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Bom dia pessoal, sou nova aqui, aliás, sou nova no assunto sobre ser um mochileiro/viajante. 

Tenho 17 anos, e curso Direito aqui no Brasil, comecei pelo status que provavelmente ganharia e coisas do tipo, o que, pensando melhor, não está me favorecendo em nenhum aspecto, por isso o interesse em ir para lugares diferentes e me achar, quero ir para Europa o mais rápido possível, viajar e tirar todo esse peso, e já estou correndo atrás do que preciso, nunca fiz isso antes e quando soube já me apaixonei.

Quero saber se alguém que fazia graduação no BR, foi para outro país e resolveu ficar no lugar terminando a graduação após a viagem/mochilão. Como fizeram? Conseguiram estágio na área no exterior? (Antes de tudo, não pesquisei se há possibilidade de ter), Quais dificuldades enfretaram com essa situação? Conseguiram atuar na área depois? Ou começaram com outro emprego? Tem pontos que dá para realizar voluntarismo na área da graduação?

É óbvio que mochileiros viajantes são nômades e tendem a não ficar só naquele local, mas tenho certeza que após minhas voltas eu vou querer me fixar em um local ou outro (menos BR rs), minha meta é Europa em geral, e fazer um curso para aprimoramento, mesmo que for um outro curso distante do Direito.

Alguma pessoa aqui está passando o mesmo, e alguém que já passou poderia contar como foi? É complicado?

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10 minutos atrás, Tóia Bird disse:

Quero saber se alguém que fazia graduação no BR, foi para outro país e resolveu ficar no lugar terminando a graduação após a viagem/mochilão. Como fizeram? Conseguiram estágio na área no exterior? (Antes de tudo, não pesquisei se há possibilidade de ter), Quais dificuldades enfretaram com essa situação? Conseguiram atuar na área depois? Ou começaram com outro emprego? Tem pontos que dá para realizar voluntarismo na área da graduação?

Normalmente não é possível aproveitar nada do seu curso de graduação brasileiro no exterior, ele não vale nada no exterior e você tem que começar do zero, geralmente nem mesmo estágio você consegue fazer só com um curso brasileiro.

A única forma de aproveitar o que você já cursou do seu curso de graduação no exterior é se a sua faculdade e curso estiverem participando de algum programa de dupla-diplomação, ou graduação sanduíche, onde você cursa alguns semestres no exterior.

Mas são poucas as universidades brasileiras que tem estes programas, e são poucos os cursos que se qualificam para estes programas, geralmente são cursos na área de engenharia e tecnologia.

E para cursar uma graduação do zero no exterior, não é só chegar lá no começo do semestre e se "matricular", como em algumas faculdades particulares brasileiras, as vagas para estrangeiros são bem limitadas, e o processo de seleção pode levar meses, e para complicar, dependendo do país onde você for estudar, você tem que voltar ao Brasil e pedir o visto de estudante a partir do Brasil, não pode pedir ele já estando lá.

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A maioria dos brasileiros que vai estudar no exterior, termina a graduação no Brasil, e depois se candidata a um mestrado e doutorado no exterior, mais você tem que se formar primeiro, ter ótimas notas e preferencial ser engajado em alguma atividade para conseguir uma das vagas.

Ou então começa uma graduação do zero no exterior, mas neste caso, você escolhe a universidade antes, pesquisa quais os requisitos para entrar, algumas vezes é necessário fazer uma prova local parecida com o ENEM para poder se candidatar.

Se você atender os requisitos para se candidatar, tiver condição de pagar a taxa de matricula, geralmente de 3 a 10 mil Euros (pagamento a vista no começo do ano/semestre), você se candidata a uma vaga e aguarda o resultado.

Quando o resultado sair,  você estiver matriculada, você solicita o visto de Estudante, que na maioria das vezes tem que ser solicitado no Brasil.

Se não tiver condições de pagar os 3 ou 10 mil euros de taxa de matricula, você pode tentar alguma bolsa de estudos, muitas universidades tem bolsas que dão desconto nestas taxas para os melhores alunos.

Geralmente não dá para conciliar trabalho e graduação, pois quase todos os cursos de graduação/mestrado na europa são em tempo integral.

 

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Eu fiz graduação sanduíche na Alemanha, eu cursei engenharia no Brasil em uma universidade e curso que tinha convênio e acordo com uma universidade alemã para intercâmbio/gradução sanduíche na Alemanha.

Eu cursei os primeiros 2 anos no Brasil, depois fiquei 1 ano estudando na Alemanha, e voltei para o Brasil para terminar a graduação.

Após terminar a graduação no Brasil, me candidatei para um mestrado na Alemanha, na universidade onde havia estudado, fui aprovado, mas não consegui bolsa, não pude ir por que não tinha condições financeiras de pagar os 10.000 euros da matricula e ainda me sustentar lá.

Arrumei um emprego no Brasil como engenheiro, juntei dinheiro, e alguns anos depois tentei novamente, fui aprovado no mestrado e desta vez consegui uma bolsa do governo alemão que pagava a taxa de matricula, só tive que pagar os custos para me manter lá.

O dinheiro que juntei no brasil foi suficiente para custear o primeiro ano lá, o segundo ano do mestrado, meus pais iriam me ajudar, mas consegui um estágio que me permitiu pagar as minhas despesas.

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