fazer um câmbio horrível na Rodoviária (dólar para pesos), senão não tínhamos como sair de lá. Uma coisa que ninguém conta, é que independente do País, em qualquer rodoviária você para uma taxa, além da passagem. Tenham sempre dinheiro na mão! Pegamos um ônibus que sai de 15 em 15 minutos (não precisa se desesperar), mas é muito cheio. Sua bagagem vai no teu colo (eu recomendo!). Daí você tem que passar pela fronteira do Chile para o Peru. Desce todo mundo, fica na fila da imigração. A Polícia Federal revista o ônibus inteiro. Depois sobe todo mundo (você senta onde dá) e finalmente chegamos em Arequipa de tardezinha! Pegamos um taxi, e fomos para o hotel. Não comam nas ruas principais. A diferença de preço é enorme! Mas foi o melhor guacamole que eu comi na vida! A altitude não atrapalhou em nenhum momento. 9º dia – Acordamos bem cedo e uma van nos pegou para irmos à Colca. No caminho passemos e vimos vários vulcões. Paramos para entrar em Colca. Você tem que pagar uma entrada para ingressar na cidade! Não nos avisaram, e levou uma grana boa, essa brincadeira! Pararam num restaurante e tivemos que comer lá, não tinha opção! Caro também, mas comemos à vontade. A van nos deixou na cidade para fazer câmbio, porque o dinheiro tinha acabado! E nos levaram para o hotel MARAVILHOSO! Jantamos no hotel mesmo, e comi uma macarronada ao molho Alfredo MAGNÍFICA. 10º dia – Vale del Colca - Bus para Cusco - Muito cedo, a van nos pegou para ver o voo do Condor. A tarde voltamos para Arequipa. Comemos por lá, e fomos para a Rodoviária seguir para Cusco. 11º dia –Cusco – Aclimatação – Chegamos de manhã em Cusco e não pudemos entrar no Hostel (não era hora ainda do check-in). A tocha olímpica ia passar naquele dia em Cusco, então a cidade estava em festa. Fizemos câmbio, almoçamos e ficamos enrolando até entrar no hostel. Eu aconselho não comer no centro. Se você entrar nas ruazinhas, vai encontrar comida maravilhosa e muito barata! 12º dia - Laguna Humantay – Acordamos bem cedo e lá fomos nós caminhar. Meu Deus!!!!! Nunca senti meu corpo desfalecer desse jeito. A Laguna é linda, mas o esforço vale uma vez só! 13º dia – Cusco – ficamos em Cusco fazendo comprinhas na Feira de São Francisco, pechinchar é a melhor solução! 14º dia – Vale Sagrado e Águas Calientes – a van nos buscou e fomos para Pisac, Urubamba e Ollamtaytambo. Depois fomos a pé para a estação de trem. Estava tendo jogos de futebol, a Copa América e era o Brasil que estava jogando! Ganhamos é claro! Pegamos o trem e descemos em Águas Calientes, e fomos para o Hostel. Depois passeamos pela cidade, compramos guloseimas e tudo mais. 15º dia – Machu Pichu - Fomos “enrolados” pelo Hostel, pois o café não estava incluso, mas depois estava, e depois de comermos nos cobraram. Chegamos em Machu Pichu. Aguardamos o Guia e subimos. Estava muito lotado e ficamos lá 2 horas e já voltamos. Ficamos na cidade 8 horas sem fazer nada, aguardando a saída do trem. Compramos um sorvete e ficamos usando o WiFi da sorveteria kkkkk. Pegamos o trem e chegamos em Cusco de madrugada. 16º dia – Cusco – Ficamos fazendo mais comprinhas e fizemos um passeio de Bus Turístico pela cidade e arredores. Foi bem legal. 17º dia –Montanha Arco-íris – a Van foi nos buscar e fomos rumos à Vinicunca. A trilha em si não é ruim e menos cansativa do que a Laguna Humantay, mas é claro que cansa. A altitude pesou, mas nada além disso. Sinceramente não voltaria para lá. A montanha não é nada demais e tinha muita gente. Voltamos para Cusco. 18º dia - Cusco – Puno – Ruta del Sol – Um transporte da agência nos pegou na hostel e fomos para o Bus, rumos a Puno. Paramos em vários pontos turísticos, almoçamos muito bem (estava incluso) e ficamos em Puno. A noite procuramos algo para comer, e novamente comemos nos arredores, nunca no Centro. Entramos num restaurante super simples, que tinham moradores de lá. Comemos e voltamos no outro dia kkkk. 19º dia – Isla de Uros e Taquile – Fomos de barco para as ilhas. Visitamos as comunidades e andamos em Taquile. Almoçamos mal, pois tinha pouca comida e o local não dava para sentar e abrir os braços, kkkk. 20º dia – Puno – Copacabana – Isla del Sol – Pegamos um Bus para Copacabana (incluso no preço da agência). Passamos pela imigração e deixamos Peru para trás! Chegamos em Copacabana, cidade simples pequena e charmosa. Fizemos o passeio a tarde para a Isla do Sol. Passeio também que não é nada demais. Você anda de barco, sobe na ilha e logo desce. Não voltaria lá! Na volta do passeio, recebi um e-mail do hotel, que nossa reserva estava cancelada, pois um turista passou mal e não pôde deixar o quarto. Simples assim. Se virem! Procuramos um Hostel, e foi muito bom! Pagamos mais barato e ficamos no centro da cidade. 21º dia – Conhecer Copacabana e descansar – Esse dia eu tiraria do roteiro. Não fizemos NADA. Até poderíamos ter feito um passeio, mas o dinheiro já estava acabando e o cansaço bateu! No almoço comi novamente um Pique Macho e percebi que a alma pode queimar, mesmo você estando na Terra. Kkkkkkkk pimenta pura!!!!! Jantamos muito bem (sopa de Mani). 22º dia – Copacabana – La Paz – Acordamos de fizemos check-out no hostel, que nos atendeu muito bem!. Enrolamos até chegar a hora de pegar o BUS. Almoçamos e aguardamos! Chegamos em La Paz a tarde e fomos para o Hostel 23º dia – La Paz – Estava planejado fazer Chacaltaya e Vale de la Luna, mas já estávamos cansados e queríamos nossa casa kkkkkk. Voltar para o Brasil já era um sonho! Almoçamos no mesmo lugar de que quando chegamos na cidade, e foi maravilhoso! A noite estava tendo um festival de Rock. Passeamos e voltamos para o Hostel. 24º dia – La Paz – São Paulo – de manhã um taxi nos pegou e levou para o Aeroporto. De tarde já estávamos em São Paulo. Dicas: Todas as rodoviárias cobram taxas. Todos os WC cobram um valor. A maioria dos motoristas querem cobrar a mais, do que foi combinado. Procurem comer fora do centro. A comida simples é a melhor e a mais barata. Reservei tudo pelo Booking, e deu tudo certo! Levei coisa demais na minha mochila. Na volta, você tem o dobro de bagagem e isso pesa demais. Tomei o Diamox, e me arrependi profundamente. Tomei ainda em São Paulo, passei mal pelos efeitos adversos, no Aeroporto. Eu formigava da cabeça aos pés. Não falei nada para o meu marido, mas foi horrível. Chamei o remédio de Diabox kkkkkk. Levem dinheiro de cada país, já daqui do Brasil. Quando você entra em outro país, o câmbio de horrível e a perda é maior. Troquem aos poucos o Real ou Dólar, para que você não volte com dinheiro de outro país para casa. Quero voltar para o Peru, país maravilhoso!!!!! Bom, é isso. Boa viagem à todos! Planilha-Mochilao-2019 (1).xlsx 4 Citar
Membros schitini Postado Janeiro 28, 2020 Membros Postado Janeiro 28, 2020 Ei Cloris. Legal seu passeio, e relato. Eu também sou insulino-dependente e na hora da viagem a gente fica um pouco tenso. No aeroporto então... Mesmo levando a receita com os medicamentos e um relatório de meu médico explicando tudo, sempre relaxo quando passo desta parte. E sempre tem que levar insulina de sobra, porque se por acaso quebrar alguma, a receita brasileira não serve em outro país, por isso vc teria que procurar um médico lá fora e convencer ele a te dar uma receita. Como eu gosto de fazer trilhas, então os cuidados devem se multiplicar. A mochila fica sempre mais pesada, porque tem que levar insulina, aparelho e fitas de exame e doces, muito doces. Provavelmente vcs já conhecem, mas vou falar mesmo assim como faço, pois pode ser de útil. Nos últimos 3 anos tenho feito trilhas no Peru, Argentina e Chile. A parte que mais traz stress é o controle da glicose, ainda mais hiplogicemia no meio de trilhas longas, onde vc não tem acesso a mercados para comprar doces. Em 2019 fiz a trilha Ausangate, no Peru, que foram 6 dias e 5 noites pela montanha, longe de eletricidade, mercados, internet, etc. A trilha é toda feita acima dos 4 mil metros, e dormimos próximo aos 5 mil várias noites. O frio de noite é muito forte e, para diabéticos, que normalmente tem certas dificuldades de circulação periféricas (mães e pés), é f... Eu já tenho 48 anos, diabetes desde os 11, então tem que tomar ainda mais cuidados. Fui com uma companhia que oferecia uma estrutura melhor, a andean lodges, por dois motivos: 01 - eu dormiria em lodges (uma espécie de pousada no meio das montanhas, de propriedade da empresa) todas as noites. Isto para mim conta muito, porque ter uma crise de hipoglicemia noturna numa barraca, sem aceso fácil a banheiro, onde vc molha toda sua roupa de suor e a temperatura está abaixo de zero, é ainda mais estressante. 02 - eu faria a trilha toda apenas carregando uma leve mochila de ataque, contendo minha insulina para o dia, doces também para o dia, máquina retrato e algumas coisas leves, enquanto que minha bagagem maior seria transportada pela empresa entres os lodges, o que facilita demais. Esta eu enchia de doces. Mas o que ia falar mesmo é o seguinte: talvez vcs já tenham tido contato com o medidor de glicose free style libre, da empresa abbott. Caso não tiveram, se trata de um leitor, acompanhado de um sensor. Vc aplica o sensor em seu braço e, com o leitor, apenas por passá-lo em cima do sensor, vc tem a leitura das glicose. Vc pode fazer quantas leituras quiser no período de duração dele (às vezes eu fazia umas 20 ou 30 num único dia). Além da leitura da glicose instantânea, o aparelho ainda te fala se ela está subindo, descendo ou estável. No meio de uma trilha, isto é muito útil. Mas tem também um aparelhinho chamado miao miao, que vc compra separadamente, e usa em conjunto com o sensor. Este aparelho é emparelhado com seu telefone, android ou iphone, e envia leituras da glicose automaticamente para seu telefone, de 5 em 5 minutos. E mais: vc programa ele para dar um alarme se a glicose atingir certos níveis. Eu, por exemplo, programei para, durante a trilha, sempre que a glicose baixasse de 100, o alarme despertava. Por estar na trilha, aí eu comia algo, para evitar ter hipoglicemia. E sempre que subia de 200, também apitava, para eu monitorar mais de perto. À noite, sempre que baixava de 70 ele apitava e me acordava para eu me alimentar. Muito útil. Utilizei em todas as trilhas longas que fiz nestes últimos 3 anos. O único problema dele, na minha opinião, é o preço. São quase 300 reais para apenas 14 dias. Por isso eu só uso quando faço trilhas grandes. Outra coisa que se tem que tomar cuidado, mas isso não é apenas ele, mas qualquer eletrônico, é o consumo de pilha no frio. Este sensor, que dura 14 dias, tem uma bateria interna, que dura estes 14 dias. No quinto dia de caminhada passamos por uma tempestade de neve e a temperatura caiu muito, abaixo de zero, e de repente. Meu celular, que estava usando para tirar fotos, saiu de 55% de bateria para zero em apenas 10 ou 20 minutos. O meu sensor descarregou também, ficando morto. Por isso, sempre que ando com o sensor, levo também, como reserva, outro aparelho para fazer exames com fitas extras, em caso de problemas e, se estiver num local muito frio, guardo todas as baterias que não estiver em uso, quando possível, dentro de meias quentes, para que elas não descarreguem. Uma das coisas que achei mais legal no Peru foi que até em Taquile, um lugar pequeno e de difícil acesso como aquele, eu consegui achar refrigerante sem açúcar, enquanto que aqui no Brasil às vezes não se acha, mesmo em locais grandes e movimentados. Isto me estressa bastante. O fato é que gosto muito de viajar, e principalmente de fazer trilhas. E o diabetes, mesmo dificultando a vida, não me impede, pelo menos por enquanto, de fazer isso. Parabéns a vocês. Eu já tenho alguma experiência com diabetes em viagens. Se precisarem que alguma dica, é só falar. 2 Citar
Membros lobo_solitário Postado Janeiro 28, 2020 Membros Postado Janeiro 28, 2020 @cloris parabéns pelo relato, ficou muito bom! 1 Citar
Membros lobo_solitário Postado Janeiro 28, 2020 Membros Postado Janeiro 28, 2020 @schitini eu tb uso insulina ha uns 13 anos, há pouco tempo tirei um ano sabatico e tive que levar comigo muita coisa, como voce mesmo sabe. Levei uma receita e um laudo medico em ingles, mas de todos os aeroportos que passei apenas na Indonésia e na Tailandia me questionaram a respeito, no primeiro pediram pra abrir a cx de isopor e no segundo pra ver a receita e o laudo. Mas sem demora e nem empecilhos, de certa forma qdo se fala que é medicamento e/ou insulina o pessoal so dizia boa viagem... Sobre o aparelho free style libre eu ja tinha ouvido falar, mas nao comprei ainda por causa do auto custo mensal. Se fosse mais acessível eu faria uso constante, ainda mais por conta da hipoglicemia, eu começo a sentir os sintomas quando a glicemia esta por volta de 40 ou menos. 50 - 60 - 70 nao sinto absolutamente nada e isso de certa forma é perigoso ne. Sobre essa questao do alarme que é possivel programar é muito interessante, nao sabia dessa funcionalidade. 1 Citar
Membros Cloris Macedo Postado Janeiro 28, 2020 Membros Postado Janeiro 28, 2020 58 minutos atrás, lobo_solitário disse: @cloris parabéns pelo relato, ficou muito bom! Obrigada. Fiz um resumão, kkk pra não ficar cansativo. Mas cada experiência eh uma existência maravilhosa. Eu li muita coisa sobre o mochilão, mas nunca falavam nada sobre diabetes e insulina. Não tivemos problema algum em relação a diabetes, e tinha inca cola zero 😍. Maravilhoso! Citar
Membros Cloris Macedo Postado Janeiro 28, 2020 Membros Postado Janeiro 28, 2020 1 hora atrás, schitini disse: Ei Cloris. Legal seu passeio, e relato. Eu também sou insulino-dependente e na hora da viagem a gente fica um pouco tenso. No aeroporto então... Mesmo levando a receita com os medicamentos e um relatório de meu médico explicando tudo, sempre relaxo quando passo desta parte. E sempre tem que levar insulina de sobra, porque se por acaso quebrar alguma, a receita brasileira não serve em outro país, por isso vc teria que procurar um médico lá fora e convencer ele a te dar uma receita. Como eu gosto de fazer trilhas, então os cuidados devem se multiplicar. A mochila fica sempre mais pesada, porque tem que levar insulina, aparelho e fitas de exame e doces, muito doces. Provavelmente vcs já conhecem, mas vou falar mesmo assim como faço, pois pode ser de útil. Nos últimos 3 anos tenho feito trilhas no Peru, Argentina e Chile. A parte que mais traz stress é o controle da glicose, ainda mais hiplogicemia no meio de trilhas longas, onde vc não tem acesso a mercados para comprar doces. Em 2019 fiz a trilha Ausangate, no Peru, que foram 6 dias e 5 noites pela montanha, longe de eletricidade, mercados, internet, etc. A trilha é toda feita acima dos 4 mil metros, e dormimos próximo aos 5 mil várias noites. O frio de noite é muito forte e, para diabéticos, que normalmente tem certas dificuldades de circulação periféricas (mães e pés), é f... Eu já tenho 48 anos, diabetes desde os 11, então tem que tomar ainda mais cuidados. Fui com uma companhia que oferecia uma estrutura melhor, a andean lodges, por dois motivos: 01 - eu dormiria em lodges (uma espécie de pousada no meio das montanhas, de propriedade da empresa) todas as noites. Isto para mim conta muito, porque ter uma crise de hipoglicemia noturna numa barraca, sem aceso fácil a banheiro, onde vc molha toda sua roupa de suor e a temperatura está abaixo de zero, é ainda mais estressante. 02 - eu faria a trilha toda apenas carregando uma leve mochila de ataque, contendo minha insulina para o dia, doces também para o dia, máquina retrato e algumas coisas leves, enquanto que minha bagagem maior seria transportada pela empresa entres os lodges, o que facilita demais. Esta eu enchia de doces. Mas o que ia falar mesmo é o seguinte: talvez vcs já tenham tido contato com o medidor de glicose free style libre, da empresa abbott. Caso não tiveram, se trata de um leitor, acompanhado de um sensor. Vc aplica o sensor em seu braço e, com o leitor, apenas por passá-lo em cima do sensor, vc tem a leitura das glicose. Vc pode fazer quantas leituras quiser no período de duração dele (às vezes eu fazia umas 20 ou 30 num único dia). Além da leitura da glicose instantânea, o aparelho ainda te fala se ela está subindo, descendo ou estável. No meio de uma trilha, isto é muito útil. Mas tem também um aparelhinho chamado miao miao, que vc compra separadamente, e usa em conjunto com o sensor. Este aparelho é emparelhado com seu telefone, android ou iphone, e envia leituras da glicose automaticamente para seu telefone, de 5 em 5 minutos. E mais: vc programa ele para dar um alarme se a glicose atingir certos níveis. Eu, por exemplo, programei para, durante a trilha, sempre que a glicose baixasse de 100, o alarme despertava. Por estar na trilha, aí eu comia algo, para evitar ter hipoglicemia. E sempre que subia de 200, também apitava, para eu monitorar mais de perto. À noite, sempre que baixava de 70 ele apitava e me acordava para eu me alimentar. Muito útil. Utilizei em todas as trilhas longas que fiz nestes últimos 3 anos. O único problema dele, na minha opinião, é o preço. São quase 300 reais para apenas 14 dias. Por isso eu só uso quando faço trilhas grandes. Outra coisa que se tem que tomar cuidado, mas isso não é apenas ele, mas qualquer eletrônico, é o consumo de pilha no frio. Este sensor, que dura 14 dias, tem uma bateria interna, que dura estes 14 dias. No quinto dia de caminhada passamos por uma tempestade de neve e a temperatura caiu muito, abaixo de zero, e de repente. Meu celular, que estava usando para tirar fotos, saiu de 55% de bateria para zero em apenas 10 ou 20 minutos. O meu sensor descarregou também, ficando morto. Por isso, sempre que ando com o sensor, levo também, como reserva, outro aparelho para fazer exames com fitas extras, em caso de problemas e, se estiver num local muito frio, guardo todas as baterias que não estiver em uso, quando possível, dentro de meias quentes, para que elas não descarreguem. Uma das coisas que achei mais legal no Peru foi que até em Taquile, um lugar pequeno e de difícil acesso como aquele, eu consegui achar refrigerante sem açúcar, enquanto que aqui no Brasil às vezes não se acha, mesmo em locais grandes e movimentados. Isto me estressa bastante. O fato é que gosto muito de viajar, e principalmente de fazer trilhas. E o diabetes, mesmo dificultando a vida, não me impede, pelo menos por enquanto, de fazer isso. Parabéns a vocês. Eu já tenho alguma experiência com diabetes em viagens. Se precisarem que alguma dica, é só falar. Nossa, você tem que colocar essa experiência nos relatos de viagem. Li muito e ninguém citava nada sobre diabetes. Não tivemos nenhum problema, mas o monitoramento era constante! Parabéns pela garra, e se eu fosse vc, faria um textão com sua experiência. Eu apóio 👍🏼. Igualmente ao @lobo_solitário. Vocês precisam socializar a experiência de vcs. Faz muita falta! 👏 Citar
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