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Europa - 7 países - Outubro de 2010. Sozinho!


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SINTRA

SInceramente não me lembro de como Sintra apareceu na minha viagem, mas quando me dei conta a cidade estava no meu roteiro e num lugar de honra: eu estava muito ansioso para ir lá e conhecer um local tão importante para a história de Portugal, e do Brasil também!

O dia começou com uma caminhada pela rua Augusta até a Praça do Rossio, onde se pode ver uma estátua do rei Pedro IV. Mas o que eu demorei para me tocar foi que aquele rei na verdade também governou do nosso lado do oceano: é o nosso Dom Pedro I! Aquele que dizem ter gritado: "Independência ou Morte!", aquele que teve um romance cálido com a marquesa de Santos! Para os portugueses ele também foi um herói, pois derrotou o irmão mais novo absolutista numa guerra civil que todo mundo acreditava já estar perdida. Ao fim da guerra quem subiu ao trono foi a filha dele, a brasileira Maria da Glória. Desculpem falar sobre essas coisas aqui, mas é que essa parte da história me interessa bastante. Mas vamos logo à ação.

Ao lado da praça, um pouco mais à frente, fica a Estação do Rossio, recentemente reformada. Dali saem os trens para Sintra, e somente para Sintra. Nas maquininhas abasteci o meu cartão com a passagem ida e volta para Sintra. Custou 4,50. E a viagem dura cerca de 45 minutos. Ao descer na estação ainda é preciso andar um pouco para chegar ao coração da cidade, onde fica o Palácio Nacional de Sintra com as suas duas torres. Como minha intenção era ver primeiro o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, fui seguindo as indicações e peguei a estradinha que leva ao topo do morro onde ficam as duas atrações. Talvez seja meio estranha a ideia de ir andando morro à cima em vez de pegar o ônibus, mas eu não acreditei no que viam os meus olhos e decidi ir apreciando a paisagem pelo caminho. Não demorou muito para perceber a besteira que eu tinha feito, mas era tarde demais e eu não tinha outra solução se não continuar caminhando morro acima por quase uma hora.

Morto de cansaço e suado como um porco, cheguei à bilheteria do Castelo dos Mouros. O bilhete combinado com o Palácio da Pena custa 14 euros. O Castelo é uma visita mais rápida: você vai se aproximando das muralhas, entra no pátio central, sobe pelas muralhas até o ponto mais alto e pronto, está tudo consumado. Bem, falando assim parece que eu não gostei do que vi, mas muito pelo contrário. Subir pelas muralhas, em meio aquele céu azul e a ventania forte e depois o olhar o mundo lá embaixo, o mar... é incrível. Acho que dei sorte, pois quase não havia gente por lá então eu pude ficar sentado sozinho na parte mais alta do Castelo, admirando a paisagem e acreditando que eu era o cara mais sortudo do mundo.

Depois dessa visita, continuei pela estradinha e cheguei ao Palácio da Pena. Na entrada há um trenzinho que te leva morro acima. Eu também não quis pegar, mas dessa vez tinha razão, não era nada longe. O Palácio é uma maravilha. Há tantos estilos diferentes que parece uma coisa de outro mundo. Tanto a parte de dentro como a parte de fora são incríveis. Às vezes parece que estamos numa fortaleza árabe, às vezes parece que estamos num castelo inglês, mas não: é Portugal! No pátio de trás dei uma bela olhada para a vasta planície que termina no mar e quase perdi o fôlego. Dizem que o Palácio é uma das 7 maravilhas de Portugal e não é preciso ficar muito tempo ali para saber por quê... No tour interno, dá para ter uma ideia de como era a vida de rei naqueles lugares. O interessante é que o museu é organizado de modo a parecer que alguém ainda vive por lá. Imperdível.

Na volta decidi pegar o ônibus de volta para a cidade, tendo pagado 2,60. Lá embaixo passeei pelo centro e procurei a famosa doceria Piriquita, que vende as especialidades de Sintra: a queijada e o travesseiro.

Por fim, para fechar o passeio, fui ao Palácio Nacional, bem menos imponente que o Palácio da Pena, mas com algo único: a sala de azulejos, onde eram tratados os assuntos "sérios" do reino: trata-se de uma bela sala coberto com os legítimos azulejos portugueses.

Sem mais o que fazer por ali, voltei a Lisboa.

 

Entre tantas mais, havia uma coisa que eu fiquei devendo de outros dias: visitar a Sé de Lisboa. Fui subindo de novo a ladeira e cheguei à igreja. O estilo dela é bem sóbrio e não se compara ao estilo das catedrais italianas, mas ela tem uma atmosfera própria, mais parecida com as igrejas brasileiras.

Saindo de lá, andei pelos bairros de Alfama e Chiado (claro que não me esqueci do café A Brasilera, onde está a estátua do Fernando Pessoa). Era terça-feira à noite e a minha estada em Lisboa estava se acabando, mal havia começado. Naquele momento, porém, eu estava exatamente onde queria estar e para dividir isso com alguém, deicidi enviar alguns cartões-postais para casa. No dia seguinte eu ia voltar para a minha adorada Itália. Com que saudades eu estava de lá!

No albergue dessa vez aconteceu uma coisa engraçada: assim que cheguei fiquei batendo papo no lounge com umas brasileiras que encontrei. Depois que elas saíram, fui para o quarto e lá estava um loirinho abaixado com um laptop. Cumprimentei-o, mas ele não me deu muita atenção. Enquanto, ele usava uma webcam para conversar com alguém em uma língua que eu não consegui identificar, arrumei minhas coisas e fui tomar banho, mas quando voltei para o quarto levei o maior susto, pois quando avri a porta dei de cara com ele. Ele olhou para mim e começou a falar em inglês comigo que nem um doido, dizendo que tinha perdido o cadeado do locker e etc etc. Primeiro achei que ele ia me culpar, mas logo percebi que ele estava é preocupado de ter de pagar para o albergue. Ele chamou o funcionário, e os dois resolveram a situação. Depois que o atendente foi embora ele começou a conversar comigo e me pediu algumas informações e dicas sobre a cidade. O cara era alemão, de Leipzig. Até que foi uma conversa interessante e não final o cara não era tão doido como eu tinha pensado no início! rs

 

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Castelo dos Mouros.

 

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Palácio da Pena, visto do Castelo dos Mouros.

 

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Palácio da Pena.

 

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Piriquita.

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ITÁLIA - MILÃO

O avião da TAP pousou em segurança no aeroporto Malpensa, em Milão. Eu estava na Itália, de novo! Talvez pela viagem que havia feito em 2009 chegar novamente à Itália era um pouco como um reencontro. Eu estava tão feliz que me sentia quase como se estivesse chegando em casa! Nos dias seguintes ficou claro o quanto me sinto à vontade nesse país. Acho que tenho uma tendência a ir para a Itália em toda viagem que fizer para a Europa! Eu realmente amo esse país.

Ao chegar ao aeroporto, o primeiro passo era obviamente ir para o centro da cidade. As duas opcões eram o trem e o ônibus e eu acabei optando pela segunda. O preço da passagem foi 7,50. Dentro do ônibus presenciei uma cena interessante: lá estava uma mulher, de algum país africano, com sua filhinha pequena, linda. Nunca havia visto uma mãe tão paciente na minha vida. Às vezes a menininha começava a chorar e a mãe, sem perder a paciência uma única vez, apenas dizia: "Oh, my princess, please don't cry!". E a menina parava de chorar como mágica! Depois de um tempo vinha mais uma onda de choro, e a mãe, vendo que as súplicas não iam adiantar de nada, começou a cantar uma música, e a menina, ainda com lágrimas escorrendo pelas bochechinhas negras, passou a cantar junto dela! Impressionante!

Já na cidade, peguei o metrô e me choquei um pouco, pois diferentemente do metrô de Lisboa, o metrô de Milão é velho e um pouco confuso. Eu queria ir para a estação QT8 (Quartiere Otto), onde fica o albergue Piero Rotta, mas para chegar lá é preciso pegar uma linha que tem duas destinações. Os trens das duas destinações se alternam e é preciso tomar cuidado para não ir parar no lugar errado.

 

O albergue

O albergue Piero Rotta fica num bairro residencial um pouco afastado do Centro Storico da cidade, e portanto sem a beleza que atrai os milhares de turistas para a cidade. O bairro, porém, não é feio, mas também não tem nada de especial. Para chegar ao albergue é só descer na estação e nas catracas é só ir para a direita e subir a escada à esquerda. Já na rua, caminha-se um pouquinho e logo à frente já dá para ver o albergue. Dentre os albergues que fiquei nessa viagem, o Piero Rotta é o mais "espartano" entre todos. Por ser um albergue HI ele tem aquela tão conhecida estrutura, na qual você só vai para dormir mesmo. Os quartos são limpos e o banheiro é razoável. O café da manhã deve ser a melhor parte de tudo, pois você pode comer o quanto e quantas vezes quiser. Ao redor do albergue há várias comodidades como supermercados e restaurantes e até mesmo um simpático pub irlandês.

Na falta de algo melhor, hospedar-me ali não foi a pior das experiências.

 

Continuando o relato...

Desci na estação Cariolli para ver o Castello Sforzesco. Logo fiquei impressionado com o charme da parte central da cidade. Confesso que Milão, apesar de estar na Itália, que eu tanto amo, não estava entre os lugares que eu mais queria conhecer. No entanto, eu estava lá e já estava gostando. Aqueles bondes que circulam pelo centro, o friozinho e aqueles prédios a avenidas bonitos me fizeram sentir muito bem. O Castello Sforzesco, hoje mais um parque público que um castelo, foi o primeiro lugar em que eu entrei. O museu (3 euros a entrada) até que é legal, mas o acervo não é lá essas coisas e se concentra mais na arte lombarda. O ponto alto é uma escultura inacabada de Michelangelo. Inacabada? Sim! Mas Michelangelo é Michelangelo, não? Depois de sair caminhei pelas lindas ruas da cidade e passei para o outro lado, onde fica o Duomo. É claro que eu já tinha visto muitas fotos daquela igreja, mas estar ali foi diferente. A igreja parece feita de cristal! E é difícil parar de olhar para cima. Mas depois de um tempo tive de me controlar e entrar na catedral. A entrada é grátis, mas antes você deve abrir a sua bolsa/mochila e mostrar para os "puliça" que você não tem nada perigoso dentro dela.

É só no interior da igreja que dá para perceber o quão grande ela é. Dizem que essa é a segunda maior igreja do mundo, só perder para a Basílica de São Pedro, em Roma. Há uma placa que proíbe que se tire fotos, mas eu vi tanta gente tirando e os seguranças nem aí, então eu também comecei a tirar as minhas! Eu pretendia subir no telhado da igreja, mas já estava fechado, então deixei para o dia seguinte. Do lado de fora passei pela Galleria Vittorio Emmanuele, tomei um sorvete e me diverti vendo as pessoas girarem no touro da fertilidade.

Por esse dia foi só.

 

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O Michelangelo inacabado.

 

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O Duomo: mistérios de uma catedral.

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Continuando...

 

No dia seguinte, voltei ao Duomo e subi pelo elevador, que fica do lado de fora, na parte de trás da igreja. O bilhete custa 8 euros. Lá em cima dá para ter uma visão bem diferente da catedral. A foto no telhado é uma das mais famosas de toda a Itália.

Lá embaixo, fui dar um passeio pelo Quadrilátero de Ouro, onde ficam as lojas de roupas mais famosas e caras de todo o mundo. O passeio não deixa de ser interessante, mesmo para quem não se interessa por moda.

Nesse mesmo dia dei uma olhada no Teatro alla Scala e também na Pinacoteca di Brera, onde na bilheteria tive um belo exemplo do mau humor italiano, com uma moça linda, mas com uma cara de limão azedo que espanta qualquer um. O acervo principal é a arte religiosa mais antiga. Eu particularmente gostei do acervo, só achei engraçado que eles misturam com as obras clássicas algumas obras contemporâneas, produzidas pelos próprios alunos da Accademia di Brera. Enquanto caminhava pelos corredores, vi uma enorme placa de ferro retorcido, ao pé dela havia uma placa que identificava a obra. Ao olhar aquilo eu me perguntei: "Ué, para onde levaram a obra? E por que colocaram esse troço horrível aqui no lugar?", mas na verdade o "troço horrível" era a obra! Bom, não gosto de arte contemporânea, especialmente desse tipo, por isso, foi engraçado vê-las ali junto de obras clássicas, o que para mim só ilustrou ainda mais a diferença entre as duas.

 

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No telhado do Duomo.

 

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Quadrilátero da moda.

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COMO

AInda tinha mais um dia em Milão e como acreditava já ter visto o essencial daquela cidade, decidi pegar o trem e fazer um day-trip para o Lago di Como. O dia não estava muito convidativo para um passeio daquele tipo (estava frio e tinha chovido um pouco durante a noite), mas mesmo assim me muni de força e coragem e peguei o metrô até a estação Cadorna, donde saem os trens para o Lago. Chegar lá é muito fácil: a passagem custa 3,60 e a viagem dura cerca de 1 hora. Chegando a Como há duas estações, embora as duas sejam viáveis, é melhor descer em Como (Lago). Eu, por outro lado, desci em Como (Borghi) para dar uma andada pela cidade.

Sem mapa, tive de confiar no cartaz na estação e na minha própria lógica: para chegar à estação do lago, bastava seguir a linha de trem. Simples assim. Como previsto, não foi difícil de chegar lá, mas no caminho começou a cair uma garoa fina e eu me comecei a me perguntar o que diabos eu estava fazendo ali. A cidadem no entanto, é uma beleza, com uma cara bem europeia em meio às pequenas montanhas ao redor. Aqui é um ótimo passeio no verão, pensei. E acho que estava certo, pois quase não havia turistas. Ao chegar ao centro, andei, andei, depois andei à beira do lago, mas a chuva começou a apertar. Acho que ela estava dizendo para eu ir embora, mas havia gasto tempo e dinheiro, por isso, precisava fazer algo proveitoso pelo menos. Fui visitar, então, a catedral da cidade. Lá conheci um grupinho de senhorinhas brasileiras do Rio de Janeiro.

Depois da visita, saí e fui procurar um lugar onde pudesse comprar um cartão telefônico para ligar para casa. Entrei numa loja de lembrancinhas e expliquei para o vendedor o que eu queria. Fiquei impressionado, pois com o cartão de 5 euros dá para falar quase 1 hora! E a ligação é muito boa. Parecia que os meus pais estavam ali do outro lado rua!

Tendo matado a saudade de casa, decidi que iria almoçar num dos restaurantes ali e depois voltaria para Milão. Escolhi uma pizzaria de frente para a catedral. Por um buonissima pizza e mais a cerveja paguei 11 euros. Que delícia! Mas o melhor estava por vir: ao levantar percebi que a chuva tinha passado! Beleza! Hora de explorar a cidade! De verdade!

Andei à beira do lago e admirei a paisagem cativante da cidade. Tirei fotos do Tempio Voltiano e fiquei olhando o lago por muito tempo. Era bom curtir a solidão um pouco. E naquele lugar então... Depois disso andei ainda mais e depois tomei um sorvete antes de decidir voltar para Milão.

Conclusão: claro que a cidade é bem melhor para quem vai no verão e pode fazer um belo passeio de barco, mas o passeio não foi de todo perdido. A cidade, mesmo no frio e na chuva, tem o seu charme europeu.

 

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No restaurante, de frente para a Catedral!

 

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Ah... Só de ver a foto já dá para sentir o gosto!

 

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Como: paisagem única e inesquecível!

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Nossa essa pizza me deu água na boca!!!

Não vou ter tempo de ir a Como, mas como eu vou no auge do inverno acho que é melhor deixar p/ uma outra oportunidade mesmo...

Na verdade só vou dormir em Milão pq não encontrei nenhum albergue em Verona... só encontrei B&Bs todos muito caros para 1 pessoa. Milão tb deixou a desejar em opções de albergue mas pelo menos tem (mesmo que espartano! rs).

Vou passar 1 dia em Milão e na manhã seguinte pego o trem p/ Verona, vejo o que der e sigo p/ Veneza onde irei dormir 2 noites. Espero que dê p/ ter ao menos uma idéia geral!

Vou continuar acompanhando o relato!! Mas essa foto da pizza foi golpe baixo! ahahaha

Bjs

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Hahahaha!

Sobre a piza, eu é quem digo! E tem gente que diz que a pizza da Itália não é boa! Quem diz isso deve ser mal do estômago! Eu sou fã (embora ame também a pizza brasileira).

Agora que você está falando sobre Verona, descobri que lá não tem mesmo nenhum albergue. Caramba! Tentei procurar agora, mas não consegui achar. O jeito é fazer como você falou mesmo, embora acho que vai ficar um pouco cansativo para você e talvez você não tenha tanto tempo assim... Procurei no HostelWorld e vi uns GuestHouses por 35-40 euros. Você acha muito caro? Talvez só por uma noite não fique tão caro assim.

Ah sim, não esqueça de me contar depois o que você achou de Verona, pois essa é uma cidade que eu ainda não conheço!

Agradeço novamente o apoio e continue comigo! rs

Beijo

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Bérgamo

No sétimo dia da minha viagem, catei minha mochila e todas as minhas tranqueiras e bem cedo já estava na rua. Como era sábado, não peguei a costumeira confusão do metrô milanês; assim, bem rápido cheguei na estação Porta Garibaldi. O trem para Bérgamo custou 3,60 e, já no interior dele, enquanto esperava que saísse, um grupão de senhorinhas japonesas entrou no trem. Elas se acomodoram e, depois de um tempo conversando, uma delas se levantou e veio me perguntar em italiano se aquele era o trem para "Berugamo". Incrível como os japoneses sempre acham que eu sou italiano! rs

Lá em Bérgamo, desci do trem e com o meu mochilão saí caminhando pela avenida principal até chegar ao ponto onde passa o ônibus 6, que vai para o Nuovo Ostello di Bergamo, minha hospesagem na cidade. Antes de entrar no ônibus dei uma bela olhada no mapa para saber onde descer, mas quando estava no ônibus não deu muito certo, então eu ficava olhando de um lado para outro pela janela até que uma velhinha se compadeceu de mim e, sabendo que eu só podia estar indo para o albergue, me explicou como fazia para chegar lá. Hahahah. Sorte minha! Os anjos estavam ao meu lado.

 

O albergue

O Nuovo Ostello di Bergamo é um albergue até grande demais para o tamanho da pequena Bérgamo, cuja principal atração é a Città Alta. Não que eu reclame porque a infraestrutura do albergue é boa: um refeitório/sala de estar enorme e com decoração bonita; quartos com banheiro e sacada com vista para a cidade; elevador "panorâmico" e staff receptivo. Minha estada lá poderia ter sido perfeita, a não ser pela quase tragédia transcorrida naquele lugar (não perca o próximo episódio!). Aconselho. Ao lado do albergue tem um ônibus que dá direto na Città Alta. Para se ter uma ideia, o albergue é tão tradicional na cidade que a linha de ônibus que sai dali (número 3) chama-se Ostello! Bom, então, não sou que vou discutir. Em Bérgamo é Nuovo Stello!

 

A Città Alta é o coração medieval da pequena cidade. É para lá que correm todos os turistas que estão na cidade. E, como toda cidade medieval italiana, você começa em um dos portais da cidade, caminha por uma rua mais ou menos larga que faz curvas e mais curvas perdidas no tempo até chegar à praça central. De lá saem outras ruas mais ou menos largas que chegam aos outros portais da cidade. Também dessas ruas mais ou menos largas saem dezenas de becos, vielas e ruas secundárias que guardam em si o charme da cidade medieval. Bérgamo é assim. Mas como toda cidade, Bérgamo tem suas características próprias, como o funicular, que a liga com a cidade Baixa e nova. A praça central é a Piazza Vecchia, muito bela. Ali fiquei sentado comendo um pedaço de pizza a taglio e tomando uma Coca-Cola, enquanto via umas crianças italianas brincando na fonte da praça. Não satisfeito, também tomei um belo sorvete de sobremesa ao lado de um casal de velhinhos norte-americanos. Depois da pausa era hora de conhecer as duas igrejas da praça, a pequininha e a catedral (desculpem, não lembro o nome de nenhuma das duas). E depois disso voltas e mais voltas pelas ruas pequenas. Andei, andei, comi... Até que me deu vontade de pegar o funicular para a Città Bassa. Lá, fui até a praça central e me misturei aos italianos que se divirtiam numa espécie de feira cultural. Comi uns doces e continuei caminhando por uma avenida bastante charmosa que mistura o novo e o antigo. Andei bastante mesmo. À noite, no quarto do albergue conheci um grupo de italianos da Toscana, que puseram à prova meus conhecimentos de italiano. Eles falavam tanta gíria que eu quase não entendia nada, mas mesmo assim eles foram pacientes comigo. Estudar italiano com Dante Alighieri dá nisso! hahaha

Não fui dormir tarde porque no dia seguinte teria de acordar cedo para pegar o voo Wizz Air para Budapeste. Mal sabia eu do momento de pânico que estava para viver. Ops. Vou parando por aqui, afinal é sempre bom deixar quem está lendo querendo um pouco mais, né? =)

 

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Bérgamo, Piazza Vecchia.

 

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Doces italianos! hmmmm...

 

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Isso aqui é Itália!

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Hahahaha!

Sobre a piza, eu é quem digo! E tem gente que diz que a pizza da Itália não é boa! Quem diz isso deve ser mal do estômago! Eu sou fã (embora ame também a pizza brasileira).

Agora que você está falando sobre Verona, descobri que lá não tem mesmo nenhum albergue. Caramba! Tentei procurar agora, mas não consegui achar. O jeito é fazer como você falou mesmo, embora acho que vai ficar um pouco cansativo para você e talvez você não tenha tanto tempo assim... Procurei no HostelWorld e vi uns GuestHouses por 35-40 euros. Você acha muito caro? Talvez só por uma noite não fique tão caro assim.

Ah sim, não esqueça de me contar depois o que você achou de Verona, pois essa é uma cidade que eu ainda não conheço!

Agradeço novamente o apoio e continue comigo! rs

Beijo

 

Pois é... os que eu vi na região mais central (mais próximo da Casa de Julieta e tal) eram na base de 40 euros a noite... me assustei! rs

Esse é um ponto que vou ter que pensar bem... o fato é: ou vou dar só uma volta em Milão ou em Verona... acrescentar mais dias na viagem não dá! Já tô achando que depois de 45 dias andando como um camelo quando chegar no Brasil terei que trocar minhas pernas por próteses! rs

Por isso deixei Roterdam no final de tudo... como minha irmã mora lá e eu só vou mesmo p/ visitá-la posso chegar lá e descansar sem a obrigação de ter muita coisa p/ ver... e fora que toda buginganga que eu for comprando pelo caminho e que não for usar durante a viagem vou despachar por correio p/ a casa dela! Só precisarei carregar o peso de Roterdam até o aeroporto!

 

Mas o que sei é que passando rapidinho ou dormindo lá, pelo menos passar por Verona eu vou e depois te conto! rs

 

Beijos

 

PS: tô nervosa com o suspense!! isso não se faz! rs Pelo menos sabemos que vc está bem e sobreviveu ao fato, o que já tranquiliza!

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