Membros Fernando Paiotti Postado Novembro 17, 2019 Membros Postado Novembro 17, 2019 Olá pessoal! O que irei compartilhar com vocês foi uma compilação bastante abrangente de informações sobre todos os pontos turísticos das cidades que visitei no Chile . As informações foram extraídas aqui do site e também de muitos blogs. Aproveitem! GUIA SANTIAGO PODEMOS COMEÇAR POR AQUI: subindo ao Cerro San Cristóbal, de onde se tem a vista mais bonita para a parte moderna de Santiago (com as montanhas ao fundo) e o rio Mapocho. O funicular funciona de 3ª a domingo das 10h às 20h; 2ª das 13h às 20h. Pegue o funicular para chegar até a Terraza Bellavista, 1600 pesos (US$ 3,20). Onde todos os ciclistas que subiram o morro pela estrada se reúnem para desfrutar do visual em 360º de Santiago e tomar um mote con huesillos, custam 1 dollar – 600 pesos. (Se você for com crianças, desça uma estação antes do funicular para o Zoológico, simplesinho, mas que agrada os pequenos). Tenho dúvidas de como acessar a casa do Neruda caso façamos isto: Fique ali curtindo o astral dessa tribo esportista, e depois suba a pé um curto caminho até o Santuario Inmaculada Concepción, bem no topo da colina, onde está a estátua da santa e uma capela concorrida. Desça pelo outro lado do monte com o teleférico e depois a pé, passando pelo Jardin Botánico Mapulemu e o Jardin Japonés, até a saída pela rua Pedro de Valdívia Norte, já em Providencia (a caminhada é longuinha; vá de tênis). OU POR AQUI: Na descida visitaria La Chascona, “A DESCABELADA”, uma das três casas-museu do poeta Pablo Neruda. Abre de 3ª a domingo das 10h às 18h; fecha 2ª. É imperativo fazer reserva: tiendalachascona@fundacionneruda.org. Entrada 3500 pesos, 1500 pesos estudante. Metrô: Baquedano, linha 1-vermelha ou 5-verde. Parada Turistik: Parque Metropolitano. De lá continuaria ao centro antigo; passaria no incontornável Mercado Central, senão para almoçar, pelo menos para testemunhar o inacreditável assédio dos garçons (a minha tática: entrar no primeiro restaurantinho que não vier te caçar no corredor). Tomar cuidado com o GRANDE ASSÉDIO dos garçons. É desagradável. Os frutos do mar são excepcionais; mas não espere pagar barato pela centolla (caranguejo chileno gigante). Abre de segunda a domingo, das 7h às 15h. Metrô: Puente Cal y Canto, linha 2-amarela. Parada Turistik: Mercado Central. _____________________________________________________________________________ Do Mercado dá para ir a pé até o coração da cidade velha, a Plaza de Armas, (o marco zero onde Santiago del Nuevo Extremo foi fundada em 1541 pelo espanhol Pedro de Valdívia e sua trupe.). Onde está o elegante prédio dos correios, a Catedral Metropolitana e o Museu Histórico Nacional (o museu abre de 3ª a domingo das 10h às 17h30 e custa 600 pesos ou 1,50 dollar, grátis aos domingos). Uma quadra a leste fica a Casa Colorada, a residência particular colonial mais preservada da cidade. A continuação natural do passeio seria o museu mais imperdível da cidade, o Museu de Arte Pré-Colombiana — mas infelizmente o prédio está em reformas e só reabre no final de 2013. (na saída desse museu, fica o tal café com piernas). O jeito é prosseguir, sempre a pé. Dobre à direita na rua La Moneda, passe pelo charmoso prédio da Bolsa de Valores até chegar ao: Palacio de la Moneda, sede da presidência chilena, que foi bombardeado em 1973 pelas forças golpistas de Pinochet. Para mim o grande apelo da praça está na estátua ao presidente deposto Salvador Allende, bem ali, ao lado do palácio em que se suicidou. Mas para os guias o tchans do lugar é a troca da guarda, que ocorre dia sim, dia não, às 10h da manhã — ou seja, impossível para os passageiros desse meu tour. (Se você faz questão de ver, anote aí: a troca acontece nos dias pares nos meses de janeiro, abril, maio, agosto, novembro e dezembro; e nos dias ímpares nos meses de fevereiro, março, junho, julho, setembro e outubro.) Se não for dia dela, entre pela porta da frente de uma das poucas sedes de governo no mundo abertas à visitação pública, e aprecie os pátios internos enquanto lembra dos dramáticos bombardeios de 1973, quando Augusto Pinochet deu o golpe militar que levou ao suicídio o presidente socialista Salvador Allende. Na saída pelo lado oposto, não perca o novo Centro Cultural La Moneda, no subsolo do palácio. Tem exposições super bem cuidadas, um público bacana, um café e uma loja lindona da Fundación de Artesanías do Chile (dá ótimas compras). Volte à superfície e caminhe algumas quadras pela principal avenida que corta Santiago de leste a oeste, a Libertador Bernardo O’Higgins, muito mais conhecida por Alameda. No sentido leste, tarda pouco até aparecer a construção mais antiga da cidade, a Iglesia de San Francisco, de 1586. Do lado tem o Museo de San Francisco, bem bonitinho – mas não obrigatório. No sábado, fim da tarde, é possível ver hermosas noivas aproveitando aquele cenário insólito em uma das maiores metrópoles da América Latina. Metrô: Universidad de Chile. Há um importante museu de arte sacra ao lado. Atrás deles fica o fofo Barrio Paris-Londres, um pedaço da Europa no meio de Santiago, com ruas de paralelepípedos e mansões dos anos 1920 — hoje região de albergues e mochileiros. (Do palácio descemos até o “barrio” Paris-Londres. Pelo que entendi, “barrio” tem um significado diferente em chileno; estaria mais para “vila” em brazuquês. O Paris-Londres são apenas duas ruas (a Londres e a Paris) que se cruzam; os paralelepípedos são lindos, e há alguns hotéis antigos que se tornaram albergues). Santiaguinos não almoçam cedo, portanto, agüente um pouco mais a fome. Caminhando pela Alameda mais duas quadras chega-se ao imponente prédio da Universidad de Chile, à direita, e pouco mais à frente, ao da Biblioteca Nacional, à esquerda. Ao lado da biblioteca fica o Cerro Santa Lucia, a menor das duas colinas isoladas que despontam no meio da cidade e que viraram parques. Suba pela pomposa Escalinata Monumental, passe a fonte de Netuno e continue escalando caminhos tortuosos e degraus de pedra até o topo do pequeno castelo. Do cume tem-se uma idéia de como Santiago fica cercada de montanhas por quase todos os lados, e da distribuição dos bairros em relação ao centro. Cerro Santa Lucía, um parque de onde se tem uma visão complementar da cidade (mas não tão alta quanto a do San Cristóbal). O Cerro Santa Lucía, um morrinho baixo que se tornou um pequeno parque no coração da cidade. Infelizmente, a escadaria e o mirante estão interditados ao público, por “daños” (efeitos do terremoto). Por enquanto, só dá para passear pelos jardins externos; o portão está trancado. VERIFICAR SE AINDA ESTA´!!! Desça do Santa Lucia por trás, na saída norte, e você já está na porta do bairro Lastarria y Bellas Artes, um naco do centro que concentra os museus e o público ligado à arte, os cafés mais bacanas e lojas de estilistas alternativos. Dica no bairro: Celtika, um bar irlandes com excelente culinária e mais de 50 espécies de cerveja; Aos sábados, vários dos restaurantes dali só abrem de noite, mas o Patagônia Resto Bar serve desde o brunch da manhã: sente-se nas mesas da calçada de esquina, se for verão, ou no salão entre paredes inteiras forradas de vinhos, se estiver frio, e mande pra dentro uma parrillada de carnes de caça. O TRECHO A SEGUIR DEVE SER SEGUIDO COM CUIDADO POIS PESQUISEI EM VÁRIAS FONTES E NÃO SEI A ORDEM CORRETA A SE SEGUIR: “Aproveite que você está ao lado do bairro Florestal/Bellas Artes, visite o Museu Nacional de Belas Artes (aberto de 3ª a domingo das 10h às 18h50), Entrada a 1000 pesos (US$ 2,00), grátis aos domingos. Metrô: Bellas Artes ou Universidad Católica. e/ou o Centro Cultural Gabriela Mistral (salas de exposição abertas de 3ª a sábado das 10h às 20h, domingo das 11h às 20h). Depois, passe em revista a calle Lastarria para escolher um restaurante para jantar em alguma noite da sua estada. De 5ª a sábado há uma feirinha de antigüidades das 10h às 20h. Depois caminhe até a Plaza Mulato Gil de Castro, o coração do bairro, e dê uma olhada na tradicional feirinha de antigüidades e livros, bem pequenina, em frente ao pátio do Museo de Artes Visuales, o MAVI. Então entre para ver o acervo de arte contemporânea lindamente organizado no prédio de arquitetura moderna: passeio rápido e muito bom. Depois vá conferir as lojas bacanas em frente ao museu e as da Calle Merced – são vários endereços que concentram roupas e acessórios dos novos estilistas do país, ainda sem lojas próprias. Na ONA fica uma das melhores seleções de artesanato de todo o Chile, a preços acessíveis. Não perca o aconchegante ONA Café, quase na esquina da Rosal com a V. Subercauseaux. Finalize o passeio tomando os sorvetes do Emporio La Rosa, com sabores que combinam, por exemplo, chocolate com manjericão. De preferência, tome-o caminhando pelo Parque Forestal, em frente, um dos mais queridos da cidade e onde se pode descansar à sombra das árvores, em bancos ou mesmo esparramando-se aos pés dos troncos. FIM DO TRECHO. Se você está fazendo o circuito da Turistik, continue o passeio subindo na parada Santa Lucía em direção ao lado mais moderno da cidade; o tour completo vai lhe dar uma ótima noção da cidade e proporcionar oportunidades de compras. Paradas que valem a pena: Providencia (comércio de rua); El Golf – Isadora Goyenechea (a “Paulista” de Santiago); Parque Arauco (shopping mais tradicional) e Alonso de Córdova (a “Oscar Freire” de Santiago). NOITES – opções de passeios: Há três programações possíveis. Quem estiver viajando a dois e quiser entrar com tudo no romantismo, rume para o bairro Concha Y Toro, um cantinho de casarões históricos e totalmente europeus do Barrio Brasil. Ali fica o restaurante Zully (Conha Y Toro, 34, 56-2-696-3999). Pétalas de rosas forram as escadarias de entrada e pode-se sentar em salinhas privativas ou com vista para a praça mais charmosa da cidade. Para esticar a noite na agitada vizinhança — e tomar os primeiros pisco sours do fim de semana — o bar Boulevard Lavaud dá um banho de autenticidade: divide uma mansão de esquina com a Peluqueria Francesa, uma barbearia que tem mais de cem anos, e usa como decoração pias de cabeleireiro e demais móveis de salão de beleza em meio a peças de antigüidade que estão à venda. Já quem veio com os amigos e quer entrar de cabeça no bairro boêmio por excelência, Bellavista é o destino. Entre os novos restaurantes bacanas, o Santería tem decoração retrô e com interessante cardápio fusion de culinárias latino americanas — peça o primeiro dos vários ceviches que te esperam. Quem está na chuva é pra se molhar, então, continue a noitada no Ky, o resto-bar mais cool de Bellavista, na ambientação e nos freqüentadores, ou ouça o melhor do jazz e do blues nos shows do pequeno El Perseguidor — se der sorte pode ouvir o ótimo Angel Parra Trio, banda do neto de Violeta Parra, a compositora mais querida do Chile. (Se for um aficionado por jazz, confira antes a programação do Club de Jazz – no bairro de Ñuñoa, o templo do ritmo na cidade.) Programación VALORES: Corporación Cultural de La Reina: Entrada General $3.000 Tercera Edad y Estudiantes $2.000 *: Corporación cultural de La Reina está ubicado en Santa Rita 1153 esquina Echeñique. Sábado é quando os santiaguinos jantam mais tarde, mas em alguns restaurantes mais elegantes é bom não exagerar no horário (e reservar sempre). Um dos melhores cardápios da cidade fica em Providencia, no peruano fusion Astrid y Gastón. Os peixes, massas e carnes têm receitas inovadoras e são preparados impecavelmente, assim como as delicadas sobremesas que precisam ser pedidas junto com os pratos — são feitas na hora. Se quiser gastar um pouco menos, o bistrô Del Cocinero é a pedida: despretensioso e delicioso. Depois dele estique a noite no bar mais imperdível da cidade, ali perto, o Ligúria, na avenida Providencia, perto do metrô Manuel Montt, com decoração irreverente, gente de todo tipo e carta de vinhos e drinques imensa. Não abre mão de um programa de alto nível e quer conferir as novidades dos bairros classe A? Então comece a noite em Vitacura, o playground da elite. O jantar mais quente do momento é o do Mestizo (ao menos, era, no início de 2008), onde a moçada produzida se senta nas mesas ou no balcão para comer, beber e curtir o visual do Parque Bicentenario, em frente, todo iluminado. Ali pode-se esticar até tarde ou fazer escala em um bar antes de realmente sair para dançar: o pub Dublin é o lugar para quem curte música dos anos 80 e cerveja; o Esquina é um dos bares xodó da galera de 20 e poucos anos. Casais e grupos mais exigentes com relação à comida fazem bem em jantar no Nolita, um dos melhores italianos da cidade, no meio da elegante avenida Isidora Goyenechea, em Las Condes. E esticar no sexy Lamu Lounge, bar do complexo gastronômico de Vitacura Borderío. Quem gosta mesmo é de uma noite bem democrática e nem um pingo menos fervida pode jantar em Bellavista, no Etniko, que tem comida japonesa e asiática e DJs mandando um chil-lout. Mas se seu ideal de sábado à noite é economizar no rango para torrar tudo em bebida mais tarde, o Galindo é o restaurante-boteco mais amado de Bellavista — peça um pastel de choclo, umas empanadas ou qualquer prato típico com uma cerveja Kunstmann enquanto espera o horário de cair na farra — a lotação ali vai até alta madrugada, não se preocupe. Duas da manhã é horário para chegar em qualquer bom carrete (balada) da cidade. Quem ficou por Vitacura pode conferir o Las Urracas, boate imensa com duas pistas, house, tecno e reggaeton, que enche de mauricinhos e de todo o tipo de gente – eu achei breguíssima, mas de fato estava bombando. Em Bellavista, o Club La Feria é o templo da música eletrônica e do energético, e as salsotecas são onde se pode dançar música latina a dois. Quem gosta de hip hop, soul, funk, música dos anos 70 e algo dos 80, e dispensa ambiente e público arrumadinho, o El Tunel, em Bellas Artes, é o lugar: impossível não dançar a noite inteira. VALPARAÍSO Foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 2003, graças à sua arquitetura, um labirinto gigante de ruas e escadas, que mistura as famosas casas coloridas de fachadas de zinco a mansões. Ônibus da TurBus e da Pullman saem a cada 10 ou 15 minutos do Terminal Alameda (em frente à estação Universidad de Santiago do metrô, linha 1-vermelha) para Valparaíso e Viña. A ida e volta custa desde 4.000 pesos (menos de 9 dólares). A viagem leva 1h30. Os 10 quilômetros entre os centros de Valparaíso e Viña podem ser percorridos pelo Merval, o metrô de superfície que vai pela orla e funciona até as 22h. A 140 km do centro de Santiago (120 km do aeroporto), estas duas cidades geminadas não poderiam ser mais diferentes entre si. Valparaíso é o porto pitoresco e boêmio; Viña del Mar, o balneário clássico. Valparaíso está para Santiago assim como o bairro de La Boca está para Buenos Aires — a diferença é que continua um lugar descolado; pense no Cerro Alegre como uma Santa Teresa/Olinda chilena. Já Viña del Mar é como um Guarujá dos bons tempos, ou uma Punta del Este menos badalada e mais família. Comece por Valparaíso. Suba de funicular ao Cerro Concepción e admire a arquitetura pitoresca das casas de zinco colorido (um Caminito habitado!). Não deixe de visitar La Sebastiana, a casa-museu de Pablo Neruda na cidade (aberta de 3ª a domingo das 10h10 às 18h; é recomendável reservar — use este formulário). Almoce num dos restaurantes do Cerro Alegre (leia mais aqui). Pertinho, tem o MUSEO A CIELO ABIERTO, com 20 painéis de rua, pintados por artistas plásticos chilenos. Aliás, a arte marca presença nos muros de toda a cidade, com pinturas, grafites e poesias de Neruda. ____________________________________________________________________________ Valparaíso é uma cidade linda, admire o porto, as construções em geral, o monumento aos que lutaram na Guerra do Pacífico e não deixe de visitar também o mirante de Valparaíso, que venta bastante e tem uma visão de abrir os olhos do Oceano Pacífico. A cidade tem personalidade própria e seus habitantes se chamam porteños, como em Buenos Aires. Que era um pólo gastronômico importante, berço de chefs em ascensão. Que estava experimentando uma espécie de renascimento, com uma vida noturna movimentada nos fins de semana. O trânsito de pedestres entre a cidade baixa (”El Plan”) e os morros se dá por elevadores (”ascensores”). O mais antigo é o Ascensor Concepción, que liga a calle Esmeralda, coração financeiro da cidade, ao Paseo Gervasoni, o mais elegante dos terraços dos morros. Descemos até El Plan, demos uma voltinha, mas subimos correndo de volta. Valeu para ver a arquitetura, que lembra a rua XV de Novembro do centrão de São Paulo, mas lá em cima é bem mais tranqüilo, bonito e gostoso. Lá em cima dá pra fazer tudo a pé. Tirando uma ou outra quadra com aclive mais acentuado, as ladeiras são facilmente encaráveis. Muitos dos restaurantes, cafés e galerias ficam na calle Almirante Montt (que é Almirante Alexandrino/Rua do Amparo do Cerro Alegre). COMIDAS: Café Vinilo estava aberto. O lugar é um charme, e totalmente multiuso: você pode passar lá para tomar um café, um trago, comer um sanduba. De entrada, pedimos um pebre (vinagrete com coentro e alga, servido com tortilhas) e uma ’salada chilena’ (tomate assado com recheio de legumes). Pratos principais: um enrolado de porco divino com purê, e uma carne de panela com risoto de quinoa. (A sobremesa é que foi assim-assim: um sorvete de abacate que o Rochinha faz melhor.) Filou de Montpellier, instalado por ali desde antes do renascimento do bairro. Sopa de cebola, quiche, couscous — tudo muito francês, muito bom e bem barato no almoço (12 dólares o menu completo, sem bebidas). Da próxima vez vou reservar um jantar no Pasta & Vino, da chef Verónica Alfageme, que recentemente abriu uma filial num hotel-boutique de Bellavista, em Santiago (ao pé do cerro San Cristóbal), o The Aubrey. ________________________________________________________________________________ A vida noturna porteña é agitada, cheia de bares históricos com música latina ao vivo e muita dança. Um dia desses, consegui conhecer um deles, o charmoso LA PIEDRA FELIZ. O legal é pegar um dos quinze ASCENSORES antigos (bondinhos) e subir os morros. Os melhores são: Cerro Alegre e concepcion. É difícil sugerir um roteiro, pois, estranhamente, tudo fica meio espalhado, mas arrisco algumas dicas: - Os PASEOS: com linda vista da baía e barraquinhas de artesãos locais. Tem o GERVASONI, no Cerro Concepción, onde chega o ascensor mais antigo, e onde tem também a casa mirador do cartunista Lukas, com seus divertidos personagens na porta. O Paseo ATKINSON, também no Concepción, onde fica o lindo hotel Atkinson, e o YUGOSLAVO, no Cerro Alegre (ascensor El Peral), com o Museo de Bellas Artes. - As lojinhas imperdíveis no Cerro Concepción: BAZAR LA PASIÓN tem moda alternativa bem bacana, em ambiente lindo demais! KIPU oferece artesanato de alto estilo: tapetes, cerâmica e roupinhas de tricô e crochê para crianças lindas (confira aqui). TRIO DISEÑO, cheia de coisinhas bacanas de feltro, bijuterias, lindos colares de malha e fofas roupinhas para bebês 'alternativos'. COMO CHEGAR LA SEBASTIANA, CASA PABLO NERUDA Ferrari, 692 - Cerro Florida BAZAR LA PASIÓN Almirante Jorge Montt, 1 - Cerro Concepción TRIO DISEÑO Calle Papudo, 514 - Cerro Concepción KIPU Paseo Gervasoni, 408 - Cerro Concepción VINÃ DEL MAR As maiores atrações de Viña del Mar estão interditadas: seus famosos palacetes-museus ficaram bastante danificados pelo terremoto de 2010 e ainda estão sendo restaurados. As cidades litorâneas guardam sem dúvida um charme que alia sua beleza ao grandioso Oceano Pacífico. Em viña del mar não deixe de visitar o Museo Fonck, onde existe uma das três estátuas genuínas retiradas da ilha de páscoa, além de uma obra de Augusto Rodin... Após, ainda em Viña del Mar, siga para a playa Reñaca, passando pelo Balneário las Salinas. Pare na orla e admire os dois flancos da praia, sua excelente estrutura, as construções a beira-mar, molhe seus pés nas águas do Oceano Pacífico e almoce em um belo restaurante. Opte por frutos do mar, que fazem parte da especialidade chilena. Depois de ter degustado um belo prato de frutos do mar, ou não, retorne pela orla de Viña del Mar que é explendida, admirando-a no sentido de Valparaíso, passando ainda, pelo Hotel Sheraton Viña de Mar que é muito bonito, e ainda, pelo Relogio de Viña de Mar, que foi construído para a Copa do Mundo realizada no Chile em 1962. ___________________________________________________________________________ Comece com um PASSEIO DE CHARRETE ou victória, por aqui. É uma boa oportunidade de ter uma visão geral da cidade, ver os lindos jardins floridos da Ciudad Jardín e passar pelos principais pontos turísticos. As meninas se sentem as próprias Cinderelas, aliás, Cenicienta, em espanhol. O passeio dura cerca meia hora e pode sair da Plaza Colombia (em frente à praia), do lado Cassino Municipal ou da Plaza Jose Francisco Vergara (Centro). Este não é barato, custa $20.000 pesos (cerca de R$80), mas vale muito a pena! Termine o passeio na PLAZA COLOMBIA, ao lado do Cassino, onde o lindo parquinho colorido, carrinhos, quadriciclos e pôneis garantem a diversão. Legal também é visitar o relógio das flores, cartão postal da cidade, que fica em frente à Praia de Caleta Abarca. Dizem que se vc tirar um foto em frente a ele, vc voltará acidade. Caminhando em frente, pela orla, tem mais diversão: a própria PRAIA (tem barraquinhas que vendem baldinhos e pás, se for preciso), os PARQUINHOS, TEATRO DE MARIONETES DE RUA, a CIUDADELA INFANTIL e a FEIRINHA DE ARTESANATO, na altura da rua 14 Norte. PÔR-DO-SOL COM SORVETE Bravíssimo: se vocês gostam de caminhar, continuem subindo pela orla e vão tropeçar em outros parquinhos coloridos, o museu de canhões a céu aberto, e a sorveteria Bravíssimo. A Bravíssimo também é uma opção para almoço: saladas, hamburguer, sanduíches e pratos básicos a um bom preço, com uma linda vista! Outra opção divertida para seguir este roteiro é alugar um quadriciclo na Plaza Colombia. PASSEIO POR UMA VINÍCOLA Não é preciso ir longe para visitar vinícolas. Três delas estão nos arredores da cidade e podem ser visitadas em passeios de uma manhã ou uma tarde. - A Concha y Toro oferece visitas guiadas todos os dias, exceto feriados, das 10h às 17h. O tour standard custa 8.000 pesos (17 dólares); o tour com degustação conduzida por sommelier custa 17.000 pesos (36 dólares). Para garantir horário e idioma do tour, é recomendável reservar (use este formulário). Para ir por conta própria, vá de metrô (linha 4-azul) até a estação Las Mercedes; lá tome o ônibus MB 72 ou um táxi (10 minutos). Estando de carro, siga estas instruções. Conte em levar 1h30 de transporte público ou 1h de carro desde o centro Santiago. - Na Cousiño Macul há visitas guiadas de 2ª a 6ª às 11h, 12h, 15h e 16h; sábados às 11h e 12h; não abre em domingos nem feriados. Custa 8.000 pesos (17 dólares) por pessoa, com direito a uma taça na degustação. Faça sua reserva por este formulário. Para ir por conta própria, vá de metrô (linha 4 – azul) até a estação Quilín; de lá tome um táxi. Conte em levar uma hora no transporte público. CURIOSIDADES E INFORMAÇÕES 1. Cerro Santa Lucía A colina onde Santiago foi fundada abriga uma fonte em estilo neoclássico Você não precisa escalar as Cordilheiras dos Andes para ver Santiago lá de cima. Do alto das colinas, se tem uma vista panorâmica da cidade. Para chegar ao topo é preciso encarar quase 300 degraus. Mas o esforço compensa: as gigantescas montanhas parecem estar bem pertinho. Do alto se vê os antigos prédios históricos disputando espaço com arranha-céus espelhados. Pelo caminho, estátuas, chafarizes e canhões, já que foi aqui que o conquistador espanhol Pedro de Valdivia fundou Santiago, em 1541. Não deixe de fazer um pedido e jogar uma moedinha na fonte em estilo neoclássico, que lembra a romana Fontana di Trevi. Cerro Santa Lucia Endereço: Avenida Bernardo O'Higgins 499 Telefone: 56-02-6644220 Horário: Diariamente, das 9 às 19h Entrada: gratuita 2. Palácio La Moneda Troca de guardas em frente ao Palácio de La Moneda Com bela arquitetura neoclássica, o palácio é parada obrigatória aos turistas. Mas a melhor hora para visita-lo é às 10 horas da manhã, onde dia sim, dia não, ocorre a troca dos guardas na Plaza de la Constitución, em frente à porta principal do palácio. Durante meia hora, uma banda militar acompanha os movimentos rígidos e passadas largas dos “carabineros”, elegantemente vestidos. O palácio começou a ser construído em 1786 para abrigar a fábrica de moedas do país, daí o nome. Em 1846, se tornou a sede do governo chileno. O prédio ainda guarda resquícios do golpe militar de 1973, que causou a morte do presidente Salvador Allende. Nos seus subterrâneos abriga um centro cultural que merece uma visita. 3. La Chascona Terceira casa do escritor Pablo Neruda abriga fotos, anotações e o Nobel de Literatura O escritor Pablo Neruda era apaixonado pelo mar, embora morresse de medo das águas salgadas. Com muita criatividade, ele construiu uma casa que lembra um barco, mas em terra firme. Aqui viveu com sua terceira esposa, Matilde Urriaga. Os cômodos arredondados, de teto baixo e grandes janelas, foram decorados com móveis de antigos navios. O lugar é cheio de passagens secretas por onde Neruda gostava de surpreender seus convidados. Nos jardins corria até um pequeno riacho, que hoje é canalizado. A casa foi saqueada durante a ditadura militar, mas se transformou em um museu com um rico acervo. Há livros e anotações do poeta, além de fotos com escritores brasileiros como Jorge Amado e Vinícius de Moraes. No quadro do artista mexicano Diego Rivera, repare no perfil do poeta, inscrito nos cabelos revoltos de Matilde. O maior tesouro, porém, é o prêmio Nobel de Literatura, recebido em 1971 e em exposição permanente na casa. La Chascona Endereço: Fernando Márquez de la Plata 192, Bellavista Telefone: 56-02-777-8741 Horário: terça a domingo, das 10 às 19h Entrada: 2.500 pesos para visitas guiadas em espanhol (cerca de R$ 8,50) 4. Mercado Central Nos restaurantes, prove o congrio, peixe do Oceano Pacífico O Mercado Central pode ser um bom ponto de partida para provar a culinária chilena – e também fazer algumas comprinhas. Nas barracas de frutas, o colorido de cerejas, uvas e pomelos. Mas o forte são os peixes e frutos do mar. E a variedade é imensa: salmões, ostras, machas, ouriços, mexilhões e centollas, um gigantesco caranguejo das águas geladas Pacífico. Enquanto caminha pelos corredores, com certeza você será abordado por algum garçom dos restaurantes, que vai querer puxar papo em português e insistentemente levá-lo até uma mesa. Um dos mais tradicionais é o Donde Augusto. Peça o congrio, típico peixe chileno, servido frito ou grelhado. Mercado Central Endereço: San Pablo, 967 Telefone: 56-02-696-8327 Horário: Diariamente, das 8 às 19h 5. Cerro San Cristóbal Do alto dos mirantes, vistas panorâmicas de Santiago Depois de uma subida bem inclinada no velho funicular, se tem a vista panorâmica mais espetacular de Santiago. Ou melhor, vistas, porque o topo abriga dez mirantes. Fique ali contemplando a cidade, com as Cordilheiras ao fundo. Por causa da poluição, às vezes se vê apenas a silhueta das imponentes montanhas. Mais alguns degraus acima e uma enorme estátua da Virgem da Imaculada Conceição, de 14 metros de altura, lembrando o nosso Cristo Redentor. A área pertence ao Parque Metropolitano de Santiago, o maior da cidade, e abriga piscinas, parque infantil, zoológico, centro cultural, jardim japonês e espaços para piqueniques. Parque Metropolitano de Santiago Endereço: Calle Pio Nono, 450, Bellavista Horário: segunda, das 13 às 20h; terça a domingo, incluindo feriados, das 10 às 20h Telefone: 56-02-730-1300 Preço: O ticket de ida e volta custa 1.800 (R$ 6,20) pesos chilenos para adultos e 1.100 (R$ 3,80) para crianças até 13 anos 6. Mote con huesillos A bebida com graõs de trigo e pêssego é tomada gelada e com colher Diz um ditado que não existe nada mais chileno que o mote con huesillos. A refrescante bebida é um tipo de chá com grãos de trigo cozidos (mote), pêssegos desidratados (mote) e um aroma de canela . É servida gelada e com uma colher – para comer o trigo e os pêssegos. No verão, as ruas de Santiago ficam lotadas de carrinhos que se intitulam “El rey del mote”. E como nenhuma viagem é completa sem experimentar as típicas comidinhas de rua, vale a pena pedir um copo. Ainda mais no calorão. 7. Museu de Arte Precolombino Acervo reúne mais de três mil peças arqueológicas Bem antes dos colonizadores desembarcarem nestas bandas, os povos do continente americano eram exímios artistas na escultura. O rico acervo reúne mais de três mil peças arqueológicas de um período histórico que compreende cerca de 10 mil anos. São máscaras, vasos e até instrumentos musicais de sopro e percussão de povos maias, astecas e mapuches, entre outros. Estátuas da deusa terra Pachamama eram enterradas no solo para garantir a fertilidade das lavouras. Os espanhóis ficaram de boca aberta com a tapeçaria inca, usada até como uma espécie de censo, para quantificar a população. Museu de Arte Precolombino Endereço: Bandera 361 Telefone: 56-02-688-7348 Entrada: 3 mil pesos (R$ 10,40). Visitas guiadas são gratuitas Horário: terça a domingo, das 10 às 18h 8. Café con piernas Moças bonitonas usando vestidos e minissaias servem os clientes Uma atração única em Santiago são os “cafés com piernas”. São cafeterias elegantes onde as garçonetes, jovens e bonitas, usam vestidos curtíssimos e bem justos, ou minissaias. Em alguns, o expresso vem com um agrado: um beijinho no rosto do cliente, ao receber o café. Os balcões são abertos, justamente para permitir aquele olhar mais voyeur. Além disso, elas geralmente ficam em cima de tablados, o que alonga as pernas. E é claro que a maioria da clientela é masculina. Há dezenas de cafés com piernas no centro da cidade, como a rede Haiti, uma das mais tradicionais. 9. Concha y Toro O tour na maior vinícola chilena inclui visita às adegas e degustações de vinho Vale a pena dar uma esticadinha até Pirque, a uma hora e meia do centro de Santiago, para conhecer a mais famosa vinícola chilena. No tour guiado, o visitante percorre a imensa propriedade, com o belo casarão amarelo onde viveu Don Melchor Concha y Toro, fundador da empresa em 1883, cercado por belos lagos. Os vinhedos se esparramam a perder de vista, até a base da Cordilheira dos Andes. Depois, hora de conhecer as adegas, onde o vinho descansa em barris de carvalho por meses, na quase total escuridão. A adega mais curiosa é a Casillero del Diablo, onde Don Melchor armazenava as melhores garrafas. Percebendo que elas desapareciam misteriosamente, o astuto proprietário inventou a história de que um diabo morava ali para assustar os funcionários. O tour inclui duas degustações e o visitante leva sua taça de lembrança. Concha y Toro Endereço: Avenida Virginia Subercaseaux, 210, Pirque Telefone: 56-02-476-5269 Entrada: 7 mil pesos chilenos (cerca de R$ 24). É necessário fazer a reserva da visita no site. Horário: Diariamente, das 10 às 17h 10. Viña del Mar Conhecida como Cidade Jardim, as flores estão por todos os cantinhos do balneário. Até o relógio, feito de florzinhas coloridas, se tornou o cartão postal da encantadora cidadezinha. A 120 quilômetros da capital chilena, Viña del Mar é o principal destino de verão dos santiaguinos. A extensa praia de Reñaca, point de gente bonita e bronzeada, é a mais conhecida. Repare nos prédios modernos na orla, em forma de escadas. Em alguns dias, a temperatura pode chegar perto dos 30°C, o que pede um mergulho no mar, certo? Mas se prepare, porque as ondas são fortes e as águas do Pacífico, geladíssimas. À noite, a pedida é apostar alguns pesos nas roletas do elegante cassino. Na última semana de fevereiro, a cidade fica apinhada de gente por conta do seu festival internacional de música. 11. Valparaíso As charmosas casinhas coloridas dão um toque ainda mais especial à Valparaíso, considerada patrimônio da humanidade pela Unesco. Espremida por 45 morros, os chamados cerros, a dica é pegar um elevador para conferir o visual lá de cima. Pegue um funicular para subir até o Cerro Concepción, que abriga antigas casas e igrejas construídas por imigrantes ingleses e alemães. Lá de cima se tem uma espetacular vista da baía. E dá para entender por que nem o poeta Pablo Neruda resistiu aos encantos de Valpo, como é carinhosamente chamada. Foi na casa tridimensional de cinco andares, com amplas janelas para a baía, que ele viveu com sua segunda esposa, Delia del Carril. Tudo em La Sebastiana lembra sua paixão pelos mares: mapas, estátuas e piratas. A casa também foi saqueada na ditadura, mas depois de restaurada, se transformou em um imperdível museu. La Sebastiana Endereço: Ferrari, 692, Cerro Florida Telefone: 56-32-225-6606 Horário: Em fevereiro, de terça a domingo das 10h30 às 18h50 3 mil pesos (R$ 10,40) PASEO AHUMADA E PASEO ESTADO A feirinha de domingo é uma delícia para um passeio sem compromisso. (Foto: Raul Mattar) O Paseo Ahumada é um calçadão comercial, onde você vai encontrar de tudo, desde casas de câmbio, supermercados, os tradicionais cafés com piernas (garçonetes usam microvestidos) e grandes lojas de departamentos como a Falabela – o El Corte Inglés deles. No domingo, o Paseo Estado (uma rua paralela ao Paseo Ahumada) tem uma feirinha que começa lá pelas 11h da manhã e vai até às 20h. Vai ser o melhor (e mais barato) lugar para comprar souvenirs e artesanato típico. Metrô: Universidad de Chile ou Plaza de Armas. BARRIO BRASIL O que eu li por aí: está cheio de mansões, com fachadas que vão do neoclássico à art dèco. Ruas de paralelepípedos e um casario antigo iluminado por arandelas de luz amarela. No quarteirão Concha y Toro, aqui no Barrio Brasil, viveu o irmão de Don Melchor, o fundador da famosa vinícola. Para passear sem rumo. Metrô: La República. Que moeda eu levo para o Chile? Vale a pena comprar pesos chilenos no Brasil? Não é comum haver pesos chilenos à venda no Brasil, mas as maiores corretoras podem arranjar para você. É difícil, porém, que a cotação seja vantajosa. Informe-se sobre o câmbio usado e compare com a cotação informada em sites como Oanda. Vale a pena levar reais para o Chile? Nas casas de câmbio do Centro e de bairros importantes de Santiago você consegue uma boa cotação pelos seus reais. Note que normalmente o câmbio fica menos vantajoso fora do horário bancário e nos fins de semana. A principal rede de casas de câmbio do Chile é a Afex. Algumas sucursais que abrem todos os dias: na calle Catedral 1063, Centro (2a. a 6a. das 9h às 19h; sábado, domingo e feriados das 10h às 19h); na Estação Central (2a. a 6a. das 9h às 20h, sábado das 10h às 19h, domingo e feriados das 11h às 18h) e no shopping Parque Arauco (2a. a sábado das 10h às 20h30; domingo e feriados das 11h às 20h30). Na zona hoteleira de Providencia há a sucursal da Pedro de Valdivia 012 (2a. a sexta das 9h às 18h; sábado das 10h às 14h; fechada domingo e feriados). Eu pessoalmente acho que o uso de casas de câmbio é coisa do século passado, antes da automação bancária. Carregar dinheiro vivo traz insegurança, e ter que procurar uma casa de câmbio interfere na sua viagem. Leia mais abaixo como fazer saques em moeda local com o cartão do seu banco e cartão de débito internacional. Vale a pena levar dólares para o Chile? Se você já tem os dólares na mão e quer gastar na viagem, leve. Dólares garantem boa cotação em casas de câmbio de todo o país (menos nos aeroportos, onde a cotação sempre é baixa). Além disso, podem ser usados para pagar conta de hospedagem — no Chile, quando o estrangeiro paga hotel em moeda forte (dólar, euro ou cartão de crédito/débito internacional) ganha isenção do IVA, o ICMS local. Leia no tópico acima sobre as casas de câmbio que abrem todos os dias. Mas aceita um conselho? Se você junta dólares para viajar, considere começar a acumular essas reservas num cartão de débito internacional para reduzir a insegurança de viajar com dinheiro vivo e os perrengues de precisar achar uma casa de câmbio aberta. Vale a pena comprar dólares para levar para o Chile? Não. Como os reais encontram boa cotação nas casas de câmbio, é bobagem fazer duas operações de câmbio — uma no Brasil, para comprar dólares, e outra no Chile, para vender as verdinhas. A cada câmbio você perde um pouco na forma de comissão. Só valeria a pena comprar dólares com o objetivo específico de pagar hospedagem, já que estrangeiros conseguem isenção do IVA (o ICMS local) quando pagam com moeda forte. Mas é mais seguro usar cartão de crédito ou cartão de débito internacional. Vale a pena fazer saques em moeda local nos caixas eletrônicos? Esta é a minha recomendação para conseguir o dinheiro para os gastos do dia a dia. A primeira alternativa para fazer isso é habilitar o seu cartão de banco para saques internacionais. Não é preciso que haja um caixa do seu banco para realizar os saques; normalmente todos os cartões funcionam em todos os caixas. A cotação costuma ser boa, o IOF é de apenas 0,38% e se você fizer retiradas do equivalente a 200 dólares (no Chile, algo como 100.000 pesos), as taxas fixas não assustam. Outra possibilidade de saque em moeda local é usando um cartão de débito internacional (tipo Visa Travel Money, MasterCard Cash Passport ou American Express Global Travel card). A cotação de venda é a mesma de papel-moeda (dólar turismo), o IOF é de apenas 0,38% e você pode fazer recargas à distância (normalmente, de segunda a sexta; o dinheiro entra na conta no dia útil seguinte à transferência bancária). Este tipo de cartão é, no mínimo, um plano B perfeito para o caso de haver problemas com o seu cartão de banco. O melhor de sacar dinheiro em caixa eletrônico é que sempre existem caixas no seu caminho, abertos 24 horas por dia, 7 dias por semana, oferecendo a mesma cotação em todos os horários. Vale a pena fazer gastos com cartão de débito no Chile? Vale muito a pena, porque o IOF é de apenas 0,38% para esse tipo de operação. Você pode usar o seu cartão de banco (desde que esteja habilitado para isso; verifique também o seu limite diário/semanal/mensal) ou um cartão de débito internacional tipo Visa Travel Money, MasterCard Cash Passport ou American Express Global Travel Card. TRANSPORTE CHEGANDO NO AEROPORTO Não há por que se estressar. Ao desembarcar, você naturalmente vai passar pelo guichê do Táxi Oficial, que por 15.000 pesos (mais ou menos US$ 30) te deixa no hotel em Santiago. Não precisa dinheiro: eles aceitam cartão de crédito. (Mas se você quiser já tirar dinheiro, é só passar no caixa automático e fazer um saque em moeda local.) Quer gastar menos? Pois não. As vans da Transvip levam ao centro de Santiago por 5.500 pesos (US$ 11), a Providencia por 6.000 (US$ 12) e a Las Condes por 6.700 (US$ 13). Quer gastar ainda menos? Então pegue o ônibus da Tur-Bus (1.700 pesos, US$ 3,50) ou da Centropuerto (1.400 pesos, US$ 2,80, menos confortáveis que os da TurBus) e continue de metrô (desça em Pajaritos, linha 1) ou faça o trechinho final de táxi (desça no fim de linha). Táxis e vans estão disponíveis 24 horas. O primeiro ônibus da Tur-Bus sai às 6h15; o último, à meia-noite. TÁXI Os táxis não são abundantes como em Buenos Aires, mas são tão baratos quanto. Funcionam pelo taxímetro. Espere pagar menos do equivalente a R$ 10 por corridas entre Bellavista-Providencia-El Golf, e cerca de R$ 15 até a área de shoppings de Las Condes. Os hotéis costumam ter táxis especiais, não-marcados, fazendo ponto. Esses não usam o taxímetro e custam um pouco mais caro do que os táxis comuns. Pergunte sempre o preço da corrida antes. Existem muitas companhias de radiotáxi. Quando sair à noite para jantar, ao pedir a conta, peça também para charamarem um táxi. Você também vai ver nas ruas um táxi que é peculiar ao Chile: o táxi colectivo, táxi aparentemente comum que funciona como lotação, cumprindo rotas fixas. Custa baratinho (desde 500 pesos, US$ 1) e sempre traz a rota resumida no luminoso. METRÔ É o meio mais conveniente para se locomover no eixo Centro – Lastarria – Bellavista – Providencia – El Golf. Fora do centrão, as estações costumam ser espaçadas — você sempre vai ter que caminhar um pouco. O horário de funcionamento é das 6h às 23h30 (as bilheterias fecham às 23h). O preço do bilhete varia conforme o horário — pode ser “punta”, “valle” ou “bajo” — e vai de 480 a 580 pesos (cerca de US$ 1). Os santiaguinos andam sempre com cartões magnéticos pré-carregados, então as bilheterias nunca têm fila grande. Você vai usar sobretudo a linha 1, vermelha. Estações-chave: Universidad de Santiago (rodoviária para Valparaíso e Viña del Mar), Universidad Católica (noite do barrio Lastarria), Baquedano (noite de Bellavista), Manuel Montt e Pedro de Valdivia (Providencia), El Golf (noite da av. Isidora Goyenechea) e Los Dominicos (feirinha de artesanato permanente). Para turistar no centro, faça baldeação em Baquedano para a linha 5, verde, e desça na estação Plaza de Armas. Veja o mapa aqui. Use o simulador de itinerário aqui. Não há metrô para a zona chique de restaurantes de Vitacura ou a zona de shoppings de Las Condes. Para os shoppings você pode descer na estação Escuela Militar (também na linha 1) e com o mesmo bilhete continuar com os ônibus C11 ou C20 ao Parque Arauco, ou com o C15 ao Alto Las Condes. ÔNIBUS Há poucos anos o sistema de ônibus de Santiago foi inteiramente reformulado à maneira de Curitiba, com linhas-tronco que trafegam por corredores desimpedidos e linhas alimentadoras até estações de transbordo. Não cheguei a usar, mas não deve ser difícil de entender não. É preciso subir no ônibus com a passagem já comprada (seja o bilhete-integração do metrô, seja um cartão recarregável). Saiba mais aqui. CARRO ALUGADO O trânsito em Santiago é bem complicado, e vem com pegadinhas: avenidas que invertem o sentido de acordo com o horário, vias expressas com pedágio… Os estacionamentos costumam ser pagos (a maioria funciona em subterrâneos; outros são controlados por flanelinhas oficiais com maquininhas). Se for dirigir, alugue (ou leve) um GPS! A VALPARAÍSO E VIÑA DEL MAR Há ônibus das empresas Tur-Bus e Pullman que saem a cada 10 ou 15 minutos do Terminal Alameda, uma rodoviária que fica pegada à estação Universidad de Santiago do metrô. A passagem de ida custa entre 2.500 e 4.000 pesos (US$ 5 a US$ 8). Entre Valparaíso e Viña existe um metrô de superfície, o Merval, que funciona até às 10 da noite. Quando fui, aluguei um carro no aeroporto (que já está no caminho do litoral), mas para o tipo de viagem que fiz (uma noite em Valparaíso, com um passeiozinho por Viña antes de voltar) não valeu a pena, não. Demorei horrores pra achar o meu hotel no Cerro Alegre (se viesse de táxi direto da rodoviária de Valpo não teria passado perrengue) e então ele ficou parado até a minha saída (no alto do morro você faz tudo a pé, dá uma descidinha de teleférico, e pronto). Recomendo carro só para quem quer se estender pelo litoral — indo pros lados Reñaca, ao norte (mas te pergunto: você faz mesmo questão de ir à praia no Chile???) ou até Isla Negra, ao sul (onde fica a terceira casa-museu de Neruda). Quanto ao vale de Casablanca, como em todo tour de degustação de vinhos, o melhor é pegar um passeio organizado ou fretar um carro com motorista para o dia. A VALLE NEVADO E FARELLONES Para que arriscar com as curvas e, na temporada, com o gelo, se não falta quem leve à montanha? Você tem duas opções: pegar um passeio guiado, como os da TurisTour, a 29.000 pesos/58 dólares por pessoa (veja relato aqui), ou contratar apenas o transporte com empresas como a Skitotal, a 10.000 pesos/20 dólares por pessoa, saindo do shopping Omni na av. Apoquindo, ou 20.000 pesos/40 dólares por pessoa, saindo do seu hotel. A PORTILLO O caracol final até o topo dos Andes é um deslumbre, mas tem certeza de que você precisa fazer ida e volta dirigindo? Novamente, há passeios organizados (o da TurisTour custa 59.000 pesos/118 dólares por pessoa) e também trânsfers ida/volta (o da SkiTotal sai 20.000 pesos/40 dólares por pessoa, saindo do shopping Omni na av. Apoquindo às quartas e sábados na temporada). Querendo um serviço mais exclusivo, parando pelo caminho quando e onde você decidir, então negocie um passeio com operadores de trânsfer como a Transvip. 1 Citar
Membros Zé Carlos1502432624 Postado Agosto 7, 2020 Membros Postado Agosto 7, 2020 Muito bom seu relato. Obrigado Citar
Membros D FABIANO Postado Agosto 7, 2020 Membros Postado Agosto 7, 2020 Um pouco desatualizado, hoje há mais atrações como o sensacional Museu de Los Direitos Humanos,que expõe o horror praticado pela direita no país,levando a uma compreensão maior do que é Chile, já tinha o parque de Quinta Normal, que fica em frente e lá há 3 museus. Também há o MIM,Museu Interactivo Mirador,aonde chilenos vão brincar com a ciência, na estação Morador,linha 4 do metro,a mesma que vai a Plaza de Puente Alto,aonde sai o micro que leva a porta de Concha y Toro.Falando em micros,não se usa mais dinheiro, nem no metro.Tudo com cartão Transantiago,vendido em máquinas nas estações. Outra é o metrotrem,sai de hora em hora a Rancagua e para no principal zoo do país, o Buin Zoo.Recentemente, construíram o Costanera Center,shopping de elite,rival do parque Arauco e tem uma torre,a mais alta da América de onde se vê a cidade e foi reativado o teleférico após anos de vencida a concessão. Cerro San Cristóbal agora também tem essa opção para descida com entrada pelo mesmo bondinho. Citar
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