Membros Este é um post popular. andresr Postado Junho 13, 2019 Membros Este é um post popular. Postado Junho 13, 2019 Olá Em 25 de dezembro saímos novamente para mais uma aventura de carro. Dessa vez tentarei ser mais sucinto em meu relato, apenas para esclarecer, indicar e opinar sobre alguns pontos que podem vir a ser interessantes para algum colega mochileiro. O roteiro ficou assim: Dias Origem KM Tempo Destino 25/dez Santos/SP 977 13h06 Guarujá do Sul/SC 26/dez Guarujá do Sul/SC 658 Ruinas de San Ignacio 08h14 Corrientes/ARG 27/dez Corrientes/ARG 944 12h04 Tilcara/ARG 28/dez Tilcara/ARG 751 Serrania de Hornocal 11h01 Uyuni/BOL 29/dez Salar de Uyuni 30/dez 31/dez 01/jan Uyuni/BOL 539 07h20 La Paz/BOL 02/jan Mercado Las Brujas - Calle Jaen - Centro - Mirador 03/jan Monte Chacaltaya 04/jan La Paz/BOL 154 Ruinas de Tiawanaco 03h31 Copacabana/BOL 05/jan Copacabana/BOL 142 Isla del Sol 02h21 Puno/PER 06/jan Puno/PER 375 Isla de Taquiles 06h27 Tacna/PER 07/jan Tacna/PER 365 04h41 Iquique/CHI 08/jan Iquique/CHI 487 Humberstone 05h31 San Pedro Atacama/CHI 09/jan Tour Astronômico 10/jan San Pedro Atacama/CHI 509 Paso Sico - Lagunas 08h53 Salta/ARG 11/jan Salta/ARG 821 10h24 Resistência/ARG 12/jan Resistência/ARG 642 08h27 Foz de Iguaçu/PR 13/jan Foz de Iguaçu/PR 1056 Ciudad del Est 13h41 Santos/SP Foram 20 dias percorrendo cerca de 8400 km, passando por Argentina, Bolívia, Peru, Chile e uma passadinha no Paraguai. Vamos então aos pontos mais importantes: Fronteira de Dionísio Cerqueira / Bernardo de Irigoyen Prós: Menos veículos, cambistas na primeira esquina Contras: A estrada que leva a Guarujá do Sul e também à Dionísio é muito ruim em comparação à que nos levaria a Foz do Iguaçu. Eu planejei fazer a carta verde em solo argentino, porém tive que ir a pé, cerca de 200mts, até a seguradora após a fronteira. Ou seja, já façam a carta verde no Brasil. Paguei 100 reais por 30 dias. Bernardo de Irigoyen é uma cidade muito pequena e bem menos interessante do que Puerto Iguazu (Travessia de Foz). Ruínas de San Ignácio Local bem interessante de conhecer. Fica no caminho para Corrientes em uma cidadezinha às margens da estrada. São ruínas preservadas e ótimas para tirar boas fotos. Possuí também um museu no local e infraestrutura para turista. Em frente à entrada tem um bom restaurante para almoçar. Corrientes Em Corrientes tem uma ótima casa de câmbio, El Dorado – www.eldoradosa.com , com cotações bem melhores que da fronteira. Então sempre troco apenas o suficiente para chegar até Corrientes e comprar o restante dos pesos nessa casa. Necessário levar o passaporte ou a permissão de entrada para cadastro. Calle 9 de Julio, 996. Tilcara Uma pequena cidade, bem parecida com Purmamarca, com Hostels bem legais e vida noturna agitada com muitos turistas. Foi o mais perto que consegui chegar da fronteira boliviana até o anoitecer. No local apenas fizemos um passeio pela praça central, e aqui fica a dica: Ótimos preços para artesanatos e outros artigos. O lugar mais barato que encontrei até hoje para comprar presentes e lembranças andinas. Fronteira de La Quiaca / Villazon Local fácil de achar e tranquilo de atravessar. Deve descer do veículo e fazer os trâmites necessários. Logo após a travessia, na rua de frente a Migracione, irá encontrar diversas casas de câmbio, local para comprar chip de celular, e tudo mais em muitas lojas e tendas. Também tem bancos e mercados mais a frente, na própria Villazon. Nâo nos foi solicitado seguro para terceiros. (imagem obtida na internet.) Uyuni Bolívia realmente é um país diferente, um paraíso sob o caos. São paisagens magnificas por todo lado. Mas também muita pobreza nas cidades. Me surpreendeu infelizmente a grande quantidade de animais, principalmente cães, atropelados pelas beiras de estrada. Havia dois caminhos para Uyuni: o mais longo nos levaria até Potosí, o que até então era o único caminho asfaltado. E o caminho mais curto, direto de Tupiza à Uyuni. Escolhi o mais curto e acertei, pois encontramos apenas um pequeno trecho de ripío, em condições medianas, mas percorridas em pouco mais de 1 hr. O restante foi asfalto até Uyuni. Vale a pena fazer o caminho mais curto. Em Uyuni logo fomos buscar uma agência para contratarmos o tour de 3 dias para o dia seguinte. Pagamos 800 bolivianos na Esmeralda Tour. Nos hospedamos no Cilos Hotel. Barato, mas bem ruinzinho. Não recomendo. A cidade tem bastante comércio para comprar comida ou o que for necessário. Tour de Uyuni Fizemos o tour com dois brasileiros e uma italiana e, felizmente, todos se deram super bem. O guia/motorista Alfredo era um típico boliviano e conhecia muito bem como fazer o tour. Não tivemos muita sorte em relação ao clima. Todos os dias foram nublados e as vezes com um pouco de chuva. Os lugares visitados são fantásticos e por isso, apesar das horas que passamos apertados dentro do veículo, nem percebemos o tempo passar. Na primeira noite ficamos em um hotel de sal onde tivemos quarto privativo. O banho deve ser solicitado e pago junto a proprietária do local. Faça-o assim que chegar porque existe apenas um chuveiro para todos e se você quer um banheiro limpo... O jantar e o café da manhã são servidos pelo nosso guia e foram satisfatórios. Na segunda noite, de frente para laguna colorada, o quarto foi compartilhado com o restante da nossa equipe. Novamente o jantar e o café da manhã foram servidos pelo nosso guia. O banheiro é espaçoso, mas logo torna-se insalubre devido ao grande número de pessoas e nenhuma limpeza enquanto estivemos lá. Pela manhã estava impossível utilizar algo além da pia. Já o banho pode ser conseguido em uma outra casa nos fundos do hotel, pagando uma taxa. Nessa mesma casa também pode pagar para ter um pouco de WIfi. Enfim, os lugares visitados são fantásticos, com muitos vulcões, lagunas, flamingos, raposas, etc. O frio não estava tão intenso, variando entre 0° a 15°, com alguns poucos pontos nevados. Cemiterio de Trens Monumento Dakar Restaurante de Sal Restaurante de Sal Sal Salar de Uyuni Salar de Uyuni Hotel de Sal Vulcão Ollague Flamingos Chilenos Gato Feral Flamingo Chileno Viscachas Arbol de Piedra Zorrito Laguna Colorada Laguna Colorada Noite na Laguna Colorada Geiser Sol de La Mañana Geiser Sol de La Mañana Laguna Verde e Licancabur Termas de Polques Uyuni à La Paz Estradas excelentes nos levaram até La Paz. Não tivemos problemas com policia rodoviária em toda a Bolívia. Somente alguns pedágios. Alguns pedágios não têm cobrança se ainda tiver o ticket do pedágio anterior. Então guarde-os. Devido a altitude também pegamos um pouco de gelo e neve no caminho, mas nada que precisasse de correntes. A cidade de El Alto é bem confusa, mas o GPS nos levou direitinho para as descidas de La Paz, apesar do trânsito caótico. A descida para La Paz é algo muito diferente, inesquecível a visão da cidade entre as montanhas. La Paz Em La Paz nos hospedamos no Hotel Salas, bem próximo às agências. Não tinha garagem, mas conseguimos um estacionamento próximo para deixar o carro. Também levamos nossas roupas para uma lavanderia e aqui fica uma dica, anote cada peça de roupa deixada lá pois podem entregar faltando algumas. No nosso caso faltou no mínimo duas peças e veio uma peça íntima de alguém desconhecido...ou seja, descuido total. No primeiro dia saímos para conhecer a cidade e os bondes aéreos. E no segundo dia fomos ao passeio até o Monte Chacaltaya. O monte fica bem próximo e a estrada é bem ruim. Da para ir em seu próprio carro se for alto e com bons amortecedores. O lugar é realmente bem alto e a altitude traz seus sintomas. Após chegar à antiga estação de esqui, ainda tem uma subida íngreme até o topo e ali o sofrimento é maior pois falta ar, a cabeça parece querer ter um AVC, mas é recompensador o topo. Muita neve e uma vista incrível das várias montanhas e lagunas ao redor. Aproveita-se para descansar e tirar muitas fotos enquanto contempla a natureza. No último dia acordamos cedo e fomos comprar “lembrancinhas” para nós e para família. Conhecemos a tal de Mercado Las Brujas e adjacentes...encontramos bastante coisa, mas é um pouco caro. Em Villazon, uyuni, e principalmente em Tilcara, encontramos preços bem melhores. Tiawanaco Após as rápidas compras demos adeus a cidade de La Paz, subimos suas encostas até chegar a El Alto e dali partimos para visitar as ruínas de Tiawanaco. Foi tranquilo encontrar, mas ficamos surpresos com o valor da entrada, um pouco salgada demais pela estrutura que oferece, cerca de R$100,00 por pessoa. Mas visitamos o local e é bem interessante. São ruínas muito antigas e estão dispersas por uma área bem grande. Terá que andar bastante para ver tudo, mas é uma oportunidade única de ver algo tão antigo e preservado. Copacabana Após visitar as ruínas de Tiawanaco, seguimos direto para a cidade de Copacabana. Boas estradas nos levam até lá, com alguns pontos em reforma/pavimentação. Ao se aproximar do lago, começamos a serpentear pelas estradas altas da cidade de Tikina, com vista pro lago, até chegarmos à balsa. Lá não tem guichê ou coisa parecida, bastando se aproximar das balsar e perguntar para algum boliviano próximo onde poderíamos embarcar. Ao que parece, cada boliviano por ali tem sua própria balsa e a toca do jeito que lhe convêm. A subida e descida da balsa é um tanto desajeitada e improvisada, mas tudo correu bem e atravessamos sem precisar sair do carro. Após a balsa, mais alguns Km de estrada até chegar a Copacabana. A estrada é muito bonita e tem pontos com mirantes para estacionar e tirar fotos. Em Copacabana nos hospedamos no Hotel La Casa del Sol, de frente para o lago. O hotel tem estacionamento e um bom café da manhã. Mas o quarto estava muito ruim, com vazamento no banheiro, cheiro de mofo e chuveiro com água morna e utilizável apenas em horários pré-definidos. É o tal custo-benefício... A noite saímos para jantar e pode-se encontrar de tudo, comida e artigos, nas ruas ao redor da Plaza Sucre. Não fomos visitar o Cerro Calvário e a Basilica de N. Sra Copacabana, o que considero um erro. No dia seguinte apenas fomos fazer o passeio de um dia à Isla del Sol. Isla del Sol O passeio é barato e a barca que nos leva é confortável. O passeio pode ser contratado na beira do lago, ao lado da estátua do Leme de Barco. A ilha é muito bonita, mas sinceramente esperava mais. Ao chegar na Praia Sul da ilha – Yumani - nos deparamos com as estatuas de Manco e Mama e uma longa escadaria que termina em uma bifurcação para caminhos diferentes da ilha. Pelo caminho diversas tendas de artesanato e moradores locais em seus afazeres diários. A travessia Norte-Sul está bloqueada, então não tem muito o que fazer na ilha a não ser contemplar, tirar algumas fotos e voltar pro barco. Ah, não bebam a água da Fonte Inca da Juventude. Eu sabia do risco de contaminação, mas me atrevi e paguei o preço com forte enjoo e vômitos no dia seguinte... mas bebi Fronteira Bolivia / Peru Após passear pela Isla del Sol e almoçar, partimos em direção ao Peru. A fronteira é bem pertinho de Copacabana. A saída da Bolivia foi rápida, apenas devolvendo os permissos e uma olhadinha do fiscal para conferir o modelo e placa do veículo. Logo após a barreira policial temos a aduana peruana e ali tivemos problemas: Eles exigem o seguro SOAT para o veículo. Não poderia seguir viagem sem ele e só encontraria esse seguro em Yunguio, cerca de 5km a frente. Tive que fazer cara de coitado e prometer muito fazer o seguro para poder seguir com o veiculo, porque até então teria que ir andando ou de tuktuk até a cidade e voltar. O seguro conseguimos contratar em um banco comercial na praça principal da cidade de Yunguyo, por um valor bem barato. De lá, partimos para Puno, dando quase uma meia volta completa no Lago Titicaca. Puno / Isla Taquile Chegamos à Puno já de noite e entramos no primeiro hotel que encontramos. Demos sorte porque era barato, possuía estacionamento externo, café da manhã, ducha caliente e camas confortáveis. E para melhorar, o proprietário também agendava passeios e assim já fechamos para o dia seguinte o tour para Isla Taquile. Umas das vantagens de viajar de carro é a liberdade de escolhas e essa foi acertada. Nosso projeto indicava sair de Copacabana e ir direto até Tacna, no Peru, apenas para pernoitar e partir rumo ao Chile. Mas como estávamos um pouco decepcionados com a Isla del Sol, resolvemos mudar a direção e partimos para Puno. Seria um dia a mais de viagem e alguns gastos extras, mas quem ta na chuva.... Decisão acertada, pois o caminho até puno é muito bonito e a cidade apesar de ter um trânsito horrível, tem boa infraestrutura para turistas. Gostaria de ter tido mais tempo para conhecer seus pontos turísticos. O passeio para Isla Taquile é muito gostoso, bem organizado e interessante. Em uma das grandes ilhas de totora fomos recebidos pelo seu chefe e ali, reunidos em uma grande roda, acomodados em bancos de totora, o chefe nos apresenta a ilha, sua história e costumes. É muito interessante tudo que nos foi contado e não pretendo dar spoiler aqui né. Moquegua De Puno partimos para Tacna, mas devido ao mal-estar devido a “fonte da Juventude” só consegui chegar em Moquegua. O percurso com altitude de cerca de 5000m e muitas curvas foi demais para meu estomago infectado. O resultado disso foi várias paradas em locais inóspitos para vomitar ou apenas tentar brecar o enjoo. Ossos do ofício. Paramos em um hotelzinho de beira de estrada, muito bom por sinal e dormimos o máximo possível. Fronteira Peru / Chile De Moquegua partimos com destino ao Chile. A fronteira fica próxima à cidade de Arica. Uma fronteira bem movimentada por sinal. Estaciona-se o veículo em um grande estacionamento e parte-se para a migração. O Chile é um país bem rigoroso em suas fronteiras, mas essa foi a pior que conhecemos até agora. Antes de pegar a fila 01, é bom atentar-se a uma exigência deles: devemos apresentar uma ficha, não recordo o nome, que vendem na lanchonete do local, no prédio a esquerda. É melhor comprar essa ficha antes de entrar na fila, assim não enfrenta a fila duas vezes... Depois do guichê 1, vai para o 2 dar entrada no veículo e depois trazer o veículo para a fila de inspeção, onde todas as malas deverão ser levadas para outra fila onde passarão pelo scanner. O veículo é vistoriado, mais alguns carimbos e finalmente somos liberados para adentrar. Reserve de uma a duas horas para esses trâmites. Arica / Iquique Em Arica, por ser domingo, não encontrei casa de câmbio aberta. Precisava abastecer e pagar eventuais pedágios, comprar comida, etc. A solução foi ir ao aeroporto e lá sacar no caixa eletrônico. Havia guichê para cambiar, porém aceitavam apenas dólar e euros. Chegamos em Iquique no final de tarde. É uma cidade litorânea pequena, mas muito bonita, acolhedora e tranquila, cercada por dunas de areia de um lado e o oceano do outro. Tem uma bela orla e boa infraestrutura para o turista. Tem shopping, fast food, cassino, parques, feiras de artesanatos e todo tipo de comércio. Também possui diversas casas de câmbio, com ótimas cotações para o real. Humberstone Em nossa última viagem para o Atacama, demos o azar de vir à fábrica fantasma de Humberstone justamente em um feriado e assim batemos a cara na porta. Dessa vez conseguimos entrar e valeu a pena a insistência. O local fica a apenas 45km de Iquique e é incrível para quem curte fotografar e também conhecer um pouco da história. É um patrimônio mundial da humanidade pela Unesco e muito bem preservado pelos chilenos. Custa apenas 3 mil pesos e lá dentro encontrará tendas vendendo souvenirs e até mesmo alugando roupas da época para fotos. Lá poderão ver escolas, maquinários, mercados, açougues e moradias dos antigos funcionários da fábrica de salitre. Imperdível e fica na beira da rodovia que liga San Pedro à Iquique ou Árica. San Pedro de Atacama Outra visita a San Pedro. Sempre um prazer enorme rever a cidade e seu centrinho. Dessa vez apenas como ponto de pernoite em nosso retorno. Aproveitamos para fazer um passeio que não havíamos conseguido ainda, o tour astronômico. O contratamos para a mesma noite que chegamos. O tour iniciou as 21hs e em uma van com mais 7 pessoas partimos para um sitio um pouco afastado do centro. Não achei o local tão afastado assim das luzes artificiais da cidade. O guia tinha excelente conhecimento do mapa celeste e suas características. Nos ensinou bastante coisa. Vale a pena fazer o tour pelo conhecimento adquirido. Eles possuíam 4 telescópios manuais e um eletrônico. Por volta de 23hs o tour termina e a van nos leva de volta ao centro. Nos hospedamos no Hostel Rey Lagarto. Muito bom, recomendamos. Fronteira Chile / Argentina – Paso Sico Hora de dar tchau. Já conhecíamos bem o Paso Jama e dessa vez queríamos conhecer o Paso Sico. Péssima idéia... do lado chileno é tudo uma maravilha, com estradas perfeitas e zero trânsito. E ainda conhecemos, pelo caminho, as lagunas das Piedras Rojas e a maravilhosa Laguna Tuyajto. Valeria a distância percorrida se voltássemos a partir dessa laguna para atravessar por Paso Jama apenas por sua beleza. Mas seguimos em frente e logo terminou o Chile e terminou o asfalto. Veio a aduana e após rápidos trâmites seguimos em frente... A estrada de ripio vai piorando e piorando... não há nada no caminho caso aconteça algo. Se ainda houvesse belas paisagens pelo caminho, mas apenas montes de areia, cactos e pedras pelo caminho. São cerca de 170km nessa toada. O carro estremece e sofre com as pedras e buracos. No meio do caminho já havia um barulho enorme de lataria batendo na suspensão dianteira. Depois, já em Santos, na oficina para revisão, descobriram uma pedra de uns 7 cm presa na bandeja da suspensão...a culpada de todo barulho que eu já declarava ser amortecedor estourado... Enfim, é uma longa estrada ruim de terra, pedra e buraco, sem atrativos, para chegar a Salta. Paso Jama 10 x 0 Paso Sico. Salta / Corrientes / Foz do Iguaçu De Salta até chegar em casa não houve novidades. Aquela reta interminável da RN 16 até Corrientes e depois muitas curvas até chegar ao nosso país. Visitamos Ciudad del Est para comprar alguns eletrônicos e pernoitamos ainda em Guarapuava antes de ir para Santos. Resumo da Estória Fronteira de Foz do Iguaçu tem mais fila de veículos, porém tem melhor atendimento e estradas do que Dionisio Cerqueira. Vale a pena ir por Foz. Entrar na Bolivia pelo norte da Argentina realmente me pareceu mais seguro e rápido. As estradas são boas e não tivemos qualquer perturbação de policiais. Talvez por Corumbá não tivesse sido assim. O Tour de Uyuni é muito legal. Se você já conheceu todo Atacama, talvez não se impressione tanto com todos os pontos visitados, pois são mais vulcões, lagunas e montanhas. Mas o salar é imperdível. E a experiência como um todo é gratificante e inesquecível. São coisas a se fazer na vida. La Paz merece mais tempo, dinheiro e coragem. Tem muitas aventuras disponíveis. Como estava em família, não pude aproveitar tudo que gostaria, mas queria ter realizado ao menos o trekking pela estrada da morte e a subida ao Huayna Potosi. Mas o monte Chacaltaya é show e vale a visita. Ruínas de Tiawanaco é incrível pela antiguidade das peças e a história envolvida. Fica a critério de cada um. Como estava perto não quis perder a oportunidade. Lago Titicaca é incrível pelo tamanho e pela atmosfera esotérica que o cerca. Parece um lugar com uma energia diferente realmente. Talvez seja influência das estórias ou o marketing envolvido, mas é muito bom estar lá. Ao passar por Puno/Peru, conheçam as ilhas Uros e Taquile. É divertido e curioso. Se você curti fotografia tem o dever de conhecer Humberstone se estiver por perto. Se não for, vá mesmo assim porque é um lugar muito doido, lembra até mesmo um parque de diversões assombrado. O tour astronômico pode ser trocado por uma pesquisa no google e uma fugidinha para um local mais afastado para tirar as fotos com a Via Lactea ao fundo. Mas a explanação do profissional é bem interessante acerca das constelações. Os telescópios não fazem muita diferença na visualização das estrelas. Não é um passeio caro, vale a pena realizar se passar por San Pedro. Paso Sico nunca mais! Mesmo se tivesse um Troller. Sem atrativos ao contrário do Paso Jama. Agora é planejar a próxima !! 6 Citar
Colaboradores hlirajunior Postado Junho 13, 2019 Colaboradores Postado Junho 13, 2019 Parabéns pela viagem e pelo relato. Poderia detalhar os trâmites para entrada na Bolivia? O que é necessário? Tem que pegar ordem de translado ou algo parecido? De Tiwanaco até Copacabana, vc teve que voltar até El Alto ou tem alguma estrada que corta caminho? Quais as condições dela? Abraço 1 Citar
Membros andresr Postado Junho 13, 2019 Autor Membros Postado Junho 13, 2019 37 minutos atrás, hlirajunior disse: Parabéns pela viagem e pelo relato. Poderia detalhar os trâmites para entrada na Bolivia? O que é necessário? Tem que pegar ordem de translado ou algo parecido? De Tiwanaco até Copacabana, vc teve que voltar até El Alto ou tem alguma estrada que corta caminho? Quais as condições dela? Abraço Oi. Para entrar na Bolivia não precisei de nada, além do documento do carro. Eles até recomendam fazer um seguro em algum banco, mas falei com dois policiais diferentes e os mesmos disseram nao ser obrigatório. E em todo o percurso não tive problema algum com isso. Apenas para entrar no Peru que tive que correr atras de seguro, além da Carta Verde para Argentina e SOAPEX para o Chile. De Tiwanaco até Copa tive que voltar até a saída de El Alto novamente. Existem algumas estradinhas de terra no caminho, mas creio que não compensa arriscar pq a estrada é boa e o trecho não é tão longo. Sai por volta de 11hs de La Paz, fui até Tiawanaco e cheguei por volta de 19hs em Copa. Isso contando com parada para almoço, tour em tiawanaco e travessia de balsa. Transito apenas no centro de La Paz e bastante em El Alto, tem que ter paciência. abs 1 Citar
Membros de Honra casal100 Postado Junho 13, 2019 Membros de Honra Postado Junho 13, 2019 @andresr Show de relato e lindas fotos! 1 Citar
Membros Marcelo Manente Postado Junho 13, 2019 Membros Postado Junho 13, 2019 Bom relato. Seria interessante saber o nomes dos hoteis que vc ficou e que recomenda. Já eu, mesmo indo com um carro baixo gostei do paso Sico (sou fã da terra), porém o visual do Jama é muito mais interessante. Gosto de entrar e sair por Bernardo de Irigoyen pois não se pega fila nenhuma, e principalmente, gosto de sair por ali pois não tem fiscalização do lado brasileiro, assim dá para voltar com umas garrafas de vinho a mais, kkkkk. 1 Citar
Membros MARCELO.RV Postado Junho 14, 2019 Membros Postado Junho 14, 2019 Bela viagem!!! Belas fotos!!! Me diga uma coisa, como está o trecho perto de Monte Quemado vindo de Salta na província de Santiago Del Estero? No próximo ano pretendo passar por lá novamente e pelo jeito a coisa lá piorou bastante, só buracos. Abrs. 1 Citar
Membros Marcelo Ailton Postado Junho 16, 2019 Membros Postado Junho 16, 2019 Em 13/06/2019 em 11:47, andresr disse: Olá Em 25 de dezembro saímos novamente para mais uma aventura de carro. Dessa vez tentarei ser mais sucinto em meu relato, apenas para esclarecer, indicar e opinar sobre alguns pontos que podem vir a ser interessantes para algum colega mochileiro. O roteiro ficou assim: Dias Origem KM Tempo Destino 25/dez Santos/SP 977 13h06 Guarujá do Sul/SC 26/dez Guarujá do Sul/SC 658 Ruinas de San Ignacio 08h14 Corrientes/ARG 27/dez Corrientes/ARG 944 12h04 Tilcara/ARG 28/dez Tilcara/ARG 751 Serrania de Hornocal 11h01 Uyuni/BOL 29/dez Salar de Uyuni 30/dez 31/dez 01/jan Uyuni/BOL 539 07h20 La Paz/BOL 02/jan Mercado Las Brujas - Calle Jaen - Centro - Mirador 03/jan Monte Chacaltaya 04/jan La Paz/BOL 154 Ruinas de Tiawanaco 03h31 Copacabana/BOL 05/jan Copacabana/BOL 142 Isla del Sol 02h21 Puno/PER 06/jan Puno/PER 375 Isla de Taquiles 06h27 Tacna/PER 07/jan Tacna/PER 365 04h41 Iquique/CHI 08/jan Iquique/CHI 487 Humberstone 05h31 San Pedro Atacama/CHI 09/jan Tour Astronômico 10/jan San Pedro Atacama/CHI 509 Paso Sico - Lagunas 08h53 Salta/ARG 11/jan Salta/ARG 821 10h24 Resistência/ARG 12/jan Resistência/ARG 642 08h27 Foz de Iguaçu/PR 13/jan Foz de Iguaçu/PR 1056 Ciudad del Est 13h41 Santos/SP Foram 20 dias percorrendo cerca de 8400 km, passando por Argentina, Bolívia, Peru, Chile e uma passadinha no Paraguai. Vamos então aos pontos mais importantes: Fronteira de Dionísio Cerqueira / Bernardo de Irigoyen Prós: Menos veículos, cambistas na primeira esquina Contras: A estrada que leva a Guarujá do Sul e também à Dionísio é muito ruim em comparação à que nos levaria a Foz do Iguaçu. Eu planejei fazer a carta verde em solo argentino, porém tive que ir a pé, cerca de 200mts, até a seguradora após a fronteira. Ou seja, já façam a carta verde no Brasil. Paguei 100 reais por 30 dias. Bernardo de Irigoyen é uma cidade muito pequena e bem menos interessante do que Puerto Iguazu (Travessia de Foz). Ruínas de San Ignácio Local bem interessante de conhecer. Fica no caminho para Corrientes em uma cidadezinha às margens da estrada. São ruínas preservadas e ótimas para tirar boas fotos. Possuí também um museu no local e infraestrutura para turista. Em frente à entrada tem um bom restaurante para almoçar. Corrientes Em Corrientes tem uma ótima casa de câmbio, El Dorado – www.eldoradosa.com , com cotações bem melhores que da fronteira. Então sempre troco apenas o suficiente para chegar até Corrientes e comprar o restante dos pesos nessa casa. Necessário levar o passaporte ou a permissão de entrada para cadastro. Calle 9 de Julio, 996. Tilcara Uma pequena cidade, bem parecida com Purmamarca, com Hostels bem legais e vida noturna agitada com muitos turistas. Foi o mais perto que consegui chegar da fronteira boliviana até o anoitecer. No local apenas fizemos um passeio pela praça central, e aqui fica a dica: Ótimos preços para artesanatos e outros artigos. O lugar mais barato que encontrei até hoje para comprar presentes e lembranças andinas. Fronteira de La Quiaca / Villazon Local fácil de achar e tranquilo de atravessar. Deve descer do veículo e fazer os trâmites necessários. Logo após a travessia, na rua de frente a Migracione, irá encontrar diversas casas de câmbio, local para comprar chip de celular, e tudo mais em muitas lojas e tendas. Também tem bancos e mercados mais a frente, na própria Villazon. Nâo nos foi solicitado seguro para terceiros. (imagem obtida na internet.) Uyuni Bolívia realmente é um país diferente, um paraíso sob o caos. São paisagens magnificas por todo lado. Mas também muita pobreza nas cidades. Me surpreendeu infelizmente a grande quantidade de animais, principalmente cães, atropelados pelas beiras de estrada. Havia dois caminhos para Uyuni: o mais longo nos levaria até Potosí, o que até então era o único caminho asfaltado. E o caminho mais curto, direto de Tupiza à Uyuni. Escolhi o mais curto e acertei, pois encontramos apenas um pequeno trecho de ripío, em condições medianas, mas percorridas em pouco mais de 1 hr. O restante foi asfalto até Uyuni. Vale a pena fazer o caminho mais curto. Em Uyuni logo fomos buscar uma agência para contratarmos o tour de 3 dias para o dia seguinte. Pagamos 800 bolivianos na Esmeralda Tour. Nos hospedamos no Cilos Hotel. Barato, mas bem ruinzinho. Não recomendo. A cidade tem bastante comércio para comprar comida ou o que for necessário. Tour de Uyuni Fizemos o tour com dois brasileiros e uma italiana e, felizmente, todos se deram super bem. O guia/motorista Alfredo era um típico boliviano e conhecia muito bem como fazer o tour. Não tivemos muita sorte em relação ao clima. Todos os dias foram nublados e as vezes com um pouco de chuva. Os lugares visitados são fantásticos e por isso, apesar das horas que passamos apertados dentro do veículo, nem percebemos o tempo passar. Na primeira noite ficamos em um hotel de sal onde tivemos quarto privativo. O banho deve ser solicitado e pago junto a proprietária do local. Faça-o assim que chegar porque existe apenas um chuveiro para todos e se você quer um banheiro limpo... O jantar e o café da manhã são servidos pelo nosso guia e foram satisfatórios. Na segunda noite, de frente para laguna colorada, o quarto foi compartilhado com o restante da nossa equipe. Novamente o jantar e o café da manhã foram servidos pelo nosso guia. O banheiro é espaçoso, mas logo torna-se insalubre devido ao grande número de pessoas e nenhuma limpeza enquanto estivemos lá. Pela manhã estava impossível utilizar algo além da pia. Já o banho pode ser conseguido em uma outra casa nos fundos do hotel, pagando uma taxa. Nessa mesma casa também pode pagar para ter um pouco de WIfi. Enfim, os lugares visitados são fantásticos, com muitos vulcões, lagunas, flamingos, raposas, etc. O frio não estava tão intenso, variando entre 0° a 15°, com alguns poucos pontos nevados. Cemiterio de Trens Monumento Dakar Restaurante de Sal Restaurante de Sal Sal Salar de Uyuni Salar de Uyuni Hotel de Sal Vulcão Ollague Flamingos Chilenos Gato Feral Flamingo Chileno Viscachas Arbol de Piedra Zorrito Laguna Colorada Laguna Colorada Noite na Laguna Colorada Geiser Sol de La Mañana Geiser Sol de La Mañana Laguna Verde e Licancabur Termas de Polques Uyuni à La Paz Estradas excelentes nos levaram até La Paz. Não tivemos problemas com policia rodoviária em toda a Bolívia. Somente alguns pedágios. Alguns pedágios não têm cobrança se ainda tiver o ticket do pedágio anterior. Então guarde-os. Devido a altitude também pegamos um pouco de gelo e neve no caminho, mas nada que precisasse de correntes. A cidade de El Alto é bem confusa, mas o GPS nos levou direitinho para as descidas de La Paz, apesar do trânsito caótico. A descida para La Paz é algo muito diferente, inesquecível a visão da cidade entre as montanhas. La Paz Em La Paz nos hospedamos no Hotel Salas, bem próximo às agências. Não tinha garagem, mas conseguimos um estacionamento próximo para deixar o carro. Também levamos nossas roupas para uma lavanderia e aqui fica uma dica, anote cada peça de roupa deixada lá pois podem entregar faltando algumas. No nosso caso faltou no mínimo duas peças e veio uma peça íntima de alguém desconhecido...ou seja, descuido total. No primeiro dia saímos para conhecer a cidade e os bondes aéreos. E no segundo dia fomos ao passeio até o Monte Chacaltaya. O monte fica bem próximo e a estrada é bem ruim. Da para ir em seu próprio carro se for alto e com bons amortecedores. O lugar é realmente bem alto e a altitude traz seus sintomas. Após chegar à antiga estação de esqui, ainda tem uma subida íngreme até o topo e ali o sofrimento é maior pois falta ar, a cabeça parece querer ter um AVC, mas é recompensador o topo. Muita neve e uma vista incrível das várias montanhas e lagunas ao redor. Aproveita-se para descansar e tirar muitas fotos enquanto contempla a natureza. No último dia acordamos cedo e fomos comprar “lembrancinhas” para nós e para família. Conhecemos a tal de Mercado Las Brujas e adjacentes...encontramos bastante coisa, mas é um pouco caro. Em Villazon, uyuni, e principalmente em Tilcara, encontramos preços bem melhores. Tiawanaco Após as rápidas compras demos adeus a cidade de La Paz, subimos suas encostas até chegar a El Alto e dali partimos para visitar as ruínas de Tiawanaco. Foi tranquilo encontrar, mas ficamos surpresos com o valor da entrada, um pouco salgada demais pela estrutura que oferece, cerca de R$100,00 por pessoa. Mas visitamos o local e é bem interessante. São ruínas muito antigas e estão dispersas por uma área bem grande. Terá que andar bastante para ver tudo, mas é uma oportunidade única de ver algo tão antigo e preservado. Copacabana Após visitar as ruínas de Tiawanaco, seguimos direto para a cidade de Copacabana. Boas estradas nos levam até lá, com alguns pontos em reforma/pavimentação. Ao se aproximar do lago, começamos a serpentear pelas estradas altas da cidade de Tikina, com vista pro lago, até chegarmos à balsa. Lá não tem guichê ou coisa parecida, bastando se aproximar das balsar e perguntar para algum boliviano próximo onde poderíamos embarcar. Ao que parece, cada boliviano por ali tem sua própria balsa e a toca do jeito que lhe convêm. A subida e descida da balsa é um tanto desajeitada e improvisada, mas tudo correu bem e atravessamos sem precisar sair do carro. Após a balsa, mais alguns Km de estrada até chegar a Copacabana. A estrada é muito bonita e tem pontos com mirantes para estacionar e tirar fotos. Em Copacabana nos hospedamos no Hotel La Casa del Sol, de frente para o lago. O hotel tem estacionamento e um bom café da manhã. Mas o quarto estava muito ruim, com vazamento no banheiro, cheiro de mofo e chuveiro com água morna e utilizável apenas em horários pré-definidos. É o tal custo-benefício... A noite saímos para jantar e pode-se encontrar de tudo, comida e artigos, nas ruas ao redor da Plaza Sucre. Não fomos visitar o Cerro Calvário e a Basilica de N. Sra Copacabana, o que considero um erro. No dia seguinte apenas fomos fazer o passeio de um dia à Isla del Sol. Isla del Sol O passeio é barato e a barca que nos leva é confortável. O passeio pode ser contratado na beira do lago, ao lado da estátua do Leme de Barco. A ilha é muito bonita, mas sinceramente esperava mais. Ao chegar na Praia Sul da ilha – Yumani - nos deparamos com as estatuas de Manco e Mama e uma longa escadaria que termina em uma bifurcação para caminhos diferentes da ilha. Pelo caminho diversas tendas de artesanato e moradores locais em seus afazeres diários. A travessia Norte-Sul está bloqueada, então não tem muito o que fazer na ilha a não ser contemplar, tirar algumas fotos e voltar pro barco. Ah, não bebam a água da Fonte Inca da Juventude. Eu sabia do risco de contaminação, mas me atrevi e paguei o preço com forte enjoo e vômitos no dia seguinte... mas bebi Fronteira Bolivia / Peru Após passear pela Isla del Sol e almoçar, partimos em direção ao Peru. A fronteira é bem pertinho de Copacabana. A saída da Bolivia foi rápida, apenas devolvendo os permissos e uma olhadinha do fiscal para conferir o modelo e placa do veículo. Logo após a barreira policial temos a aduana peruana e ali tivemos problemas: Eles exigem o seguro SOAT para o veículo. Não poderia seguir viagem sem ele e só encontraria esse seguro em Yunguio, cerca de 5km a frente. Tive que fazer cara de coitado e prometer muito fazer o seguro para poder seguir com o veiculo, porque até então teria que ir andando ou de tuktuk até a cidade e voltar. O seguro conseguimos contratar em um banco comercial na praça principal da cidade de Yunguyo, por um valor bem barato. De lá, partimos para Puno, dando quase uma meia volta completa no Lago Titicaca. Puno / Isla Taquile Chegamos à Puno já de noite e entramos no primeiro hotel que encontramos. Demos sorte porque era barato, possuía estacionamento externo, café da manhã, ducha caliente e camas confortáveis. E para melhorar, o proprietário também agendava passeios e assim já fechamos para o dia seguinte o tour para Isla Taquile. Umas das vantagens de viajar de carro é a liberdade de escolhas e essa foi acertada. Nosso projeto indicava sair de Copacabana e ir direto até Tacna, no Peru, apenas para pernoitar e partir rumo ao Chile. Mas como estávamos um pouco decepcionados com a Isla del Sol, resolvemos mudar a direção e partimos para Puno. Seria um dia a mais de viagem e alguns gastos extras, mas quem ta na chuva.... Decisão acertada, pois o caminho até puno é muito bonito e a cidade apesar de ter um trânsito horrível, tem boa infraestrutura para turistas. Gostaria de ter tido mais tempo para conhecer seus pontos turísticos. O passeio para Isla Taquile é muito gostoso, bem organizado e interessante. Em uma das grandes ilhas de totora fomos recebidos pelo seu chefe e ali, reunidos em uma grande roda, acomodados em bancos de totora, o chefe nos apresenta a ilha, sua história e costumes. É muito interessante tudo que nos foi contado e não pretendo dar spoiler aqui né. Moquegua De Puno partimos para Tacna, mas devido ao mal-estar devido a “fonte da Juventude” só consegui chegar em Moquegua. O percurso com altitude de cerca de 5000m e muitas curvas foi demais para meu estomago infectado. O resultado disso foi várias paradas em locais inóspitos para vomitar ou apenas tentar brecar o enjoo. Ossos do ofício. Paramos em um hotelzinho de beira de estrada, muito bom por sinal e dormimos o máximo possível. Fronteira Peru / Chile De Moquegua partimos com destino ao Chile. A fronteira fica próxima à cidade de Arica. Uma fronteira bem movimentada por sinal. Estaciona-se o veículo em um grande estacionamento e parte-se para a migração. O Chile é um país bem rigoroso em suas fronteiras, mas essa foi a pior que conhecemos até agora. Antes de pegar a fila 01, é bom atentar-se a uma exigência deles: devemos apresentar uma ficha, não recordo o nome, que vendem na lanchonete do local, no prédio a esquerda. É melhor comprar essa ficha antes de entrar na fila, assim não enfrenta a fila duas vezes... Depois do guichê 1, vai para o 2 dar entrada no veículo e depois trazer o veículo para a fila de inspeção, onde todas as malas deverão ser levadas para outra fila onde passarão pelo scanner. O veículo é vistoriado, mais alguns carimbos e finalmente somos liberados para adentrar. Reserve de uma a duas horas para esses trâmites. Arica / Iquique Em Arica, por ser domingo, não encontrei casa de câmbio aberta. Precisava abastecer e pagar eventuais pedágios, comprar comida, etc. A solução foi ir ao aeroporto e lá sacar no caixa eletrônico. Havia guichê para cambiar, porém aceitavam apenas dólar e euros. Chegamos em Iquique no final de tarde. É uma cidade litorânea pequena, mas muito bonita, acolhedora e tranquila, cercada por dunas de areia de um lado e o oceano do outro. Tem uma bela orla e boa infraestrutura para o turista. Tem shopping, fast food, cassino, parques, feiras de artesanatos e todo tipo de comércio. Também possui diversas casas de câmbio, com ótimas cotações para o real. Humberstone Em nossa última viagem para o Atacama, demos o azar de vir à fábrica fantasma de Humberstone justamente em um feriado e assim batemos a cara na porta. Dessa vez conseguimos entrar e valeu a pena a insistência. O local fica a apenas 45km de Iquique e é incrível para quem curte fotografar e também conhecer um pouco da história. É um patrimônio mundial da humanidade pela Unesco e muito bem preservado pelos chilenos. Custa apenas 3 mil pesos e lá dentro encontrará tendas vendendo souvenirs e até mesmo alugando roupas da época para fotos. Lá poderão ver escolas, maquinários, mercados, açougues e moradias dos antigos funcionários da fábrica de salitre. Imperdível e fica na beira da rodovia que liga San Pedro à Iquique ou Árica. San Pedro de Atacama Outra visita a San Pedro. Sempre um prazer enorme rever a cidade e seu centrinho. Dessa vez apenas como ponto de pernoite em nosso retorno. Aproveitamos para fazer um passeio que não havíamos conseguido ainda, o tour astronômico. O contratamos para a mesma noite que chegamos. O tour iniciou as 21hs e em uma van com mais 7 pessoas partimos para um sitio um pouco afastado do centro. Não achei o local tão afastado assim das luzes artificiais da cidade. O guia tinha excelente conhecimento do mapa celeste e suas características. Nos ensinou bastante coisa. Vale a pena fazer o tour pelo conhecimento adquirido. Eles possuíam 4 telescópios manuais e um eletrônico. Por volta de 23hs o tour termina e a van nos leva de volta ao centro. Nos hospedamos no Hostel Rey Lagarto. Muito bom, recomendamos. Fronteira Chile / Argentina – Paso Sico Hora de dar tchau. Já conhecíamos bem o Paso Jama e dessa vez queríamos conhecer o Paso Sico. Péssima idéia... do lado chileno é tudo uma maravilha, com estradas perfeitas e zero trânsito. E ainda conhecemos, pelo caminho, as lagunas das Piedras Rojas e a maravilhosa Laguna Tuyajto. Valeria a distância percorrida se voltássemos a partir dessa laguna para atravessar por Paso Jama apenas por sua beleza. Mas seguimos em frente e logo terminou o Chile e terminou o asfalto. Veio a aduana e após rápidos trâmites seguimos em frente... A estrada de ripio vai piorando e piorando... não há nada no caminho caso aconteça algo. Se ainda houvesse belas paisagens pelo caminho, mas apenas montes de areia, cactos e pedras pelo caminho. São cerca de 170km nessa toada. O carro estremece e sofre com as pedras e buracos. No meio do caminho já havia um barulho enorme de lataria batendo na suspensão dianteira. Depois, já em Santos, na oficina para revisão, descobriram uma pedra de uns 7 cm presa na bandeja da suspensão...a culpada de todo barulho que eu já declarava ser amortecedor estourado... Enfim, é uma longa estrada ruim de terra, pedra e buraco, sem atrativos, para chegar a Salta. Paso Jama 10 x 0 Paso Sico. Salta / Corrientes / Foz do Iguaçu De Salta até chegar em casa não houve novidades. Aquela reta interminável da RN 16 até Corrientes e depois muitas curvas até chegar ao nosso país. Visitamos Ciudad del Est para comprar alguns eletrônicos e pernoitamos ainda em Guarapuava antes de ir para Santos. Resumo da Estória Fronteira de Foz do Iguaçu tem mais fila de veículos, porém tem melhor atendimento e estradas do que Dionisio Cerqueira. Vale a pena ir por Foz. Entrar na Bolivia pelo norte da Argentina realmente me pareceu mais seguro e rápido. As estradas são boas e não tivemos qualquer perturbação de policiais. Talvez por Corumbá não tivesse sido assim. O Tour de Uyuni é muito legal. Se você já conheceu todo Atacama, talvez não se impressione tanto com todos os pontos visitados, pois são mais vulcões, lagunas e montanhas. Mas o salar é imperdível. E a experiência como um todo é gratificante e inesquecível. São coisas a se fazer na vida. La Paz merece mais tempo, dinheiro e coragem. Tem muitas aventuras disponíveis. Como estava em família, não pude aproveitar tudo que gostaria, mas queria ter realizado ao menos o trekking pela estrada da morte e a subida ao Huayna Potosi. Mas o monte Chacaltaya é show e vale a visita. Ruínas de Tiawanaco é incrível pela antiguidade das peças e a história envolvida. Fica a critério de cada um. Como estava perto não quis perder a oportunidade. Lago Titicaca é incrível pelo tamanho e pela atmosfera esotérica que o cerca. Parece um lugar com uma energia diferente realmente. Talvez seja influência das estórias ou o marketing envolvido, mas é muito bom estar lá. Ao passar por Puno/Peru, conheçam as ilhas Uros e Taquile. É divertido e curioso. Se você curti fotografia tem o dever de conhecer Humberstone se estiver por perto. Se não for, vá mesmo assim porque é um lugar muito doido, lembra até mesmo um parque de diversões assombrado. O tour astronômico pode ser trocado por uma pesquisa no google e uma fugidinha para um local mais afastado para tirar as fotos com a Via Lactea ao fundo. Mas a explanação do profissional é bem interessante acerca das constelações. Os telescópios não fazem muita diferença na visualização das estrelas. Não é um passeio caro, vale a pena realizar se passar por San Pedro. Paso Sico nunca mais! Mesmo se tivesse um Troller. Sem atrativos ao contrário do Paso Jama. Agora é planejar a próxima !! Faltou colocar o valor gasto total.... Citar
Membros Otávio Antunes Postado Junho 16, 2019 Membros Postado Junho 16, 2019 Em 14/06/2019 em 15:02, MARCELO.RV disse: Bela viagem!!! Belas fotos!!! Me diga uma coisa, como está o trecho perto de Monte Quemado vindo de Salta na província de Santiago Del Estero? No próximo ano pretendo passar por lá novamente e pelo jeito a coisa lá piorou bastante, só buracos. Abrs. Trafegando pelo acostamento esta melhor, 20/30kmh sem pressa e fazendo o rally dos sertões desviando dos buracos 1 Citar
Membros andresr Postado Junho 16, 2019 Autor Membros Postado Junho 16, 2019 Em 14/06/2019 em 15:02, MARCELO.RV disse: Bela viagem!!! Belas fotos!!! Me diga uma coisa, como está o trecho perto de Monte Quemado vindo de Salta na província de Santiago Del Estero? No próximo ano pretendo passar por lá novamente e pelo jeito a coisa lá piorou bastante, só buracos. Abrs. Obrigado. Esta cada vez pior aquele trecho. Só indo devagar mesmo e aproveitando quando o acostamento aparece em boas condições. Mas nada que estrague a viagem. abs Citar
Membros andresr Postado Junho 16, 2019 Autor Membros Postado Junho 16, 2019 5 horas atrás, Marcelo Ailton disse: Faltou colocar o valor gasto total.... Em torno de 10k para 3 pessoas. Divididos em: Hotel: R$2400,00 Gasolina: R$2700,00 Pedagios: R$360,00 Alimentação: R$1400,00 Passeios: R$2200,00 Outros: R$1100,00 Mas da pra economizar bastante se a pessoa for adepta de barraca, camping e fogareiro. 2 Citar
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