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23 dias no PR - dez/2018 - Parte 3: Guaraqueçaba


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Relato de viagem:

Segunda, 10/12/2018 - ensolarado
Terminal Rodoviário Brasílio Carlos Jorge Buffara, Estação Rodoviária de Guaraqueçaba, Pousada Yuassa, city tur

Na Estação Rodoviária de Guaraqueçaba, Seu Luiz da Pousada Yuassa nos esperava. Depois de deixarmos nossa bagagem na pousada, saímos para almoçar no Restaurante Zelica com comida caseira e honesta. Volta pelo centrinho. A Praça William Michaud tem um letreiro bacana para tirar foto e um chafariz, mas estava desligado. Apresenta uma fileira de palmeiras junto à cerca branca e azul ao longo das águas da baía. Ao fundo, tem o Morro do Quitumbê com mata preservada. O CIT tem pouco material, mas o funcionário deu informações. Tem poucas construções históricas, como o Casarão do IBAMA que está quase desabando. Do outro lado, emendada à praça, a Ponta do Morretes tem uma passarela que rende uma caminhada agradável. À noite, experimentamos a pizza da Pizzaria, Lanchonete e Sorveteria Borgert’s que estava boa. No trapiche, vimos algo pulando na água e nos disseram que eram botos. Visual do trapiche à noite: tudo escuro à frente, só mato, sem moradias. Só do lado esquerdo, dá para ver uma claridade, mas atrás do morrinho não dá para ver as luzes diretamente.

Terça, 11/12/2018 - ensolarado
RPPN Salto Morato

Combinamos o passeio com o Cleiton, mas ele não podia e enviou o sogro dele, Ademir. Pegamos um caminho mais curto beirando a baía e passamos em frente à Pousada Bambuza. A rua é bem estreita, mas tem um visual legal. Seguimos para o Bairro Morato, perto do rio homônimo, com casas de madeira, igrejas. Na entrada da RPPN Salto Morato, tem uma guarita, onde é cobrado o ingresso e fornecido um mapa da reserva. Seguimos com o carro até o Centro de Visitantes. Uma calçada da fama leva ao Centro de Visitantes que apresenta uma pequena exposição. Tudo muito arrumado. Seguimos para a Trilha do Salto Morato que se inicia com 2 placas com informações e mapa. Atravessamos uma bela ponte pênsil. Ao longo do caminho, há mais placas informativas. Passamos pelo aquário natural com muitos peixes. Tem bebedouro/torneira com água potável, banheiro, bancos e deque de madeira para contemplação. Continuamos em direção ao Salto Morato que é muito bonito e alto. Antes de chegar, já dá para vê-lo no meio da mata. De manhã, a cachoeira estava na sombra. No retorno, dei um mergulho rápido no aquário no meio dos peixes. Deu para encher os cantis e trocar de roupa no banheiro. Pegamos a Trilha da Figueira que é mais fechada e mais estreita, com mais cara de trilha. Leva à figueira centenária que se estende sobre um rio de águas límpidas. Tem um deque com bancos para sentar, torneira e lixeiras. Retornamos. Na bifurcação, pegamos à direita. Sai na guarita, depois da falsa baiana. Aí voltamos até o Centro de Visitantes e estacionamento. Fui de calça comprida e não vi pernilongos, nem borrachudos, mas tinha uns insetos que pareciam mutucas voando em volta das nossas cabeças. Para almoçar, repetimos o Restaurante Zelica. Fomos ver o pôr do sol na Praça William Michaud, lindo, mas com borrachudos. Fomos ao Canoa Quebrada Bar, comer pizza que estava muito boa.

Quarta, 12/12/2018 - ensolarado / pancada de chuva ao final da tarde (chuva, ventos, raios)
Tibicanga

Fica a dica: cuidado ao contratar motoristas e barqueiros para os passeios. A maioria dos passeios ainda é feita de maneira improvisada e informal. Desconheço se há agências ou guias devidamente credenciados

Passeio combinado com o Diego, mas ele trabalha como segurança do hospital e não pôde comparecer, mandando o Freddy no lugar. Saímos pouco antes das 8h30. Seguimos com mangue por todos os lados. Barco estava com problema, devagar, vazando óleo e depois entrou um pouco de água dentro da embarcação. Demoramos e a maré já estava vazando. Acho que o Freddy, novo e inexperiente, não sabia o caminho. Tentou ir por uma passagem estreita entre os manguezais. Atolamos algumas vezes, pois estava muito raso. Freddy e Daniel tiveram que descer para desatolar o barco que estava barulhento e tremendo muito. Tivemos que voltar e tentar outro caminho mais largo, mas estava raso também. Tivemos que parar. Estávamos perto, mas não tinha como prosseguir. Voltamos e tivemos que parar em Tibicanga para esperar a maré encher. Tinha alguns borrachudos e mutucas. Fomos ao Bar do Didi e conversei com a Adriana. Ela me falou que vivem cerca de 60 famílias na vila. Com a maré um pouco mais cheia, retornamos a Guaraqueçaba. Perdemos o dia de passeio, sem conseguir ir à reserva. Fora o apuro que passamos. Sãos e salvos em terra firme, fomos ao Restaurante Guaricanas para variar. Almoçamos um comercial simples, mas bem servido e gostoso. Saímos com o Seu Luiz procurando um barqueiro para nos levar para passear. Ele nos levou a um conhecido que tinha voadeira, mas ficaria caro, ainda mais para apenas 1 casal. Ele sugeriu o Elias. Conseguimos falar com ele e deixamos combinado para o dia seguinte. À noite, tentamos jantar no Guaricanas que estava com as portas abertas, mas disseram que não ia atender no jantar nesse dia. Então fomos ao Canoa Quebrada Bar comer um lanche. De volta à pousada, Seu Luiz achou melhor ir à casa do Elias para confirmar o passeio do dia seguinte. O Elias repassou o serviço para o Diego Peniche (outro Diego, não aquele com que eu combinei o passeio primeiro) que já trabalhou na reserva e conhece bem o local. O negócio do Elias é pescar, não quer levar turista para passear, nem fazer traslado. Percebi que é costume repassar serviço sem avisar.

Quinta, 13/12/2018 - manhã ensolarada com muitas nuvens / tarde ensolarada
RPPN Sebuí

Chegamos às 7h30 no posto de gasolina. Elias disse que estaria com o Diego de manhã para abastecer e acompanhar a saída do passeio, mas não compareceu. Partimos com maré cheia, mas já estava vazando. Chegamos ao píer da RPPN Sebuí às 8h45. O caminho está bem limpo, tem passarelas de madeira sobre a área alagada e depois trechos calçados com pedras. Caminhamos 1 km até a casa do Edson e Érica, os caseiros. A trilha é curta e segue pela Mata Atlântica, com muitas bromélias, samambaias e juçaras. Passamos a entrada à direita para a primeira queda, a Cachoeira Graciosa. Seguimos em frente e pegamos a próxima entrada para a Cachoeira Preciosa (antiga Misteriosa). É o trecho mais difícil com uma subida íngreme e depois uma descida curta. Encontramos uma cobra na trilha. A queda não é alta, mas o poço é bem bonito. Também é bonita a pequena queda à direita do poço. Do alto, vemos a queda e o buraco embaixo. Voltamos pelo mesmo caminho, retornamos à trilha principal e seguimos adiante para a terceira e última queda da trilha, a Cachoeira do Cormurano que é um pouco mais alta e tem um poço bem bonito e bom para banho com cerca de 1,5 m de profundidade, onde aproveitei para mergulhar nas águas frias. Voltamos pelo mesmo caminho e a cobra continuava no mesmo local. A trilha margeia o rio que tem algumas prainhas e areia clara. Rio bem raso e de águas límpidas. Paramos na Cachoeira Graciosa, cuja queda é pequena, mas tem um poço bonito. O rio forma uma pequena corredeira depois do poço. O volume d'água das cachoeiras não era expressivo, talvez por conta que a estação chuvosa ainda não começou. Voltamos ao ponto de partida e visitamos a casa do Edson e da Érica, onde tomamos café com bolo. É uma casa simples de madeira, com fogão à lenha e serpentina para aquecer a água, mas tem fogão a gás também. Visitamos a área que tem alguns chalés de madeira para hospedagem. Do outro lado do rio, depois de uma trilha bem curta, localizamos a "casa da árvore" que não fica em cima de uma árvore, mas fica suspensa sobre pilares entre as árvores. Tem canoas e caiaques para passear no rio. Pouco antes das 12h já tínhamos visto as cachoeiras, conhecido os chalés para hospedagem e o outro píer. A maré estava bem baixa, mas deu para voltar. A paisagem estava diferente, com muita raiz exposta das vegetações e até grandes áreas de lodo e lamaçal expostas, onde antes tinha água. Fomos por um caminho e voltamos por outro, provavelmente o caminho da ida não daria para passar. Pouco depois das 13h estávamos de volta. Almoçamos no Restaurante Thaico, onde pedimos um PF simples que estava bom. À noite, fomos ao Armazém Rodrigues que é bem turístico, mas parece que é mais para beber e petiscar. Pedimos prato executivo que estava mediano, comi melhor com porção maior, mais fresco e mais barato em outros restaurantes.

Sexta, 14/12/2018 – ensolarado
Morro do Quitumbê, Ilha do Superagui, Pousada Paraíso, Praia Barra do Superagui, sede do Parque Nacional do Superagui

Fica a dica: é bom confirmar com antecedência e no dia também, se as linhas de transporte estão operando. Não conte com as linhas, tenha sempre um plano B (ou uma reserva para cacifar um traslado privativo)

Seguimos até a singela Igreja do N. Sr. Bom Jesus dos Perdões, mas estava fechada. Subimos o Morro do Quitumbê por uma trilha agradável no meio da mata. Oferece uma vista panorâmica bacana. Fomos de manhã, mas o pessoal gosta de ir lá para ver o pôr do sol. Fomos à praça principal e não vi o Barco Vitória, nosso meio de transporte para a Ilha do Superagui. Ficamos sabendo que o barco não saiu da ilha, pois não tinha passageiros. O Ivan da Secretaria de Turismo descobriu que tinha um barco da Ilha do Superagui que estava voltando para lá e me avisou. Saí correndo para o trapiche perto do posto e conversei com o barqueiro que topou nos levar e cobrou o mesmo valor do barco de linha. Ele estava com apenas 2 passageiros e já estava saindo, mas pedi para ele nos esperar para que pudéssemos pegar a bagagem na pousada. Corremos para a pousada, catamos tudo e corremos para o trapiche. Saímos pouco antes das 11h e chegamos por volta das 13h. Durante o trajeto, avistamos Tibicanga, Barbados, a Ilha do Pinheiro, Bertioga. No meio do percurso, algumas mutucas nos atacaram.

Continua no relato da Ilha do Superagui...

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Nanci Naomi
http://nancinaomi.000webhostapp.com/

Trilhas:
Grupo CamEcol - Caminhadas Ecológicas Taubaté

Relatos:
23 dias no PR - dez/2018 - Parte 1: Natal de Curitiba | Parte 2: Morretes | Parte 3: Guaraqueçaba
15 dias em SC - fev/2018 - Parte 1: Vale Europeu | Parte 2: Penha

Paraty e Ilha Grande - jul/2015 - Parte 1: Paraty | Parte 2: Araçatiba e Bananal | Parte 3: Resumão das trilhas

3 dias em Monte Verde - dez/2014
21 dias na BA - fev/2014 - Parte 1: Arraial d'Ajuda | Parte 2: Caraíva | Parte 3: Trancoso | Parte 4: Porto Seguro

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo
21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

21 dias em SC - jul/2012 - Parte 1: Floripa | Parte 2: Garopaba | Parte 3: Urubici | Parte 4: Balneário Camboriú
8 dias em Foz do Iguaçu e vizinhanças - fev/2012 - Parte 1: Foz do Iguaçu | Parte 2: Puerto Iguazu | Parte 3: Ciudad del Est

25 dias desbravando Maranhão e Piauí - jul/2011 - Parte 1: São Luis | Parte 2: Lençóis Maranhenses | Parte 3: Delta do Parnaíba | Parte 4: Sete Cidades | Parte 5: Serra da Capivara | Parte 6: Teresina

Um final de semana prolongado em Caldas e Poços de Caldas - jul/2010

Itatiaia - Um fds em Penedo e parte baixa do PNI - nov/2009
Um fds prolongado em Trindade e Praia do Sono - out/2009
19 dias no Ceará e Rio Grande do Norte - jan/2009 - Parte 1: Introdução | Parte 2: Fortaleza | Parte 3: Jericoacoara | Parte 4: Canoa Quebrada | Parte 5: Natal

10 dias nas trilhas de Ilha Grande e passeios em Angra dos Reis - jul/2008
De molho em Caldas Novas - jan-2008 | Curtindo a tranquilidade mineira de Araxá – jan/2008

Mochilão solo: Curitiba e cidades vizinhas - jul/2007
Algumas Cidades Históricas de MG - jan/2007 - Parte 1: Ouro Preto | Parte 2: Tiradentes

9 dias nas Serras Gaúchas - set/2005 - Parte 1: Gramado | Parte 2: Canela | Parte 3: Nova Petrópolis | Parte 4: Cambará do Sul

 

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