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BRUXELAS

MM ia levar o filho à escola, por isso resolvi acordar cedo junto com eles. MM me pediu para esperá-la voltar da escola pois ela queria me acompanhar até a estação. Dei tchau para DM e ele me respondeu com "Tenha uma boa viagem!" (assim mesmo, em português!). MM voltou bem rápido e quando ela entrou eu já estava mais que preparado para dar prosseguimento à viagem. No caminho para lá, um homem de bicicleta foi conversando com MM pelo caminho. Era seu ex-marido, simpático, como a maioria dos holandeses.

Na estação, ficamos esperando o trem e quando ele chegou, foi bem difícil me despedir da minha amiga. Como foi legal estar ali com ela! Foram momentos muito bons que passamos juntos naqueles três dias. Ela me apresentou um pouco da sua vida e da vida naquele país tão pequeno mas tão cheio de histórias para contar. Eu agradeci muito a ela e continuei agradecendo muitas vezes depois por email, pois acho que tenho uma grande dívida para com ela. Acho que a vida vale a pena por esses momentos e por essas pessoas que a gente conhece. Mas, enfim, o trem ia partir e eu tinha que entrar! Quando o trem começou a se mover e eu vi MM acenando para mim, eu chorei um pouco. Eu não era assim? O que acontece comigo?

Na estação Amsterdam Centraal, eu peguei o trem para Bruxelas. A viagem foi calma. O trem da Thalys é realmente muito rápido!

 

A cidade

Bruxelas, a cidade bilingue, capital da Bélgica e da Europa. Linda demais! Lá tudo é escrito nas duas línguas: francês e holandês, mas todo mundo só fala francês. Lá é o reduto de uma das últimas famílias reias europeias. Cheia de belezas, chocolates e cervejas! No albergue em que fiquei, peguei um mapa escrito por locais que tratava tudo de um modo cômico e meio irônico. É assim que ele se referia ao Menneken Pis, o símbolo da cidade: "Só isso? É provavelmente isso o que você cai dizer ao ver a famosa estátua do menino mijando. E você tem razão: o Menneken Pis é o símbolo perfeito para esse país: pequeno e absurdo". E assim é. Uma cidade engraçada e bonita, que não me passou uma ideia de prosperidade, mas quem disse que prosperidade é tudo?

 

Cheguei na estação Midi/Zuid e comprei o bilhete de um dia para o metrô. Desci na estação Botanique, onde fica o albergue e para variar me perdi antes de achar o local correto. Fiquei no Gite d'Etape, um abergue até que legalzinho. Bem grande e que me causou uma má impressão porque colocaram sete pessoas num quarto de seis! Quando entrei havia dois americanos, um romeno. Depois chegaram um esloveno e um francês. Até agora tem seis, né? Então de quem era aquela mala que estava ali? Um dos americanos teve a brilhante ideia de anotar os nomes de todo mundo e perguntar na recepção what the hell is going on. Ele voltou com a notícia: quem estava "a mais" era o francês. A mocinha da recepção apareceu por ali e um dos americanos acabou concordando em ir para outro quarto. Mas se não fosse por isso, eu até que daria 10 para o albergue!

Saí de lá e fui andando até o centro. Vi a Coluna do Congresso (atrás dela há uma vista para a cidade. A vista não é lá essas coisa e o ar é meio poluído... Mas enfim... Continuei o caminho e fui até a catedral de São Miguel e Gúdula, bem simples, mas muito bonita. Na saída dei uma moedinha para uma senhorinha que estava pedindo dinheiro e ela me disse "Merci" (acho que essa foi a única vez que ouvi alguém de língua francesa agradecendo por alguma coisa... Em Paris é que não foi!).

Logo depois cheguei ao local mais lindo da cidade: a Grand Place/Groot Markt. A praça é uma das mais lindas da Europa! Fascinante ver aqueles prédios cheios de flores. Mas estava um frio! Eu tremia muito! Mas estava encantado pelo que estava vendo. Ali eu comi uma pizza e depois fui procurar o Menekel Pis (sei lá como se escreve isso). Ele estava vestido de jóquei. Nada de mais... Mas quem vai a Bruxelas e não vê o Menekel Pis? Aproveitando a deixa, aproveitei e comi um waffle, servido por outra garota do Top 5 (hahahah).

Continuei subindo a cidade e vi a igreja La Chapelle e depois entrei numa das famosas lojas de chocolate (Godiva), mas que delícia! Eu adoro chocolate, mas aquele era incrível! Eu gosto mais dos chocolates belgas que dos suíços.

Depois vi também o Palácio da Justiça, a praça dos museus e o pomposo Palácio da família real.

Voltando para a parte da cidade (e me surpreendendo a cada rua por aquela cidade estranha, linda e fascinante), resolvi voltar a Midi/Zuid para comprar a passagem de trem para Paris (aconselho todos a sair do Brasil já com as passagens da Thalys porque eu achei elas uma facadas no coração!).

Como ainda tinha tempo antes de acabar o dia, resolvi pegar o metrô para ver o Atomium, a torre Eiffel belga. O monumento é legal. Claro que não é igual a torre Eiffel, mas vale a pena dar uma olhada se você estiver em Bruxelas.

Antes de voltar para casa, passei no supermercado e comprei mais chocolate (a minha dica é: compre chocolate no supermercado, pois é mais barato!) e coisas para comer.

Essa foi minha passagem por Bruxelas. Pena que tive apenas metade de um dia para conhecê-la... Valeria a pena ficar um pouco mais por ali, mas o fato é que eu não tinha tempo: faltava pouco para eu voltar o Brasil e eu ainda tinha pela frente mais uma cidade incrível: Paris!

 

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Catedral de São Miguel e Gúdula

 

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A bela Grand Place/Groot Markt

 

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Atomium

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Valeu Denis!!!

Vou levar uma bolsa extra p/ comprar muito chocolate em Bruxelas!! Além de amar tb (e eu tb prefiro os chocolates belgas!) é um ótimo presente! Boa a dica de compraar no mercado!!

Eu vou ficar uns 2 dias (na verdade 1 e meio) em Bruxelas e quero dar um pulinho em Bruges tb...

Na Holanda vou ficar em Rotterdã e não em Leiden (devo ir só 1 dia lá)... dá mais ou menos 1 hora de trem até Amsterdã... mas acho que compensa... só devo ir lá uns 2 dias...

To colocando as fotos de Luxemburgo no facebook hj!

Bjs

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Fala Denis!

Estou aguardando ansioso a continuação do seu relato! Esse e o seu outro sobre sua trip na Italia, estão no meu 'top 5' de relatos rsrs parabéns!

Vou em Setembro e enquanto isso, vou curtindo outras boas estórias.

Abração!

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Denis, também estou adorando seu relato!!

Planejo viajar em setembro de 2012 sozinha, e passar por Portugal, Espanha, França (se não ficar muito corrido) e Itália, em 21 dias. Também li seu outro relato da viagem à Itália, que me animou mais ainda a viajar, nem que seja sozinha!

Sonho em conhecer a Itália desde os meus 13 anos, quando comprei um pocket guide de Veneza e me apaixonei pelo país, até estudei italiano durante 3 anos. Já faz um tempinho, e agora preciso voltar a praticar a língua pra me virar por lá...rsrs

 

Até mais!

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Vou levar uma bolsa extra p/ comprar muito chocolate em Bruxelas!! Além de amar tb (e eu tb prefiro os chocolates belgas!) é um ótimo presente! Boa a dica de compraar no mercado!!

Eu vou ficar uns 2 dias (na verdade 1 e meio) em Bruxelas e quero dar um pulinho em Bruges tb...

Na Holanda vou ficar em Rotterdã e não em Leiden (devo ir só 1 dia lá)... dá mais ou menos 1 hora de trem até Amsterdã... mas acho que compensa... só devo ir lá uns 2 dias...

To colocando as fotos de Luxemburgo no facebook hj!

Bjs

Fabi, quais suas impressões sobre Bruxelas? Você gostou? Aproveitou bem? Caiu de cara no chocolate? Beijos

 

Fala Denis!

Estou aguardando ansioso a continuação do seu relato! Esse e o seu outro sobre sua trip na Italia, estão no meu 'top 5' de relatos rsrs parabéns!

Vou em Setembro e enquanto isso, vou curtindo outras boas estórias.

Abração!

Passolargo, Top 5? Que honra! Obrigado pelo apoio ao meu relato! Em breve os capítulos finais para você curtir enquanto prepara a sua própria viagem! Abraços

 

Denis, também estou adorando seu relato!!

Planejo viajar em setembro de 2012 sozinha, e passar por Portugal, Espanha, França (se não ficar muito corrido) e Itália, em 21 dias. Também li seu outro relato da viagem à Itália, que me animou mais ainda a viajar, nem que seja sozinha!

Sonho em conhecer a Itália desde os meus 13 anos, quando comprei um pocket guide de Veneza e me apaixonei pelo país, até estudei italiano durante 3 anos. Já faz um tempinho, e agora preciso voltar a praticar a língua pra me virar por lá...rsrs

 

Até mais!

Oi, Jack! Fico feliz de o meu relato ter ajudado e incentivado alguém a fazer o mesmo! Viajar sozinho é legal também: tem seus altos e baixos.

E eu sempre quis a Itália também. Eu via aquelas músicas em italiano e achava muito bonito. Aí eu comecei a estudar e cada vez eu fui que a Itália é mesmo incrível! E eu viajaria sempre para a Itália e tenho certeza de que haverá sempre algo de novo para se conhecer naquele país. E vai praticando o seu italiano mesmo porque um dos pontos mais legais de uma viagem a Itália è parlare con gli italiani!

 

E vamos ao relato!

 

PARIS

Isso já estava virando rotina, mas eu de novo eu acordei bem cedo. Tive muita sorte porque durante a noite eu desliguei o despertador sem querer, mas consegui estar de pé no horário necessário para sair. Peguei o metrô e voltei a Zuid/Midi. Como era muito cedo, aproveitei para comer um croissant com Coca Cola para acordar... e eu estava precisando!

 

O trem saiu um pouco atrasado, mas a viagem era rápida. Não demorou muito e logo a vozinha anunciou que o trem estava parando na estação Gare du Nord! Estava em Paris, de verdade! Quando saí do trem a emoção me dominava... Sinceramente Paris nunca me atraiu tanto assim, mas, meu, eu estava em Paris! PARIS! P-A-R-I-S! Cidade luz! E eu ali! Era verdade! Acho que essa deve ser a sensação que a maioria tem ao chegar aquela cidade. Não há quem fique indiferente a Paris.

 

Estava um pouco frio e o meu objetivo era primeiro chegar ao meu albergue. Desci para a estação de metrô e comprei um bilhete para chegar ao albergue Le Dartagnan. O metrô de Paris é imenso! Se perder lá é fácil, mas no começo é meio bizarro: é preciso planejar o caminho mais curto para se chegar a determinado ponto e não é fácil porque a cada estação você anda e anda e anda e anda... "Será que vale a pena mesmo pegar metrô e andar tanto assim", eu me perguntei naquele e nos outros dias. Tem uma hora que enche o saco mesmo.

 

O albergue fica na estação Port de Bagnolet, num dos subúrbios da cidade. Ao chegar lá constatei que subúrbio é subúrbio em qualquer lugar, mesmo em Paris. E acho que aquela foi a primeira vez na viagem que consegui ir direto ao albergue sem me perder. Tava na hora, né? Ao chegar lá, fiz o check-in e depois guardei minha mochila num locker no subterrâneo. Sem demora saí para rua: agora é Paris!

 

Por onde começar? Que tal Montmartre, o bairro da Amelie Poulain? Peguei o metrô até lá (estação Anvers) e caminhei pelas vielas cheias de mesas de jogo até o morro onde fica a igreja de Sacre-Coeur. Uau! Que igreja linda! Acho que grande parte da graça dela, é que ela fica de frente para o morro e para se chegar a ela tem que subir um monte de escadas............ e desviar de um monte de gente querendo te vender um monte de bugigangas e um monte de gente pedindo dinheiro e por aí vai. Uma dica: se você quiser vencer o batalhão de vendedores na entrada do parque, entrei por um portãozinho lateral e observe com atenção ao redor. Só assim para evitar os vendedores! Visitei a igreja, assisti a parte da missa (em francês, que eu não entendo nada) e depois dei uma bela volta pelo bairro de Montmartre. É bem gostoso andar ali, isto é, se você ignorar a massa compacta de turistas ali (sem preconceitos, somos todos iguais!). Hora de comer um crepe de açúcar enquanto exploro aquelas ruazinhas cheias de lojas de souvenirs. Ao voltar para a igreja, apreciei a vista ao redor. A visibilidade não estava muito boa então não vi muita coisa. Na verdade, eu pensava num dos relatos que li aqui no fórum: o viajante que o escreveu conseguiu ver a torre Eiffel do mirante da Sacre-Coeur... Eu não consegui... Então era hora de procurar a torre de verdade!

 

Resolvi andar até o Arco do Triunfo (isso mesmo! Andar!) passando por aquele bairro onde tem o Moulain Rouge e todos aqueles sex shops. Eita bairro decadente aquele... Naquele momento eu não estava achando graça nenhuma em Paris. Demorei de uma boa andada, achei o Arco do Triunfo. Aí sim comecei a me sentir em Paris de verdade! Demorei um pouco para descobrir como fazia para chegar lá no meio do monumento. Era na verdade por um passagem subterrânea. Chegando ali, tive outra decepção parisiense: o monumento não estava aberto à visitação por causa de uma greve que estava ocorrendo. Ok... Sem problemas, vamos então à torre Eiffel! Olhei no mapa e tentei visualizar a direção para onde eu deveria ir. Olhei ao redor e tive uma baita surpresa: eu visualizei a torre! Agora sem dúvidas estava me sentindo em Paris mesmo!

 

Aproximei pelo Trocadero e tirei fotos incríveis. Meu! Era a torre Eiffel! Eu estava vendo um dos maiores símbolos da civilização! Demorei um pouco para sair do Trocadero porque a visão ali era linda demais! Mas eu queria mais! Queria subir logo, então desci o Trocadero, atravessei o rio e logo cheguei aos pés da torre. Para entrar, óbvio, peguei uma fila enorme. Demorei bastante para chegar lá em cima, mas a espera vale a pena! O que você vê lá de cima é inesquecível. Duvido que tudo aquilo vá sair de sua mente com tanta facilidade. As taças de champanhe vendidas ali em cima são sugestivas. Há muito o que comemorar: você está em Paris e o mundo é todinho seu!

 

Saindo dali, caminhei pelo Campo de Marte, vi o Dome e o Hotel des Invalides. Fui margeando o Sena até a Ile de la Citè, onde fica a bela e misteriosíssima igreja de Notre Dame, que eu só vi por fora, pois o meu objetivo principal era procurar um restaurante para encher a minha pancinha, já cansada de tanto lanchinho. Encontrei um restaurante ali mesmo na ilha. Comi massa com vinho rosè (que delícia!) e depois me embrenhei na malha do metrô, voltando ao albergue para um mais que merecido descanso.

 

(Óbvio que continua!...)

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(Continuando)

Ainda não falei do albergue Le D'Artagnan. Como disse, a localização dele é um pouco afastada do resto da cidade. Porém, como a malha de metrôs da cidade é enorme, não acredito que isso seja lá um problemão. Esse albergue é muitíssimo frequentado pirncipalmente porque a cidade não conta com tantos albergues assim... Além, os albergues existentes são mais caros que a média mundial. Sinceramente não achei o albergue muito bom. Os quartos não são nada confortáveis e não contam com lockers, o que facilitaria muito a estada por lá. Os corredores são meio escuros e nada inspiram um acolhimento muito grande. Quero deixar bem claro que não tive problemas ali, mas com certeza esse foi o pior albergue da viagem, perdendo até mesmo para o de Milão, que, embora simples, é um tantinho mais acolhedor que o de Paris.

 

No segundo dia, minha intenção era visitar o Museu do Louvre. Por isso, assim que tomei o meu café da manhã, me embrenhei no metrô e depois de muitas baldeações, desci na estação Palais Royal, onde fica o museu. A entrada atualmente fica no subsolo, embaixo da pirâmide que pode ser vista na praça do museu. Ao chegar lá, porém, tive uma surpresa nada boa: o museu estava em greve! Por causa disso, a fila não estava grande e muita gente estava lá esperando. Imaginei então que estivessem negociando a abertura do museu. Foi exatamente isso o que eu perguntei ao casal de alemães que estava na minha frente. A belíssima alemã (Não! Esta não faz parte do meu Top 5) disse que de fato estavam acontecendo negociações. Fiquei por ali mesmo e quando a multidão gritou de satisfação quando a entrada foi permitida eu estava pronto para explorar o museu.

 

Caramba! O Louvre é enorme! Isso é bom ou ruim? Bom, porque tem acervo para quase todos os gostos e ruim porque é impossível ver tudo. É melhor escolher algumas partes do museu e partir para a exploração. As minhas preferidas eram Egito, Grécia e a pintura europeia dos séculos XVIII/XIX. Vi as duas rainhas do museu: a Vênus de Milo e a Monalisa. Fiquei muito tempo lá até que o museu me derrotou: estava esgotado e com fome! Já tinha visto tudo o que me interessava e por isso decidi sair. Comprei o Guia do Museu e estava folheando quando notei: havia um Caravaggio naquele museu e eu não tinha visto. Não ia sair dali sem ver a obra de jeito nenhum, por isso, voltei ao museu pra mais bate perna. A obra que havia lá era a da cigana que lé a mão do rapaz e rouba o anel dele. Fiquei parado um tempão na frente daquele quadro sentindo algo estranho e de repente me liguei: eu já tinha visto aquele quadro em Roma! Então, qual dos dois era a cópia? Ou eram os dois?

 

Saindo dali no meio da tarde, comi no Mac Donald's e fui andando pela região do museu. Vi o jardim das Tulherias e a Praça da Concórdia. A caminhada continuou pela bela Champs Elisée até o arco do Triunfo. A avenida é bonita, sim, mas quer saber? Não me impressionou muito, não.

 

Resolvi voltar para ver de novo a Notre Dame de Paris, essa, sim, uma pérola de Paris. Igreja linda, famosa e misteriosa, com seus gárgulas a observar a cidade. Para o jantar, comi numa creperie na ilha mesmo. O garçom era péssimo: ignorava-me o tempo todo e quando falava comigo era só em francês, mesmo eu fazendo cara de que não estava entendendo nada. Azar dele, ficou sem gorjeta!

(Continua...)

 

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Adivinha onde eu tô, adivinha!

 

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Nôtre Dame de Paris. Então, cadê o corcunda?

 

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O Louvre.

 

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Sena.

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To acompanhando teu relato Denis, tá muito legal e divertido!

 

Tu podia ter ilustrado o "Top5" rsrsrs!!

 

abraço

 

Oi, Petrovau! Obrigado pelo comentário! Bem que eu queria ter ilustrado esse Top 5, mas não deu, viu? O meu lado paparazzi não é muito forte, então acabei ficando sem as fotografias mesmo, mas está tudo bem guardado na minha memória!

Acompanhe a continuação do relato:

 

(Continuando...)

No café da manhã do dia seguinte, Jose, um mexicano muito bacana me convidou para ir a Torre Eiffel. Fiquei tentado a ir lá (de novo) com ele, mas acabei desencanando, pois já tinha meus planos: eu ia ao Museu d'Orsay, sediado num prédio que era para ser uma estação de trem bem às margens do Sena. De fato o prédio tem bem cara de estação mesmo. Ao chegar lá, como ainda não estava na hora de abrir o museu, fiquei esperando na fila até o horário, mas deu 9H30min e nada... Bom, a essa altura vocês já devem saber o que estava acontecendo. Isso mesmo: greve! Mais uma! Os caras falaram que o museu estava sem previsão para abrir, comecei a pensar que era melhor ir embora. Atrás de mim estava um senhorzinho japa que não havia entendido muito bem o recado dado pela vozinha no fone. Tentei explicar mais ou menos o que estava acontecendo e ele logo entendeu: desapareceu no meio da multidão que se dispersava. Antes de me afastar, ainda deu tempo de ouvir um americando falando: "ah, esses franceses!".

 

Sem um programa definido (definitivamente devia ter ido para a torre com o mexicano), decidi ir para outro canto da cidade. Conheci a igreja Madeleine e a Ópera de Paris. Voltei para o outro lado. Dei uma volta pela Champs-Elisee e logo cheguei à conclusão de que estava meio cansado daquela cidade. Mesmo assim continuei andando. Comi um crepe e passei por outro lado do rio, no Quatier Latin, onde fica a Universidade de Paris. Queria ver o Panteão, mas, adivinha: fechado também. Sem o que fazer, passeei pelo Jardim de Luxemburgo e depois comi alguma coisa no Mc que tem ali por perto...

 

Saindo dali, estava quase anoitecendo. Era hora de fazer uma coisa bem legal: voltar a torre Eiffel e esperar para vê-la acesa. Caminhei devagar, afinal, pressa pra quê? Estava vivendo os momentos finais da minha viagem e logo estaria em casa, então que tal curtir mais o momento?

 

Andei por vários lugares até chegar no Campo de Marte. Fiquei ali sentado na grama até escurecer e finalmente ver um belíssimo espetáculo: a Torre acesa com sua luz giratória. Que lindo! Ali sentado olhando para a torre, tive um dos momentos de maior paz na viagem e, quiçá, da minha vida... Era um daqueles momentos em que a gente não quer mais nada da vida. Quer dizer, tem mais uma coisa que eu queria: aos pés da torre fechei meus olhos e fiz a Deus mais esse pedido.

 

Meio expulso pela chuva que se aproximava, voltei para o albergue. Estava bem cansado e nada a fim de socializar. Dormi cedo. No dia seguinte iria para Versailles.

(Continua...)

 

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Ô Madalena, o meu peito percebeu / que o mar é uma gota / comparado ao pranto meu...

 

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Todo um sentimento em uma única imagem.

  • 4 semanas depois...
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Oie!

 

Nossa, adorei seu relato, li linha por linha e vai me ajudar bastante na viagem que vou fazer agora em abril.

Parabéns pela sua viagem e pela maneira descontraída de relatar.

 

Alice

  • 4 semanas depois...
  • Colaboradores
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Olá, pessoal, resolvi colocar logo os últimos momentos da minha viagem. Tive alguns contratempos por essas semanas e parei de escrever justo no momento em que a viagem está para terminar, mas o importante é terminar, não? Então aqui vai a última parte da viagem!

 

VERSALHES

Como queria aproveitar bem o dia, acordei cedo, tomei café rapidão e fui para a rua. Peguei o metrô até a estação Invalides para depois pegar o trem suburbano até a cidadezinha de Versalhes. Aqueles RER são mesmo uma confusão! No início achei que tivesse pegado o trem errado, mas logo percebi que provavelmente estava certo, dado que naquele trem havia um batalhão de turistas. Ao chegar a Versalhes, o grupo foi caminhando todo na mesma direção, então foi fácil chegar ao portão de entrada do palácio. Só de estar ali no portão, já dá para ficar impressionado! Aqueles portões enormes... Passando por eles, fui comprar o tíquete de entrada (integrado: palácio com áudio mais os jardins).

Lá dentro comecei a pensar que ser rei não deveria ser tão ruim assim: cada sala é mais luxuosa que a outra! O ápice é a sala dos espelhos, com lustres enormes, muito lindo! Os dormitórios reais, então? Incríveis também. Nem parece de verdade.

Depois do palácio, era a vez dos não menos luxuosos jardins, com seu canal e seus labirintos. Lindos tb! Entrei num dos labirintos para comer alguma coisa. Numa lanchonete, comi uma pizza enorme. Sabia que não ia dar conta daquilo. Estava ali sentado comendo, quando entrou um grupo de quatro mulheres falando alto e rindo. Eram brasileiras. Elas pediram comida também e depois se sentaram perto de mim. E eu calado ainda. Elas continuaram falando e falando sem parar. E eu quieto. Elas comentaram sobre a minha pizza. Disseram que estava com um cara boa. "Querem um pedaço? Eu acho que não vou aguentar...", disse eu. Uma delas levou um baita susto e as outras ficaram me pedindo descupas um tempão. Foi muito engraçado. Acabei conversando com elas. Elas eram professoras e estavam aproveitando o feriado de Nossa Senhora Aparecida para viajar. No final eu acabei deixando parte da pizza para elas e fui embora. Era a vez de visitar o Trianon, no outro canto do jardim. Essa casa é bem menos luxuosa com o Versalhes, mas mesmo assim muito bonita também. Depois de muito andar por belos jardins e contemplar a paisagem, comecei a me sentir meio triste. Faltava pouco para a volta e quando será que eu podeia fazer algo tão bom e tão divertido? Acho que uma das fotos que eu tirei ali expressa bem o que eu estava sentindo na hora:

 

20110417100153.jpg

É outono em Versalhes.

 

Andei muito e estava exausto, por isso, resolvi voltar para Paris. Peguei o primeiro trem e na metade da tarde estava em Paris de novo. Ainda era cedo, por isso, fui fazer um passeio aleatório. Era sábado e vi muita gente se divertindo. Brincando no gramado em frente ao Invalides, depois na região da Madeleine muitas pessoas iam fazer compras e tal. De repente a frase que veio na minha cabeça foi simples: "Cansei de Paris. Quero ir embora...". Como é que alguém cansa de Paris? Não sei, mas foi isso o que aconteceu comigo. Na verdade, eu me sentia um pouco só e aquela cidade atenuou meu sentimento, por isso, voltei para o albergue antes que o dia terminasse. Mais tarde fui procurar um supermercado para comprar comida para aquela noite e para o dia seguinte, afinal teria de madrugar para pegar o avião de volta para Lisboa.

 

Aventura na madrugada

Começava o último dia completo na Europa. Para esquentar, passei por mais outro perregue. Acordei às 4h30min e saí do albergue às 5h. Chegando no metrô, porém, descobri que ele só abriria às 5h30min. Imagine um cara com uma mochila enorme às 5 da manhã esperando o metrô abrir? Era eu? Fiquei rezando para não me acontecer nada, mas graças a Deus, foi de boa. Peguei o primeiro trem e fui fazendo as baldeações até a Gare du Nord. Estava um pouco atrasado já. Desci correndo pela estação para pegar o trem que vai para o aeroporto. Dei uma olhada no timetable e segui a informação que estava ali. O trem passou, mas qual não foi a minha surpresa quando o trem estava indo para o lado contrário??? Desesperado, desci na primeira estação e voltei para a Gare du Nord. Ferrou!, pensei naquela hora (na verdade, a palavra foi outra, vocês devem imaginar qual é). Já comecei a pensar num plano B para chegar a Lisboa naquele mesmo dia quando me veio a mente uma ideia: saí correndo pela rua ao lado da estação gritando por um táxi! Ali naquela rua, havia uma fila de táxis e um dos taxistas, um judeu daqueles bem ortodoxos, quando me viu desesperado correndo na direção dele, abriu o porta-malas para eu colocar a minha mochila. Antes de colocar eu perguntei quando custava a corrida para o aeroporto. E ele disse que era uns 40 euros. Pulei no carro e quando o cara já estava dirigindo, perguntei quando tempo demoraria a viagem e ele perguntou em françês se eu falava francês. Eu disse que não e ele começou a gesticular feito um doido: 20 minutos. Beleza. Ainda dava tempo. Acho que ele entendeu o meu desespero e saiu costurando o trânsito. Bendito taxista! Chegou ao aeroporto tão rápido que eu lhe dei uma nota de 50 euros e nem esperei o troco (o cara ficou realmente feliz com isso, só faltou me abraçar). Entrei voando no aeroporto e nem me importei com uma das atendentes mal educadas que disse que eu teria de esperar na fila enorme que estava ali aguardando para fazer check-in. Dei uma de joão-sem-braço, joguei um choro em cima de outra funcionária e ela me deixou cortar fila. Fui despejar a minha mala para despachar, mas aconteceu outro incidente: na minha frente havia um casal de italianos que não falavam inglês nem francês. O funcionário da companhia não conseguia se comunicar com eles, então eu tive de servir de intérprete: o fato é que o casal havia chegado cedo demais ao aeroporto. Eles teriam de esperar. Depois era a minha vez: despachei a mala rápido e fui embarcar... Nossa! Que desespero! Sentado na cadeira do avião (que no fim decolou atrasado), mal podia acreditar que tinha conseguido concluir a minha odisseia. Hahahaha. Essa foi realmente boa.

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