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Relato de viagem:

Segue abaixo o relato de viagem, mas antes, baseado na minha experiência, vou deixar um roteiro mais otimizado para os próximos viajantes, pois como dizia o finado e saudoso Guia Quatro Rodas: “a gente vai antes para você ir melhor”. Fica a dica: faça o que eu digo, não faça o que eu fiz ;) O relato tem basicamente o histórico da viagem, mas sem as dicas, estas estão espalhadas pelas seções anteriores.

Segunda, 03/12/2018 - nublado/garoando na serra e em Morretes
Estação Rodoferroviária de Curitiba, Estação Ferroviária de Morretes, Pousada Vista do Marumbi, Centro/Centro Histórico

Pegamos um táxi da Estação Ferroviária de Morretes à Pousada Vista do Marumbi, mas era perto, daria para ir andando mesmo com mala. Deixamos a nossa bagagem e fomos almoçar no Restaurante Açoriano, próximo à pousada, com comida simples, mas boa. Fizemos um passeio pelo Centro. Passamos pela R. XV de Novembro que tem comércio em geral. Rumamos para o Centro Histórico, onde tomamos sorvete na Sorvetes Artesanais D'Gio Pi. Na primeira segunda-feira da alta temporada do trem (com saídas diárias), alguns restaurantes estavam fechados e tinha poucas barracas da feira na rua, os quais vendiam chips de banana, mandioca, batata e batata doce, bala de banana, além de outras guloseimas e artesanato. Demos a volta, passando pela ponte e beirando o rio pelo outro lado. Começou a chover e ficamos abrigados no coreto da Praça dos Imigrantes. Fomos à Calango Expedições, conversar com o Celso e agendar passeios. Como a previsão de tempo não era boa para o próximo dia, deixamos em aberto, sem marcar nada. Jantamos no Restaurante Terra Nossa, pois era um dos poucos que eu tinha certeza que estaria aberto na noite de segunda-feira. Pedimos uma pizza que estava boa. À noite, todas as lojas fechadas, poucos restaurantes e sorveterias abertas.

Terça, 04/12/2018 - ensolarado
Terminal Rodoviário de Morretes, Terminal Rodoviário de Paranaguá, Centro Histórico

Depois do café seguimos até o Terminal Rodoviário de Morretes. Pegamos o horário das 9h25. Passamos por bairros de Morretes, andamos um trecho na Rodovia BR-277 para chegar a Paranaguá, onde atravessamos alguns bairros antes de chegar ao Terminal Rodoviário de Paranaguá. Levamos cerca de 1h. Vi um funcionário da prefeitura e perguntei do CIT, ele indicou o quiosque em frente ao terminal. Fomos lá e tinha vários mapas e funcionários bem atenciosos. Perguntei do passeio de barco e me disseram para correr ao trapiche e tentar encaixar em algum grupo, que inclusive um grupo grande de SP tinha acabado de chegar. Corremos ao trapiche e vimos uma movimentação. Perguntei ao barqueiro se tinha possibilidade de fazer o passeio e ele disse para conversar com o responsável pelo grupo que já tinha fechado o passeio de barco. Conversei com o simpático Professor Paulo que nos deixou juntar com a turma de enfermagem da UFPR, eram 19 alunos + 2 professores. O passeio de barco pela baía de Paranaguá saiu às 11h, com duração prevista de 1,5h. Foi sorte encaixar em um grupo tão bom, os alunos foram ótimas companhias e o Prof. Paulo foi um excelente guia do passeio. Avistamos a Ilha dos Valadares, Cotinga, Cobras, Ilha do Mel ao fundo. Seguimos até o Porto Dom Pedro II, cujas dimensões impressionam. O Paulo foi dando uma série de explicações e contando histórias. O Paulo disse que tem uma festa muito boa em Amparo no mês de janeiro. O Paulo começou a combinar o almoço com seus alunos e nós nos convidamos para ir juntos. O Paulo sugeriu almoçar no Mercado Municipal Nilton Abel de Lima, pois no piso superior tem alguns restaurantes. Almoçamos no Restaurante Divina Gula e a comida era simples, mas estava gostosa. Depois do almoço, despedimo-nos do grupo e partimos para o city tur. Demos um pulo na Ilha dos Valadares. A travessia pela ponte é bacana, com visual panorâmico do rio e do Centro Histórico. Do outro lado, só visitamos a Praça Cyro Abalem com um monumento e a Paróquia N. Sra. de Navegantes. Retornamos para passear no Centro Histórico. Seguimos caminhando pela beira da baía com o casario histórico. Na Praça de Eventos Mário Roque estava uma movimentação, montando estrutura para a Festa do Caranguejo. Tem um pequeno Farol na praça, perto do caranguejo gigante, onde é ponto obrigatório para o turista parar para uma foto. Paramos no Mercado do Artesanato que é pequeno, tem apenas algumas lojas de artesanato, mas vale a visita tanto interna quanto externa, pois o prédio é bem bonito. O Mercado do Café é pequeno e tem restaurantes e lanchonetes. Está instalado em um prédio antigo, bem bonito. Seguimos pela bela R. Gal. Carneiro, também conhecida como Rua da Praia. O Palácio Mathias Bohn estava fechado. A Praça do Guincho é bem pequena e como o nome diz, tem um guincho lá, ainda que pequeno. Na Praça Newton Deslandes de Souza, tem o Mural Sacro em homenagem a São Francisco de Chagas. Belo mural, mas infelizmente tem um pouco de pichação na lateral. Acima dessa praça, fica a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, cujo interior é bem simples com paredes brancas e teto com forro de madeira bege. Ao lado, o Cine Teatro. Subimos até o Palácio Visconde de Nácar, aparentemente fechado. Passamos na Sectur que também tem material turístico. A Estação Ferroviária está fechada para reforma. Em frente, tem o que parece ser um terminal e, na praça, tem outro mini farol. A Praça Fernando Amaro tem um coreto bonito, mas deteriorado. Parece que estão reformando. O Clube Literário está instalado em um belo casarão na praça. Retornamos pela R. XV de Novembro. Tem muitos casarios históricos, mas foram modificados, pois abrigam comércios atualmente. As fachadas foram modificadas e os interiores totalmente remodelados. Por não terem sido modificados e por estarem localizados à beira da baía, o conjunto de casarios da Rua da Praia são mais bonitos, ainda que vários estejam abandonados/fechados. No final das contas, é difícil dizer qual é o melhor, modificado, mas aberto ou não modificado, mas abandonado e deteriorando com o passar do tempo. Passamos em frente ao Pelourinho e à Casa Cecy. Visitamos o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná. O prédio é muito bonito. Vale descer e ver o pátio interno. O acervo é variado e tem exposições temporárias. O Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá rendeu apenas uma visitação externa, pois estava fechado. Seguimos para a Igreja de N. Sra. do Rosário, cujo interior é simples, mas chama a atenção pelos vitrais coloridos. Passamos pelo Largo Monsenhor Celso que abriga a Casa da Cultura Monsenhor Celso e Casa da Música Brasílio Itiberê. Próximo fica a Casa da Memória “Dacheux” e um pouco à frente, a Igreja de São Benedito, cujo interior é bem simples, com paredes lisas e brancas e ao altar de madeira também é simples, mas parece antigo. Passamos pela Praça do Japão e Fonte Velha. Na Praça dos Povos Árabes, em frente da rodoviária, tem uma escultura de concreto, um caranguejo pernudo com o corpo no alto que é oco, com um buraco, parece uma casa de joão-de-barro. Resolvemos visitar o Aquário de Paranaguá que rende uma visita legal se você não visitou aquários maiores antes. É legal para as crianças que sempre se divertem. Voltamos de ônibus a Morretes. Jantamos no Restaurante Jantar Serra & Mar que é mais simples, mas a comida estava boa. Paramos na Sorveteria Glup que tem um sorvete mais industrializado.

Quarta, 05/12/2018 - ensolarado, céu muito limpo
Parque Estadual Pico do Marumbi: Trilha do Rochedinho, Centro/Centro Histórico

Depois do café, saímos às 9h com o guia Richard. Pegamos a estrada para Porto de Cima e a bifurcação de terra que leva ao Parque Estadual Pico do Marumbi. No início, a Estrada das Prainhas está em bom estado de conservação, mas depois fica mais judiada. Essa estrada ainda tem trechos com calçamento de pedras originais. Paramos na portaria do parque, onde registramos nossa entrada. Seguimos a pé pela estrada que termina na Estação Engenheiro Lange, onde tem o prédio da estação, mas não tem estrutura nenhuma, nem banheiro. Aí começa uma trilha calçada, inicialmente com grama e plantas podadas, parecendo um jardim. É sinalizada e segue até a Estação Marumbi, onde tem mais um posto do parque para cadastro dos visitantes e tem sanitários. Seguimos pela Trilha do Rochedinho que é razoavelmente demarcada e sinalizada com placas e fitas azuis amarradas ao longo do percurso. No alto do Rochedinho, descortina-se vista panorâmica. De um lado, se tem uma bela visão do Conjunto Marumbi, então obviamente não dá para ver o que tem atrás dele, mas dá para curtir o visual das serras, da usina hidrelétrica, do Salto dos Macacos e da ferrovia. Do Rochedinho, o visual do Marumbi é um pouco diferente, dá para ver bastante verde, mas tem alguns pontos de pedra exposta. Da cidade e de Porto de Cima, o Marumbi sempre aparece totalmente verde, coberto de vegetação. Também dá para ver Porto de Cima, Antonina e a Baía de Antonina - dá para ver o mar! Ficamos esperando para ver o trem passar, mas não passou. Ao retornarmos, ficamos sabendo na Estação Marumbi que o trem parou perto da Cachoeira Véu de Noiva e retornou para Curitiba, pois a ferrovia estava interditada para a retirada do corpo de um funcionário da linha do trem. De volta à cidade, fizemos um passeio pelo Centro Histórico. Compramos chips de mandioca, banana doce e banana natural em uma das barracas. O movimento estava bem devagar, pois o trem não chegou. Conhecemos a outra unidade dos Sorvetes Artesanais D'Gio Pi, na R. XV de Novembro que é mais voltada aos moradores da cidade, pois fica fora da área mais turística. Acho que dava quase uns 50% de diferença no preço do kg, mais em conta. À tarde, um café expresso na Sorveteria Sapori D'Itália Vêneto Gelato que é bem ajeitadinha. A Praça Silveira Neto tem um coreto singelo e árvores debruçando sobre o rio. Passamos na SECTUR, na Casa Rocha Pombo que funciona com CIT também, aproveitamos para pegar um mapa da cidade. Passamos na Igreja de São Benedito, mas estava fechada, parece que só abre para as missas. Ficamos em uma pracinha, do outro lado do rio, esperando o pôr do sol, mas tinha muitos borrachudos e ainda ia demorar para o sol se por. Resolvemos voltar à pousada. Saímos para jantar no Café Bar Beira Rio que é simples, mas bem agradável. O Maurício do restaurante também é guia e faz passeios.

Quinta, 06/12/2018 - ensolarado com muitas nuvens, principalmente no topo do Marumbi
Parque Estadual Pico do Marumbi: Salto dos Macacos e Salto Redondo

Saímos às 9h com o guia Richard. Passamos pelo mesmo caminho do dia anterior até o Parque Estadual Pico do Marumbi. Paramos na portaria do parque para registrar nossa entrada e começamos a caminhar pela estrada. Logo, surge a entrada da trilha à direita da estrada, marcada com placa. Seguimos pela trilha com várias travessias de rios. Perto da chegada, tem a bifurcação para o Salto Redondo. Dá para ver a queda entre a vegetação. Porém, seguimos adiante para alcançar primeiro o Salto dos Macacos. A trilha termina na base do Salto dos Macacos. Tem um poço raso para banho com fundo todo de pedras e água muito gelada. Para uma melhor visão frontal da queda, seguimos à direita sobre a laje. Depois, fomos para o outro lado, à esquerda, para alcançar o alto do Salto Redondo. Descortina-se belo visual do Conjunto Marumbi. É claramente visível a linha do trem que se interrompe no canto esquerdo do Rochedinho, onde tem um túnel. O topo do Marumbi estava com neblina e provavelmente sem visual, mas me disseram que lá de cima o visual do mar de nuvens é show. Voltando, agora a bifurcação está à direita, que desce à base do Salto Redondo. Tiramos fotos e contemplamos a queda, mas não paramos para banho. Retornando pelo mesmo caminho, chega-se à trilha principal, para o retorno à entrada do parque. De volta à cidade, fomos à Garaparia Vô Lolo. O caldo de cana com limão é ótimo e a enorme coxinha de aipim uma delícia. Mais tarde, passamos pela R. Cons. Sinimbú para ver se tinha algum restaurante diferente aberto, mas nada. Então, repetimos o Café Bar Beira Rio e experimentamos o barreado que estava bom. Conversei com o caixa do restaurante e perguntei se o movimento seria maior no final de semana; ele disse que não, que o movimento é sempre fraco à noite mesmo no final de semana, pois o que mais movimenta a cidade é o turismo do trem.

Sexta, 07/12/2018 - nublado/chuvoso
Estrada da Graciosa, Parque Estadual Pico do Marumbi: Caminho do Itupava

Fica a dica: a trilha só vale a pena se o tempo estiver bom, sem neblina. Com chuva é um caos, o risco de escorregar é grande, pois as pedras são bem lisas

Saída marcada para as 7h, mas remarcamos para as 7h30. O Celso nos levou, juntamente com o Richard e mais um guia novo que foi para aprender a trilha. Seguimos pela Estrada da Graciosa que já é um passeio em si. Passamos por São João da Graciosa, um bairro de Morretes. Tem recantos todos sinalizados e nomeados que contam com estrutura com churrasqueira, sanitários e são gratuitos. O Recanto Vista Lacerda tem um mirante. Ao longo da estrada, podem ser vistas hortênsias floridas. Chegamos a Borda do Campo, onde tem um trailer do IAP bem simples, no qual é feito o registro dos visitantes. Tem um banheiro ao lado. As trilhas do Caminho do Itupava e o do Morro Pão de Loth saem da lateral direita do trailer. Tem uma bifurcação à direita para o Pão de Loth, mas não é sinalizada e com neblina não dava para vê-lo. À esquerda, visual do Anhangava. Acho que tinha mais uma bifurcação logo depois e seguimos pela direita. Tem uma bifurcação sinalizada para a Cachoeira do Capitanduva. O Morro Boa Vista é ponto mais alto do caminho e o início do calçamento de pedras. Como tinha chovido na noite anterior, as pedras estavam molhadas e lisas. Chegamos às ruínas da Casa do Ipiranga, também conhecida como Casa do Barão do Serro Azul. Só tem as ruínas e estão totalmente pichadas. Tinha muito lixo e vimos em pleno dia, ratazanas enormes passeando pela casa. À direita da casa, atravessamos o trilho e tem a continuação da trilha por uma escada. O pessoal costuma seguir pelo trilho, mas como a intenção era fazer o Caminho do Itupava, continuamos pela trilha. Esse trecho estava fechado, pois tem pouca passagem de pessoas. Havia árvores caídas, dificultando a passagem. Começou a chuviscar e daí parar frente, foi chuva e neblina com zero visual. Imediatamente, antes de atravessar o primeiro rio, vimos do lado esquerdo da trilha alguns equipamentos ao relento, mas que pareciam em bom estado e terem sido deixados recentemente. Um pouco acima, tinha restos de fogueira. Do lado direito, tem uma cachoeira razoavelmente alta e antes da sua base tinha algo laranja, mas não consegui identificar devido à miopia e à distância. Richard foi ver o que era. Ele voltou e ficou com o outro guia do outro lado do rio. Quando atravessei o rio, perguntei o que era o objeto laranja e ele não respondeu. Percebi que ele estava branco e só perguntei: “É?” Fez que sim com a cabeça. Era o corpo do homem desaparecido desde 27/11 com um tênis laranja. Para avisar os bombeiros, só teríamos sinal de celular no Cadeado, por isso o jeito era seguir em frente. Prosseguimos e atravessamos mais 2 rios. Depois de uma escada metálica e da travessia da ferrovia, chegamos ao Santuário N. Sra. do Cadeado, onde é inevitável tirar uma foto no buraco da fechadura. Era para ter um visual do Conjunto Marumbi e da Baía de Antonina, mas estava chovendo e com neblina e não dava para ver nada. Richard ligou para os Bombeiros. Do lado esquerdo do santuário, tem uma escada que desce e vimos uma cobra jararaca bem no meio do caminho. Tinha muito lama e em algumas partes do calçamento tinha até um filete de água escorrendo sobre as pedras que brilhavam, parecendo polidas e enceradas. Mais liso impossível. Tem que andar com muito cuidado. O cajado ajuda bastante, mas estava com tênis que não era o ideal, deveria estar de bota, dei umas 2 derrapadas, mas consegui me segurar e não caí. Atravessamos vários pequenos córregos. Tem escadas com troncos de madeira redondos para os degraus que, molhados, estavam bastante escorregadios, mas tinha corrimão. Finalmente na estrada, encontramos com um carro dos Bombeiros que pararam e conversamos com eles. Eles pediram para alguém do grupo seguir com eles e o Richard foi. Eles iam com um pequeno trem até o Cadeado e de lá subiriam pela trilha até o local. Na portaria, encontramos com o Celso que nos esperava. De volta à pousada. De novo, passamos pela R. Cons. Sinimbu para ver se tinha algum restaurante diferente aberto e nada. Porém, dessa vez, vimos a feirinha noturna perto da Prefeitura que é bacaninha e tem opções de lanches. Entretanto, como não tínhamos almoçado, descartamos o lanche e repetimos o Restaurante Serra & Mar que serviu uma big de uma refeição de bife completo.

Sábado, 08/12/2018 - manhã nublada / tarde ensolarada com poucas nuvens
Terminal Rodoviário de Morretes, Terminal Rodoviário de Antonina, Centro Histórico

Depois do café, fomos ao Terminal Rodoviário de Morretes e embarcamos no ônibus das 8h35 para Antonina. Seguimos primeiro para a baía. Com a maré baixa, o visual não estava muito bonito. A água tem cheiro e cor de esgoto, parece suja e não simplesmente escura por causa do mangue. Por trás do Mercado Municipal, tinha muito lodo, onde siris/caranguejos andavam e também tinha savacu, uma ave engraçada que lembra um pinguim. Tem uma espécie de mureta baixa e antiga - parte em ruínas - como se fosse um mirante, mas está abandonado. O trapiche é bonito e tem um letreiro bacana para tirar fotos. Depois do trapiche, a mureta continua e segue até a Ruína do Macedo. Está interrompida apenas no trecho do trapiche. Tem um calçadão que emenda do trapiche ao longo da Praça Romildo Gonçalves Pereira (Praça Feira-Mar). A Ruína do Macedo está em restauro, com obras em andamento. Em pleno sábado, operários trabalhavam. O Santuário de N. Sra. do Pilar fica no alto de uma escadaria e tem um cruzeiro e uma vista bonita lá de cima. O interior é bastante simples. A Praça Cel. Macedo tem um coreto e um chafariz (desligado). Subimos até a Estação Ferroviária de Antonina que está fechada e parece abandonada. A Igreja Bom Jesus do Saivá, na Praça Carlos Cavalcanti, está fechada com tapumes para reforma, mas não sei se as obras já iniciaram. Descemos pela Av. Leovegildo de Freitas até o Recanto Poty que tem um painel bem bonito. Em uma loja, parei para perguntar sobre a subida ao Mirante de Pedra. A moça disse que o mato provavelmente estaria fechando a trilha, mas que era tranquilo e daria menos de meia hora para subir. Parece pouco utilizado, mas é só seguir subindo, chega-se a um ponto aberto (sem vegetação desse lado). Dá para ver a cidade abaixo, a Baía de Antonina e Paranaguá ao fundo. Levei aproximadamente uns 15 min para ir e mais o mesmo tanto para voltar. Na volta parei para agradecer a moça da loja, mas ela não estava. Seu marido me recebeu e explicou que existem ruínas, pois uma enchente destruiu as casas e a Fonte das Laranjeiras. Ele disse que o caminho era bastante usado para voo livre antes da enchente, mas agora está abandonado. Uma pena, acho que deveriam dar uma revitalizada na trilha e reconstruir a fonte. Voltamos pela R. Theófilo S. Gomes. Passamos na Fonte da Carioca. A Trav. Marinho de S. Pinto é bonitinha. Entramos na R. Dr. Carlos Gomes da Costa e passamos em frente à Igreja de São Benedito. Tem uma escadaria longa em frente das construções nesse trecho da rua, que me lembra daquelas fotos de grupos grandes, pois os degraus servem direitinho para formar fileiras de pessoas. Pouco à frente, está o Theatro Municipal que estava aberto, mas estavam treinando para o balé do espetáculo das 16h. Passamos em frente ao Palácio Ypiranga (Câmara Municipal) e a Pharmácia Internacional que estava fechada para almoço. O Centro Histórico é bonitinho, tem alguns prédios bem preservados, outros bastante modificados que atualmente funcionam como pontos comerciais e parte deles estão abandonados, ruindo, só com a fachada. Passamos pelo prédio da Prefeitura e resolvemos dar uma olhada nos restaurantes. Depois de olhar alguns bufês, optamos pelo Restaurante Sabor Saboroso, cujo bufê tinha uma cara melhor e estava bem movimentado. Passamos pela R. Cons. Antônio Prado e novamente pelo trapiche, que estava cheio de pescadores e tinha outro visual com a maré alta, estava mais bonito cheio d'água. Ao lado do Mercado tinha algumas barracas de flores e de artesanato. O Mercado Municipal é pequeno, tem a Casa do Artesanato ART'NINA, um restaurante e mais outra loja. Na ART'NINA, uma moça disse que o passeio de barco era bem legal. Na parte da manhã, não vimos nenhum barco de passeio no trapiche. Porém, ouvimos um apito e a moça disse que era o barco. Fomos ao trapiche verificar e o barco estava voltando do passeio e apitando. O barqueiro nos levou sem esperar mais pessoas para lotar o barco. Foi para a direita e voltou acompanhando a “ilha” de manguezal. Avistamos o porto ao longe. O mais legal é ver as aves. Vimos guarás vermelhos, uns pássaros de cor rosa diferentes e uma garça com a beira das asas cinzentas. Depois já volta ao trapiche. Em pleno sábado, a cidade estava com pouco movimento de turistas. Segundo um morador de lá, o trem não faz muita diferença, pois o pessoal fica mais em Morretes. Voltamos para conferir a Pharmácia Internacional por dentro. Parece um museu. Em funcionamento, vende medicamentos dispostos em armários de madeira antigos, tem uma balança analógica e exibe quadros com propagandas antigas. Voltamos ao Terminal Rodoviário, onde pegamos o ônibus das 15h. Volta pelo Centro de Morretes que estava bem cheio. Tinha chorinho no coreto da Praça dos Imigrantes e muitas barracas na rua beira-rio, entre a praça e a área dos restaurantes. Também tinha várias barracas na Praça Silveira Neto/Largo Dr. Lamenha Lins. As barracas tinham os usuais chips de banana, mandioca e batata, bala de banana, mas também tinha artesanato, flores, mel e doces. Visitamos uma exposição de presépios no Instituto Mirtillo Trombini. Entretanto, à noite a cidade estava vazia outra vez, as barracas removidas, poucas pessoas e carros passando pela rua beira-rio, completamente diferente do cenário da tarde. Paramos para dar uma olhada no cardápio do Restaurante Espaço Gastronômico. Tinha ainda um cartaz do Boteco da Maria, mas mudou de nome e de dono e foi reformado. No sábado, foi a primeira vez que vi aberto à noite e foi uma boa opção para jantar.

Domingo, 09/12/2018 - dia ensolarado com nuvens
Parque Estadual do Pau Oco: Salto do Rio Fortuna

Saímos às 8h30 com o guia Richard e outra turista, a Amanda. Foi o único passeio que conseguimos companhia. Seguimos pela Estrada do Anhaia até o Sítio Vanessa que é uma propriedade particular bem bonita com uma extensa área gramada bem cuidada, vizinha ao Parque Estadual do Pau Oco, onde fica o Salto do Rio Fortuna. Tem 2 moradores na entrada do parque que fazem o controle da entrada de visitantes, parece que são funcionários terceirizados do IAP. Seguimos pela estrada e depois entramos na trilha que, no início, é bem aberta e tem pequenas bananeiras com flores de cor lilás. Tem trechos que parecem ter sido calçados com pedras. Atravessamos o rio 2 vezes e chegamos pelo lado direito do rio/queda. Atravessamos o rio e alcançamos uma pedra grande boa para sentar. Para banho, tem uma rampa rasa e depois o poço que disseram ter até 10 m de profundidade. Tem muitas cachoeiras na região, mas a única aberta à visitação é o Salto do Rio Fortuna. Depois, retornamos à cidade e almoçamos no Restaurante Frutos da Terra Bistrô e estava muito bom. Vimos uma cidade bem cheia, com ônibus, vans e muitos veículos particulares também. Muitas lojas abertas. Acho que a beira-rio deveria ser interditada para carros durante à tarde. Muitas barracas na rua e na praça com direito a chorinho. Achei que estava mais cheio do que no sábado, mas era mais cedo. No sábado chegamos à cidade depois das 15h30, então acho que parte do pessoal já tinha ido embora de trem. À noite, fomos no Zica Lanches que achei fraquinho, mas tem um preço honesto. Acabamos indo na Doceria e Pastelaria JL Mikanna's para complementar. Domingo no início da noite, tinha vários restaurantes (Espaço Gastronômico, Casarão) e sorveterias abertos.

Segunda, 10/12/2018 - ensolarado
Terminal Rodoviário Brasílio Carlos Jorge Buffara, Estação Rodoviária de Guaraqueçaba, Pousada Yuassa, city tur

Saímos a pé para o Terminal Rodoviário Carlos Jorge Buffara. Compramos a passagem na hora, pois não vende antecipado. O ônibus sai de Curitiba e atrasou uns 10 min. O ônibus entra na cidade de Antonina, depois retorna à estrada. Pegamos a estrada para Guaraqueçaba. Passa por alguns bairros com casas, mas depois é só verde da Mata Atlântica com manacás floridos. Do lado esquerdo, descortina-se um visual de montanhas muito bonito com visual do que parece ser o Marumbi e mais outro conjunto montanhoso à direita. A mata é bem alta e o ar fresco. Passamos por fazendas com casas e área desmatada com plantação de palmeiras à frente, à beira da estrada. Ao fundo, morros com vegetação preservada. Às 10h40, chegamos ao bairro Potinga, onde o ônibus fez várias paradas para embarque. Tem casas, escolas, bares. O ônibus faz uma parada na Lanchonete Corina para quem quiser desembarcar, usar os sanitários, tomar um café. Às 11h10, mais paradas do ônibus no Bairro Tagaçaba com várias casas, igreja, loja de confecções, etc. Tem algumas pousadas e restaurantes. O trajeto atravessa alguns rios. Começamos a descer a Serra Negra. Passamos por mais um bairro com algumas casas e mais paradas para embarque. O ônibus sacode, os vidros trepidam e fazem barulho pela estrada estreita, meio sinuosa e íngreme. A cada bairro, mais paradas, o ônibus vai pingando até finalmente desembarcamos na Estação Rodoviária de Guaraqueçaba.

Continua no relato de Guaraqueçaba...

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Nanci Naomi
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Trilhas:
Grupo CamEcol - Caminhadas Ecológicas Taubaté

Relatos:
23 dias no PR - dez/2018 - Parte 1: Natal de Curitiba | Parte 2: Morretes
15 dias em SC - fev/2018 - Parte 1: Vale Europeu | Parte 2: Penha

Paraty e Ilha Grande - jul/2015 - Parte 1: Paraty | Parte 2: Araçatiba e Bananal | Parte 3: Resumão das trilhas

3 dias em Monte Verde - dez/2014
21 dias na BA - fev/2014 - Parte 1: Arraial d'Ajuda | Parte 2: Caraíva | Parte 3: Trancoso | Parte 4: Porto Seguro

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo
21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

21 dias em SC - jul/2012 - Parte 1: Floripa | Parte 2: Garopaba | Parte 3: Urubici | Parte 4: Balneário Camboriú
8 dias em Foz do Iguaçu e vizinhanças - fev/2012 - Parte 1: Foz do Iguaçu | Parte 2: Puerto Iguazu | Parte 3: Ciudad del Est

25 dias desbravando Maranhão e Piauí - jul/2011 - Parte 1: São Luis | Parte 2: Lençóis Maranhenses | Parte 3: Delta do Parnaíba | Parte 4: Sete Cidades | Parte 5: Serra da Capivara | Parte 6: Teresina

Um final de semana prolongado em Caldas e Poços de Caldas - jul/2010

Itatiaia - Um fds em Penedo e parte baixa do PNI - nov/2009
Um fds prolongado em Trindade e Praia do Sono - out/2009
19 dias no Ceará e Rio Grande do Norte - jan/2009 - Parte 1: Introdução | Parte 2: Fortaleza | Parte 3: Jericoacoara | Parte 4: Canoa Quebrada | Parte 5: Natal

10 dias nas trilhas de Ilha Grande e passeios em Angra dos Reis - jul/2008
De molho em Caldas Novas - jan-2008 | Curtindo a tranquilidade mineira de Araxá – jan/2008

Mochilão solo: Curitiba e cidades vizinhas - jul/2007
Algumas Cidades Históricas de MG - jan/2007 - Parte 1: Ouro Preto | Parte 2: Tiradentes

9 dias nas Serras Gaúchas - set/2005 - Parte 1: Gramado | Parte 2: Canela | Parte 3: Nova Petrópolis | Parte 4: Cambará do Sul

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