Membros mixellett Postado Agosto 2, 2020 Membros Postado Agosto 2, 2020 @ricardo.barros olha, não sabia disso!! Boa dica Citar
Membros ricardo.barros Postado Agosto 9, 2020 Autor Membros Postado Agosto 9, 2020 28/12 - TENSÃO NAS RUAS Nesse dia lembro que já estava meio injuriado com as inconstâncias do transporte na cidade e decidir rumar ao centro a pé. Passei no mercado e comprei umas maçãs (EUR 0,22) e saí rumo ao Panteão. Caminhei 4,4 km (dado possível graças ao Google Timeline que tá me ajudando pacas a lembrar de tudo). pelas ruas apertadas do 14º Arrondissement até chegar lá, graças ao frio de uns 6º quase não me cansei, ajudou até a aquecer rs. A entrada no Panteão estava coberta no Paris Museum Pass, então não paguei nada a mais para acessar: Ao chegar lá não tem como não se impressionar com a beleza de suas colunas em estilo Coríntio Grego, me sua cúpula me lembrou bastante o Capitólio em Washington D.C. Lá dentro estão enterrados alguns dos personagens mais importantes da história da França dos mais diferentes campos do conhecimento e artes como os escritores Alexandre Dumas, Victor Hugo, o pintor central do Neoclassicismo Jaques-Louis David e filósofos do quilate de Rousseau, Descartes e Voltaire, e muitos mais. Todos estes ficam na Cripta, no piso de baixo do local, no térreo (que é por onde se entra) sob a cúpula encontra-se uma réplica do pendulo de Focault, experimento científico que prova que a Terra gira em torno do Sol, e que foi realizado ali mesmo em 1851. Túmulo de Voltaire, um dos GIGANTES do pensamento humano: Saindo dali parti (a pé lógico) para explorar a região da Notre Dame e arredores da Ile de la Cité (750 metros). Lamentavelmente devido ao incêndio não pude entrar, fica pra próxima: Embora seja a expressão máxima do período gótico, achei (por fora pelo menos) bem modesta em comparação a outros pares franceses. Depois de uns bons minutos inspecionando-a por fora em vielas laterais abarrotadas de gente (saudades mundo pré-pandemia) segui para a próxima parada, ali pertinho, a magnifíca capela gótica de Sainte-Chapelle e seus vitrais do século XV (também estava inclusa no Paris Museum Pass): Depois saí e fiquei andando meio que sem rumo, apenas sentindo a cidade sob a sola dos pés...uma das coisas que mais gosto de fazer... O leitor mais atento pode estar se perguntando aonde está a tensão que ressaltei no título desse post. Pois bem amigos, tudo começou com minha infeliz decisão de ir almoçar num Mc Donalds no centro, próximo ao Marais. Estava de boa lá dentro terminando o lanche quando de repente vejo umas pessoas nuns coletes amarelos começando a passar pela rua fazendo bastante barulho. Era uma das inúmeras manifestações que vinham (e acho que vem ainda) ocorrendo contra o Macaron (desculpe o trocadilho infame). Até aí gente tudo normal, sou de São Paulo, onde tem uma dessas por semana. O problema foi que logo depois do nada fecharam as portas, tudo se apagou dentro da loja e o segurança pediu pra todo mundo ir para o andar de baixo, eles temiam que atirassem algo para dentro. Deixo um registro desse momento: Ficamos aí nessa situação por uns 15 minutos, e como lá fora a passeata parecia não se mover decidiram evacuar todos os clientes pelos fundos...me senti num filme, passamos pela cozinha do Mc, pude conferir se os produtos eram bem armazenados rs. Ao sair, diga-se de passagem no meio da manifestação, percebi que "talvez" tivessem exagerado, pois estavam apenas entoando cantos e andando...até pensei comigo, que exagero do Mc...amigos, ledo engano. Fui andando no sentido contrário, indo por onde eles tinham passado, até o La Centre Pompidou, o cenário parecia de guerra: Embora seja totalmente anti-vandalismo e tenha ficado com raiva dessa destruição de patrimônio público me afastei pois não era minha luta. Segui meu rumo para encontrar dois arcos que ficaram ofuscados com a construção do Arco do Triunfo: Um deles é o Porte Saint-Denis, de 1672 O outro é o Porte Saint-Martin, de 1674 Ambos foram construídos para substituir antigos portões da época medieval, quando a cidade era amuralhada. Quem quiser ver também ficam um bem perto do outro, no Boulevard St. Denis. Com a luz do sol já indo embora, rumei dali para a Gare du Nord, andando pela região que talvez seja das mais degradadas da cidade, se vê muitas pichações, gente nas ruas vendendo coisas de qualidade duvidosa e alguns olhares mais intimidadores, como que caçando uma vítima para tentar algum golpe. Novamente, nenhuma novidade para um paulistano, mas fica o alerta para redobrar a atenção. De lá tomei o RER para o Hostel e finalizei o dia com 10,6 km caminhados. 2 Citar
Membros ricardo.barros Postado Agosto 22, 2020 Autor Membros Postado Agosto 22, 2020 29/12 - ENCONTRO COM NAPOLEÃO Nesse dia fui ao Hotel dos Inválidos, para visitar o Musée de l'Armée e o memorial dedicado à Napoleão. Passei na padaria e tomei um bom chocolate quente com croissant (EUR 8,80), depois fui me reabastecer de água no mercado lá perto (EUR 2,00 - caro pois é mercado de bairro) e fui. Nascer do sol da janela do Hostel, já quase 9:00 da manhã. Como saí mais tarde o RER já tinha fechado, então fui até Porte d'Órleans para tomar um ônibus (EUR 1,90) que parasse perto do Hotel. Rapeis...a fila tava quilométrica (ainda bem que era o ponto inicial), me lembrou dias de greve do metrô em SP, só que era uma mistura de locais e turistas muito heterogênea. Fui no segundo ônibus, em pé e bem espremido, e logo no terceiro ponto ninguém mais conseguia entrar no ônibus...foi quase um expresso até o Champ de Mars, onde desceu um pouco de gente...Logo mais chegou o meu ponto e desci. O lugar tem um jardim frontal belíssimo: Comecei pela Capela dos Inválidos, que conta com uma bela cúpula. Nas laterais estão enterrados os irmãos de Napoleão (José e Jerônimo Bonaparte) além de outros personagens militares (como o Marechal Foch), fazendo da capela um Panteão Militar. No meio da Capela, bem abaixo da Cúpula há uma abertura de onde tem uma boa visão do Sarcófago de Napoleão, rodeado por alegorias que representam suas maiores vitórias militares: Fiquei um bom tempo lá, depois fui ao museu do Exército, que fica no Hotel propriamente dito. Museu sensacional, possui uma coleção inestimável de equipamentos e trajes militares das mais variadas épocas da história da França. Destaco o Vizir, o famoso "Cavalo Branco" de Napoleão, que foi empalado e está no museu também: Lembro que fiquei o dia todo lá, estava já na seção dos aparatos da Segunda Guerra Mundial quando infelizmente falaram que iriam fechar. Ao sair tomei um susto pois já estava escurecendo (realmente passo o dia no museu se deixar rs) Como já estava perto da Torre Eiffel e queria ver como era a iluminação dela eu rumei para lá: Para completar voltei a pé para o Hostel, caminhada de 7km...no meio do caminho passei num Carrefour (esse com mais cara de supermercado grande) para comprar algumas coisas para levar ao Hostel (comida pronta + banana + refrigerante + ketchup = EUR 10,15). 2 1 Citar
Membros Este é um post popular. ricardo.barros Postado Setembro 6, 2020 Autor Membros Este é um post popular. Postado Setembro 6, 2020 30/12 - MAIS PARIS Neste dia fui logo cedo até a Gare du Nord para me informar sobre qual era a situação dos trens de longa distância, e avaliar se teria como fazer um bate-e-volta no dia seguinte sem risco de ser pego de surpresa com o fechamento de alguma linha por conta da greve. Já aviso que os funcionários da SCNF (companhia estatal de trens) não são de muitas palavras e nem se esforçam muito para entender o inglês. Vendo isso procurei algum que fosse mais jovem (teoricamente são mais tolerantes aos turistas), e achei uma moça que me explicou um pouco melhor e fui para o totem de auto-atendimento comprar. É bem simples, só escolher o idioma, a estação de origem-destino e pagar (aceita cartão de crédito, que foi como paguei). Percebi que as viagens que aparecem para você no momento da compra não são as afetadas pela greve, então em tese serão honradas...Com o pulo em Estrasburgo garantido para o dia seguinte (EUR 122,00) fui para a Gare de Lyon visitar um local nos arredores que pode até passar desapercebido para alguns, mas que possui grande relevância histórica: Praça da Bastilha, que antes era uma prisão, até ser invadida pela população em 14/07/1789 sendo essa uma data-chave na Revolução Francesa e posteriormente virando feriado nacional. Nada restou da prisão (que foi demolida nessa revolta) hoje há esse monumento em bronze (Coluna de Julho), terminada em 1840. Sai dali e fui caminhando até a Place des Vosges, outro lugar muito bonito: Tomei o metrô e fui para o Quartier Latin para visitar as Termas de Cluny, da época do Império Romano, só que ao chegar lá vi que as ruínas infelizmente estavam fechadas, fiquei apreciando por fora mesmo e entrei no museu ao lado (Museé de Cluny), que tem um acervo interessante da Idade Média (entrada gratuita com o Paris Museum Pass): Para fechar o dia, fui caminhando (4,8 km) dali até o Arco do Triunfo, dessa vez entrando dentro dele, aproveitando a gratuidade do passe. Já sabia de antemão que seria uma subida a pé por 284 degraus, e minhas pernas já estavam um pouco cansadas, mas segui mesmo assim. O ruim é que a escada é um pouco estreita, para descansar você tem que ficar bem no canto para abrir espaço aos demais. Há um elevador, mas é reservado para pessoas com mobilidade reduzida, e mesmo assim este sobe apenas até o terraço inferior onde fica uma exposição sobre o Arco e uma loja de souvenirs. Dali até o topo são mais uns 40 degraus. Cheguei no Terraço inferior (fechado, dentro do arco) e aproveitei para descansar um pouco a perna e me informar um pouco mais sobre a história do local. Tomei um ar e encarei o restante, e posso dizer que vale a pena o sacrifício pois a visão é excelente: 4 1 Citar
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