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Já era o quinto dia de acampamento e viagem. Acordei muito cedo, recomendação do Holandês do Mar, para procurar algumas conchas naquela imensidão deserta que é a Praia do Sol. Depois de uma hora de caminhada, Apolo (o deus do Sol) mostra-me o porquê do nome da Praia. Aos poucos as cores vão transitando por vários tons dourados, estarrecedores. Foi de esquecer até as conchas, hshs. Como não tenho espírito holandês, não tinha encontrado muitas mesmo.

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Retornando para o acampamento, e depois de uma pomposa refeição à base de frutas, o dono do camping apareceu, e lá fomos nós pelas areias. A primeira parada do dia foi na Ponta do Gi, uma graciosa elevação no meio da areia, coberta da cascalho e pedras, dá para imaginar um cenários daqueles que nos pintam da superfície de Marte - só que com plantas. Bem no ápice da elevação, fica a Pedra do Frade, uma beldade, completando o cenário extraterreno - parece que foi colocado minuciosamente uma rocha sobre a outra. Infelizmente um ponto negativo daqui fica por conta das pessoas sem juízo que sobem com seus carros e ficam perambulando sobre a paisagem, destruindo a graciosidade dos deuses.

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Na sequência fica a imensa Praia do Gi, deserta com 5 km até o início da Praia do Mar Grosso já na cidade de Laguna. Mar Grosso, não me pareceu muito interessante, sabe aquelas praias meio burguesinhas de São Paulo, tipo Maresias, então bem isso. Um resort à direita da rodovia com passarela e tudo até a praia. Ainda eram 10:00 e fomos direto para o Molhes da Barra onde, inocente, eu, com os vidros do carro baixados entrei feliz da vida. Poseidon me agraciou com suas agradáveis águas que rebentaram no molhes e entraram pelas janelas sem educação nenhuma, kkkkk. No molhes vimos muita gente pescando, era cada robalo; 😍. Muitos pescadores, de todos os lugares do sul. Na ponta um Farol, modesto mas simpático, contudo não ficamos muito à vontade, já que Poseidon insistia com suas graças.

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Fomos até o centro histórico, uma experiência indispensável. Visitamos o Marco de Tordesilhas, o museu de Anita Garibaldi, a Paróquia Santo Antônio do Anjos, A Fonte da Carioca, pena que a Casa de Anita estava fechada para reforma, e o Museu da cidade tinha sofrido um incêndio recente, então não tivemos acesso. Fomos depois ao Morro da Glória de onde podemos ver todo o molhes e boa parte da cidade. Antes de pegar a balsa, passamos na Fonte da Carioca reabastecer as águas e ver o a Casa Pinto D'ulysséia.

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Seguimos até a Balsa, esperamos 5 min e lá se fomos. Após a travessia, pegamos à esquerda e fomos procurar a Praia do Tamborete, uma teteia com se diz aqui no sul. Como Poseidon se desgasta no molhes, o Tamborete tem águas abrigadas e bem calmas, além de transparentes. A areia é limpinha e um morro rochoso faz a graça à direita. Um fato curioso é que em algumas rochas da lateral da praia emitem um 'eco' das ondas e um ruído das águas, acredito que possa ser o motivo do nome da praia. Outro detalhe curioso é uma espécie de oratório, parecendo aqueles dos Jesuítas que vemos nos livros, este fica um pouco antes da Praia do Tamborete.

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Na volta, pegamos mais à direita antes da rodovia, e fomos em busca da Praia do Gravatá. Depois de um bom trecho de vielas, subida acima, as casas acabam. Perguntei a um morador que me instruiu deixar o veículo no seu estacionamento e seguir a pé, não era recomendado deixar o carro no meio da mata, alguns roubos, segundo ele acontecem por ali. Pegamos a mochila e lá fomos nós, após 400 m na rua de paralelepípedos, entramos numa trilha pouco desgastada. Só a trilha já vale o esforço, por entre as colinas, algumas vacas e palmeiras retorcidas que lembram o nordeste do país. Nada mais que 30 min de caminhada, e a deserta Praia do Gravatá se descortina à nossa frente, indescritível, poderia dizer que é a mais incrível que encontrei nas minhas andanças. Na verdade são duas: a Praia do Gravatá e a do Maneloni, separadas apenas por uma elevação - mistura de areia e pedras coberta de grama. Com areias brancas e a água azul que se confunde com o céu.

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Ficamos um bom tempo por ali, antes de seguir. Nossa próxima parada foi a também isolada Praia da Tereza, uma vila com uma 10 casas. A praia não é muito bem conservada, mas conta até com um parquinho para as crianças. Logo em seguida fomos para a Praia do Ypuã, ao menos tentamos, kkkk. É uma extensão de areia enorme, e rapidamente encalhamos. Com algum trabalhos conseguimos desencalhar, e seguimos caminhando conhecer: a praia brevemente, só tinha gringo, e o nosso primeiro Sambaqui, o Sambaqui da Roseta.

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O final do dia já se aproximava, mas como o horário era verão, fomos conhecer a mais charmosa praia que já vi, a Praia da Galheta. Incrível, uma pequena vila, irregular. Casas de vários estilos culturais, sem muros ou cercas, emergindo da areia. Uma sinfonia perfeita com o grande Sambaqui que amortece as ondas. Ao norte do Sambaqui a Praia da Galheta, mas agitada, de areia branca e fina, com água azul carregada de 'carneirinhos' das ondas que quebram muito antes da margem; ao sul a Praia Grande, de areia mais grossa e água muito calma. Dá vontade de dormir ali, não fosse ter deixado o carro 1 km na estrada - depois do Ypuã preferi não me aventurar na areia - e estarmos de partida para o Farol de Santa Marta.

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Sigo com o final da trip no próximo post.

 

 

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