Membros de Honra GUILHERME TOSETTO Postado Outubro 15, 2010 Membros de Honra Postado Outubro 15, 2010 [info]Dicas, troca de informações sobre o RUM[/info]
Membros de Honra GUILHERME TOSETTO Postado Outubro 15, 2010 Autor Membros de Honra Postado Outubro 15, 2010 [align=justify]Não são apenas os piratas que bebem rum, conforme a tradição diz. Vejamos um pouquinho sobre isso. [t1]Rum, Esta bebida Nordestina[/t1] por Celso Nogueira Sem pieguice ou nacionalismo tacanho do tipo o rum é nosso, podemos considerar o rum um filho mal-agradecido da cachaça. Ou, pelo menos, que as duas bebidas foram gêmeos separados algum tempo após o nascimento, no século dezesseis, no Nordeste e no Caribe. A diferença atual, de que o rum é destilado do melaço e a cachaça do caldo de cana, não existia na época. Ambos derivavam do melaço, sobras do caldo de cana cozido lentamente para obtenção do açúcar. Hoje contam para a distinção de sabor o fermento usado na produção, a destilação em si e o envelhecimento. Para os apreciadores de charutos, o rum (ou ron) faz parte da santíssima trindade tradicional das bebidas alcoólicas que combinam com uma fumada, ao lado do Cognac e do vinho do Porto. Talvez não haja melhor companheiro para um puro cubano que um rum Havana Club Añejo. De Cuba saem outras marcas, como Varadero e Palmas. E até 2001, pelo menos, ainda era possível encontrar o lendário Matusalem cubano no país. Destacam-se também como países produtores de qualidade Porto Rico, Jamaica, República Dominicana, Barbados e Martinica. Em alguns lugares a matéria-prima, o melaço, é importado... do Brasil! Infelizmente, não há um rum premium brasileiro que faça jus à qualidade dos melhores charutos baianos. Apesar de irmão da cachaça, e de vir da época do Brasil colônia, o rum produzido hoje em nosso país dá apenas para o gasto, serve para preparar drinques como mojito e daiquiri, mas não pode ser classificado como premium. Falta qualidade na produção e envelhecimento adequado. Para acompanhar charutos o ideal é um rum envelhecido – em espanhol, añejo – escuro, encorpado. Deve ser tomado puro em temperatura ambiente. Mas vem do rum um dos raros coquetéis que ornam com charuto, o Mojito, que desbancou a maioria dos drinques à base de rum na preferência dos charuteiros. [t3]Montilla Premium[/t3] A maioria das marcas de rum depende do Nordeste para seu sucesso comercial. Na terra mãe da cachaça concentra-se o consumo da bebida, principalmente nas festas juninas do sertão. Tanto que uma marca tradicional, o Ron Merino, voltou ao mercado recentemente, e só é comercializado nesta região. Quer disputar com o Bacardi o segundo lugar. O rum Montilla, senhor absoluto na categoria, tem mais de 70% das vendas. Sua fatia no Nordeste chega a 90%. O rum Merino é a aposta popular da Diageo, que lidera o mercado das vodcas, com a Smirnoff e o de uísques com o Johnny Walker. Para apreciadores do rum nobre, a empresa anuncia o rum Montilla Premium. A bebida é feita com runs envelhecidos de 3 a 18 anos. Vai competir com o rum Negrita, outra marca tradicional que voltou pelas mãos da vinícola gaúcha Piagentini. Mas o Negrita é um rum ao estilo francês (Bardinet), menos apreciado no Brasil. A Pernod Ricard é vice-líder no mercado mundial de destilados e bebidas finas, atrás da Diageo. Possui três unidades no Brasil: vinícola no Rio Grande do Sul (Santana do Livramento), destilaria no Rio de Janeiro (Resende), e a mais recente unidade em Pernambuco (Suape), onde são produzidos e engarrafados a maioria dos destilados. Entre os produtos da Pernod Ricard Brasil estão whiskies como Royal Salute, Chivas Regal e Passport, as vodkas Orloff e Wyborowa, os runs da linha Havana Club, os vinhos Almadén, Forestier, Jacob´s Creek e Etchart. O endereço é http://www.pernod-ricard.com.br [t1]A bebida dos piratas[/t1] Talvez o rum tenha o folclore mais rico de todas as bebidas destiladas. No mínimo, é o mais pitoresco. Nos primórdios do século dezesseis surgiu o primeiro rum. Segundo algumas fontes, a partir da receita da cachaça pernambucana feita na época com melaço de cana, e não seu suco, foram os holandeses expulsos do Brasil. A ocupação holandesa iniciada em 1637 acabou em 1654, e as técnicas de destilação da cachaça foram adaptadas ao Caribe, onde surgiu o rum. Por outro lado, um documento de 1651, de Barbados, dizia que a principal bebida da ilha era “Rumbullion, aliás Kill-Divil, feita de açúcar de cana destilado. É quente, diabólico, terrível.” O mais provável é que as duas bebidas tenham se desenvolvido paralelamente, e que as diferenças sejam maiores hoje do que na época colonial. Existem inúmeras histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época. No século dezoito, o rum estava já muito conhecido, sendo considerado uma bebida. Em 1775 era a bebida mais vendida nos Estados Unidos: o consumo anual per capita chegara a dezoito litros. A manufatura de rum era a principal atividade econômica da Nova Inglaterra, e o rum de lá chegou a ser considerado o melhor do mundo. Com a Lei Seca, a produção se desestruturou, voltando a crescer em qualidade nos anos 1960, com a chegada da família Bacardi. A história do rum como bebida dos piratas tem a ver com o gosto inglês pela bebida, consagrado no clássico A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson. Royal Navy, a marinha real inglesa, continuou a fornecer uma ração diária de rum aos marinheiros, conhecida como tot, até o dia 31 de julho de 1970! Rum com sangue Duas histórias escabrosas, entre as milhares do folclore do rum, merecem registro. Nestes casos, o tempero do rum foi gente: um cadáver ilustre, outro desconhecido. O corpo do almirante Nelson, após sua morte no mar, foi colocado num barril de rum cheio de bebida, para preservá-lo na longa viagem de volta até a Inglaterra. Na chegada, porém, uma inspeção mostrou que o rum havia desaparecido. Os marinheiros haviam feito um buraco no barril e tomado o rum... junto com o sangue do herói da batalha de Trafalgar. Homem é encontrado em barril de rum Segundo o site Terra, construtores húngaros, depois de beber todo o conteúdo de um barril de rum enquanto reformavam uma casa, tiveram a desagradável surpresa de encontrar dentro do tonel vazio um cadáver em conserva. De acordo com a revista online zsaru.hu, trabalhadores de Szeged, no sul da Hungria, tentaram mover o barril depois de vazio, mas continuava muito pesado. Os homens ficaram chocados quando o corpo nu caiu de dentro. O corpo havia sido enviado da Jamaica pela sua mulher, para evitar ter de pagar os custos de uma volta oficial. De acordo com o site, o rum do barril de 300 litros tinha um "sabor especial", que fez com que os trabalhadores guardassem algumas garrafas para levar para casa. Hoje, a mulher já é falecida, e o homem finalmente recebeu um enterro de verdade, após vinte anos de espera. [t1]O que define o rum[/t1] O fermento usado para a produção do álcool a partir do melaço é fundamental. Alguns fabricantes preferem fermentação natural, outros desenvolveram cepas específicas, que garantem o sabor desejado. A fonte tradicional de fermento, no rum jamaicano, é o dunder, ou seja, a espuma rica da fermentação anterior. “O fermento determina o perfil do aroma e do sabor final”, afirma o master blender jamaicano Joy Spence. [t1]Rum em drinques[/t1] Depois do clássico punch de rum, outros drinques se sucederam na preferência popular. Cuba Libre e Daiquiri tiveram seu momento de glória, depois a Piña Colada reinou e atualmente o Mojito é o preferido. Receitas de três clássicos, a seguir: [t3]Daiquiri[/t3] Encha um copo baixo com gelo picado. Na coqueteleira, misture: 1 dose de rum branco suco de um limão 1 colher (sopa) de açúcar gelo Sacuda bem e despeje no copo [t3]Cuba Libre[/t3] Encha um copo alto com gelo. Acrescente: 1 dose de rum suco de meio limão Coca-Cola [t3]Mojito[/t3] 1 dose de rum branco 1 colheres (sopa) de açúcar suco de 1 limão 1/2 copo de água com gás (cerca de 100 ml) 1 ramo de hortelã (cerca de 10 folhas) gelo picado a gosto Coloque no copo onde vai ser servido o drink os 4 últimos ingredientes. Amasse bem o hortelã (esse é o segredo do bom mojito). Adicione o rum e o gelo. [t1]O líder mundial[/t1] A Bacardi vende em torno de 240 milhões de garrafas por ano e exporta seus produtos para cerca de 170 países, tendo mais de 60% do mercado mundial de rum. Fatura anualmente mais de três bilhões de dólares. Fundada pelo imigrante catalão Facundo Bacardi Massó em Santiago de Cuba, 1862, a Bacardi se notabilizou pela oposição ao regime de Fidel Castro, que confiscou seus bens. Seus produtos top de linha são o Añejo e o Bacardi 8. No Brasil, porém, a empresa fabrica apenas três tipos básicos em São Bernardo do Campo (SP). O paladar agressivo do rum no restante das Antilhas foi enfrentado por uma fórmula secreta de um rum mais suave e forte, muito mais agradável ao paladar. Em suas origens, Dom Facundo começou a produzir um rum refinado, graças às técnicas de filtragem, para as quais utilizava carvão com o objetivo de reter as impurezas. Sua primeira destilaria possuía alambiques de cobre e ferro, barris de envelhecimento de carvalho e uma colônia de morcegos que explica a presença da figura do animal nas garrafas. O rum Bacardi ganhou impulso com o Daiquiri, inventado pelo norte-americano Jennings S. Cox, e a Cuba Libre, com rum e Coca-Cola. Em 1960, após uma disputa de recursos com o governo cubano, a família deixou o país e passou a atuar nas Bahamas, Canadá, Estados Unidos e Espanha. [t3]Matusalem[/t3] O rum Matusalem, também originalmente cubano, continuou a ser produzido na ilha depois da revolução. Mas a empresa original deixou o país e hoje tem fábricas espalhadas pelas Américas – Caribe, Peru e Estados Unidos. O melhor é feito na República Dominicana. Trata-se do Matusalem Gran Reserva, envelhecido por 15 anos no sistema de solera. O Clasico também é muito apreciado em coquetéis. Saiba mais em http://www.matusalem.com/home.html#home [t3]Appleton[/t3] O Rum Jam Appleton Estate V/X Appleton representa o melhor da Appleton Rum. É uma combinação de rum de diferentes tipos e idades, entre 5 ("V") e 10 ("X") anos. A destilação é lenta em alambiques de cobre. Uma vez destilado, o rum é envelhecido em pequenos barris de carvalho. Finalmente o master blender une o rum de várias marcas e idades em grandes tonéis. Depois do período de "casamento", é criado esse estilo diferente de "estate rum". O Appleton Estate V/X, de cor dourada e rico aroma, é macio, encorpado com sabor levemente adocicado.[/align] [creditos]FONTE: http://www.charutosebebidas.com.br/materias[/creditos]
Membros Camis_camis Postado Janeiro 19, 2011 Membros Postado Janeiro 19, 2011 Olha que eu nem sou muito fã de Rum mas comprei um Rum em Havana por singelos 10 reais chamado Varadero. A-NI-MAL!
Membros Miguelito Postado Setembro 30, 2015 Membros Postado Setembro 30, 2015 Os runs venezuelanos não são os melhores e mais famosos (perdem pros cubanos e dominicanos, por exemplo), mas ainda assim são de primeira linha, e de bom preço. Pra quem tiver acesso, recomendo o Pampero Aniversario (numa faixa mais cara; pra tomar puro, bebericando, não em drinques) e os da Santa Teresa (ótimo custo-benefício, melhores pra drinques). Outra curiosidade etílica da Venezuela é o cocuy, que é uma bebida aparentada com a tequila (ambas feitas de agave). Em geral o cocuy que se encontra mais facilmente (em Caracas, p.ex.) é meio vagabaundo; mas em regiões que produzem (como os estados de Falcón e Lara), dá pra achar versões artesanais, leves e excelentes.
Posts Recomendados